Clipping nacional RNPI | 01º - 07 de novembro de 2019

BBC Brasil – 05/11/2019

>Desnutrição, abusos e mortes fazem da Amazônia o pior lugar do Brasil para ser criança

"Muita gente se importa com a Amazônia. O gringo se importa, o governo diz que se importa, mas será que eles sabem que a gente existe? Que aqui não é só mato e água doce?", questiona a assistente social Glinda Sousa Farias, de 25 anos. Ela nasceu e cresceu em Breves (PA), cidade de 92 mil habitantes considerada a "capital" da Ilha do Marajó. Essa região, cercada por praias e belezas naturais, tem um dos Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs) mais baixos do país. Ao todo, 9 milhões de crianças vivem na Amazônia Legal, região formada por Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima e parte dos Estados de Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. Os indicadores apontam que, de todas as regiões do país, é ali o pior lugar do Brasil para ser criança, destaca relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). São de lá os mais altos níveis nacionais de mortalidade infantil. Nos nove Estados da Amazônia Legal, cerca de 43% das crianças e dos adolescentes vivem em domicílios com renda per capita insuficiente para adquirir uma cesta básica de bens, contra 34,3% da média nacional. Além disso, muitas meninas e muitos meninos amazônicos não têm atendidos seus direitos a educação, água, saneamento, moradia, informação e proteção contra o trabalho infantil. Em 2016, 1.225 crianças morreram antes de completar 1 ano no Estado do Amazonas. Além disso, desde 2010, os casos de sífilis congênita diagnosticados em crianças menores de um ano de idade cresceram 710%, segundo dados do ministério da Saúde reunidos pela Unicef. Foram 802 casos só em 2017. A proporção de mães com acesso ao pré-natal foi de 46%, registrando um aumento de 183% entre 2000 a 2016. "A Amazônia é o pior lugar do Brasil para ser criança. Todos os indicadores sociais estão apresentando valores piores que a média brasileira e muitíssimo piores que os do sudeste do país. De criança fora da escola, vacinação, mortalidade infantil, acesso à água, saneamento", resume a coordenadora do Unicef na Amazônia Legal, Anyoli Sanabria. Ela explica que as crianças vivem em um estado de "privação múltipla", em que, além de viver na pobreza em termos financeiros, elas têm vários outros direitos violados que prejudicam não só sua qualidade de vida, mas comprometem seu futuro e limitam seu desenvolvimento. Confira mais aqui

Vatican News – 07/11/2019

>UNICEF: as crianças têm direito ao ar puro. Temos que agir agora

A diretora-geral do UNICEF, Henrietta Fore, apresentou um relatório confirmando a grave situação das crianças do Sul da Ásia por causa da poluição ambiental. “No Sul da Ásia, onde estive em missão há poucos dias - conta a diretora - vi que as crianças continuam a sofrer as terríveis consequências da poluição. A qualidade do ar encontra-se em um nível altamente crítico”. A representante do UNICEF continua: “Podia-se sentir o odor da poluição mesmo usando máscaras filtrantes. Em todos os bairros, via-se a poluição obscurecer edifícios, árvores, pessoas. As escolas e os escritórios estavam fechados ou fechavam com antecedência. Com a chegada do inverno provavelmente a situação será pior”. “Cerca de 620 milhões de crianças na região respiram ar poluído. As crianças têm pulmões menores, respiram em uma velocidade dupla com relação aos adultos, além de terem o sistema imunitário seriamente comprometido”, continua o relatório do UNICEF. “A poluição é associada a uma das maiores causas de morte das crianças: a pneumonite, relacionada com a asma, bronquite e outras doenças respiratórias. Porque danifica o tecido cerebral e ameaça o desenvolvimento cognitivo das crianças, com consequências para toda a vida sobre o aprendizado e seu potencial futuro. Segundo alguns dados, os adolescentes expostos a maior poluição têm maior probabilidade de sofrer de problemas mentais”. O UNICEF pede ações urgentes para responder a esta crise da qualidade do ar. Os Governos na região e no mundo deveriam tomar medidas para reduzir a poluição investindo em fontes de energia limpas e renováveis. Com a substituição dos combustíveis fósseis; transporte público menos poluidor; maior espaço verde nas áreas urbanas, mudança de práticas agrícolas e fornecimento de melhores opções para a eliminação do lixo prevenindo que seja queimado a céu aberto que leva ao lançando de substâncias químicas nocivas no ar. As crianças têm direito de viver em um ambiente limpo e respirar ar puro. Temos que agir agora”. Leia mais aqui

Câmara Notícias – 07/11/2019

>Projeto cria “Biênio da Primeira Infância do Brasil”

O Projeto de Lei 2721/19 define o período entre 2020 a 2021 como o “Biênio da Primeira Infância do Brasil”. O texto define primeira infância como os primeiros 6 anos completos ou 72 meses de vida da criança. “O Biênio da Primeira Infância do Brasil precisa ser o marco da virada da triste realidade que é a situação de boa parte das crianças brasileiras. Só alcançaremos este objetivo se todos os poderes oficiais e a sociedade organizada se unirem em torno desta causa”, afirma a autora do projeto, deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF), que integra a Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância. O deputado Idilvan Alencar (PDT-CE) também assina a proposta. O projeto prevê a realização na Câmara dos Deputados, durante o biênio, de atividades para informar a sociedade e os governos da importância de promover o desenvolvimento infantil nos primeiros anos de vida. Entre as atividades estão seminários, audiências públicas e publicações. Estados e municípios que comprovarem políticas públicas voltadas a promover o desenvolvimento infantil poderão, segundo o projeto, ser premiados por essa iniciativa. Veja mais aqui

G1 – 06/11/2019

>Projeto incentiva emissão de carteira de identidade de crianças, em Campina Grande

O projeto-piloto ‘Cidadania de Primeira’, que incentiva o armazenamento de dados biométricos de crianças, para, em caso de desaparecimento, garantir mais agilidade e segurança nas buscas foi iniciado nesta quarta-feira (6), em Campina Grande. Aproximadamente, 80 crianças de zero a seis anos de idade, matriculadas em uma creche do município devem ser as primeiras a terem o documento de identificação civil através da iniciativa. No dia 1 de novembro os pais foram conscientizados sobre a ação durante uma reunião. Nesta quarta-feira, 24 crianças terão a identidade civil emitidas. Segundo o juiz da Infância de Campina Grande, Hugo Zaher, além do projetor facilitar a emissão do documento, visa também “mostrar pra população que elas podem buscar por si só esse serviço público, para obter a identificação civil, até mesmo para a prática da cidadania”, ressaltou. De acordo com a promotora de Justiça da Infância e Adolescência da cidade, Elaine Alencar, o Primeira Infância” é uma parceria entre órgãos que estão preocupados com o fenômeno do desaparecimento, na Paraíba, que são o Ministério Público, o Tribunal de Justiça da Paraíba, e o Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC). Além disso, a promotora acrescentou que o problema está sendo discutido de forma mais ampla por um fórum que inclui outras instituições, como Polícia Federal, Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social (Seds), Polícia Militar da Paraíba; Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PB), a Defensoria Pública da Paraíba e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Saiba mais aqui

Jornal de Brasília – 06/11/2019

>Prioridade no atendimento de autistas é aprovado

Na tarde desta quarta-feira (6) a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou um projeto de lei que estabelece prioridade no atendimento a pessoas com transtorno de espectro autista. O PL nº 57/2019, do deputado Eduardo Pedrosa (PTC), modifica a legislação vigente e inclui as pessoas autistas no rol daqueles que devem receber atendimento prioritário no atendimento médico, estabelecimentos comerciais e de serviço e instituições financeiras. O projeto ainda prevê que os estabelecimentos incluam o símbolo mundial do autismo nas placas sobre atendimento prioritário. O texto ainda precisa passar por outras comissões antes de seguir para votação no Plenário da Câmara. Também foi aprovado o projeto de lei nº 447/2019, do deputado Fábio Felix (Psol), que modifica a legislação atual incluindo informações detalhadas sobre a primeira infância no relatório anual Orçamento Criança e Adolescente. Na justificativa da proposição, o autor explica que a intenção é identificar melhor os recursos destinados à primeira infância, permitindo assim o aperfeiçoamento da atuação do governo para este segmento. O texto ainda tem que ser aprovado pelo plenário. Confira mais aqui

Simões Filho Online – 06/11/2019

>Adesão ao Criança Feliz é indicador de índice global

A adesão ao Programa Criança Feliz é um dos indicadores de ambiente favorável ao desenvolvimento infantil nos municípios, segundo o Índice Município Amigo da Primeira Infância, o IMAPI. Trata-se de um índice global elaborado por pesquisadoras da Universidade de Brasília (UnB), associada à Universidade de Yale, nos Estados Unidos, com apoio da Bill & Melinda Gates Foundation, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, (CNPq), da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e do Ministério da Saúde. O IMAPI foi apresentado nesta sexta-feira (1º) em workshop realizado na Organização Panamericana da Saúde (OPAS), em Brasília, que contou com a participação da secretária nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano do Ministério da Cidadania, Ely Harasawa. Também participaram secretários municipais, estaduais e nacionais, além de pesquisadores de todo o Brasil. A ideia era que o grupo avaliasse o Índice e desse sugestões para aprimoramento. A previsão é de que seja lançado em maio de 2020. Segundo a secretária Harasawa, o índice pode colaborar com as políticas públicas para a área. “É muito importante que se levantem indicadores para que os gestores públicos possam avaliar o desempenho do município, se ele está priorizando a primeira infância, que é tão importante, que é um investimento estratégico. Esse debate é essencial e quero contribuir da melhor forma”, disse ela. O índice está sendo desenvolvido pela coordenadora do Núcleo de Estudos Epidemiológicos em Saúde e Nutrição (NESNUT) da Universidade de Brasília (UnB), Muriel Gubert, e pela pós-doutora em Ciências da Implementação de Politicas Públicas e Programas em Amamentação, Desenvolvimento infantil e Saúde Materno-Infantil na Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale, Grabriela Buccini. Seguindo critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), o IMAPI considera cinco aspectos básicos para constituir o indicador final da situação da primeira infância no município: saúde, nutrição, cuidado responsivo, aprendizagem precoce, e segurança e proteção. Para a medição, diversos dados estão sendo utilizados, inclusive das bases do Ministério da Cidadania, relacionadas ao programa Criança Feliz, ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e ao Bolsa Família. Leia mais aqui

CNJ – 06/11/2019

>Seminário Internacional discute Marco da Primeira Infância

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apoia, em conjunto com outras treze entidades, o VII Seminário Internacional do Marco Legal da Primeira Infância, com o tema “Intersetorialidade: conexões para o alcance da prioridade absoluta à Primeira Infância”. O evento será realizado pela Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância, nos dias 13 e 14 de novembro, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. Entre os apoiadores estão também órgãos de governo, organizações da sociedade civil nacional e internacional, empresas, universidades, representantes do Sistema de Justiça. O objetivo do evento é monitorar e contribuir para a melhor aplicação da Lei 13.257/2016, do Marco Legal da Primeira Infância, legislação que institui a Política Integrada da Primeira Infância, visando a promoção do desenvolvimento humano a partir da atenção às crianças. Nesta edição, será demonstrado como as interrelações institucionais são benéficas para promover o desenvolvimento infantil integral. Também serão apresentadas boas práticas interinstitucionais que foram destaque nas cinco regiões do Brasil. Formas de garantir e proteger a infância têm sido discutidas pelo CNJ no âmbito do Pacto Nacional da Primeira Infância lançado em abril deste ano para fortalecer as instituições públicas voltadas à garantia dos direitos difusos e coletivos previstos na legislação brasileira e promover a melhoria da infraestrutura necessária à proteção do interesse da criança, em especial, da primeira infância. O projeto contempla quatro ações amplas e estruturantes, que inclui a realização de um seminário em cada uma das cinco regiões do país para mobilização e debate sobre o tema. Já foram realizados dois encontros – no Centro-Oeste e no Norte. O próximo acontece em São Paulo, nos dias 2 e 3 dezembro, quando também serão conhecidas 12 boas práticas selecionados para receber o Prêmio Boas Práticas da Primeira Infância. Também faz parte do Pacto a oferta de 23.500 vagas de capacitação para operadores do direito e equipe técnica atuantes na atenção à Primeira Infância. Outra ação é o diagnóstico, em elaboração, sobre a situação da atenção à Primeira Infância no Sistema de Justiça, em 120 municípios brasileiros. Veja mais aqui

Hypescience – 05/11/2019

>Desenvolvimento cerebral em crianças é menor quanto mais tempo gasto em telas elas têm: imagens cerebrais

Um novo estudo do Hospital Infantil de Cincinnati (EUA) descobriu que crianças que passam mais tempo do que o recomendado na frente de telas – de TVs, smartphones ou tablets – têm níveis mais baixos de desenvolvimento cerebral. A recomendação pediátrica de tempo gasto na frente das telinhas sem envolvimento dos pais é de uma hora por dia, no máximo. Atualmente, no entanto, cada vez mais crianças passam mais e mais minutos grudados em dispositivos eletrônicos. Na nova pesquisa, os pesquisadores examinaram o cérebro de 47 crianças de 3 a 5 anos usando um tipo de ressonância magnética chamada de imagem tensorial de difusão. Ele permite visualizar especialmente a substância branca do cérebro, uma área ligada ao desenvolvimento de linguagem, alfabetização e habilidades cognitivas. As crianças também foram submetidas a testes cognitivos e seus pais tiveram que preencher um questionário sobre o tempo gasto em telas desenvolvido pela Academia Americana de Pediatria. Resultados: o tempo médio gasto com telas variou de uma hora a pouco menos de cinco horas por dia. As crianças que gastavam mais tempo do que o recomendado (em média, duas horas) tinham mais substância branca desorganizada e subdesenvolvida no cérebro. Esse subdesenvolvimento era claro especialmente em faixas do cérebro que os pesquisadores sabem que estão envolvidas com a linguagem e a alfabetização, o que se mostrou de acordo com os resultados dos testes cognitivos das crianças. As com tempo excessivo de tela demonstraram menos habilidades emergentes de alfabetização e capacidade de usar linguagem expressiva, além de menos capacidade de nomear objetos rapidamente. “Este é o primeiro estudo a documentar associações entre maior uso da tela e menores medidas da estrutura e habilidades cerebrais em crianças em idade pré-escolar. Isso é importante porque o cérebro está se desenvolvendo mais rapidamente nos primeiros cinco anos. É quando o cérebro é muito plástico e absorve tudo, formando fortes conexões que duram por toda a vida”, disse o principal autor do estudo, o pediatra e pesquisador clínico do Hospital Infantil de Cincinnati Dr. John Hutton. Saiba mais

Diário de Pernambuco – 05/11/2019

>Número de gravidez registrada na adolescência de bairro pobre de SP é 53 vezes a de bairro rico

A proporção de adolescentes grávidas em Marsilac, bairro pobre do extremo sul de São Paulo, é 53 vezes a de Moema, bairro rico da zona sul . Em Cachoeirinha, na zona norte, 32% das mães fizeram menos exames pré-natal do que o recomendado. Houve oito vezes mais episódios de violência contra a mulher na Sé, centro da cidade, do que na Vila Andrade, zona sul. São Paulo concentra, em uma só cidade, índices comparáveis aos dos países mais ricos e aos dos países mais pobres do mundo, mostra o Mapa da Desigualdade, da Rede Nossa São Paulo, publicado nesta terça (5). O estudo compara indicadores dos 96 distritos e explicita os contrastes da metrópole paulistana. É o caso da taxa de gravidez na adolescência. Enquanto em Marsilac, para cada 100 bebês que nasceram no ano passado, 19 tinham mães com menos de 19 anos, em Moema essa proporção cai para 0,4. A região concentra ainda os piores indicadores de mortalidade infantil (23 vezes a de Perdizes, bairro rico da zona oeste). "Existem várias cidades numa só", resume Carolina Guimarães, coordenadora da Rede Nossa São Paulo. Regiões periféricas também concentram as menores taxas de acompanhamento médico durante a gravidez. Em Cachoeirinha, 31,9% das mães fizeram menos do que sete consultas pré-natal, o mínimo recomendado. O número é similar em Itaim Paulista (28,9%), Itaquera (27,1%), São Miguel (26,6%) e São Rafael (26,6%). Altos índices de gravidez na adolescência -em geral acompanhados por índices maiores de abandono dos estudos pelas futuras mães- são um dos mecanismos de perpetuação da pobreza. Já a alta mortalidade infantil pode ser consequência tanto da negligência do Estado, com menor oferta de serviços e equipamentos públicos em regiões mais pobres, como de falta de informação das próprias mães, que não fazem o acompanhamento devido. O terceiro elemento que expõe a condição feminina na cidade é mais transversal: são os bairros centrais que concentram queixas de violência contra a mulher, como Sé, Barra Funda, Brás, Pari e República. Confira mais aqui

G1 – 05/11/2019

>Superlotação em casas de acolhimento de crianças e jovens é denunciada pelo MPPE

Duas das quatro casas de acolhimento de crianças e adolescentes administradas pelo governo do estado estão superlotadas, segundo o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). De acordo com os promotores, o limite é de 20 jovens por estabelecimento, mas em alguns abrigos localizados no Recife vivem mais de 30 pessoas. Nas casas de acolhimento, são atendidos jovens que estão em situação de risco, como determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Nos locais, eles devem ser cuidados até poder voltar ao convívio da família ou ser adotados. Por isso, os espaços precisam ser sociáveis, agradáveis e contar com profissionais capacitados. Em Pernambuco, há 1.073 vagas nas instituições de acolhimento. O problema, conforme os promotores, seria a má distribuição dessas crianças e adolescentes. Por isso, eles dizem que alguns abrigos estão superlotados, enquanto em outros, sobram vagas. Segundo o secretário-executivo de Assistência Social de Pernambuco, Joelson Rodrigues, está em andamento um plano de regionalização para o atendimento de meninos e meninas. "É uma estratégia que o governo está discutindo com gestores municipais, que está em análise pelo Conselho de Assistência Social e ainda vai passar sobre o crivo do Conselho Estadual da Criança e Adolescente, do Ministério Público e do Poder Judiciário para que seja colocado em prática", afirmou. Segundo ele, o estado pretende implantar unidades em locais mais próximos do município de origem dessas crianças e adolescentes. "Hoje, o estado mantém quatro casas, uma fica no Agreste e outras ficam no Região Metropolitana do Recife, mas esses meninos não vêm somente dessas áreas", disse o secretário. Leia mais aqui

Diário do Nordeste – 05/11/2019

>Em seis anos, Ceará contabiliza 153 autuações por trabalho infantil

Na contramão do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que entre tantas garantias, preconiza o acesso à educação como política pública de desenvolvimento e cidadania, o trabalho infantil continua os desviando da sala de aula. Números obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) quantificam esta problemática. Segundo levantamento do Ministério da Economia, moderado pelo Núcleo de Dados do Sistema Verdes Mares, o Ceará registrou 153 autuações de empresas por exploração de menores de 16 anos, de 2013 a outubro de 2019. No intervalo de quase seis anos, a Prefeitura de Fortaleza teve 17 autuações. Outros órgãos públicos também aparecem no levantamento das penalidades, todas aplicadas por auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho do Ceará (SRTB/CE), órgão que foi incorporado ao Ministério da Economia após a posse da nova gestão presidencial, no início deste ano. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determina que estabelecimentos comerciais são proibidos de empregar adolescentes até os 13 anos de idade. Ao completarem os 14, podem trabalhar na condição de aprendizes. Já entre 16 e 18 anos, ficam permitidos a exercer atividades remuneradas, mas apenas durante o dia. Contratos empregatícios que não atendam tais condições figuram como trabalho ilegal. Fatores culturais, sociais e econômicos, aliados à ausência do Poder Público, são considerados facilitadores da exploração infantil, nas palavras do procurador Antonio de Oliveira Lima. Ele alerta que a inserção precoce da criança em trabalho, potencializada pela falta de fiscalização, compromete a evolução cognitiva e gera abandono dos estudos, por exemplo. Veja mais aqui

Bem Estar – 04/11/2019

>Crianças podem se intoxicar com cosméticos

Ter criança em casa é redobrar os cuidados com tudo, seja com as tomadas, as janelas, os produtos de limpeza e também os cosméticos. Os produtos (shampoo, perfume, esmalte, desodorante), que aparentemente parecem inofensivos, trazem muitos riscos às crianças. Um levantamento feito pelo Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX) em 2018, mostrou que 1.041 crianças procuraram o centro por conta de intoxicação por cosméticos. De 2014 a 2018 foram 4.509 casos, o que representa 3,6% do total. Os cosméticos devem ser um ponto de alerta em casa porque: tem muito mais cosmético em casa que remédio; fica muito disponível e de fácil acesso; são atrativos (cheirosos, coloridos, embalagem bonita); os produtos não têm recurso contra criança, como uma tampa com trava ou algo assim. E o que fazer caso a criança seja intoxicada? A intoxicação pode ser na pele, inalação ou interna. Se for algo bastante tóxico é comum que a criança vomite. Outros sintomas são: salivação excessiva, suor excessivo, inconsciência, hálito com odor, diarreia, lesões cutâneas, queimaduras intensas com limites bem definidos ou bolhas, queda de temperatura. Quando for algo externo, lave bem com a água corrente. Se for interno, precisa procurar um centro de intoxicação ou o SAMU. O que não fazer? De acordo com a pediatra Ana Escobar, a criança não deve ingerir mais nada, não deve forçar o vômito e nem passar nenhum medicamento / pomada, se for uma intoxicação externa. Saiba mais aqui

CBN Curitiba – 04/11/2019

>Primeira Infância: audiência pública debate políticas para proteção a crianças

Foi lançada nesta segunda-feira (4), na Assembleia Legislativa do Paraná, a Frente Parlamentar Estadual em Defesa da Primeira Infância, com o objetivo de discutir, defender e apresentar propostas que possam proteger crianças de zero a seis anos. O lançamento aconteceu juntamente com uma audiência pública para debater o tema. A frente parlamentar conta com 15 deputados, sendo liderada pelo deputado estadual Subtenente Everton (PSL). Ele ressalta que é justamente nessa fase que é possível iniciar a formação do cidadão, ao contrário do que muitos podem pensar, imaginando que é na fase da adolescência. O parlamentar lembra que é preciso discutir o assunto, uma vez que é preciso impor limites, mas, mais do que isso, apresentar soluções para que todas as crianças sejam atendidas da mesma forma. A ideia da criação da frente foi da deputada federal Leandre Dal Ponte (PV-PR) que atualmente preside a Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância no Congresso Nacional. Leandre acredita que isso pode sim mudar o futuro das crianças, mas ressalta que é preciso fiscalização de todos os lados, pois, só assim, as crianças serão priorizadas. Quem também esteve presente foi a Secretaria Nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano do Ministério da Cidadania, Ely Harasawa. Ela lembrou que cada mandato sem políticas públicas para a primeira infância é um tempo perdido. A partir da frente parlamentar estadual, a ideia é que a proposta também seja levada para os municípios e, assim, garantir que todas as esferas públicas estejam alinhadas com ações de proteção às crianças de zero a seis anos. Confira mais aqui

Agência Brasil – 04/11/2019

>Mães de crianças com microcefalia sofrem de depressão

Em meio ao surto do vírus Zika que impactou milhares de famílias pelo Brasil, entre 2015 e 2016, nasceu a pequena Nicole, em Salvador, na Bahia. Enquanto a mãe Ingrid Graciliano aguardava a chegada da filha, que completa 4 anos este mês, o susto: um diagnóstico de microcefalia. A doença da filha a afetou emocionalmente. Ingrid passou a desenvolver os primeiros sintomas da depressão pela novidade, pela quebra de expectativa e por imaginar os cuidados e a luta que seria criar Nicole. Hoje, ela é a presidente da Associação de Anjos da Bahia e compara a situação a um luto, o que levou à depressão, doença que atinge muitas mães e cuidadoras de crianças afetadas pela síndrome congênita do Zika. “A depressão veio depois que eu tive Nicole e se potencializou ainda mais. Olhava para ela e via que não me acompanhava com o olhar porque tinha baixa visão, né. Aquilo me doía muito. Eu amamentava e ela não olhava pra mim. Não é um luto passageiro, é um luto eterno porque a gente sempre vai procurando aquela criança que a gente sonhou”, disse. Segundo ela, a situação da filha gera um desgaste psicológico muito grande. “Eu me separei do meu marido, tive um quadro de depressão muito crítico, pensamentos suicidas, comecei a tomar ansiolítico. Tinha uma vida plena antes, trabalhava, estudava e não poderia me colocar no mercado de trabalho porque tinha de cuidar daquela criança ali.” Ingrid disse também que a falta de apoio familiar e suporte de políticas públicas para os cuidadores das crianças influencia no agravamento do quadro depressivo. Segundo a presidente da associação, quase 80% das crianças afetadas pelo Zika foram deixadas pelo pai e dez mães da associação já tentaram suicídio. Leia mais aqui

Crescer – 03/11/2019

>Crianças que ouvem mentiras, tendem a mentir mais quando adultos, diz estudo

Se você costuma inventar mentirinhas que parecem inofensivas regularmente, como "Não trouxe dinheiro", para não comprar algo que seu filho pediu, talvez seja bom começar a repensar. Isso porque, apesar de surtirem efeito a curto prazo, elas podem ter um impacto negativo no comportamento do seu filho na idade adulta. Um novo estudo publicado no Journal of Experimental Child Psychology, revela que os adultos que ouviram mentiras regularmente quando crianças, costumam contar mais mentiras quando crescem, em comparação com aqueles que não ouviram. Por meio de questionários online, pesquisadores da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura — em colaboração com as Universidades de Toronto; da Califórnia; San Diego e de Zhejiang, da China — perguntaram a 379 jovens se seus pais mentiram para eles quando eram crianças, o quanto mentem para os pais agora e como se adaptam aos desafios da idade adulta. Aqueles que disseram ter sido enganados quando crianças apresentaram maior probabilidade de admitir que mentiam regularmente para os pais, além de ter problemas de conduta, experiências de culpa e vergonha, além de serem mais egoístas, impulsivos e manipuladores. "Os pais costumam mentir para economizar tempo, especialmente quando as razões reais pelas quais eles querem que os filhos façam algo são complicadas de explicar. No entanto, se eles dizem às crianças que elas devem ser honestas, mas demonstram desonestidade ao mentir, podem enviar mensagens conflitantes aos filhos. A desonestidade dos pais acaba com a confiança e promove a desonestidade nas crianças", afirmou o principal autor do estudo, o professor Setoh Peipei, da Escola de Ciências Sociais. "Nossa pesquisa sugere que as mentiras dos pais têm consequências negativas para as crianças a longo prazo. Os pais devem estar cientes dessas implicações potenciais e considerarem alternativas à mentira, como reconhecer os sentimentos das crianças e fornecer informações para que elas saibam o que esperar, oferecendo escolhas e solução de problemas juntos. Assim, será possível contribuir para que elas tenham um bom comportamento", orientou. Veja mais aqui

Extra – 02/11/2019

>Como ajudar uma criança a lidar com a perda de alguém querido

O Dia de Finados é marcado pela lembrança de quem já se foi. Para algumas pessoas, a data traz memórias tristes, enquanto para outras, este é um período de relembrar momentos bons de quem partiu. Quando se perde alguém querido, os adultos costumam ficar muito mal. Mas e as crianças, como ficam? De acordo com especialistas, quanto mais idade a pessoa tem, mais ela sente a perda e vive o luto. Por isso, as crianças tendem a sofrer menos que os adultos, mas tudo depende de quão próximo o pequeno era de quem partiu. "As crianças vivem o luto sim, mas elas elaboram de uma maneira diferente dos adultos. Enquanto os mais velhos enxergam a ausência como permanente, a criança vê a ausência como algo que pode ser passageiro", diz Ellen Moraes Senra, psicóloga e especialista em terapia cognitivo-comportamental. É missão dos adultos ajudar as crianças a viverem o luto da maneira mais saudável possível. Os pequenos normalmente apresentam muita instabilidade emocional assim que a perda acontece. Em um momento podem estar muito tristes e em outro já estarem brincando felizes. "Às vezes essas reações não são bem compreendidas, pode-se pensar que a criança não está experimentando o luto ou que já o concluiu, quando na verdade a criança ainda precisa de muito apoio e oportunidades para expressar seus sentimentos", alerta a psicóloga Thalita Martignoni. De acordo com a Thalita, a criança pode ficar mais agressiva e se irritar por qualquer motivo. É muito comum que as crianças menores regridam a estágios anteriores do desenvolvimento, como voltar a fazer xixi na cama e falar de forma mais infantilizada. "Se a tristeza pela perda começa a afetar muito o rendimento escolar ou as crianças deixam de fazer atividades que antes lhes davam prazer, pode ser sinal de problema. Nestes casos, a ajuda profissional pode ser indicada", afirma a psicóloga Livia Marques. Saiba mais aqui

Veja – 01º/11/2019

>Conheça o Projeto Fotografia do Bem que combate o preconceito empoderando criancas com síndromes através da arte

O projeto Fotografia do Bem começou em 2016 e hoje se tornou um movimento de cunho social e de combate ao preconceito. Crianças com síndromes, algumas raras, e em tratamento contra o câncer, são retratadas de forma à mostrar o lado belo de cada uma, além de suas condições médicas. O projeto, idealizado pela fotógrafa Mykaela Carbonera, que é gratuito para as famílias e ONGs, visa mostrar a beleza tanto das crianças quanto animais, através de imagens alegres. “O projeto Fotografia do Bem começo com fotografias de animais de ONGs que precisavam de um novo lar. Em 2018, o projeto se estendeu à crianças com necessidades especiais, às vezes com a presença de animais resgatados. Quando comecei a fazer fotos de crianças, eu queria que tivesse uma causa social por trás de cada imagem. Por isso escolhi trabalhar com crianças especiais, inicialmente com autismo e síndrome de Down e depois as próprias mães foram indicando crianças com outras síndromes”. Segundo Mykaela, que atualmente vive em Curitiba, no Paraná, as fotos ressaltam o lado bom de cada criança e suas personalidades, além de conscientizar sobre as necessidades especiais das crianças: “nem todos conhecem as histórias sobre suas vidas e não conseguem enxergar além da condição em que a mesma se encontra. Por isso, o meu foco é mostrar alegria, brincadeiras com animais, em meio à natureza. Não quero que seja apenas uma foto, mas que tenha um impacto emocional através das histórias contadas pelas mães de como foi a descoberta da síndrome. É uma forma de conscientizar ao mesmo tempo que cria uma empatia do público, reduzindo o preconceito e criando uma corrente do bem”. Acesse e confira aqui