Boletim RNPI | Edição 43 | Agosto de 2019

>Paternidades e Primeira Infância: tempo e movimento

"Nas coisas que me compõem enquanto indivíduo e cidadão, sinto que continuo o mesmo. Tenho os mesmos valores e a mesma forma de enxergar o mundo. Mas o “tempo” mudou. E não me refiro apenas ao tempo livre que sumiu para aparentemente nunca mais voltar. Me refiro principalmente a como percebo e como “vivo” o tempo. Sei que isso está um pouco confuso, mas vou tentar explicar… Desde as 22:40 do dia 31 de julho de 2017 eu tenho consciência de ter os pés mais fincados no presente do que nunca: eu estou aqui. Ao mesmo tempo, a paternidade tem me levado a constantes reflexões sobre a minha infância: eu estou nas minhas memórias. Por fim, com certa frequência me imagino no aniversário de 10 anos de Francisco, quando, se tudo der certo, eu terei 50 anos; ou nos seus 20 anos, quando já serei um idoso: eu fantasio e desejo um futuro. Me parece que com o nascimento do meu filho, Francisco, o tempo nasceu em mim e assim a seguinte indagação vira e mexe tem se apresentado: Como usar hoje o que aprendi ontem para que o meu filho tenha o melhor amanhã possível?" Leia mais aqui

>Licença-paternidade faz bem à saúde da mãe, garante estudo

Menos remédios, menos ansiedade e menos complicações na recuperação das mães durante o pós-parto. Esses são os impactos na saúde das famílias decorrentes do aumento e da flexibilização da licença-paternidade, de acordo com o estudo “Quando os pais podem ficar em casa”, realizado por economistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Publicado em maio de 2019 pelo Departamento Nacional de Pesquisas Econômicas da universidade norteamericana, o documento analisa o caso particular da Suécia, em que uma reforma na lei concedeu aos novos pais maior flexibilidade para tirar licença-paternidade intermitente, durante o primeiro ano do bebê. “Descobrimos que aumentar a flexibilidade temporal do pai reduz o risco de a mãe sofrer complicações físicas de saúde no pós-parto, assim como melhora a saúde mental”, aponta o estudo. Saiba mais aqui

>Pai prematuro: ser pai é mais do que ser ajudante da mãe

Se agosto é o mês da valorização paterna, é necessário avaliar o momento do nascimento de um pai. Quando isso acontece? Na descoberta da gravidez? No nascimento? A Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros, a ONG Prematuridade.com, entende que a maternidade e a paternidade são diferentes, inclusive fisicamente, mas acredita que uma nova geração de pais está tentando destruir velhos hábitos e tabus, em busca de uma paternidade mais responsável e, principalmente, mais participativa e afetiva. Tornar-se pai já é um processo difícil, mas quando ocorre um parto prematuro, os primeiros dias de vida do pré termo trarão momentos de incertezas. Os pais podem e devem passar por tudo isso estreitando os laços com seu filho e com a mamãe prematura, o que é fundamental para a saúde e o desenvolvimento da criança no longo prazo. Pais presentes durante o período hospitalar também desenvolvem maior segurança para auxiliar nos cuidados diários com o prematuro após a alta hospitalar. Seja presente! Veja mais aqui

>Entrevista com Dr. Nelson Arns Neumann: Paternidade Tardia

Quais são os benefícios da paternidade tardia? Alguns estudos dizem que os pais mais velhos criam filhos mais concentrados, com mais facilidade de lidar com o ambiente à volta deles, crianças que não se preocupam tanto com o que os outros dizem. Isso pode se dar porque os pais mais maduros conseguem ter mais atenção com os pequenos. Quais são os perigos para os bebês na paternidade tardia? Existe chance um pouco maior de ter uma doença ou outra quando o pai é idoso, mas os especialistas dizem que é muito raro. O perigo para o bebê é muito maior quando há outros fatores, como tabagismo, uso de drogas, álcool e certas doenças. O pai jovem que bebe e usa drogas é muito mais perigoso para o bebê do que um homem com mais de 50 anos saudável e sem vícios. A qualidade de vida dele importa mais do que a idade. Confira mais aqui. Acesse a entrevista na íntegra

Curtinhas

>Culturalmente, associamos o cuidado à mulher, mas isso não quer dizer que os homens sejam incapazes de cuidar. Onze especialistas falam sobre a importância do pai para a criança. Assista aqui aos vídeos!

>A licença-paternidade é um direito que impacta no desenvolvimento da criança e contribui para a igualdade entre homens e mulheres. Leia mais aqui e tire dúvidas sobre o tema.

>“A presença efetiva de uma figura paterna na vida dos filhos oferece a cada integrante da família ótimos motivos para celebrar o dia dos pais. Homens, mulheres e, claro, as crianças, todo mundo pode se beneficiar bastante, cada pessoa a sua maneira”. Leia na íntegra o artigo de Paulo Rená.

>Situação da Paternidade no Mundo 2019: 85% dos pais dizem que fariam qualquer coisa para se envolverem muito no cuidado de uma nova criança, mas ainda estão assumindo bem menos responsabilidades que as mães. Confira mais aqui em relatório do Promundo.

>“Homens dividem suas experiências em livros realistas, que retratam um novo (e bem-vindo) jeito de ser pai”. Aproveite o Dia dos Pais para conhecer 8 livros sobre paternidade.

>Ministério da Saúde e AVASUS disponibilizam curso “Pai Presente: Cuidado e Compromisso” voltado à paternidade ativa e consciente. Saiba mais aqui

>AVASUS oferece curso sobre envolvimento dos homens na paternidade e no cuidado. Assuntos como gênero, sexualidade, diversidade sexual, masculinidades, autocuidado e violência são abordados nos módulos. Veja mais aqui

>Paternidade é tema de novo curso da UFSC sobre Saúde do Homem. Com carga horária de 30h, o curso é livre, totalmente gratuito e tem início imediato. As matrículas podem ser realizadas até 30 de novembro de 2019. Participe!

>Homens, que tal se reunirem para criar encontros sobre paternidade na sua cidade? Conheça espaços para dividir experiências de paternidade em SP

>O que são os "pais panda"? Um novo estilo parental dá às crianças mais liberdade para tomar decisões por si mesmas. Entenda!

>Tão fundamental quanto os homens estarem cada vez mais dispostos a questionar o modelo tradicional de masculinidade é as marcas também repensarem a forma como a paternidade tem sido retratada, desde as capas de revista até as grandes campanhas publicitárias. Ouça mais sobre o tema no podcast “Estereótipos da paternidade”.

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