Clipping nacional RNPI | 12 - 18 de outubro de 2018

G1 – 12/10/2018

>G1 mostra histórias de filhos de presidiárias e impacto da experiência na primeira infância

A pequena Julia e os garotinhos João e Ricardo (nomes fictícios) dificilmente se lembrarão do céu emoldurado por telas de aço, do rangido das portas pesadas e da escuridão das celas em que passaram os primeiros meses de vida. Filhos de internas da Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu (SP), na região de Campinas (SP), essas crianças estão prestes a deixar o convívio com as mães e, segundo especialistas, a interrupção desse vínculo pode afetar o desenvolvimento delas na chamada primeira infância, entre zero e seis anos de idade. “Na primeira infância a mãe tem importância vital para a criança. É ela que dá o aconchego, apresenta o afeto, o cuidado. Mesmo nessa fase, a criança entende tudo e sente muito mais”, explica a pedagoga e psicóloga Rita Khater. Por lei, as internas do sistema prisional podem permanecer com os filhos até os seis meses de idade. Na região de Campinas, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) possui a “ala de amamentação” em Mogi Guaçu. Das 16 vagas, cinco estão ocupadas. Segundo Rita, que é professora da PUC-Campinas, a construção da criança como um ser social passa pelo alicerce da infância, e a desestruturação da família pode afetar tanto o desenvolvimento emocional como o cognitivo. “Imagine que fôssemos subir uma escada pulando os seis primeiros degraus. Seria quase certo que no sétimo degrau perderíamos o equilíbrio. A gente não pode pular fases, principalmente na primeira infância. Os elos e valores criados agora dão sustentação para o resto da vida”, opina Rita. Leia mais aqui

Agência Brasil – 18/10/2018

>Brasil tem 477 grávidas e lactantes no sistema carcerário

Entre as cerca de 31 mil mulheres que cumpriam pena em todo o país em setembro deste ano, 477 estavam grávidas ou amamentando. Segundo levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o total representa um aumento superior a 12% em comparação a agosto, quando havia, no interior do sistema prisional, 425 grávidas e lactantes. De acordo com o Cadastro Nacional de Presas Grávidas e Lactantes, criado e mantido pelo CNJ, 302 presas estavam grávidas e 175 estavam amamentando, em setembro. São Paulo é a unidade da federação com o maior número (164) de gestantes e lactantes, seguida por Minas Gerais (39), Ceará (38), Goiás (33), Rio de Janeiro (26) e Pará (22). Segundo o CNJ, o Cadastro Nacional de Presas Grávidas e Lactantes é uma importante ferramenta para que os juízes possam cobrar dos governos estaduais as providências necessárias para a custódia dessas mulheres, com o objetivo de garantir a proteção das crianças que vão nascer ou que nasceram enquanto as mães cumprem pena em unidades prisionais. Em vigor desde 1984, com alterações, a Lei de Execução Penal diz que os estabelecimentos prisionais destinados a custodiar mulheres devem ser dotados de berçários onde as condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los por, no mínimo, até os seis meses de idade. A lei também exige que as penitenciárias de mulheres sejam dotadas de seção para gestantes e parturientes e de creche para abrigar crianças maiores de seis meses de idade e menores de sete anos, “com a finalidade de assistir a criança desamparada cuja responsável estiver presa”. Além disso, o sistema penal deve assegurar acompanhamento médico às presas, principalmente no pré-natal e no pós-parto. Tais cuidados são extensivos ao recém-nascido. Saiba mais aqui

ONU Brasil – 18/10/2018

>UNAIDS revisa política interna sobre licença paternidade, adoção e gestação por substituição

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) revisou sua política interna de licença paternidade e de adoção e introduziu novas regras sobre a licença de mulheres em caso de gestação por substituição, marcando um passo importante para garantir um ambiente de trabalho mais inclusivo. A política revisada inclui extensão da licença de adoção de oito para 16-18 semanas, dependendo do número de crianças sendo adotadas, extensão da licença paternidade de quatro a 16 semanas e introdução de 16 semanas de licença por gestação por substituição e 18 semanas para nascimentos múltiplos de gestação por substituição. A nova política é resultado de esforços combinados de advocacy da Associação de Funcionários do UNAIDS (USSA), em colaboração com a administração do UNAIDS, e é um dos compromissos assumidos no Plano de Ação sobre Gênero 2018-2023, lançado recentemente pela organização. “A política revisada permitirá que os pais passem mais tempo com suas famílias em um estágio fundamental da vida”, disse um membro da equipe que logo se tornará pai. “Os homens podem e devem desempenhar um papel importante no cuidado infantil e desafiar ativamente as normas de gênero que passam a maior responsabilidade pelo cuidado das crianças para as mulheres”, disse ele. Veja mais aqui

Crescer – 17/10/2018

>Número de cesáreas quase dobra no mundo em cinco anos e Brasil é segundo país com maior taxa

Não há dúvidas de que a cesárea é uma cirurgia que salva vidas, mas, de acordo com dados divulgados pelo jornal cientítico The Lancet, a intervenção tem sido realizada em um número muito maior do que o necessário. A análise feita com base nas informações mais recebtes divulgadas por 169 países, referentes ao ano de 2015 (os mais recentes), mostrou que o volume de cesarianas quase dobrou de 2000 a 2015, saltando de 16 milhões de cirurgias (que representava uma média de 12% dos partos) para 29,7 milhões (21% dos partos feitos). O excesso de cesarianas, feitas sem a real indicação, é o principal motivo do crescimento. De acordo com a pesquisadora responsável pela análise, Jane Sandall, professora de ciências sociais e saúde da mulher na King's College, em Londres, em mais da metade dos países analisados, recorre-se à cesárea sem indicação. No topo dessa lista estão: República Dominicana, com 58,1% dos nascimentos via cesárea; Brasil e Egito, com 55,5%. Os números estão muito acima do que preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o órgão, a taxa ideal é em torno de 10% a 15%. Os autores do estudo encontraram diferenças técnicas entre países ricos e pobres, sendo que na África subsaariana, por exemplo, a cirurgia sequer é ofertada, mesmo quando é necessária. Já na América Latina e no Caribe, o uso da cesariana em 2015 chegou a ser dez vezes mais frequente do que nas regiões centrais e oeste da África, onde a cirurgia só foi feita em 4% dos casos. Confira mais aqui

Folha Vitória – 17/10/2018

>Taxa de fecundidade no Brasil é baixa e está em queda acelerada

O Brasil figura entre os países que apresenta queda acentuada da taxa de fecundidade. A taxa do país de 1,7 está abaixo do nível de reposição populacional, de 2,2. O dado, do relatório “Situação da população mundial”, realizado anualmente pela UNFPA (Fundo de Populações das Nações Unidas), agência da ONU para questões populacionais, foi divulgado na última quarta-feira (17). Essa diminuição do número de filhos foi observada em todas as regiões do país e extratos sociais, no entanto, a maior queda foi registrada na população mais pobre e menos escolarizada. “A fecundidade no grupo populacional com menor renda, que corresponde aos 20% mais pobres, caiu 1 filho por mulher nos últimos 14 anos, entre 2001 e 2015”, afirma Vinícius Monteiro, oficial do Programas para População e Desenvolvimento do UNFPA no Brasil. Na faixa mais pobre e com menos escolaridade (de zero a quatro anos de estudo), a taxa de fecundidade caiu de 3,45 para 2,9 filhos por mulher. Na faixa com maior renda e maior escolaridade (a partir de 12 anos de estudo), a taxa de fecundidade também caiu, mas proporcionalmente menos - de 1,56 para 1,18. “Observamos que o acesso a serviços de saúde e à informação, além do processo de urbanização, fizeram com que mulheres tivessem mais condições de aproximar o número de filhos que gostariam ter ao que realmente tem”, afirma Monteiro. Leia mais aqui

Super Interessante – 16/10/2018

>Países que proíbem a palmada são melhores para o crescimento das crianças

Já há alguns anos, a palmada tem sido contestada como uma medida educativa eficiente. Especialistas afirmam que a punição física só gera resultados momentâneos, podendo prejudicar na formação da criança. E, agora, um estudo liderado por pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá, comprova isso: países onde a palmada é proibida são lugares mais seguros para crianças crescerem. Isso acontece por um motivo simples: jovens que crescem sem receberem palmadas batem menos. A pesquisa constatou que, nos países que proíbem castigos físicos, as brigas entre jovens são muito menores do que naqueles que permitem. O estudo, inclusive, levou à renovação de pedidos, no Canadá, de que sejam proibidas tais práticas dentro de casa. “A associação [das palmadas] com problemas acadêmicos e de saúde mental entre crianças que têm essa experiência no início da vida é muito bem estabelecido”, disse Frank Elgar, coautor da pesquisa. Ao todo, o estudo envolveu pesquisadores do Canadá, EUA e de Israel. Eles examinaram resultados de pesquisas realizadas em escolas de 88 países entre 2003 e 2014. Mais de 400 mil jovens (entre homens e mulheres) foram questionados sobre quantas vezes brigaram fisicamente com os outros. A idade dos entrevistados variou de 11 a 25 anos, dependendo da pesquisa. Saiba mais aqui

ONU Brasil – 16/10/2018

>Morte de crianças por fome é ‘intolerável’, diz ONU em dia mundial

Em mensagem para o Dia Mundial da Alimentação, lembrado na última terça-feira (16), o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que uma em cada nove pessoas no mundo não tem comida suficiente para se alimentar de forma adequada. Atualmente, de acordo com a FAO, 821 milhões de indivíduos passam fome em todo o planeta. A maioria é de mulheres. O problema também afeta consideravelmente os jovens. “Cerca de 155 milhões de crianças estão cronicamente malnutridas e poderão sofrer os efeitos do nanismo ao longo de toda a sua vida. A fome causa quase metade de todas as mortes de crianças em todo o mundo. Isso é intolerável”, enfatizou o chefe das Nações Unidas. O dirigente máximo da Organização pediu um compromisso com um mundo sem fome, “um mundo em que todas as pessoas tenham acesso a uma dieta saudável e nutritiva”. “Países e empresas, instituições e indivíduos. Temos, cada um, de fazer a nossa parte rumo a sistemas alimentares sustentáveis”, completou Guterres. Em Roma, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) promoveu um evento para marcar a data e chamou atenção para outras formas de má nutrição — como o sobrepeso. “Estamos testemunhando a globalização da obesidade”, alertou o diretor-geral da agência da ONU, o brasileiro José Graziano da Silva. “Se não encontrarmos caminhos concretos para impedir isso, o número de pessoas obesas vai logo se tornar tão alto quanto o número de pessoas subnutridas no mundo”, acrescentou o dirigente. Graziano ressaltou que conflitos armados, fenômenos climáticos extremos, desaceleração econômica e níveis crescentes de sobrepeso e obesidade ameaçam reverter as conquistas da luta contra a fome e a má nutrição. Veja mais aqui

Crescer – 16/10/2018

>Produtos de limpeza podem estar associados à obesidade infantil, diz estudo

Já se sabe que o excesso de limpeza reduz as defesas do organismo e, consequentemente, a imunidade. Um recente estudo publicado no Canadian Medical Association Journal, no entanto, foi além, ao sugerir que o uso de produtos de limpeza antibacterianos teriam a capacidade de alterar as bactérias do ambiente e a microbiota (conjunto de bactérias) intestinal, tendo relação com o excesso de peso infantil. A pesquisa acompanhou 757 crianças entre 3 meses a 3 anos observando a exposição a desinfetantes, detergentes e produtos ecológicos usados em casa. Nos lares onde eram usados desinfetantes convencionais, pelo menos uma vez por semana, as bactérias intestinais dos pequenos estavam alteradas. Já nas que utilizavam os produtos ecologicamente corretos não havia alterações significantes. "Descobrimos que bebês de 3 a 4 meses que vivem em domicílios com desinfetantes sendo usados, pelo menos semanalmente, tinham duas vezes mais chances de ter níveis mais altos das bactérias intestinais do tipo Lachnospiraceae. Na idade de 3 anos, o índice de massa corporal era maior do que o das crianças que não haviam sido expostas a esse tipo de produto", disse Anita Kozyrskyj, professora de pediatria da Universidade de Alberta (Canadá) e principal pesquisadora do programa de pesquisa SyMBIOTA, estudo financiado pelos Institutos Canadenses de Pesquisa em Saúde (CIHR), que investiga como as alterações do microbioma intestinal do bebê afetam a saúde. Confira mais aqui

Folha de S. Paulo – 16/10/2018

>Cidade de São Paulo supera meta de colocar 50% das crianças em creche

O município de São Paulo conseguiu ultrapassar a meta de ter ao menos 50% das crianças de 0 a 3 anos matriculadas em creches. A marca, alcançada seis anos antes do prazo e ainda distante de ser batida em nível nacional, foi atingida em setembro pela gestão Bruno Covas (PSDB), em um trabalho puxado também por antecessores, como Fernando Haddad (PT) e João Doria (PSDB). Apesar do patamar, porém, 85 mil crianças da cidade seguem na fila por uma vaga. Hoje, das 629 mil crianças nesta faixa etária em São Paulo, 61% estão na escola. A maioria absoluta em creches ligadas à prefeitura paulistana. São 323.885 crianças em creches municipais, e outras 56 mil em unidades privadas. O saldo é resultado de um esforço de seguidas gestões da cidade, sob pressões sociais e políticas pela criação de vagas. Em dez anos, de 2008 até setembro deste ano, a cidade mais que triplicou o atendimento. Mesmo alta, a fila atual por vaga, de 85 mil crianças, é a menor já registrada para o mês de setembro. A matrícula na educação infantil, que envolve também a pré-escola (4 e 5 anos), é responsabilidade municipal. Estados e União têm obrigação de colaborar, o que não ocorre de maneira efetiva. A meta de ter 50% das crianças em creche consta no PNE (Plano Nacional de Educação), lei aprovada em 2014. O prazo de atendimento para todo país se encerra em 2024. Leia mais aqui

Crescer – 16/10/2018

>Crianças que frequentam creches podem ter melhor desenvolvimento psicológico

Quem já não se perguntou sobre o melhor momento para introduzir o filho na vida escolar? Quanto mais cedo melhor? Ou o ideal seria deixar a criança por mais tempo sob os cuidados de uma babá ou um familiar? Pois, pesquisadores franceses afirmam que optar pela creche pode beneficiar a criança em diversos aspectos. O estudo, publicado pelo Journal of Epidemiology & Community Health, analisou o desenvolvimento emocional de 1428 crianças do nascimento até 8 anos de idade. Periodicamente, os pais tinham que responder a um questionário com 25 perguntas envolvendo problemas comportamentais e emocionais, como a dificuldade em fazer amigos, hiperatividade, conduta e habilidades sociais. Eles também foram questionados sobre o tipo de cuidado que as crianças tinham até os 3 anos de idade: se formal, isto é, creche; informal, ou seja, se ficavam sob os cuidados de algum familiar ou amigo; ou então de uma babá. O estudo chegou à conclusão de que aqueles que receberam cuidados formais tiveram menor probabilidade de ter problemas emocionais e comportamentais e maior probabilidade de terem melhores habilidades sociais. Além disso, crianças que frequentavam creches por um ano ou mais tinham chances ainda mais baixas de sofrer com problemas emocionais, dificuldades de fazer amigos e habilidades sociais precárias. Os cientistas concluem que o acesso a cuidados infantis de alta qualidade nos primeiros anos de vida pode melhorar o desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças, prevenir dificuldades emocionais posteriores e promover comportamentos pró-sociais. Saiba mais aqui

ONU Brasil – 15/10/2018

>OMS lança nova recomendação para reduzir número de cesarianas desnecessárias no mundo

A cesariana é um procedimento cirúrgico que, quando realizado por razões médicas, pode salvar a vida de uma mulher e de seu bebê. No entanto, muitas delas são realizadas desnecessariamente, o que pode colocar em risco a vida e o bem-estar das mães e de seus filhos tanto no curto como no longo prazo. A nova recomendação incorpora opiniões, medos e crenças de mulheres e profissionais de saúde sobre cesarianas. Também considera as complexas dinâmicas e limitações dos sistemas e organizações de saúde e as relações entre mulheres, profissionais de saúde e organização dos serviços de saúde. Entre as principais orientações, estão intervenções educacionais para mulheres e famílias, com o objetivo de apoiar um diálogo significativo com provedores e tomada de decisão consciente sobre o tipo de parto (como oficinas de treinamento para mães e casais, programas de treinamento de relaxamento conduzidos por enfermeiros, programas psicossociais de prevenção para casais e/ou psicoeducação para mulheres com medo de dor ou ansiedade). A OMS também recomenda o uso de diretrizes clínicas, auditorias de cesarianas e feedback oportuno aos profissionais de saúde sobre práticas de cesariana e requisito para segunda opinião para indicação de cesariana no ponto de atendimento em ambientes com recursos adequados. Veja mais aqui

Brasil de Fato – 15/10/2018

>Aumento da mortalidade infantil marca Dia das Crianças

O dia 12 de outubro é dedicado no Brasil às crianças. O Repórter SUS foi ouvir o pediatra, médico de saúde pública da Prefeitura de Campinas (SP) e professor do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Campinas (Unicamp), Paulo Vicente Bonilha Almeida, sobre os índices brasileiros de mortalidade infantil. O professor afirma que a redução da mortalidade infantil observada em quase 30 anos deveu-se bastante à Estratégia Saúde da Família, ao Programa Nacional de Imunização, considerado uma das referências no mundo, associada às melhorias nas taxas de aleitamento materno e ao Programa Bolsa Família. Passados quase 30 anos em queda contínua, o médico lamenta que o País registrou um pequeno crescimento nos números de mortes de crianças nas faixas etárias entre zero e um ano de idade e entre um e cinco anos. Para Bonilha, os índices voltaram a crescer a partir de 2016, o que se deveu à crise econômica, mas especialmente à queda de incentivos nas políticas públicas. "Infelizmente, desde 2016, aquela mortalidade infantil que havia diminuído para 13,3 [por mil nascimentos] aumentou para 14. Quando o SUS comemora 30 anos de sua criação, em 2018, é motivo de muita tristeza, porque justamente num momento de crise econômica, de desemprego, é que os países têm de investir mais nas suas políticas de proteção social, proteção das populações mais vulneráveis, e não foi isso que a gente viu. O sucateamento do SUS, a falta de investimentos no SUS, no SUAS [Sistema Único de Assistência Social], nas políticas públicas, inclusive com a diminuição do público [beneficiário] do Bolso Família, fazendo com que aumentasse a mortalidade infantil e na infância". Confira mais aqui

Estadão – 15/10/2018

>Mortalidade infantil no País é 3 vezes maior entre bebês com microcefalia

De novembro de 2015, quando surto de má-formação associada ao zika começou, até julho deste ano, 218 crianças nascidas com a síndrome já morreram; para médicos e familiares, falhas nos serviços de saúde são responsáveis por parte dos óbitos. Considerando apenas crianças mortas antes de completarem o primeiro ano de vida, foram 188 óbitos, o equivalente a 5,82% de todos os 3.226 bebês que tiveram o diagnóstico de microcefalia associada ao zika confirmado no período. O índice é três vezes maior do que o observado na população em geral. Em 2016, o porcentual de bebês mortos antes do primeiro ano de vida foi de 1,27% sobre todos os nascimentos no País. Além da gravidade do quadro de saúde dessas crianças, a falta de centros de reabilitação e de preparo das equipes de saúde para cuidar delas são apontadas por médicos e familiares como causas para o alto índice de mortes. Coordenadora do setor de infectologia pediátrica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), no Recife, e uma das primeiras especialistas a identificar o aumento de casos de microcefalia no Estado, Maria Ângela Rocha destaca que a maioria das mortes de crianças com microcefalia é por infecções, sobretudo respiratórias, e esse risco poderia ser reduzido se os bebês tivessem acesso a terapias de estimulação precoce. “Essas crianças têm dificuldades para engolir. Se não fazem acompanhamento com fonoaudiólogos e fisioterapeutas, têm facilidade para broncoaspirar líquidos e alimentos e formar secreção, o que pode levar a infecções”, explica a médica. Leia mais aqui

Extra – 14/10/2018

>Paralisação do teste do pezinho, com 106 mil amostras retidas, deixou danos irreversíveis a crianças

Numa segunda-feira, 25 de julho de 2016, Maria Alyce nasceu chamando a atenção de todo o hospital. Gritava sem parar, um choro diferente, uma irritação constante. Médicos e enfermeiros faziam de tudo para acalmar a menina. Nada adiantava. Com quatro dias de vida, foi levada pela mãe à Clínica da Família Dona Zica, na Mangueira, para fazer o teste do pezinho. Mas o resultado só saiu quando a pequena estava com 1 ano e 4 meses e com sequelas mentais irreversíveis. Um mês depois, a família enfim recebia um diagnóstico: fenilcetonúria, umas das seis doenças genéticas rastreadas pelo teste do pezinho. A menina, hoje com 2 anos, é uma das cerca de 400 crianças portadoras de doenças genéticas graves rastreadas pelo teste do pezinho que, segundo estimativas, deixaram de ser diagnosticadas precocemente em função da paralisação do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) no estado do Rio, de junho de 2016 a janeiro de 2017. São casos que, na ausência do tratamento precoce, iniciado antes do surgimento dos sintomas, evoluem para retardo mental, desnutrição grave e até a morte. Nesse período, 106 mil exames não foram processados. A Secretaria estadual de Saúde (SES) mudou a instituição responsável pelo programa em fevereiro do ano passado, mas um relatório de auditoria feito pelo Ministério da Saúde aponta que os problemas continuam. Veja mais aqui

Folha de S. Paulo – 14/10/2018

>Violência doméstica e exploração infantil provocam fuga escolar em Guarulhos

A violência doméstica e a exploração infantil estão levando crianças e jovens a abandonar os estudos em Guarulhos, na Grande SP. Esses são os principais motivos dos alunos que deixaram de estudar em um colégio da rede estadual da cidade no primeiro semestre. No geral, 10% dos alunos abandonaram as aulas no período. As informações são da diretoria da Escola Estadual Brigadeiro Haroldo Veloso, que fica na região do bairro São João, e conta com estudantes na faixa etária entre 11 anos e 17 anos. No primeiro bimestre deste ano, 17 estudantes abandonaram os estudos na unidade. Nos dois meses seguintes, a mesma quantidade deixou de frequentar as salas de aula e, no terceiro bimestre, foram mais 10. No total, foram 44 abandonos, dos quais 30 se deram por causa de violência doméstica e exploração infantil. A escola não informou dados sobre o ano passado, pois diz que houve mudança da diretoria e os dados referentes ao período ainda são organizados. Do total de estudantes que deixaram de frequentar a escola no bairro São João, cinco retornaram, devido a trabalhos de orientação desenvolvidos pela diretoria. A coordenação faz trabalhos de acompanhamento, acionando o Conselho Tutelar quando necessário, para que crianças e jovens se sintam seguros e continuem a frequentar as aulas. Por causa dos relatos, o professor de filosofia e psicólogo Erivaldo Pereira dos Santos, o professor Wall, desenvolveu, em parceria com outros educadores, um projeto para que os estudantes produzam peças teatrais nas quais a violência doméstica é “fonte de inspiração”. Confira mais aqui

Nexo – 14/10/2018

>Por que negligenciar a educação de meninas prejudica a economia

No dia 10 de outubro de 2018, o Fundo Malala divulgou o relatório da campanha “Full Force: Why the world works better when girls go to school” ('Força total: por que o mundo funciona melhor quando meninas vão à escola', em tradução livre). O documento advoga pela importância de se investir na educação de meninas e mulheres, e aponta que quase um bilhão, ou 65% das meninas e mulheres de até 24 anos do mundo, não têm acesso ao ensino e desenvolvimento de habilidades consideradas fundamentais para o mercado de trabalho do futuro. Deixar de preparar a geração atual de meninas e jovens pode deixá-las mais vulneráveis ao desemprego e a condições precárias de trabalho. O número de 955,6 milhões de meninas e mulheres de até 24 anos sem acesso a uma capacitação adequada para o mercado de trabalho do futuro foi estimado com base em uma análise de informações feita pelo Instituto de Estudos do Desenvolvimento (IDS), do Reino Unido, que cruzou dados oficiais sobre as matrículas de meninas na educação formal e informações da ITU, a agência das Nações Unidas sobre tecnologias de informação e comunicação. O relatório também comparou a quantidade de meninas e mulheres jovens nesta situação em quatro grupos de países: os de renda baixa, de renda média-baixa, de renda média-alta e de renda alta. O resultado é que, quanto mais pobre é o país, maior a porcentagem de mulheres jovens que, atualmente, não estão recebendo a capacitação adequada para atender exigências do mercado de trabalho nos próximos anos. Com a maior parte das jovens mulheres do mundo sem preparo para ter sucesso em um mercado de trabalho em ritmo acelerado de mudança, o crescimento econômico ficará mais lento. Leia mais aqui

G1 – 13/10/2018

>Crianças estrangeiras superam ruptura da mudança de país e se descobrem com vida no Brasil

Para entender o que acontece com as crianças em idades de 0 a 6 anos quando precisam se adaptar a situações que não esperavam, o portal conversou com a psicóloga e pedagoga Rita Khater. A especialista explicou que os garotos precisam ser inseridos nos novos núcleos sociais, como a escola, por exemplo, mas com a preservação da cultura e costumes originais. Em casos onde a nova realidade "esquece" o ambiente que a criança vivia antes, ela perde o eixo e isso pode trazer consequências na fase adulta. Segundo a professora, o país precisa acolher os estrangeiros. "A primeira infância é uma fase extremamente importante para o resto da vida. É ali que ela vai ter algumas mensagens de valores, e principalmente algumas características, como ser tímido ou extrovertido. Por isso, a criança imigrante precisa ter os seus valores adquiridos na sua cultura de origem preservados. O preconceito do 'ser diferente' não pode existir. A criança que chega em um ambiente de escola, vai ser diferente, mas é preciso que ela entenda que todos são diferentes e ela precisa ser respeitada", explicou a professora de psicologia da PUC-Campinas. Saiba mais aqui

Veja – 13/10/2018

>Crianças que consomem muito açúcar são mais violentas, diz estudo

De acordo com uma revisão de estudos publicada na revista Social Science & Medicine, crianças e adolescentes que ingerem alimentos ricos em açúcar são mais propensos à violência e comportamentos de risco (consumo de bebida alcoólica e cigarro). A pesquisa ainda descobriu que a exposição a altos níveis de açúcar aumentam em 69% a probabilidade de as crianças se tornarem bullies (termo utilizado para caraterizar pessoas que praticam o bullying). Para a ingestão de álcool o risco é de 72% – dentro desta taxa, 95% estavam mais propensas a embriaguez. Já a probabilidade de tabagismo chegou aos 89%. Segundo os pesquisadores, crianças menores de 6 anos não devem consumir mais do que 19 gramas de açúcar por dia. Para crianças acima dos 11 anos, a indicação é não passar das 30 gramas diária. Esses valores são menores do que os contidos em uma lata de Coca-Cola (35g) e uma barra de chocolate (33g). As bebidas energéticas em excesso também trazem implicações comportamentais, aumentando em quase quatro vezes a probabilidade das crianças praticarem bullying com colegas de escola. Segundo os pesquisadores, os energéticos influenciam ainda mais o comportamento – em comparação com chocolates e doces no geral -, pois contêm cafeína. Veja mais aqui

Jornal Nacional – 12/10/2018

>Campanha da Justiça de SP estimula adoção de crianças acima de 8 anos

Uma campanha da Justiça de São Paulo, intitulada “Adote um boa noite”, que começou há um ano, tem o objetivo de estimular a adoção de crianças mais velhas. Um site na internet mostra as crianças acima de 8 anos que podem ser adotadas. Funcionava só em dois fóruns da capital e agora foi ampliado para todo o estado de São Paulo. Neste período, quatro crianças e pré-adolescentes já foram adotados e outros 17 estão em processo de adoção. Mais da metade dos meninos e meninas que esperam adoção já passaram desta idade. “A gente percebeu, a partir de experiências com o trabalho, no dia a dia, que as pessoas sequer tinham pensado numa possibilidade da adoção de uma criança com mais de 8 anos ou de um adolescente”, explica o juiz Iberê Castro, do Tribunal de Justiça de São Paulo. A adaptação não é fácil, mas é comum o amor à primeira vista. Depois dos primeiros meses de convívio, vira família, com seus pequenos problemas. O hábito do “boa noite”, a eterna briga pelo uso do celular, pequenos hábitos de família que a gente já nem liga muito nem presta muita atenção. É tudo que esses adolescentes e crianças desejam. Eles têm entre 10 e 15 anos, estão esperando adoção, uma família. Algo que fica cada vez mais distante a cada ano que passa. Para incentivar a adoção dos mais velhos, a Justiça de São Paulo leva os meninos e meninas a lugares onde possa haver famílias em potencial. Na semana passada, um grupo entrou em campo com os jogadores, no clássico São Paulo e Palmeiras. Que criança apaixonada por futebol não sonha fazer isso? Mas sabe quando eles ficarão realmente felizes? Quando ganharem beijos e abraços e puderem dizer: “Boa noite, mãe” ou “boa noite, pai”. Confira mais aqui

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