15 de julho de 2019

Piraporiando é eleita uma das startups que estão mudando a educação no país

Escritora e educadora carioca criou a empresa de arte-educação que usa a literatura infantojuvenil como base para iniciativas voltadas para uma educação antirracista, antibullying e sem preconceitos. Além de escrever obras literárias, a empreendedora realizou aproximadamente 88 projetos em escolas e centros culturais do Brasil, e já atua em países como Colômbia, Argentina e Chile

Um levantamento inédito do Liga Insights EdTechs – o panorama das startups brasileiras na Educação em 2019, realizado pelo Liga Insights, com a parceria de Derraik & Menezes, IGC Partners, Ambev e Cargill – apontou a Piraporiando como uma das 297 startups do Brasil que estão mudando a educação do país no cenário das edtechs.

A pesquisa analisou 12.213 startups e consultou profissionais, especialistas e empreendedores no setor para chegar ao ranking que elegeu as startups mais disruptivas no campo da educação do país. A Piraporiando foi destaque na categoria “Educação Inclusiva” – Conjunto de startups que desenvolvem soluções capazes de auxiliar na frente de inclusão no ensino, usando a tecnologia para abrir frentes e na aplicação das adaptações necessárias.

Com seis livros publicados, Janine Rodrigues fundadora da Piraporiando, escritora e educadora, sempre gostou de escrever. Ao publicar seu primeiro livro, ‘No Reino da Pirapora’, em 2013,  passou a receber convites para atividades nas escolas. Com o passar do tempo, as ações se intensificaram. Em 2015, fundou a Piraporiando estruturando os projetos de arte-educação, passando a também editar seus próprios livros para ter mais  autonomia na produção e distribuição das obras literárias.

Os livros da Piraporiando apresentam histórias divertidas e que trazem, de uma forma brincante, a reflexão sobre a diversidade, educação antirracista, antibullying e sem preconceitos. Seu lançamento mais recente, ‘Onde está o Boris?’, além de trazer situações divertidas e curiosas sobre um gato que todos acham ter sumido, a história aborda o manterrupting ainda na infância e também aborda empatia e inclusão, trazendo no livro uma personagem com deficiência.

Já ‘Nuang – Caminhos da liberdade’ conta a história da liberdade a partir dos olhos de uma criança, ressaltando elementos da cultura afro-brasileira. A publicação recebeu a chancela da Fundação Cultural Palmares. Segundo a instituição, este trabalho provoca reflexões importantes sobre a história afro-brasileira e contribuem para cumprimento da Lei nº 10.639/2003, que estabelece diretrizes e bases da educação nacional para o ensino das culturas africanas e afro-brasileira.

Com afeto e representatividade a Piraporiando cresce

Entre 2017 e 2019, a Piraporiando ampliou de 7 para 16 o número de estados brasileiros que receberam seus projetos e livros. Para escalar o negócio e ampliar o impacto da sua atuação, a empresa se tornou parceira do Canvas – melhor LMS de educação do mundo. Também passou a fazer parte da Base2Edu, Rede de Educadores Transformadores conectados no presente e focados no futuro da educação no Brasil e no mundo que tem como missão apoiar, conectar e ampliar iniciativas de pessoas e instituições que promovem a evolução educacional.

“Agora a Piraporiando realiza a formação dos professores em nossos projetos e são eles quem executam as atividades nas escolas, fazendo uso de nossa metodologia e com nosso acompanhamento pedagógico”, destaca Janine Rodrigues. Além das atividades e projetos pedagógicos, a empresa tem grande atuação na área cultural uma vez que o ponto de partida de todo seu trabalho são as obras literárias da autoria de sua fundadora.

Em 2019, a empresa ampliou seu escritório para São Paulo, no CÍVI-CO, que abriga negócios de impacto social. A equipe também cresceu, são três colaboradoras no Rio de Janeiro e duas em São Paulo. Tanto na venda dos livros – aproximadamente 22 mil exemplares –  como na realização de projetos de arte-educação, a Piraporiando atua em diversos estados, dentre eles, São Paulo, Minas Gerais, Rondônia, Brasília, Paraíba e Pernambuco e em países como Colômbia, Argentina e Chile. “Já desenvolvemos mais de 88 projetos voltados para leitura e diversidade cultural. São aproximadamente 30 mil crianças e 16 mil educadores ao longo destes quatro anos de existência”.

Trilha literária leva diversidade e desperta interesse pela leitura nas escolas

A demanda por projetos aumentou e a Piraporiando viu a necessidade de dar mais escala ao seus projetos. A ‘Trilha Literária’,  projeto pedagógico que aposta no brincar, na gamificação, na coletividade, na escuta e na interatividade. Alinhado à BNCC – Base Nacional Comum Curricular, aos pilares da UNESCO para a educação e no afeto, elemento prioritário no trabalho da Piraporiando, a Trilha é composta pela obra literária, por um livro de atividades, plataforma online interativa e uma proposta brincante de construção de novas narrativas.

“Tudo surgiu a partir de uma necessidade e vontade de impactar mais crianças e gamificar as atividades. Muito tem se falado sobre as habilidades socioemocionais e acreditamos que elas são essenciais no desenvolvimento das crianças. Mas também precisa acontecer na prática, com uma linguagem natural e não só bonita. Não é algo para se fazer por que ‘’está na moda’’. Fico muito feliz quando uma escola/uma educadora diz que trabalha nossos livros e projetos pois eles já atendem muitos itens da BNCC mesmo antes de todo este destaque para as habilidades socioemocionais”, destaca.

O nome por trás da Piraporiando

Janine é apaixonada por literatura infantojuvenil e escreve desde a infância. Quando era criança e precisava contar ou pedir alguma coisa para sua mãe, escrevia-lhe cartinhas. Diz que assim era mais fácil ‘’dobrar’’ a exigente Dona Jurema. Quando adolescente, ganhava livros do seu cunhado Ricardo e tudo isso despertou seu gosto pela leitura e pela escrita. Seu livro preferido é o Menino Maluquinho, do Ziraldo, autor muito especial para a autora, um de seus grandes inspiradores. Hoje, aos 37 anos, essa carioca divertida e bem-humorada está em sua sexta publicação. É diretora-fundadora da Piraporiando, empresa de arte-educação focada na diversidade.

Os livros e projetos de arte-educação da Piraporiando contribuem para um olhar afetuoso sobre a diversidade cultural. Seu trabalho já alcançou mais de 16 estados do Brasil, além de países como a Colômbia, a Argentina e o Chile.

Recebeu o Prêmio Destaque Artístico Cultural da Sociedade Europeia de Belas Artes, na Áustria, e o Prêmio Latino-Americano de Excelência pela Academia de Letras de Rosário, na Argentina. Recebeu o prêmio Heloneida Studart 2018.  Curadora da FLUP Parque 2018.

Seu livro ” As Duas Bonecas Azuis” virou peça de teatro, em parceria com a Companhia Miolo de Teatro Intuitivo. A peça, premiada, compõe um importante projeto de teatro literário. Janine roteirizou e dirigiu o curta de animação ” O Filho do Vento”, arte do artista Boni,  selecionado para diversos festivais de cinema. Seu livro e projeto ” Nuang – caminhos da liberdade” receberam chancela cultural da Fundação Cultural Palmares.

Janine Rodrigues também assina o roteiro  da peça ‘A Bela Adormecida’ que faz uma imersão no ballet homônimo de Tchaikovsky. O propósito é estabelecer um (re) encontro com as culturas populares e erudita pouco difundidas nas escolas do Brasil e exaltar as nossas raízes e a diversidade para as novas gerações com um conteúdo para toda a família. A beleza, a inteligência e o talento da menina/mulher em formas leves, livres e potentes em cores envolventes.

Mais informações sobre a Piraporiando em www.piraporiando.com e nas mídias sociais @piraporiando

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