22 de maio de 2019

Seminário da Infância e da Juventude “Prosa em Rede sobre Proteção Integral da Criança e do Adolescente”

A palestra magna “Importância da Parentalidade – Os avanços e desafios na escuta da criança e sua família pelo Sistema de Justiça e como garantir a participação da criança como sujeito de direitos e cidadania”, no Seminário Infância e Juventude, ministrada pelo professor e especialista em Educação Infantil e assessor da Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar, Vital Didonet, deu início às atividades. Na ocasião, Didonet destacou a busca da pesquisa científica sobre a construção das estruturas sociais, cognitivas e afetivas na primeira infância. Segundo ele, a criança está em foco no mundo inteiro, particularmente no Brasil. “Ela não está presente apenas nas relações familiares, mas na vida social como um todo e também na economia, na política, na cultura, nas questões ambientais. Há um olhar muito mais cuidadoso e generoso que se volta para a criança. Os primeiros anos de vida já constituem hoje uma preocupação de muitos estudiosos e agentes sociais. Agora ela penetra em outro âmbito de reflexão e de análise”, afirmou.

Para o especialista, a prioridade absoluta é mais que um princípio, é um lema, e o maior investimento que se pode fazer é na primeira infância. “Se vivemos bem a infância, construímos bases sólidas para os anos seguintes da vida. Esse ‘viver criança’ é que diz como vamos viver mais tarde. Eu diria que a experiência de ser pai e de ser mãe faz com que a gente valorize mais as aquisições, as novas experiências da criança. Ficamos sempre dando atenção para o novo. Mas por que a criança gosta de repetir as coisas? O repetir para ela é o prazer daquilo que ela já é capaz. Essa repetição, que parece uma rotina cansativa, para a criança tem muito sentido: eu sou capaz, eu sou alguém que pega o objeto, solta, e pega de volta. A criança, na verdade, quer viver intensamente aquilo que ela já sabe fazer. O que acontece na infância, se prolonga na vida toda. Serve de base para um comportamento, uma atitude, uma experiência posterior”, pontuou.

Na sequência, o coordenador-geral do Projeto ODS e Famílias da ONU, Ignacio Socias Piarnau, falou sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em setembro de 2015, composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030. São uma chamada universal para acabar com a pobreza, proteger o planeta e garantir que todas as pessoas desfrutem de paz e prosperidade. “Sobre o objetivo número quatro, educação de qualidade, sabemos que, neste país, como em tantos outros, há uma grande porcentagem de jovens que necessitam de uma melhor educação. O papel da sociedade civil é muito importante nisso. Com educação, se pode erradicar a pobreza e se pode alcançar a igualdade. A estabilidade familiar também tem muito a ver com a educação de qualidade. Tem que se investir na educação das crianças desde o nascimento até os cinco anos e quanto mais se investir, melhor. É preciso ter certeza de que a educação na infância foca no desenvolvimento cognitivo e de caráter”, finalizou, encerrando as atividades da parte da manhã.

O Seminário da Infância e da Juventude “Prosa em Rede sobre Proteção Integral da Criança e do Adolescente” conta com o apoio dos seguintes parceiros: Secretarias de Estado do Distrito Federal; Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal e de Execução de Medidas Socieducativas; Ministério Público do Trabalho; Ministério Público do Distrito Federal; Frentes Parlamentares da Primeira Infância da Câmara Legislativa Federal e da Câmara Legislativa Distrital; Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais (Condege) e Comissão da Infância; Secretaria Nacional da Juventude; Biomarin; Aconchego – Convivência Familiar e Comunitária; Fundação CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas; Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Juventude da OAB/DF; Rede Solidária Anjos do Amanhã; Federação Brasileira de Doenças Raras (Febrararas); Associação Mães Metabólicas; Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down; Ajude-C; Associação dos Conselheiros e ex-Conselheiros Tutelares do Distrito Federal (ACT-DF); Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade); Centro de Atendimento ao Surdo (CAS); Ápice Down – Autonomia e Solidariedade; Polícia Civil do Distrito Federal (DPCA); Fórum de Educação Infantil do Distrito Federal (FEIDF); Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (MIEIB); Movimento para inclusão (Movin); Associação dos Magistrados, Promotores e Defensores da Infância e Juventude (IBDCRIA –ABMP); Instituto Alana; Única Kids; Rede Nacional da Primeira Infância ( RNPI); Vira Vida; e Universidade de Brasília (UnB).

Fonte: Defensoria Pública do Distrito Federal

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