20 de maio de 2011

Boletim Primeira Infância em Primeiro Lugar

16 a 20 de Maio de 2011

São Paulo

Deputados debatem publicidade infantil

A Câmara dos Deputados voltou a analisar o projeto de lei que restringe a propaganda voltada a crianças. O texto original, do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), previa a proibição de qualquer publicidade de produtos voltados a esse público. Agora, a ideia é chegar a um meio-termo. “A proibição total cercearia a liberdade de expressão. Por outro lado, temos que coibir os abusos. Não dá para dizer, por exemplo, que “a canequinha da Turma da Mônica” é boa para tomar chopp”, afirma o deputado federal Salvador Zimbaldi (PDT-SP). Para virar lei, o projeto precisa ser aprovado por duas comissões da Câmara e pelo Senado Federal e sancionado pela presidente Dilma Rousseff. Em países como Bélgica, Dinamarca e Suécia, a publicidade infantil é proibida. (Folha de S. Paulo – SP, 18/05/2011)

Minas Gerais

Falta leite para os prematuros

No mês das mães, uma campanha para garantir o alimento sagrado das crianças. O Banco de Leite Humano da Maternidade Odete Valadares (MOV), em Belo Horizonte (MG), está com estoque baixo para atender à demanda dos bebês prematuros. De acordo com uma das coordenadoras, Maria Hercília Barbosa e Silva, ontem (16) havia apenas 30 litros de leite, quando o ideal seria 80 litros. “Em abril, registramos 251 litros para atendimento a 101 recém-nascidos e este mês, até agora, só tivemos 100 litros”, alerta. O banco da MOV recebe doações de leite humano e o fornece para as mães que não podem amamentar, por isso, segundo as coordenadoras, precisa manter seu estoque em quantidade suficiente. Quem puder fazer a doação, deve entrar em contato com o banco de leite, que se encarrega de fazer o recolhimento em casa. (Estado de Minas – MG, 17/05/2011)

Paraná

Todo ano, três milhões de bebês morrem antes de nascer

Um estudo publicado recentemente pela revista britânica The Lancet revela que cerca de três milhões de bebês com mais de quatro meses de gestação morrem todos os anos na barriga da mãe ou na hora do parto. Má formação fetal, infecções maternas, hipertensão, diabetes e problemas de desenvolvimento do feto estão entre as principais causas do problema, cujo combate passa por um pré-natal de qualidade. Para a ginecologista e obstetra Lourdes Terezinha Pcheblski, um dos desafios é aumentar a adesão ao pré-natal precoce. “Muitas vezes a mulher chega (para fazer o exame) no quinto mês de gestação, quando já não é possível tratar doenças preexistentes. O ideal é sempre começar o acompanhamento médico o mais rápido possível”, enfatiza. (Gazeta do Povo – PR, 16/05/2011)

Mato Grosso do Sul

Empresa de Campo Grande auxilia mães na amamentação

Para destacar a importância, esclarecer sobre o assunto e incentivar o aleitamento materno foi criada em Campo Grande a Nananenê, que promove a assistência neonatal e pediátrica domiciliar. Segundo Paula de Oliveira Serafim, uma das sócias da empresa, amamentar é a essência da maternidade. “O grande problema hoje é que as mulheres têm delegado a missão a terceiros e a mamadeira acaba sendo um recurso mais rápido e cômodo. Mas é importante salientar que um bebê que mama no seio terá um desenvolvimento intelectual e afetivo superior àqueles que não foram amamentados,”explica. Estatísticas apontam que cerca de sete mil mortes, por ano, de bebês no primeiro ano de vida poderiam ser evitadas com a amamentação logo na primeira hora de vida da criança, pois o primeiro leite, o colostro, é rico em anticorpos e age como uma vacina natural. Apesar de 96,4% das mães brasileiras afirmarem que as crianças foram amamentadas pelo menos uma vez. A exclusividade desse alimento em bebês ate os seis meses de vida alcança em apenas 40%, de acordo com dados do Ministério da Saúde. (Correio do Estado – Scheila Canto, Capa Caderno B; 15/05/2011)

A grande diferença de idade entre os filhos é um fator que facilita relação

De surpresa ou planejado, o filho temporão é um desafio para os pais, que precisam conciliar as diferenças de idade e de geração entre os filhos, e consequentemente, de educação. A psicóloga Regina Cheli Prati confirma que casos de filhos com muitos anos de diferença são cada vez mais comuns. “No meu consultório já atendi casos de mães que tiveram filhos com muitos anos de diferença, às vezes mais de uma década entre um e outro. Não acredito que seja bom ou ruim. A maternidade é um desafio em qualquer situação ou idade”, ressalta a psicóloga. Para a psicóloga, tudo depende do envolvimento e da forma como os pais lidam com a situação. “Acredito que os pais precisam se preparar para a chegada do novo filho. A situação vai ser complicada, mas é uma oportunidade de recomeçar, tanto de ter mais paciência, quanto de experiência”. Ainda segundo Regina, ser bons pais é uma questão de desejo e dedicação. “Não é fácil ter filhos e educá-los. A diferença de gerações existe, mas os pais precisam compreender que se os primeiros gostavam de jogar bola, os da nova geração vão preferir o computador. No final é uma forma de se divertir, só que diferente pela chegada das novas tecnologias. Conseguir ser bons pais depende, principalmente, de desejo e dedicação”, aponta a especialista. (O Estado – Naiane Mesquita, Pág 1C; 14/05/2011)

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