05 de setembro de 2017

Municípios paulistas avançam no desempenho do Índice Paulista da Primeira Infância (IPPI)

Os municípios paulistas mostraram melhora no desempenho do Índice Paulista de Primeira Infância (IPPI), que mede o acesso aos serviços de Educação e Saúde para a primeira infância – período que vai do nascimento aos seis anos de idade. Em 2015, 74,1% das cidades melhoraram ou mantiveram suas posições na comparação com o ano anterior. De acordo com dados divulgados pela Fundação Seade, saltou de 65 para 93 o número de cidades que atendem de forma integral as crianças nesses itens. Lançado em 2015, em parceria com a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, o IPPI aponta os pontos fortes e as fragilidades de serviços de atenção à criança pequena e gestantes nos municípios e fornece indicadores para ajudar gestores públicos na criação e melhoria de políticas públicas.

Na área da Educação, o IPPI reúne dados sobre as matrículas em creches e pré-escolas e o número de docentes com ensino superior, por exemplo. Na Saúde, sintetiza informações como a quantidade de recém-nascidos com baixo peso, taxa de mortalidade neonatal e mortalidade até um ano de idade. O Índice classifica os 645 municípios paulistas em 6 grupos de desempenho com notas que variam de 0 a 1. O Grupo 1 (muito baixo) reúne munícipios com muito baixo desempenho no IPPI, seguido pelo Grupo 2 (Baixo), Grupo 3 (Médio Baixo), Grupo 4 (Médio), Grupo 5 (Alto) e Grupo 6 (Muito Alto).

Entre as cidades com os melhores índices na promoção do desenvolvimento infantil – Grupo 6 – estão Ilhabela, no litoral norte do Estado, e São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo. Em 2015 estas cidades apresentaram, respectivamente, os valores 0,8743 e 0,8327. Ilhabela é ainda um exemplo de melhoria da oferta de serviços para a primeira infância, já que em 2014 estava no Grupo 5, com menos pontos. Outras 141 cidades estão próximas de oferecer serviços de Saúde e Educação de qualidade de forma integral às crianças e, por isso, fazem parte do Grupo 5. O número reflete uma alta de 21% na comparação com o ano anterior. Entre elas estão as cidades de Campinas, no interior, com nota 0,7568, e Santo André, na região metropolitana, com 0,7411. Com isso, o número de cidades com os melhores indicadores na promoção serviços de Saúde e Educação para primeira infância – grupos 5 e 6 – chegou a 243 em 2015, ante 194 no ano anterior.

O melhor IPPI é de Ribeirão dos índios. A cidade com pouco mais de 2 mil habitantes e próxima a Presidente Prudente alcançou índice 0,96. A pesquisa completa está disponível no site: http://www.ippih.seade.gov.br/frontend/#/

 

Grupo Valores Municípios em 2014 Municípios em 2015
Grupo 1

(Muito baixo)

Municípios com no máximo 0,507 pontos no IPP 64 51
Grupo 2

(Baixo)

Municípios com valores acima de 0,507 até no máximo 0,611 no IPPI 129 118
Grupo 3

(Médio baixo)

Municípios que atingem valores acima de 0,611 e até no máximo 0,683 no IPPI 129 123
Grupo 4

(Médio)

Municípios com valores acima de 0,683 e no máximo 0,738 no IPPI 129 119
Grupo 5

(Alto)

Municípios com valores acima de 0,738 e de no máximo 0,813 no IPPI 129 141
Grupo 6

(Muito alto)

Municípios com valores acima de 0,813 no IPPI 65 93

 

Sobre a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal

Fundada em 1965, a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal tem na promoção integral do desenvolvimento da Primeira Infância (do nascimento aos seis anos de idade) seu principal foco de atuação. A organização mantém diversos projetos de incentivo ao desenvolvimento das crianças nessa faixa etária, como intervenção social em municípios, incentivo a pesquisas, realização de cursos e workshops, elaboração de publicações, entre outras ações para expandir o conhecimento sobre a importância do desenvolvimento na Primeira Infância.

(Fonte: Fundação Maria Cecília Souto Vidigal – www.fmcsv.org.br)

 

voltar