18 de maio de 2016

Doação de leite materno: uma ação que salva vidas

Cada gota de leite que uma mãe doa, pode significar uma vida salva. A doação de leite humano além de colaborar na nutrição de crianças prematuras – ou de crianças que a mãe não pode amamentar –, estimula o corpo da mulher a produzir ainda mais leite para o próprio filho. Mulheres do mundo todo são incentivadas, especialmente no dia 19 de maio, Dia Mundial de Doação do Leite Humano, a fazer sua parte.

“Quando [minha filha] estava na UTI, eu tinha o leite para dar e vender. Naquela ocasião faltava instrução, pois mesmo com leite materno de sobra, ela teve como principal fonte de alimento o leite artificial”, conta Patrícia Rodrigues Amorim em seu site. Mãe de uma adolescente e duas crianças, Patrícia conta suas histórias sobre a maternidade no site Trocando Fraldas. Sabendo da importância do aleitamento materno, Patrícia disponibiliza e estimula o uso do Localizar de Bancos de Leite Humano (LOBALE), onde, a partir do CEP, todos podem encontrar o banco de leite mais próximo entre 335 bancos existentes no país.

“Todas as pessoas – mulheres sem leite ou homens – podem contribuir à campanha chamando a atenção para este tema tão importante. Ajudar no boca a boca, compartilhando o banner da campanha ou através de redes sociais. Qualquer contribuição é válida!”, lembra Patrícia.

Prematuros

Cerca de 12% das crianças nascem prematuras no Brasil. São crianças que ainda não conseguem sugar o leite e por isso precisam da doação. “As mães de prematuros muitas vezes conseguem ordenhar leite para seus filhos, mas por não ter o bebê estimulando, nem sempre é a quantidade necessária”, explica a enfermeira da coordenação nacional da Pastoral da Criança, Regina Reinaldin. Outras mães são impossibilitadas de amamentar por estarem tomando remédios que possam prejudicar o bebê, por ter algum vírus, como HIV, ou porque estão doentes.

Motivos para a mãe não amamentar

Ser soropositiva (ter o vírus do HIV);

Estar na 1ª semana do tratamento para tuberculose;

Estar fazendo tratamentos contra o câncer com radioterapia e/ou quimioterapia;

Ser usuária de drogas;

Tomar remédios que prejudiquem o bebê;

O bebê ter fenilcetonúria, galactosemia ou outra doença metabólica que o impeça de digerir o leite corretamente.

O leite materno é essencial para que se cumpra o indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Pastoral da Criança: que todas as crianças sejam amamentadas exclusivamente por leite humano até os seis meses. O leite materno contém todos os nutrientes necessários para o bebê, além de proteger contra uma série de doenças.

“Pode-se observar que as crianças que recebem o leite materno têm menor chance de terem alergias, infecções gastrointestinais, urinárias e respiratórias, incluindo as gripes, meningites, pneumonias, otites. E a amamentação reduz a frequência de algumas doenças crônicas ligadas ao sistema imunológico”, afirma Regina. Após o período indicado pelos médicos, a criança prematura pode mamar o leite da própria mãe normalmente, que com o estímulo do filho, tende a produzir mais leite e também poderá doar a outras crianças.

Segundo dados da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, em 2015 foram distribuídos mais de 138 mil litros de leite. No total, 174 mil mulheres contribuíram para amamentar quase 170 mil crianças pelo país. Mulheres de qualquer idade podem doar o seu leite. Toda doação, mesmo que pequena, é importante, já que algumas crianças recém-nascidas precisam apenas de 1ml a cada mamada.

Veja o filme da Campanha Nacional de Doação de Leite Materno, do Ministério da Saúde, lançado em 2015.

https://www.youtube.com/watch?v=U6qyA-Cp6T0

(Informações: Pastoral da Criança)

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