Clipping nacional RNPI | 12 - 15 de novembro de 2019

Folha de S. Paulo – 12/11/2019

>Brasil tem avanços na infância, mas ainda há 27 milhões sem acesso a direitos básicos

Ao mesmo tempo em que registrou avanços em indicadores da infância nos últimos 30 anos, o Brasil ainda tem cerca de 27 milhões de meninos e meninas até 18 anos sem acesso a pelo menos um direito básico. Também vê risco de reversão de algumas conquistas, caso da queda recente em indicadores de vacinação, o que colaborou para o retorno do sarampo, e aumento da mortalidade infantil. Enquanto isso, vê surgir alertas sobre desafios não previstos em décadas anteriores, a exemplo do aumento do número de suicídios de crianças e adolescentes e problemas como bullying e cyberbullying. A conclusão é de relatório da Unicef divulgado na última terça-feira (12) sobre os 30 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança, tratado que envolve 196 países, entre eles o Brasil, e considerado como o acordo de maior adesão no mundo. “Foi um tratado que passou a considerar a criança como sujeito de direitos. Antes, era vista como propriedade do pai ou objeto de caridade”, afirma Florence Bauer, representante da Unicef no Brasil. Segundo ela, o Brasil teve avanços significativos no período, caso da redução da mortalidade infantil e do maior acesso à escola. Mas também enfrenta desafios –que não são poucos. Um exemplo elencado no relatório é que, de cerca de 57 milhões de crianças e adolescentes no país, 27 milhões não têm todos os seus direitos respeitados, como o acesso à educação, informação, água, saneamento, moradia e proteção contra o trabalho infantil. Também é alto o número de homicídios de crianças e adolescentes. A cada dia, 32 meninos e meninas de 10 a 19 anos são assassinados no país. Em 2017, ano dos dados mais recentes disponíveis, foram 11.800 mortes. A maioria das vítimas são meninos negros, pobres, que vivem nas periferias e áreas metropolitanas de grandes cidades. “É uma das áreas em que não houve avanço”, diz Bauer. Confira mais aqui

Valor Econômico – 15/11/2019

>Ministros anunciam ‘plano de avanço social’ para primeira infância

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), anunciou nesta sexta-feira que o governo está construindo um "plano de avanço social", cujo objetivo é reunir ações focadas na primeira infância, nome dado aos primeiros anos de vida. Onyx disse, no entanto, que ainda não há uma previsão de investimento para esse programa e que o detalhamento das ações será feito apenas em dezembro. "O que nós estamos construindo é um conjunto de ações, um plano de avanço social, cuidando particularmente da família e das crianças. Este sempre foi, desde o início, um compromisso do presidente. O detalhamento dele vai ser feito durante o mês de dezembro", disse. "Estamos trabalhando desde a apresentação do plano de governo para que a gente pudesse dar acesso universal ao maternal, creche e pré-escola para todas as crianças pobres do Brasil e das zonas com menor assistência. É um trabalho integrado para poder fazer aquilo que o presidente nos desafia sempre: transformar o Brasil", complementou. O anúncio foi feito após reunião entre Onyx e os ministros Osmar Terra (Cidadania), Abraham Weintraub (Educação) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), no Palácio do Planalto. O encontro começou por volta das 9h, segundo a agenda da Casa Civil. O ministro Osmar Terra acrescentou que a ideia do governo é focar nos primeiros mil dias da vida de uma criança, período que, de acordo com ele, é fundamental para definir os potenciais de uma pessoa. "O que a gente está querendo é saber o que cada um [ministros] pode fazer junto focalizado no início da vida, que é onde se organizam todas as competências humanas, não é depois, na escola. Os primeiros mil dias definem todo o potencial de uma criança", acrescentou. Leia mais aqui

Agência Brasil – 15/11/2019

>Ministério lança campanha para prevenir obesidade infantil

O Ministério da Saúde lançou a campanha 1, 2, 3 e já! Vamos prevenir a obesidade infantil. A ideia é incentivar as crianças a seguirem três passos simples para evitar o sobrepeso: alimentação saudável, atividade física e brincadeiras longe das telas da TV, celular e jogos eletrônicos. O lançamento ocorreu durante a abertura do 15° Encontro Nacional de Aleitamento Materno (Enam) e o 5° Encontro Nacional de Alimentação Complementar Saudável (Enacs), no Centro de Convenções SulAmérica, na Cidade Nova, região central do Rio de Janeiro. Na cerimônia de abertura, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, destacou que o país tem evoluído na regulamentação da indústria e propaganda e no incentivo à alimentação saudável. “Somos de uma geração em que a propaganda dizia: 'Danoninho vale por um bifinho'. Daquele marco, inicia-se uma reação da sociedade e organização para pensar e debater se aquela frase tinha algum fundo de verdade. Hoje, ela fica na prateleira da vergonha da propaganda. Era um Conar [Conselho Nacional Autorregulamentação Publicitária] que não existia, uma regulamentação que não existia.” Segundo Mandetta, o problema é um “verdadeiro drama” e o fenômeno é global. Dados do ministério apontam que três de cada 10 crianças de 5 a 9 anos atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão acima do peso, um total de 4,4 milhões. Do total de crianças, 16% (2,4 milhões) estão com sobrepeso, 8% (1,2 milhão) com obesidade e 5% (755 mil) com obesidade grave. Abaixo de 5 anos, são 15,9% com excesso de peso. Veja mais aqui

Veja – 15/11/2019

>Os riscos de as crianças viverem coladas a celulares

Filhos pequenos vivem debruçados em smartphones e tablets antes mesmo de aprender a ler, ao contrário da recomendação da OMS. No Brasil, três em cada dez meninos ou meninas com idade entre 4 e 6 anos têm um celular para chamar de seu. A frequência do uso aumenta exponencialmente. Segundo pesquisa da Common Sense Media, organização americana sem fins lucrativos destinada a rastrear os hábitos tecnológicos da juventude, mais que dobrou o tempo da petizada diante dos vídeos, chegando à média diária (média!) de uma hora. Um detalhe: no YouTube, menores de 13 anos não poderiam ver vídeos (o correto é acessar a versão Kids), e, no entanto, os cliques não param. O Facebook também restringe o acesso a maiores de 13 anos, no entanto, segundo pesquisas recentes, 50% dos menores de 12 anos no Brasil estão lá. Há, enfim, uma avalanche de consumo precoce de conteúdo emitido pelas telas pequenas, à mão. Mas, afinal, o que seria excessivo? A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que menores de 2 anos não tenham contato algum com telas, nem mesmo de televisores. Depois dessa idade, a TV pode ser liberada, mas no máximo durante uma hora por dia. Smartphone próprio, ou tablet, tão somente depois dos 8 anos, e sempre com vigilância. Antes disso, a prematuridade implica problemas de aprendizado (é preciso ler mais), de visão (há uma epidemia de miopia entre os pequenos) e até de isolamento social (avalia-se que o abuso da internet é o que fez aumentar os índices de depressão entre jovens na faixa dos 10 aos 14 anos). “Não adianta os pais simplesmente proibirem a utilização dessas tecnologias, porque os filhos encontrarão formas de chegar a elas”, diz a psicóloga Sylvia van Enck, do Núcleo de Dependências Tecnológicas da Universidade de São Paulo (USP). “Em vez de lutarem contra a maré virtual, o fundamental é os pais assumirem a responsabilidade de educar as crianças para lidar com o mundo virtual.” Na prática, trata-se de dosar o acesso, tornando-o benéfico. O universo on-line não é um mal em si. Saiba mais aqui

O Globo – 15/11/2019

>Unicef vê risco em aumento de suicídio e sobrepeso de crianças e adolescentes no Brasil

O relatório elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância ( Unicef ) para marcar os 30 anos da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança mostra que o Brasil progrediu no combate à mortalidade infantil (óbitos de crianças até 1 ano) e na infância (de até 5 anos) nas últimas três décadas, mas faz um alerta para a queda nas taxas de cobertura vacinal, casos de sobrepeso e o aumento do número de suicídios entre os adolescentes. A redução expressiva na desigualdade das taxas de mortalidade infantil de 1990 a 2017 entre as regiões do país é um dos destaques do relatório baseado em dados do Ministério da Saúde, que aponta queda de 79% no Nordeste seguida pelo Norte, com 62%. Durante esse período, o índice caiu de 47,1 para 13,4 mortes para cada mil nascidos vivos. Em 2013, a diminuição dos óbitos fez com que o país superasse em 33% a meta de redução da mortalidade infantil prevista nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio estabelecido pela ONU, em 2000, três anos antes do prazo estabelecido. Em 1990, essa taxa era de 62 mortes a cada mil nascidos vivos e caiu para 14 mortes a cada mil nascidos vivos em 2012. O índice exigido para o Brasil pela ONU era de 21 mortes a cada mil nascidos vivos até 2015. Já a mortalidade na infância passou de 53,7 óbitos por mil nascidos vivos, em 1990, para 15,6 óbitos, em 2017, uma redução de 71%. No Nordeste, a diferença foi ainda mais significativa. A taxa de mortalidade na infância na região caiu de 87,3, em 1990, para 19, em 2016, por mil nascidos vivos. Tais avanços, assegura o relatório do Unicef, foram possíveis graças a uma combinação de fatores como a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), o estabelecimento do Pacto pela Saúde (que ordena o processo de gestão do SUS pelos estados) e o modelo de atenção básica centrado na Estratégia de Saúde da Família. Ainda são apontadas no relatório como fundamentais para essa redução, o aumento do acesso ao pré-natal, o aumento da escolaridade das mães, a priorização do atendimento nos serviços de saúde a gestantes, a valorização do aleitamento materno e a melhoria no acesso a água potável e saneamento básico. Confira mais aqui

ONU Brasil – 14/11/2019

>ONU aponta que crianças respondem por 26% da mão de obra no início das cadeias produtivas na América Latina

Um novo relatório da ONU aponta uma contribuição significativa do trabalho infantil e do tráfico de pessoas nos patamares iniciais das cadeias produtivas, em atividades extrativistas e de agricultura, fazendo com que a visibilidade, diligência e identificação de tais atividades seja desafiadora. A América Latina lidera a estimativa de trabalho infantil neste setor, com 26%. O relatório “Fim do trabalho infantil, trabalho forçado e tráfico humano nas cadeias produtivas” foi produzido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Organização Internacional para Migração (OIM) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). O documento fornece, pela primeira vez, estimativas de trabalho infantil associadas ao setor em várias regiões: 26% na América Latina e Caribe; 12% no sul e centro da Ásia e outros 12% na África Subsaariana, além de 9% no Norte da África e Ásia Ocidental. “Bens e serviços que compramos são compostos de materiais de vários países ao redor do mundo e são processados, montados, embalados, transportados e consumidos através de fronteiras e mercados”, lembrou o diretor-geral da OIT, Guy Ryder. “Este relatório mostra a necessidade urgente de uma ação efetiva para enfrentar as violações dos direitos trabalhistas fundamentais que estão ocorrendo nas cadeias produtivas ”, alertou. O relatório mostra diversas áreas onde governos e empresas podem fazer mais. Ele aponta o papel crítico dos estados em enfrentar as lacunas de legislação, cumprimento e acesso à justiça (que cria espaço para violações) e em estabelecer estruturas para uma conduta empresarial responsável. Leia mais aqui

G1 – 14/11/2019

>'Epidemia esquecida': pneumonia mata uma criança de até 5 anos a cada 39 segundos

A pneumonia é uma "epidemia esquecida", alerta a Unicef, a agência da ONU para a Infância, e outras cinco organizações, incluindo a ONG Save the Children, em comunicado divulgado nesta terça-feira (12). Em 2018, a doença respiratória matou uma criança de menos de 5 anos a cada 39 segundos, informa o texto. Ao todo, mais de 800 mil crianças dessa faixa etária morreram no ano passado, vítimas da infecção. "A maioria das mortes afeta crianças de menos de dois anos, sendo que 153 mil delas faleceram em seu primeiro mês de vida", indicam as organizações. O comunicado faz um apelo por uma "ação mundial" contra a pneumonia. A infecção respiratória aguda, que afeta os pulmões, pode ser provocada por bactérias, vírus ou fungos microscópicos. Em caso de pneumonia, os alvéolos pulmonares ficam cheios de pus e líquido, o que torna a respiração dolorosa e limita a absorção de oxigênio. Existe vacina contra a pneumonia bacteriana. Os médicos lembram que se a doença for diagnosticada e tratada de forma adequada, dificilmente acontece um agravamento do quadro. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pneumonia é responsável por 15% do total de falecimentos de crianças de menos de cinco anos no planeta. A doença mata mais do que a Aids, a malária e o sarampo juntos. "É uma epidemia mundial que precisa de uma resposta internacional urgente. Milhões de crianças morrem por falta de vacinas, de antibióticos e de tratamentos de oxigênio", disse Kevin Watkins, da Save the Children. No Brasil, a pneumonia é a doença infeciosa que mais mata. Em 2015, a taxa de mortalidade verificada no país em crianças menores de 5 anos era de 1,5 por 1 mil nascimentos. Um fórum mundial sobre a pneumonia infantil será realizado em janeiro de 2020, em Barcelona (Espanha). Veja mais aqui

Agência Brasil – 14/11/2019

>Furnas busca projetos que defendam direitos de crianças e adolescentes

Pela primeira vez, Furnas, a subsidiária da Eletrobras, decidiu abrir inscrições para que municípios inscrevam projetos relacionados à defesa dos direitos de crianças e adolescentes. As inscrições vão até o dia 18 deste mês e podem ser feitas pela internet. O edital prevê o total de R$ 500 mil para apoiar os projetos escolhidos. A ação foi motivado por pesquisa da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) que revelou que 22,6% das crianças e adolescentes entre zero e 14 anos que vivem no Brasil estão em situação de extrema pobreza. De acordo com informação dada à Agência Brasil pelo gerente de Responsabilidade Sociocultural de Furnas, Marcos Machado, os conselhos municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente de todo país podem cadastrar propostas que contribuam para o fortalecimento dos direitos das crianças e dos adolescentes, por intermédio de organizações sociais locais e também podem apresentar propostas voltadas para a reestruturação dos próprios conselhos. “É importante para a gente. O assunto é bem relevante”. Para essas duas modalidades de apoio, Furnas exige a elaboração de um Plano de Monitoramento e Avaliação. As atividades selecionadas serão acompanhadas por Furnas durante um ano. Não há limite financeiro para cada projeto a ser apresentado. Marcos Machado disse que o foco das propostas pode ser, por exemplo, reforma de escolas ou criação de bandas de música que retirem a criança de ambientes negativos. A divulgação dos selecionados está prevista para o dia 29 deste mês e os projetos começarão a ser apoiados em dezembro. Saiba mais aqui

Crescer – 13/11/2019

>“Os bebês são o melhor público e entendem muito mais do que imaginamos”, diz criadora de festival de teatro para primeira infância

Temas como solidão, vazio e tristeza não cabem em espetáculos para bebês? Você que pensa! Desde o ano 2000, a fundadora da companhia de teatro para a primeira infância La Casa Incierta, Clarice Cardell, ao lado do diretor espanhol Carlos Laredo, criam peças que apostam na intensidade emocional dos pequenos e em narrativas abstratas para cativar seu público. Com o objetivo de divulgar a arte para essa faixa etária surgiu o Festival Internacional de Artes Cênicas para a Primeira Infância que realizou sua sexta edição em Brasília em setembro deste ano e o lançamento recente do canal audiovisual Bebê Lume, que traz a linguagem aperfeiçoada pela companhia nos palcos para o meio digital. Em entrevista à Crescer, Clarice defende o acesso à cultura desde os primeiros anos, reflete sobre a estética ousada dos espetáculos da companhia e dá dicas de como contar uma história que prenda a atenção dos bebês. "Essencialmente o que conecta o artista a uma criança de 0 a 3 anos é o drama. A história precisa ter algo acontecendo de verdade que comova a criança. Os pequenos estão sempre muito atentos a tudo que está se passando ao redor, tentando interpretar os códigos que ainda não dominam e tem uma capacidade impressionante de entender uma narrativa em que existe um conflito. A partir daí, você consegue estabelecer uma conexão. Os bebês vão muito longe. É o melhor público e entendem muito mais do que imaginamos. É um público de olhar gigante. É essencial cultivar esse olhar poeta que eles tem para não deixar que se desertifique tão rápido". Confira mais aqui

Estadão – 13/11/2019

>Metade da dieta de crianças de até dois anos é composta por alimentos ultraprocessados

O consumo de alimentos ultraprocessados é cada vez mais precoce no Brasil. Crianças com menos de dois anos chegam a ter praticamente a metade da sua alimentação diária composta por produtos industrializados. São farináceos, bebidas lácteas, refrigerantes, biscoitos. Por isso, o Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira, 13, uma campanha de prevenção e controle da obesidade infantil. O objetivo é alertar e orientar as famílias sobre a importância da formação de hábitos saudáveis na infância. Foi lançada também uma nova versão do Guia Alimentar Para Menores de Dois Anos. A alimentação com altas quantidades de sal, gordura e açúcar desde a primeira infância tem impacto direto nos índices de obesidade dos pequenos e também da população em geral. Dados do governo mostram que 15,9% das crianças com menos de cinco anos já apresentam excesso de peso. Nos últimos 13 anos, o porcentual de obesos no País passou de 11,8% para 19,8%. Foi um aumento 67,8%, um dos maiores índices de crescimento do mundo. Já está bem estabelecido cientificamente que o excesso de peso pode causar doenças crônicas como diabetes, hipertensão e colesterol alto. Também é fator decisivo para o desenvolvimento de problemas cardíacos e câncer. “O cenário de obesidade infantil é muito preocupante, com índices cada vez mais altos de diabetes e hipertensão”, afirmou o nutricionista Cristiano Boccolini, da Fiocruz, um dos organizadores da III Conferência Mundial de Aleitamento Materno e da I Conferência Mundial de Alimentação Complementar, que ocorrem no Rio. “Cada vez mais as crianças estão recebendo produtos ultraprocessados em vez de comida de verdade. Temos que desembalar menos e descascar mais.” Leia mais aqui

G1 – 12/11/2019

>Homicídios de crianças e adolescentes cresceram 47% no Brasil em 10 anos, aponta Unicef

O número de homicídios de crianças e adolescentes no Brasil aumentou 47,3% nos últimos 10 anos. É o que aponta relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgado nesta terça-feira (12). O estudo também mostra que o país melhorou em outros aspectos, como acesso à educação e saúde. Segundo o documento, em 2007, foram registrados 8.013 homicídios de crianças e adolescente entre 10 e 19 anos. Já em 2017, esse número havia crescido para 11.804 casos. Os dados foram obtidos pelo DataSUS, do Ministério da Saúde. "A vida desses adolescentes assassinados é marcada, desde cedo, por violações de direitos, incluindo a discriminação racial", aponta o Unicef. "São, em sua maioria, meninos negros, pobres, que vivem nas periferias e áreas metropolitanas das grandes cidades", afirma o relatório. As informações fazem parte do relatório “30 anos da convenção sobre os direitos da criança: avanços e desafios para meninas e meninos no Brasil”. Segundo o levantamento, a taxa de homicídio de jovens é um dos aspectos nos quais o país não tem avançado. Ainda de acordo com o estudo, "desde 2012, a taxa de homicídios de adolescentes é mais alta do que a da população em geral. Ou seja: no Brasil é mais perigoso ser adolescente do que adulto”. A taxa de suicídios entre crianças e adolescentes nessa faixa etária também teve subida nos últimos anos. Em 2017, foram registrados 714 casos. Dez anos depois, esse total já estava em 1.047, crescimento de 46%. Outra estatística que também cresceu é a de adolescentes em conflito com a lei. Segundo o relatório da Unicef, dados do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) mostram que o total de adolescentes em medida de internação fechada cresceu 57% em oito anos. Em 2008, esse número era de 16,8 mil. Já em 2016, o índice havia crescido para 26,4 mil. Para o Unicef, os dados indicam “que as medidas protetivas vinculadas ao ECA ainda apresentam falhas em sua implementação”. Veja mais aqui

Câmara Notícias – 12/11/2019

>Maia defende mais recursos para a primeira infância

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu mais recursos para a primeira infância, ao participar da abertura do VII Seminário Internacional do Marco Legal da Primeira Infância. O ministro da Cidadania, Osmar Terra, também participou do evento. Segundo Maia, o País vive um momento de reorganização do orçamento público. Para ele, o orçamento atualmente atende muito pouco às pessoas que precisam. "Nosso principal objetivo é cada vez mais conseguir economizar algum recurso e que o foco dessa economia não seja apenas reduzir dívida, mas alocar recursos para as crianças, que devem ser nossa prioridade", propôs. Rodrigo Maia voltou a destacar a desigualdade no Brasil, "que concentra renda na mão de poucos e presta serviços de baixa qualidade para a população mais carente". Ele espera que as propostas de mudança não fiquem apenas no discursos. "Temos bons exemplos, mas é muito mais lento do que deveria ser para as nossas crianças", disse o presidente. O Marco Legal da Primeira Infância no Brasil estabelece uma série de iniciativas para adoção de políticas públicas focadas no desenvolvimento integral de crianças, desde o nascimento até os seis anos de idade. Saiba mais aqui

Câmara Notícias – 12/11/2019

>Primeira infância poderá ser prioridade no PPA 2020-2023

Representantes do governo federal pediram, nesta terça-feira (12), apoio da Frente Parlamentar da Primeira Infância na construção do orçamento destinado às crianças no Brasil. A faixa etária – que vai até os seis anos de idade – poderá ser prioridade no Plano Plurianual (PPA) 2020-2023, que está em análise no Congresso Nacional e já recebeu emendas neste sentido. Segundo o coordenador-geral de Políticas Sociais e Transversais do Ministério da Economia, Alexandre Lima e Souza, a equipe econômica do governo traçou um cenário fiscal até 2023 e acomodou todos os programas dentro do teto de gastos. “Dentro de um cenário de contingenciamento, depois das despesas obrigatórias, a prioridade seria a primeira infância”, explicou. Souza participou de audiência sobre a implementação do Marco Legal da Primeira Infância no Brasil, promovida pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. O debate faz parte da programação do 7º Seminário Internacional do Marco Legal da Primeira Infância, que ocorre nos dias 12 e 13 de novembro. A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), que mediou o debate, ressaltou que os legisladores brasileiros construíram o marco e agora acompanham sua implementação, dificuldades e gargalos, em especial as garantias orçamentárias. “Se cada gestor municipal compreender essa política pública e implementá-la, vamos ter cidades mais desenvolvidas, homens e mulheres mais felizes”, acredita. Os desafios para promover a primeira infância no Brasil passam pelo enfrentamento da mortalidade infantil e pela garantia do acesso a creche, por exemplo. Dados da Pesquisa Anual por Amostra de Domicílios Contínua 2018 (PNAD-Contínua) indicam que 6,7 milhões de crianças de zero a três anos não frequentam creche no Brasil, o que representa 66% da população dessa faixa etária. Mais de um quarto não frequentam a educação infantil por falta de escola perto de casa ou por falta de vaga. Confira mais aqui

ONU Brasil – 12/11/2019

>ONU pede ações urgentes para frear o aumento da fome e da obesidade na América Latina e no Caribe

A prevalência da obesidade em adultos na América Latina e no Caribe triplicou em relação aos níveis existentes em 1975, a ponto de, hoje, um em cada quatro adultos conviver com obesidade na mesma região onde a fome voltou a crescer e afeta 42,5 milhões de pessoas. Esses dados constam no novo relatório das Nações Unidas, Panorama de Segurança Alimentar e Nutricional 2019. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) pediram ações urgentes aos países para combater o aumento da má nutrição na região. O documento destaca a necessidade de promover ambientes alimentares mais saudáveis por meio de impostos e incentivos fiscais que favoreçam uma alimentação adequada, sistemas de proteção social, programas de alimentação escolar e a regulamentação da publicidade e da comercialização de alimentos. As agências também enfatizam a importância de melhorar a rotulagem de alimentos com sistemas de alerta nutricional frontal, garantir a segurança e a qualidade dos alimentos vendidos nas ruas e reformular a composição de certos produtos para garantir sua contribuição nutricional. O relatório apresenta dados do cenário alimentar da América Latina e do Caribe, e destaca que a região está pior que o resto do mundo na maioria dos indicadores de má nutrição relacionados ao consumo excessivo de calorias – enquanto que a fome voltou a crescer: 11%, ou 4,5 milhões de pessoas, desde 2014. Segundo a diretora da OPAS/OMS, Carissa F. Etienne, “precisamos do compromisso de toda a sociedade e de políticas públicas que regulem produtos alimentares pouco saudáveis, criem ambientes propícios à atividade física e promovam uma alimentação saudável na escola e na mesa das famílias”. Leia mais aqui

G1 – 12/11/2019

>Prefeitura de Boa Vista faz maratona de comunicação e lança concurso de reportagem para universitários

A Prefeitura de Boa Vista realiza nos dias 25 e 26 de novembro o "I Infothon de Boa Vista". O evento é uma maratona da área de Comunicação que contará com seminários sobre transparência no setor público e primeira infância, além de um concurso de reportagem para estudantes de jornalismo. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas a partir desta terça-feira (12). O concurso será disputado por doze duplas selecionadas a partir dos critérios estabelecidos no edital e dará premiações às três primeiras colocadas. Os trabalhos serão julgados por uma comissão formada por jornalistas e professores universitários da área de comunicação. As reportagens serão sobre a primeira infância e devem ter entre 2 mil e 4 mil caracteres e fotos. Os participantes terão oito horas para trabalhar no material e poderão contar com auxílio de jornalistas profissionais para construir as reportagens. Os competidores terão acesso também a dados sobre a primeira infância e a fontes especializadas das secretarias municipais de Saúde, Educação, Obras, Gestão Social, Projetos Especiais, Finanças e Ciência e Tecnologia. Durante a maratona de informação a prefeitura lançará o "Observatório da Gestão Municipal de Boa Vista", que deverá servir como uma ferramenta de transparência sobre dados da cidade para todos os cidadãos. O primeiro dia de evento ocorrerá na segunda (25), a partir das 8h e contará com palestras e mesas redondas com os temas "Jornalismo em Tempo de Fake News", "Transparência no Setor Público" e "Primeira Infância". Qualquer pessoa pode participar do primeiro dia de evento, mas o público-alvo são profissionais e estudantes de Comunicação Social, que atuam nas áreas de jornalismo, marketing, publicidade/propaganda, relações públicas e afins. Veja mais aqui