Clipping nacional RNPI | 10 - 16 de maio de 2019

Correio Braziliense – 14/05/2019

>Maior parte dos casos de violência sexual contra crianças ocorre na primeira infância, o que chama a atenção para a importância de prevenir e combater esse crime

Entre janeiro de junho de 2018, o Ministério dos Direitos Humanos registrou 8,5 mil casos de violência sexual contra crianças e adolescentes em todo o país por meio do Disque 100 . Em 2017, em todo o ano, foram mais de 20 mil ocorrências. No Distrito Federal, o sistema computou 133 agressões até junho de 2018 e 319 durante o ano de 2017. Como nem todos os crimes sexuais contra a população de 0 a 17 anos chegam a ser denunciados, o número total de casos deve ser muito maior. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que apenas 10% dos casos são notificados no país . E, em 71% dos casos, o agressor é um familiar ou alguma pessoa próxima da vítima. Entre os 8.581 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes registrados na primeira metade do ano passado, 47,99% foram praticados contra meninas; e 40,70% contra meninos — em 11,31%, o gênero não foi informado. A maior quantidade de agressões foi registrada contra crianças de 4 a 7 anos, que correspondem a 21,47% das vítimas. Em 17,76% dos crimes, as crianças tinham até 3 anos. O que acende o alerta para a importância de combater e prevenir esse tipo de violência na primeira infância, fase em que meninos e meninas são mais vulneráveis e têm menos possibilidades de denunciar. Os casos diminuem à medida que as crianças crescem: 20,01% das vítimas têm de 8 a 11 anos; 17,43% de 12 a 14 anos; 11,69% de 15 a 17 anos. A exploração sexual, quando se paga para ter sexo com a pessoa com menos de 18 anos, é responsável por 16,08% dos casos. Confira mais aqui

ONU Brasil – 16/05/2019

>PNUD apoia projeto brasileiro para promover desenvolvimento infantil e vínculos familiares

O fortalecimento do vínculo familiar e a estimulação cognitiva na primeira infância são os objetivos do Criança Feliz, projeto do Governo Federal que tem o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Iniciativa usa metodologia de agências da ONU para promover comunicação e laços afetivos entre meninos e meninas de até seis anos e seus pais e cuidadores. O principal pilar do projeto é a realização de visitas domiciliares de equipes do poder público, durante as quais é aplicado o método conhecido como Care for Child Development (Cuidados para o Desenvolvimento da Criança, em português). Essa estratégia, concebida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), recomenda a realização de exercícios de interação e brincadeiras, engajando os pais no desenvolvimento cognitivo das crianças. A atuação intersetorial é outro fundamento do Criança Feliz. O programa agrega políticas públicas de assistência social, educação, cultura, saúde, direitos humanos e direitos da criança e do adolescente. Os visitadores atuam como pontes que conectam as famílias a essa rede institucional, articulada com os Centro de Referências de Assistência Social (CRAS). Os centros são unidades que oferecem os serviços do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Leia mais aqui

Diário de Pernambuco – 16/05/2019

>Mais de mil atividades ocorrem durante a Semana do Bebê no Recife

Uma semana inteira dedicada aos pequenos cidadãos recifenses e suas famílias. Assim será a 5ª Semana do Bebê, que reforça a importância das ações, projetos e programas voltados para a primeira infância. A abertura das atividades começará na próxima segunda-feira (20), no Teatro Santa Isabel, Bairro de Santo Antônio, às 8h30. As atividades acontecerão até o domingo, dia 26, em diversos pontos da cidade. A programação completa está disponível no site da prefeitura. As atividades, entretanto, se estenderão até o final do mês. A Semana do Bebê é uma estratégia de mobilização social que acontece em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Tem como objetivo fortalecer as ações realizadas no município, referentes ao cuidado, promoção, prevenção e assistência à criança, no âmbito da saúde, educação, desenvolvimento social e direitos humanos. Este ano, a Semana do Bebê traz como tema “Alimentar o presente é cuidar do futuro”. Com mais de mil ações, cerca de 50% a mais do que em 2018, a programação desta edição traz atividades que estarão presentes em diversos locais da cidade. O encerramento da 5ª Semana do Bebê será no Recife Antigo de Coração, evento que leva opções de lazer para toda a família no Bairro do Recife. Veja mais aqui

Gazeta Web – 16/05/2019

>Maceió sedia evento sobre saúde de gestantes e crianças

Começou na quinta-feira (16) e prossegue até este sábado (18), o I Meeting Alagoano de Saúde Materno Infantil (MASMI) que apresenta as pesquisas e os consensos mais recentes em torno da saúde da gestante e crianças. O evento acontece no Hotel Jatiúca, em Maceió. Com um olhar humanizado, especialistas que são referência no Brasil estarão reunidos no evento, que é pioneiro no estado com foco na Primeira Infância - período de maior vulnerabilidade do ser humano e determinante para a qualidade de vida no futuro. Em torno do tema geral "O cuidado interdisciplinar da pré-concepção à adolescência", o MASMI traz na programação questões atuais como desafios na amamentação, dificuldades e alergias alimentares, autismo e hiperatividade, uso de telas e tecnologias por crianças, humanização na sala de parto, entre outras temáticas. O encontro é voltado para profissionais - obstetras, pediatras, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros, fonoaudiólogos, entre outros -, estudantes e também para pais e mães de bebês e crianças. "O Meeting tem um formato pensado para agregar conhecimento a profissionais de saúde e estudantes, mas que também interessa a tentantes (mulheres que tentam engravidar), gestantes, pais e outras pessoas interessadas na temática, como pedagogos. Os minicursos, por exemplo, são muito úteis para mães que enfrentam dificuldades na amamentação ou na alimentação de bebês e crianças", explica a coordenadora científica do evento, a nutricionista e prof. Dra. Monica Lopes Assunção, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Saiba mais aqui

O Presente – 16/05/2019

>Projetos sobre educação na Primeira Infância podem concorrer a prêmio internacional

Projetos criativos e inovadores em atenção e educação na Primeira Infância, tendo como princípio a busca do desenvolvimento sustentável, podem concorrer à segunda edição do Prêmio Meu Pátio é o Mundo. A iniciativa é da Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar (OMEP), em suas representações na Argentina, Brasil e Chile, em conjunto com a Fundação Arcor Argentina, Fundação Arcor Chile e Instituto Arcor Brasil. As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de maio. Serão selecionados 20 projetos por país, na Argentina, no Chile e no Brasil. No território brasileiro, serão selecionados projetos dos estados de São Paulo, Maranhão, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. O objetivo do concurso é, de fato, reconhecer projetos criativos e inovadores de Educação para o Desenvolvimento Sustentável. O Desenvolvimento Sustentável é entendido como um processo de mudança na qual a utilização dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e as mudanças institucionais estão desenhadas para atender as necessidades sociais e econômicas das atuais e das futuras gerações. Confira mais aqui

Estado de Minas – 16/05/2019

>ONG publica manual para tratar crianças feridas em explosões

A ONG Save the Children publicou nesta quinta-feira um manual para tratar as feridas causadas por explosões que muitas crianças do mundo sofrem em zonas de conflito. Atentados suicidas, minas terrestres, granadas, ataques aéreos e outras formas de explosivos "causam 72% de todas as mortes nas zonas de guerra mais mortais do mundo", anunciou a ONG britânica Save the Children. "O manual é o primeiro guia no mundo sobre os processos que devem ser seguidos para manter as crianças vivas e ajudá-las a se recuperar completamente após os ferimentos catastróficos causados por armas explosivas", disse a organização. Este manual fornece ao pessoal médico que trabalha em zonas de conflito "o conhecimento e o aconselhamento técnico necessários para tratar as crianças", salienta Helle Thorning-Schmidt, ex-primeira-ministra da Dinamarca e chefe da Save the Children International. O manual foi criado a pedido dos médicos que trabalham na Síria, onde a guerra matou mais de 370 mil pessoas desde 2011. "Das pessoas mortas na Síria, 83% das crianças e 12% dos combatentes morreram por explosões", disse a ONG com base em números da Organização das Nações Unidas (ONU). Leia mais aqui

Diário de Pernambuco – 16/05/2019

>Campanha nas redes sociais combate abuso de crianças e adolescentes

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, lembrado no próximo sábado (18), vai contar com a campanha A infância pede amor e proteção, iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT), a Childhood Foundation e o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI). Desenvolvida nas redes sociais, aborda os direitos da infância. Vídeos e posts temáticos serão lançados no Facebook, Instagram e Twitter. A mensagem valoriza a infância, o brincar, e exalta o amor como porta de entrada para a formação de um adulto feliz e saudável.A data foi instituída pela Lei Federal nº 9.970/2000 para lembrar um crime bárbaro que chocou o país em 1973 em Vitória, no Espírito Santo. Naquele ano, a menina Araceli Cabrera Crespo, de 8 anos, foi espancada, violentada e assassinada. Após 45 anos, o crime continua impune. A exploração sexual infantil é considerada uma das piores formas de trabalho infantil, segundo o decreto federal 6.481, conhecido como lista TIP. O entendimento legal é que a prática traz prejuízos permanentes para a formação psicológica, emocional e física da criança, e deve ser combatida de forma veemente pelas instituições protetivas. Uma das formais mais importantes de se combater o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes é denunciando. Há uma série de canais que podem receber essas informações, preservando inclusive o sigilo de quem está relatando. Denuncie!

Gazeta Online – 15/05/2019

>Espírito Santo tem 47 mil crianças trabalhando

Ver crianças e adolescentes pedindo dinheiro na rua, vendendo dentro dos ônibus e até mesmo carregando carrinhos nas feiras ao ar livre vem se tornado cada vez mais frequente. Apenas no Espírito Santo, mais de 47,3 mil menores, entre 5 e 17 anos, trabalham. Segundo a avaliação de especialistas, a crise econômica que o país vive desde 2015, com o aumento do desemprego – que chegou a 13,38 milhões de pessoas no início de 2018 – e o crescimento do trabalho informal, vêm diminuindo a renda das famílias. Com isso, a cena de crianças e adolescentes trabalhando está crescendo, como já é possível notar pelas ruas da grande Vitória. Para Ricardo Paixão, presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon), ainda existe dificuldade para as pessoas com baixo grau de escolaridade voltarem ao mercado, o que normalmente é o caso dos pais desses meninos e meninas. “Com a situação difícil em casa eles vão às ruas. As pessoas se comovem com a cena de uma criança no semáforo, por exemplo, e acabam dando dinheiro, o que incentiva que ela continue a trabalhar.” Veja mais aqui

Valor Econômico – 14/05/2019

>Crise estanca queda de mortes na infância

Após mostrarem melhoras significativas por mais de uma década, os indicadores de mortalidade infantil apontam que esse ritmo de avanço foi bastante reduzido na taxa geral e já registra retrocessos preocupantes nos números de mortes evitáveis para crianças entre um mês e quatro anos. Em 2016, dado mais recente disponível, o número de óbitos nesta faixa etária aumentou 11%, segundo números disponíveis no Ministério da Saúde, após 13 anos de queda. A alta em 2016 foi generalizada, apenas Rio Grande do Sul, Sergipe, Paraíba e Distrito Federal tiveram redução das mortes nesta faixa. Em alguns locais, como Roraima, o número mais do que dobrou. O número de mortes entre 1 mês de vida e um ano de idade também aumentou no país em 2016, mas menos, cerca de 2%. Como as mortes neonatais (até um mês) continuam caindo, o número total de mortes entre zero e cinco anos não subiu, mas o ritmo de redução vem se desacelerando. Os dados acenderam um alerta e tem sido monitorados com atenção pelo Ministério da Saúde. A pasta não fechou a taxa global de mortalidade infantil ajustada oficial do país em 2016. Os dados brutos foram consolidados pelo Observatório da Criança e do Adolescente, mantido pela Fundação Abrinq, e indicam uma piora na taxa, para 12,7 mortos em mil nascidos vivos em 2016. Em 2015 esse número era de 12,4. Saiba mais aqui

Agência Brasil – 14/05/2019

>Disque 100: denúncias de violação de direitos de crianças caem em 2018

As denúncias de violações de direitos de crianças e adolescentes recebidas pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) caíram cerca de 10% de 2017 para 2018, saindo de 84 mil para 76,2 mil. Nos primeiros quatro meses deste ano, foram registradas 4,7 mil denúncias. O número é 19% inferior ao de igual perído do ano passado (5,8 mil). Os dados foram apresentados pela equipe do Ministério em reunião da Frente Parlamentar Contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes realizada na terça-feira (14) na Câmara dos Deputados. As denúncias foram recebidas pelo Disque 100, sistema de atendimento telefônico criado pelo Ministério para receber reclamações de violações de direitos humanos sobre diversos temas. A evolução das denúncias nos últimos anos sinaliza uma oscilação do fenômeno. O total de denúncias relacionadas a crianças e adolescentes foi de 80,4 mil em 2015, 76,1 mil em 2016, 84 mil em 2017 e 76,2 mil em 2018. Na reunião da Frente Parlamentar, a equipe do MMFDH relatou problemas com o Disque 100, como a demora de até 50 minutos para uma ligação ser atendida e o fato de 40% das chamadas não serem sequer respondidas. O ouvidor nacional de Direitos Humanos, Fernando César Ferreira, anunciou a criação de um Sistema Integrado Nacional de Direitos Humanos que vai reunir os canais existentes (como o Disque 100 e o Disque 180, voltado a denúncias de violações de direitos das mulheres). Confira mais aqui

Correio Braziliense – 14/05/2019

>Vacinação de crianças é essencial para manter população protegida de doença

Sarampo, rubéola, poliomielite, difteria: doenças que há décadas não se manifestam em moradores do Distrito Federal, extintas graças à imunização massiva da população. Essa realidade, no entanto, está gravemente ameaçada. Com as baixas anuais das coberturas vacinais, o grupo de infecções compromete a saúde pública. Em 2018, nenhuma das 11 vacinas incluídas no calendário infantil da capital federal alcançou mais de 85% do público-alvo. A recomendação mínima, estipulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para manter a eliminação ou controlar os vírus, é de 95% de cobertura. Uma consequência real da diminuição de pessoas imunizadas é a volta de registros de sarampo no Brasil, o que ocasionou a perda do certificado de eliminação da doença três anos depois da concessão pela pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). A falsa percepção de que algumas vacinas já não são mais necessárias por conta da inexistência de casos recentes da doença é uma das principais inferências apontadas pela Secretaria de Saúde para explicar a baixa na imunização da população do DF e também do Brasil. Acompanhada desse fator, há também o esquecimento, a não priorização sob a alegação de falta de tempo, além de notícias falas, que acabam gerando medo ou dúvida sobre a eficácia da medida preventiva. De acordo com o médico especialista em doenças infecciosas Leandro Machado, esta cultura presente entre os brasileiros põe em cheque o que define ser uma das principais conquistas da medicina no combate de doenças. Para combater as fake news que freiam a procura da população pelas vacinas, o Ministério da Saúde disponibiliza um número de WhatsApp para tirar qualquer dúvida e verificar informações em relação à imunização. As mensagens são apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente sobre se são verdade ou mentira. Qualquer cidadão pode enviar de graça mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para, assim, confirmar com a fonte oficial. O número é (61) 99289-4640. Leia mais aqui

Huffpost – 13/05/2019

>Uma meta improvável: por que oferecer creches para 50% das crianças até 2024 é realidade ainda distante no Brasil

Aprovado em 2014, o Plano Nacional de Educação (PNE) prevê que 50% dos brasileiros de 0 a 3 anos de idade estejam matriculados em uma creche até 2024. Os dados mais recentes mostram que 32% da população nessa idade - 3,4 milhões de crianças - estava matriculada em creches em 2016, segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas). Para atingir a meta, seria necessário incluir mais 1,9 milhão de crianças. Atingir esse cenário, contudo, é pouco provável na avaliação de especialistas em educação, devido à redução dos recursos federais para financiar as creches, além de políticas de diminuição da presença do Estado. Entre as maiores cidades brasileiras, todas têm déficit de vagas, de acordo com dados das secretarias municipais de Educação enviados à reportagem. Em São Paulo, há 330.973 crianças entre 0 e 3 anos matriculadas e 19,6 mil na fila de espera, segundo levantamento de dezembro de 2018. Esse foi o patamar mais baixo atingido e representa 61% das crianças dessa faixa etária. O problema, no entanto, não se resume às poucas vagas. Muitas vezes, a opção oferecida às famílias se torna inviável pela distância. A falta de creches atinge especialmente as classes mais baixas: Entre os 20% mais ricos, o acesso é de 48,2%, segundo a Pnad 2016, e de 22,3% entre os 20% mais pobres. "A falta de acesso a creche reforça a divisão social de famílias e crianças e o ciclo da pobreza. Essas mães não conseguem trabalhar porque têm de ficar cuidando do bebê, e isso empobrece ainda mais a família", afirma Beatriz Abuchaim, gerente de Conhecimento Aplicado da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV). Veja mais aqui

Portal Aprendiz – 13/05/2019

>Trabalho infantil negro é maior por herança da escravidão

Os dados de trabalho infantil no Brasil mostram que as crianças negras representam 62,7% da mão de obra precoce no país. Quando se trata de trabalho infantil doméstico, esse índice aumenta para 73,5%, sendo mais de 94% meninas. Esses números só começaram a ser apresentados nas últimas pesquisas, mas podem ser explicados por um olhar histórico, segundo especialistas que trabalham com o tema. “A questão é permeada por um racismo estrutural, uma vez que pessoas negras, escravizadas e libertas, não tiveram inserção de trabalho, de forma digna, com direitos assegurados, com estrutura mínima que permitisse acesso aos demais direitos”, afirma Elisiane Santos, procuradora e vice Coordenadora de Combate à Discriminação no Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT-SP). “Temos cenários de escravização de pessoas negras até hoje. Não é algo formal, mas uma escravidão contemporânea. Isso afeta homens e mulheres, mas também crianças”, observa Elisiane. Há famílias que conseguiram quebrar esse ciclo, mas, historicamente, quem sofre mais com a situação de desigualdade social é a população negra. “São as pessoas que estão sem trabalho, em condição de pobreza e miséria absoluta. As raízes dessa desigualdade também se assentam nesse racismo estrutural”, diz a procuradora. Saiba mais aqui

O Globo – 12/05/2019

>Grávidas e mães de crianças pequenas poderiam estar em casa, mas permanecem na cadeia

Pouco mais de um ano depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que garantiu a transferência para o regime domiciliar a presas provisórias com filhos ou gestantes , apenas um terço foi para casa. Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), 9.245 mulheres têm direito ao benefício. Em dezembro, apenas 3.073 haviam sido liberadas. Nos estados, os juízes relutam para cumprir a determinação. Entre os motivos, consideram que as mães não exercem bem a maternidade, ou que as crianças já estão sendo cuidadas por familiares. Também ponderam a gravidade do crime — especialmente quando se trata de tráfico de drogas. Tais critérios, no entanto, não foram delineados pelo STF. Em fevereiro de 2018, a Segunda Turma do Tribunal decidiu que presas grávidas e mães de crianças de até 12 anos têm o direito à prisão domiciliar, desde que não tenham cometido crime com violência e grave ameaça. Também não podem ser soltas mulheres que cometeram crimes contra um filho, ou que perderam a guarda da criança por algum motivo que não seja a prisão. Foram ainda beneficiadas mães de deficientes de todas as idades. Na época, o STF deu prazo de até 60 dias para os tribunais identificarem as presas que, segundo esses parâmetros, teriam o direito à transferência para casa. Assim que identificadas, a ordem deveria ser posta em prática imediatamente. Mas o prazo não foi cumprido. Confira mais aqui

Correio Braziliense – 12/05/2019

>Metade das mulheres grávidas são demitidas na volta da licença-maternidade

A maternidade permanece polêmica para empregadas e empregadores. Quando uma trabalhadora engravida, o foco das empresas continua sendo nas “perdas” que terá nos próximos anos. O tempo passa, mas os empecilhos são os mesmos: receio de a mãe faltar ao trabalho, caso o filho passe mal; de ela pedir para chegar mais tarde para ir a uma reunião escolar; ou de se atrasar, devido à exaustão da rotina. Os benefícios da maternidade para as empresas e até para a economia do país, mesmo comprovados por diversos estudos, ainda são ignorados. Na contramão do senso comum, especialistas apontam que as mães são mais produtivas e flexíveis, porque as atividades neurais, ligadas à criatividade, aumentam durante a gestação. Além disso, o hábito de acumular duplas jornadas as deixam com maior capacidade de otimizar o tempo — tornam a vida das mulheres mais fácil no mercado de trabalho. Ainda assim, persiste o pensamento de que o empregador não suportará o tempo de afastamento, sem preencher aquela necessária vaga. Fora isso, há o temor de que o período em que fica com a criança a deixará desatualizada em relação à tecnologia, que avança rápido. Esse pensamento leva, quase sempre, a uma realidade cruel. Estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) aponta que metade das mães que trabalham são demitidas até dois anos depois que acaba a licença, devido à mentalidade de que os cuidados com os filhos são praticamente uma exclusividade delas. Leia mais aqui

G1 – 11/05/2019

>Entenda nova edição do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e as mudanças recentes no documento

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos lançou na última sexta-feira (10) uma nova edição do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em evento em Brasília. Embora o documento tenha sido anunciado como um "novo ECA", especialistas ouvidos pelo G1 explicaram que, na verdade, o governo federal organizou uma edição oficial atualizada do texto, apenas incluindo as alterações feitas na legislação nos últimos cerca de dois anos. O ECA, portanto, está mantido sem mudanças em seus princípios básicos, dizem especialistas. A ministra Damares Alves destacou os pontos alterados mais recentemente, já na administração do presidente Jair Bolsonaro. São quatro os pontos modificados no ECA durante a atual administração: a instituição da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, na lei nº 13.798, de 3 de janeiro de 2019; a criação do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas - na lei nº 13.812, de 16 de março 2019; a mudança na idade mínima para que uma criança ou adolescente possa viajar sem os pais ou responsáveis e sem autorização judicial, passando de 12 para 16 anos - na mesma lei nº 13.812; a mudança na lei sobre a reeleição dos conselheiros tutelares, que agora podem ser reeleitos por vários mandatos consecutivos, em vez de apenas uma vez - lei 13.824, de 9 de maio 2019. Para o presidente da Comissão de Direitos Infanto-Juvenis da OAB/SP, Diego Goularte, essas mudanças são "importantes, mas auxiliares". Segundo ele, "as alterações vão contribuir para a elaboração de políticas públicas e maximizar as ferramentas" já existentes. Veja mais aqui

Observatório do 3º Setor – 10/05/2019

>Brasil: 57% das mães que criam filhos sozinhas vivem na pobreza

O Brasil tem 54,8 milhões de pessoas que vivem com menos de R$ 406 por mês, dois milhões de pessoas a mais que na última pesquisa divulgada em 2017. Com isso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a proporção da população em situação da pobreza subiu de 25,7% para 26,5% em um ano. Um dos grupos mais vulneráveis é composto pelas pessoas que moram em domicílios formados por arranjos cujo responsável é mulher sem cônjuge com filhos de até 14 anos de idade: 56,9% dessas pessoas vivem em situação de pobreza. Se o responsável desse tipo de domicílio (monoparental com filhos) é uma mulher preta ou parda, a incidência de pobreza sobe ainda mais, a 64,4%. Da mesma forma, a pobreza atinge mais as crianças e adolescentes de até 14 anos de idade (43,4%) e homens e mulheres pretos ou pardos. Segundo o estudo, seria necessário investir R$ 10,2 bilhões por mês na economia para que a pobreza fosse erradicada. Além da opção de investimento na economia, o estudo também diz que a outra alternativa seria garantir R$ 187 por mês a mais, em média, na renda de cada pessoa que está em situação de pobreza. A fome já atinge milhões de brasileiros, superando populações inteiras de países como o Uruguai. O relatório internacional ‘O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2018′, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), mostrou que a fome atinge 5,2 milhões de pessoas no Brasil. Saiba mais aqui

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