Clipping nacional RNPI | 16 - 22 de agosto de 2019

Agência Brasil – 21/08/2019

>Petrobras lança Iniciativa para a Primeira Infância

Em evento fechado à imprensa e realizado na quarta-feira (21) em sua sede, no Rio de Janeiro, a Petrobras lançou a Iniciativa Petrobras para a Primeira Infância, cujo objetivo é promover o desenvolvimento de crianças até seis anos de idade. Com essa finalidade, a companhia vai investir R$ 20 milhões nos próximos três anos em ações que resultem na melhoria da qualidade do ensino na pré-escola, no Centro de Referência de Assistência Social e nas organizações da sociedade civil (OSCs) que já atuam na primeira infância. Essas ações envolvem capacitação para profissionais da rede pública de assistência social e ensino; formação para organizações da sociedade civil que atuam na proteção de crianças; palestras para gestantes, pais, responsáveis e tutores; grupos de cuidados sobre a prevenção da violência familiar; disseminação de informações sobre o tema para jornalistas e estudantes de comunicação; além de acompanhamento da implementação do Marco Legal da Primeira Infância. O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, destacou a importância do estímulo à primeira infância para melhorar de forma significativa as oportunidades das crianças na vida adulta. “Evidências mostram claramente que crianças que receberam cuidados na primeira infância tiveram melhores oportunidades de vencerem na vida, de serem bons cidadãos e de terem renda mais elevada”, afirmou Castello Branco. Presente à cerimônia, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, salientou que “a política para a primeira infância é a mais importante para trabalhar, porque ela é transformadora”. Terra completou que o trabalho integrado nesta área pode render lições para o resto do Brasil. Confira mais aqui

Profissão Repórter – 22/08/2019

>Desemprego ameaça a mulher que se torna mãe no Brasil, aponta estudo

Profissão Repórter acompanhou a dificuldade das mulheres em conciliar a maternidade com a volta ao trabalho. Empreendedorismo e rede de apoio na periferia potencializam a independência financeira das mães. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas acompanhou 125 mil mulheres que tiraram licença maternidade em 2012. Dois anos depois, quase metade delas, 48%, estava fora do mercado de trabalho. Ana Carolina Komaba e Anna Pereira de Melo são parte dessa realidade. A repórter Sara Pavani registrou o esforço destas mulheres em encontrar uma alternativa para o desemprego. Elas agora tentam novos caminhos para gerar renda. Há 8 meses, Ana Carolina teve o segundo bebê. Foi demitida pouco tempo depois de voltar ao trabalho. O mesmo aconteceu quando ela voltou da licença maternidade da primeira filha. A Organização Mundial da Saúde recomenda que os bebês sejam alimentados com o leite materno exclusivamente até os seis meses. No Brasil, entretanto, apenas 38% das mulheres conseguem amamentar até este período, segundo a organização. A volta ao trabalho é um dos fatores que dificultam essa rotina. É o caso de Melissa Batista Marçal, que retornou à linha de montagem de uma fábrica de automóveis na Grande São Paulo após seis meses de licença. O desafio de Melissa é conseguir tirar o leite no trabalho. Embora a fábrica ofereça um ambiente próprio, o horário do expediente é apertado. Às 6h ela começa a trabalhar. É liberada para o almoço às 11h50. São 50 minutos para comer, tirar o leite – em uma sala localizada do outro lado do pátio, escovar os dentes e voltar para a linha de montagem. "Essa é a criação de vínculo, a amamentação. E agora acho que vai ser mais importante ainda, por isso eu queria tanto manter, parece que é uma coisa que é minha e dele", diz Melissa sobre a importância da amamentação. Leia mais aqui

Jornal de Brasília – 22/08/2019

>VI Festival Internacional de Artes Cênicas para a Primeira Infância acontece em Brasília

Realizado pela cia teatral hispano-brasiliense La Casa Incierta, o festival Primeiro Olhar, dedicado às criações cênicas voltadas para o público da primeira infância, chega em 2019 à sexta edição e ocupa o Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul) entre 31 de agosto e 22 de setembro, aos sábados e domingos, sempre com sessões às 11h e 16h. Os ingressos custam R$ 30 e R$ 15 (meia). A programação é composta por espetáculos da companhia, especializada em teatro para essa faixa etária, com peças lúdicas e poéticas, sempre em busca de instigar nos pequenos espectadores o interesse pelas artes e as capacidades infinitas com que nascem os seres humanos. Em 2019, além dos espetáculos, a programação conta com o lançamento do canal de vídeo Bebe Lume e com a exposição Aldeia Adormecida, de Gabriel Guirá. Esta edição é primeira do festival como integrante da FIBRA, a rede de Festivais Internacionais Brasileiros para Crianças e Jovens. A primeira infância, que compreende os seis primeiros anos de vida de uma criança, é uma fase de descobertas e aprendizado primordial para o desenvolvimento intelectual, afetivo e social do ser humano. Ao nascer, o olhar da criança é pioneiro em relação ao mundo e contempla com todos os sentidos para criar, pesquisar e inventar. Na porta da vida, esse primeiro olhar guarda toda a memória da humanidade e a sua amplitude é o que garante a vanguarda da evolução humana. Não é por acaso que, nesses primeiros passos pela superfície das relações, se tecem os alicerces mais profundos do que chamamos de personalidade. As mães, os pais e o entorno cuidador sabem que o tecer de uma criança é tremendamente intenso e vivo. Veja mais aqui

Tarde Nacional – 21/08/2019

>Boas práticas voltadas a primeira infância receberão prêmio

O Conselho Nacional de Justiça vai contemplar os melhores projetos realizados pelo sistema de justiça, por empresas, pelo governo e pela sociedade civil organizada. O Tarde Nacional conversou com Fabiana Gomes, Diretora do Departamento de Gestão Estratégica do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sobre a premiação que o órgão vai oferecer para projetos voltados a boas práticas na primeira infância. Segundo Fabiana, o foco nesse período da vida, que compreende crianças entre 0 e 6 anos, ocorre por causa da importância dessa fase da vida para a formação completa do ser humano. "Vamos avaliar critérios bem específicos para cada categoria, mas o principal é atenção a esse período da vida", explica. O prêmio contemplará quatro categorias: sistema de justiça, governo, empresas e sociedade civil organizada. O número de projetos inscritos por entidade é ilimitado e as inscrições vão até o dia 6 de setembro. A premiação integra o projeto “Justiça Começa na Infância: fortalecendo a atuação do sistema de justiça na promoção de direitos para o desenvolvimento humano integral”, promovido pelo CNJ e financiado por edital do Ministério da Justiça. Saiba mais aqui

O Globo – 21/08/2019

>Crianças ansiosas e cheias de tarefas: as armadilhas da vida contemporânea na criação dos filhos

Segundo o psicólogo Peter Gray, as crianças hoje em dia estão mais deprimidas do que durante a Crise de 1929 e mais ansiosas do que no auge da Guerra Fria. Um estudo publicado este ano no "Journal of Abnormal Psychology" concluiu que entre 2009 e 2017 os níveis da doença cresceram mais de 60 por cento entre os jovens com idades entre 14 e 17 anos, e 47 por cento entre os de 12 a 13. E não é só uma questão de aumento de diagnóstico; o número de crianças e adolescentes que chegam ao pronto atendimento com pensamentos suicidas ou como vítimas de tentativas frustradas dobraram entre 2007 e 2015. Resumindo: nossas crianças não estão bem. Como mãe e escritora, durante muito tempo andei atrás de um culpado. Era o excesso de tempo de tela? A alimentação? A falta de ar fresco e tempo livre, a frequência cada vez maior da criança superatarefada e superprotegida, da cultura massacrante da ansiedade e do medo? Tudo isso pode contribuir, mas cheguei à conclusão de que os problemas mentais e emocionais não são causados por um único fator, e sim por uma mudança fundamental na forma como encaramos os jovens e a criação dos filhos, e pela maneira como ela transformou nossas escolas, nossos bairros e nossas relações uns com os outros e com as comunidades. Confira mais aqui

Veja – 21/08/2019

>Crianças na mira

“[…] eu tava na escola no pátio fazendo educação física, aí de repente o helicóptero passou dando tiro pra baixo, aí todo mundo correu para o canto das arquibancadas […].” “Quando nós chegamos na escola, ela está cheia de furo de tiro e tudo revirado […], eu não gosto de operação porque eu não tenho aula”. “Em dia de confronto eles invadem as casas […] perdi uma prima de bala perdida pois ela estava brincando de boneca e morreu sem ter seu direito de ser criança […]” Esses são trechos de cartas escritas não por crianças em um país em guerra, mas do complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Retratam a realidade de milhares de crianças em diversas favelas do estado. Operações policiais nessas comunidades frequentemente terminam em mortes de suspeitos e civis inocentes, incluindo crianças. Durante a última década, a Human Rights Watch conduziu pesquisas aprofundadas sobre como a violência nas favelas atinge famílias, comunidades e a própria polícia. Concluímos que as facções criminosas geram muita violência, mas o problema é agravado por uma política de segurança baseada em incursões militares nas favelas que não resultam no desmantelamento do crime. Embora muitos homicídios cometidos por policiais neste contexto constituam legítima defesa, muitos outros são execuções extrajudiciais. Abusos cometidos pela polícia acabam com a confiança das comunidades nos policiais que deveriam protegê-las. Como resultado, moradores estão menos propensos a colaborar com investigações. “Queremos paz na Maré”, pede uma criança em uma das cartas. Isso não ocorrerá enquanto abusos policiais continuarem alimentando o ciclo da violência que atinge tão gravemente os próprios policiais, as comunidades e, especialmente, as crianças. Leia mais aqui

G1 – 21/08/2019

>Falta de creches gera filas para crianças de até 3 anos de idade no Sul de Minas

A falta de creches para crianças de até três anos de idade tem preocupado e prejudicado no pais no Sul de Minas. Nas maiores cidades da região, fila de espera pode passar de mil vagas. Em Poços de Caldas, por exemplo, maior município do Sul de Minas, são cerca de 7 mil crianças de 0 a 5 anos matriculadas na rede municipal. Entre 3 e 5 anos, todas são atendidas. Mas de 0 a 3 anos, a fila de espera ainda é de 1.417. Em Pouso Alegre, são cerca de 5 mil crianças atendidas. Na faixa etária de 0 a 3 anos, há cerca de 1,9 mil vagas preenchidas. Mas ainda há a demanda por mais 700 vagas. Em Varginha, são 4 mil crianças atendidas. E apesar da cidade ter 20 creches, ainda existe uma fila de espera de 1,3 mil crianças. E em Passos são pouco mais de 2 mil crianças matriculadas. Outras 456 e seis crianças, também de 0 a 3 anos, ainda esperam por uma vaga. Por lei, os municípios não têm a obrigação de atender as crianças até os 3 anos de idade. A obrigação existe a partir dos 4 anos em diante. No entanto, o Plano Nacional de Educação propõe que até 2024 todos os municípios atendam até 50% da demanda de crianças de 0 a 3 anos. Veja mais aqui

Jornal de Brasília – 20/08/2019

>Projeto resgata a tradição das brincadeiras de rua para crianças

Carrinho de Rolimã, Jogo da Velha, Iôiô, Adedonha, Pião, Pipa e Bola de Gude. Brincadeiras tradicionais, que divertiram e animaram a infância de muitos, por gerações. Mas com o avanço de jogos eletrônicos e da internet, muitas dessas brincadeiras tem perdido espaço no dia-a-dia das crianças. Pensando em apresentar e reintroduzir os jogos populares na infância atual, de janeiro a dezembro de 2019, no último final de semana de cada mês, o Curumim está realizando uma série de atividades artísticas, culturais, sociais e desportivas, procurando naturalizar a cultura do brincar tradicional nas ruas com brinquedos artesanais, jogos populares e várias atividades ao ar livre. A etapa de agosto será nos dias 24 e 25 de agosto, sábado e domingo, a partir das 09h, no estacionamento da Escola Classe 604, de Samambaia, indo até o fim da tarde. O objetivo do Curumim é incentivar a imaginação e valorizar a cooperação entre as crianças, por meio de um calendário mensal de atividades culturais e lúdicas, tal como o bom e velho tempo de pipa, em janeiro, naturalizando o brincar no cotidiano dos pequenos. Entre as atividades e ações sociais da edição de agosto do Curumim estão Pebolim, Xadrez, Cubo Mágico, Bate Bate, Cabra Cega, Cabo de Guerra, Pique Bandeirinha, Fotografia e apresentação de uma Roda de Capoeira. Saiba mais aqui

Crescer – 20/08/2019

>Tipo de parto influencia composição de bactérias na pele de crianças de 10 anos, diz estudo

De acordo com pesquisadores, descoberta é mais um indicio de que o tipo de parto impacta a longo prazo a saúde dos pequenos. A composição de bactérias na pele de crianças de 10 anos varia significativamente entre as que nasceram de cesárea e parto normal, de acordo com estudo da Universidade de Fudan, em Xangai, na China. Ao analisar dados de 158 crianças entre 1 e 10 anos de idade e 50 mães, os pesquisadores comprovaram também que a microbiota dos pequenos é mais parecida com a das progenitoras do que com a de mulheres com quem não tem laços sanguíneos. “Até então, os estudos sobre a influência materna no microbiota da pele da criança foram limitados a uma janela estreita do pós-parto em bebês menores de um ano. Poucos estudos exploraram a relação materna com a microflora do filho após a primeira infância”, disse, em nota, Zhe-Xue Quan, um dos autores do estudo. “Nossos resultados sugerem que a população bacteriana na pele de uma criança é em grande parte semelhante à de sua mãe e é afetada a longo prazo pelo tipo de parto. Uma possível explicação para isso é a de que a microbiota da pele em desenvolvimento interage com o sistema imunológico, que pode ser educado pela exposição a micróbios durante uma janela crítica no início da vida. É mais um indicio de que a colonização microbiana ocorre em paralelo com o desenvolvimento do sistema imunológico”. Outros estudos sobre o tema já apontaram que crianças nascidas por parto normal tem, no geral, uma microbiota mais diversa, o que positivo para o sistema imunológico e diminui o risco do desenvolvimento de doenças como asma e desordens como a obesidade. Confira mais aqui

O Globo – 20/08/2019

>Governo recomenda vacinação contra sarampo para todas as crianças entre 6 meses e 1 ano

O Ministério da Saúde recomendou que todas as crianças do país com idade entre seis meses e um ano tomem uma “dose zero” de vacinação contra o sarampo. Segundo o ministério, a medida deve alcançar 1,4 milhão de crianças. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, afirmou, na tarde desta terça-feira, que essa faixa etária é a mais suscetível a contrair a doença. "O coeficiente de incidência nas crianças menores de um ano é muito superior que os demais, então é fundamental olhar para as crianças menores de um ano com especial atenção", disse. Além dessa dose zero, as crianças ainda deverão receber as vacinas previstas no calendário de vacinação. Os bebês devem tomar a vacina tríplice viral aos 12 meses de idade e, aos 15 meses, tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela, que é considerada a segunda dose. De acordo com o ministério, a tríplice viral está disponível em todos os postos de vacinação do país. Segundo o secretário, os estoques das vacinas são suficientes para imunização da população. Neste ano foram distribuídas 10,5 milhões de doses no Brasil todo. São Paulo, onde há um surto da doença, recebeu 7,5 milhões dessas vacinas. Leia mais aqui

Minha Vida – 19/08/2019

>A cada 2 horas, uma criança vai à emergência por ingerir produto de beleza

Uma pesquisa publicada na última sexta-feira, dia 16, na revista Clinical Pediatrics mostrou que muitos pais e mães precisam ter ainda mais cuidado com o que deixam ao alcance de seus filhos pequenos. Perfumes, shampoos, esmaltes, hidratantes, óleos para a pele e desodorantes levaram mais de 64 mil crianças com menos de 5 anos a salas de emergência de 2002 a 2016, nos Estados Unidos. Isso equivale a cerca de uma criança a cada duas horas. Os pesquisadores analisaram dados do Sistema Nacional de Vigilância de Lesões Eletrônicas e descobriram que 60% dos casos ocorreram em crianças com menos de 2 anos. Segundo a pesquisa, mais de 75% das lesões ocorreram quando a criança ingeria o produto. Essas ingestões e exposições, na maioria das vezes, levaram a envenenamentos (86,2%) ou queimaduras químicas (13,8%). Por que crianças ingerem produto de beleza? "Esses produtos são comercializados para cheirar e ter boa aparência, e bebês e crianças pequenas exploram o mundo colocando as coisas na boca. Crianças que são um pouco mais velhas, de 2 a 4 anos, ainda não sabem ler, então elas vão experimentar", explica a co-autora do estudo, Rebecca McAdams, pesquisadora sênior do Hospital Infantil Nationwide em Columbus, em entrevista ao site do hospital. Os produtos que levaram a lesões foram para cuidados com as unhas (28,3%), produtos capilares (27%) e para cuidados com a pele (25,0%), seguidos pelos produtos de fragrâncias (12,7%). Dos ferimentos mais graves que necessitaram de hospitalização, mais da metade foi de produtos de tratamento capilar (52,4%). Veja mais aqui

Estadão – 19/08/2019

>Vício alimentar em crianças está associado a comidas ultraprocessadas

A obesidade infantil é resultado de um conjunto de fatores, desde a falta de amamentação adequada nos primeiros meses de vida até hábitos alimentares pouco saudáveis. O problema também passa por questões socioeconômicas e sabe-se que as preferências alimentares são influenciadas pelo ambiente, preço, disponibilidade e acessibilidade. Nesse ponto, as populações de baixa renda são as mais afetadas, com menos acesso a cuidados de saúde e mais propensão a desenvolver comorbidades associadas à doença. Unindo parte dessas causas, uma pesquisa brasileira investigou a dependência alimentar em crianças com excesso de peso e de baixa renda em duas escolas públicas da capital paulista. Com base na resposta a um questionário de frequência alimentar, composto por 88 itens, o estudo identificou que 95% das 139 crianças participantes, todas com sobrepeso ou obesidade, apresentaram pelo menos um sintoma de vício em comida. Do total, 24% foi diagnosticado com a condição, sendo que o consumo de açúcar e de alimentos ultraprocessados era maior nessa parcela. "Ultraprocessados podem causar vício alimentar. Esses alimentos foram feitos para seduzir [a criança] e identificamos o principal alimento que causa esses sintomas, que é o biscoito. A criança começa o ano consumindo uma ou duas bolachas e no final está comendo o pacote inteiro", observa a doutora em nutrição Andrea Filgueiras, pesquisadora do departamento de Fisiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e uma das investigadoras do estudo. É preciso destacar que não existe uma relação de causa e consequência entre o consumo de ultraprocessados e o desenvolvimento de vício no alimento. Embora a comida contenha substâncias que vão mudar a química do cérebro, é mais importante focar e mudar a relação da criança com a comida. "Não ensinar a comer quando está feliz ou quando está triste, não usar o alimento como recompensa ou consolo e estimular a boa relação com a comida sem fazer associação com a imagem corporal", orienta a nutricionista Priscila Maximino, pesquisadora do Instituto Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil. Saiba mais aqui

O Globo – 19/08/2019

>Estudos mostram o impacto do racismo na saúde das crianças

O racismo começa a afetar a saúde de crianças e adolescentes ainda no útero. Na gravidez, a exposição prolongada a hormônios do estresse, por exemplo, pode colaborar para o nascimento de bebês com baixo peso e o aumento nas taxas de mortalidade infantil. As consequências são acentuadas pela dificuldade de mulheres negras em ter acesso ao pré-natal. É o que afirma artigo publicado, na semana passada, pela Academia Americana de Pediatria, que aponta diretrizes para que os médicos adaptem sua prática para lidar com o tema. É a primeira vez que a instituição utiliza a palavra racismo no título de uma publicação. No Brasil, a realidade não é diferente. A pesquisa “A cor da dor: iniquidades raciais na atenção pré-natal e ao parto no Brasil”, publicada em 2017 por pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/ Fiocruz), aponta que grávidas negras têm maior risco de ter um pré-natal inadequado, com menos orientação sobre o trabalho de parto e possíveis complicações na gravidez. Além disso, mulheres pretas receberam menos anestesia local quando a episiotomia — corte na região do períneo para aumentar o canal de parto — foi realizada. "Uma das possíveis consequências da violência obstétrica é a baixa produção de leite. A criança que mama menos deixa de ter uma série de vantagens relacionadas ao aleitamento materno. Como o acesso à saúde para a mulher negra ainda é deficiente, elas nem sequer conseguem diagnóstico e tratamento correto para a doença", destaca a enfermeira obstétrica e doutora em epidemiologia Jacqueline Torres. Em idade escolar, o racismo pode impactar a saúde mental, tornando-se um dos fatores responsáveis por desencadear doenças psíquicas como a depressão. O comunicado americano cita estudo que aponta que garotos de 10 a 15 anos que tiveram experiências com racismo tornam-se mais propensos a desenvolver problemas comportamentais como agressividade. Confira mais aqui

El País – 19/08/2019

>Crianças órfãs, as vítimas invisíveis do feminicídio no México

Na madrugada de 4 de junho de 2018, Karen Yunuen Ruíz Meza vestiu as roupas adequadas para o escritório e foi trabalhar, como fazia toda segunda-feira, deixando a filha de dois anos, Keyla Aneliesse, aos cuidados dos avós. "Ela nunca voltou", conta sua mãe, Flor Ángel Meza. A moça de 22 anos foi encontrada três dias depois, morta por sufocamento, no quintal de Edson R.E., seu ex-companheiro e pai da menina. Os avós imediatamente pegaram Aneliesse e deixaram a comunidade de Tizayuca, no Estado central de Hidalgo. Um ano após a tragédia, com o pai da pequena foragido, a família ainda vive escondida, sem apoio do Governo. Aneliesse é uma entre milhares de crianças que ficaram órfãs pela onda de feminicídios no México, país onde 10 mulheres são assassinadas por dia. Embora a lei obrigue, até o momento não há um registro público, nem uma política federal de atendimento sistemático para garantir o seu bem-estar. Especialistas estimam que pelo menos 3.600 crianças ficaram órfãs em 2018 e mais de 23.000 na última década. Muitas delas não só perderam as mães nas mãos de pais ou padrastos, mas também testemunharam o crime. "São vítimas esquecidas do feminicídio. Estão ao desamparo", resume María de la Luz Estrada, coordenadora do Observatório Cívico Nacional do Feminicídio (OCNF). Nadine Gasman, chefe do Instituto Nacional da Mulher (Inmujeres), reconhece que a situação das crianças órfãs é "um problema de emergência nacional e urgente" no México e indica que o Governo federal fará um censo e criará uma política nacional de atenção integral –econômica, psicossocial e educacional– a partir de uma perspectiva de gênero. Para isso, uma série de equipes técnicas está revisando nos 32 Estados desde junho quem são as vítimas colaterais dos feminicídios perpetrados em 2019. Leia mais aqui

O Globo – 19/08/2019

>Brincar e aprender

“Deixe as crianças brincarem”. Esse é o apelo feito pelos educadores Pasi Sahlberg e William Doyle, em livro que acaba de ser lançado, com esse título, nos Estados Unidos. Sahlberg é um finlandês que foi professor visitante em Harvard. Escreveu vários livros sobre o sistema educacional de seu país, na época em que ele atraía maior atenção no mundo inteiro, por seus bons resultados no Pisa. Doyle é americano e fez o caminho inverso: mudou com a família para o país nórdico, onde hoje é pesquisador na Universidade da Finlândia Oriental. O argumento central do livro é o de que, para realmente aprenderem o que precisam para seu desenvolvimento pleno, crianças e jovens precisam de tempo para brincar. É desta forma, segundo os autores, que as crianças exploram, descobrem, fracassam, acertam, socializam e florescem: “É a chave para dar aos alunos habilidades que precisam para ter sucesso, como criatividade, inovação, trabalho em equipe, foco, resiliência, expressividade, empatia e concentração”. Sahlberg e Doyle listam experiências bem-sucedidas em conciliar brincadeira e aprendizagem em países tão diferentes quanto Finlândia, China, Singapura e Estados Unidos, e citam pesquisas acadêmicas que reforçam a importância de garantir espaços para a brincadeira na educação. O livro é também uma crítica direta ao sistema educacional americano, que, na opinião dos autores, caminha na direção contrária, ao apostar na cultura de testes padronizados e de pressão por melhores resultados nessas avaliações, o que levou, em algumas escolas, à diminuição no tempo de recreio e de atividades esportivas e artísticas. Veja mais aqui

Folha de S. Paulo – 16/08/2019

>Prefeitura de SP premia iniciativas de impacto à primeira infância

Boas práticas de atendimento à primeira infância nos serviços da rede direta e da conveniada de saúde, educação e assistência social podem se inscrever no Prêmio Primeira Infância. Serão escolhidas três iniciativas de impacto para receber até R$ 5.000 em equipamentos e materiais. Realizado por Plan International Brasil e NIVEA em parceria com a Prefeitura de São Paulo, o Prêmio tem como objetivo inspirar novas iniciativas na capital paulista por meio da divulgação das boas práticas vencedoras. Para participar desta edição, as experiências devem atuar na zona sul de São Paulo. Em educação, podem concorrer Centros de Educação Infantil (CEIs) e Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs). Na saúde, estão habilitadas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Estratégia de Saúde da Família (ESF). Já na assistência social, podem participar Serviços de Assistência Social à Família (SAFSs) e Serviços de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (SAICAS). As inscrições são feitas pelo preenchimento do formulário no site, somado ao envio dos documentos e evidências da iniciativa até 6 de setembro. Saiba mais aqui

O São Paulo – 16/08/2019

>Fotos das crianças nas redes sociais?

Um estudo da empresa de segurança digital AVG, a partir de dados de cidadãos dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Reino Unido, França, Espanha, Itália, Austrália, Nova Zelândia e Japão, revelou que três a cada quatro crianças com menos de 2 anos de idade têm fotos colocadas no ambiente on-line. O estudo mostra o fenômeno das redes sociais e a publicação, muitas vezes compulsiva, de fotos de crianças e adolescentes, na maioria das vezes pelos próprios pais. A pesquisa revela que, em média, os pais de crianças menores de 6 anos publicam 2,1 informações por semana sobre elas. Dos 6 aos 13 anos, há uma queda: 1,9 informação por semana. Quando o adolescente completa 14 anos, o ímpeto se reduz a menos de uma menção por semana (0,8). Existe um limite? Auris Sousa é jornalista e mãe da pequena Cecília, de 1 ano de idade. Com o esposo, ela divide a rotina de trabalho, casa e cuidado com a filha. Ao comentar sobre o tema e a exposição de fotos e vídeos da pequena nas redes, Auris disse que “é bem difícil controlar a emoção diante de uma carinha, do olhar tão amoroso de um filho”. Sobre esse aparente descontrole dos pais, Adriana Friedmann, doutora em Antropologia, mestre em Educação, pedagoga e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento (Nepsid) e do Mapa da Infância Brasileira, recordou que os pais são, por um lado, os guardiões da informação pessoal de seus filhos e, por outro, os narradores de suas vidas. “Ao narrar, compartilhamos informações sobre os filhos, ao mesmo tempo em que os privamos do direito a fazê-lo eles mesmos em seus próprios termos. E isso é uma fonte potencial de dano à qual prestamos pouca atenção”, disse. Confira mais aqui