18 de dezembro de 2012

Evento aborda as dificuldades alimentares da primeira infância

A marca alemã Nuk realizou no final de novembro, em São Paulo, o evento “NUK Expert Baby Oral Care Meeting”, no qual foi realizada palestra sobre: “As dificuldades alimentares da primeira infância. Como abordá-las e resolvê-las”. O palestrante convidado foi Ary Lopes Cardoso, chefe da Unidade de Nutrologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, abordou os fatores que dificultam a alimentação infantil.

Segundo o médico, 51% das mães dizem que enfrentam dificuldades para o filho comer. E 91% delas buscam ajuda do pediatra. “Para resolver o problema, é necessário realizar um acompanhamento nutricional e comportamental”, diz.

Geralmente, os problemas de alimentação na primeira infância estão relacionados à agitação, ingestão seletiva, fobia alimentar e baixo apetite na interpretação dos pais. “Eles não levam em conta que, no primeiro ano de vida, os bebês têm grandes necessidades alimentares. Já no segundo ano, essa necessidade cai pela metade, e no terceiro, para 1/3”, diz Cardoso.

O pediatra afirma que o termo médico para descrever o crescimento inadequado na infância ou quando o crescimento cai precipitadamente é FTT – FAILURE TO THRIVE. Quando isso acontece, é necessário verificar itens como: problemas maternos no pré ou no pós-natal, escolha errada dos alimentos por parte dos pais, atmosfera negativa no momento das refeições e medicação do bebê que possa atrapalhar o apetite.

Para Cardoso, todos esses fatores levam à provisão inadequada de alimentos. Quando isso ocorre, os pais devem procurar um pediatra e realizar, também, uma avaliação da família para verificar como ela se comporta quando o bebê não come.

Para que a hora da refeição não seja um momento de dor de cabeça, Ary Lopes Cardoso dá algumas dicas:

  • Estabeleça regras para alimentação com local, horário e cardápio;
  • Tenha bom senso ao fazer o prato da criança;
  • A partir dos 5 anos, deixe que a criança sirva-se sozinha;
  • Não brinque ou force – não existe um padrão para o apetite;
  • Não substitua as refeições;
  • Não intimide ou chantageie;
  • Seja firme;
  • Certifique-se de que está oferecendo o que ele gosta;
  • Cuidado com aditivos calóricos, como açúcar e maisena;
  • Coma junto. Seja exemplo.
Informações da Redação Sempre Materna, publicado em 14/12/2012
voltar