Clipping nacional RNPI | 16 - 18 de novembro de 2019

Estadão – 18/11/2019

>Racismo na infância: Como criar crianças livres de preconceito?

“Mãe, por que as empregadas são negras?”, “Por que a criança que está pedindo dinheiro no farol é negra?”, “Pai, por que não tem boneca negra na loja?”. Essas são algumas perguntas que podem pegar os adultos de surpresa. Em pleno século 21, a sociedade ainda precisa aprender a lidar com essas situações. Para despertar consciência racial nas crianças é preciso antes trabalhar o racismo com os adultos. Mas seria possível criar os pequeninos livres de preconceito? Vendo a necessidade de tocar no assunto, as comunicadoras e amigas Deh Bastos e Paula Batista criaram o grupo Criando Crianças Pretas. A maioria dos comportamentos de um indivíduo é aprendido, ou seja, assimilado ao longo das experiências de vida e leva em consideração a convivência com o outro. Estudiosos do tema afirmam que o racismo é estrutural e que, de acordo com a Organização dos Estados Americanos (OEA), está intrínseco nas sociedades ocidentais. No Brasil, o racismo existe desde os primórdios, com a colonização e o estabelecimento de um regime escravocrata. A população negra era vista como mercadoria e ferramenta de trabalho. Séculos de preconceito não mudam se o diálogo entre as pessoas não se fortalecer. Assim, o papel do Criando Crianças Pretas pode ser considerado como uma rede de comunicação anti-racista. “Não é só em novembro. Nós também estamos vivos e sofrendo racismo durante todo o ano”, ressalta Deh Bastos. De que adianta falar sobre o tema com as crianças se elas são essencialmente criadas por adultos, sobretudo na primeira infância? Por isso, o grupo Criando Crianças Pretas promove bate-papos em escolas, empresas e instituições. “Nós temos uma consultoria de comunicação anti-racista para promover esses diálogos sem dor. Nem dor para o negro, por motivos óbvios porque a história dói, e nem para os brancos, que muitas vezes querem falar sobre o assunto e têm medo de falar, não se sentem seguros, medo de falar alguma coisa que tá errado, de agredir. A gente precisa assumir o racismo nosso de cada dia”, enfatiza Deh Bastos. O trabalho com os adultos brancos é no sentido de ampliar o espaço de reflexão sobre o racismo e, com pais negros, oferecer informações práticas como: como cuidar do cabelo, da pele, abordar sobre os termos, dar indicação de livros, animação e filmes. “Esse trabalho que fazemos é para adultos, porque são os adultos que educam as nossas crianças e só há esperança nas crianças”, diz a comunicadora. Confira mais aqui

IstoÉ – 18/11/2019

>Mudanças climáticas já prejudicam saúde das crianças, diz relatório

As mudanças climáticas já prejudicam a saúde das crianças em todo o mundo, com ameaças de impactos ao longo da vida, de acordo com o relatório internacional Lancet Countdown 2019 (Contagem Regressiva da Lancet), lançado na última segunda-feira (18) no Brasil. Se o mundo continuar no atual padrão econômico de altas emissões de carbono e mudanças climáticas, o documento aponta que uma criança nascida hoje enfrentará um planeta em média 4° C mais quente até os seus 71 anos, o que ameaçaria sua saúde em todas as fases da vida. “A mensagem chave desse relatório global é que a gente precisa se atentar para as mudanças climáticas logo, para que as crianças, no futuro, não sejam tão afetadas. A criança vai ser afetada, mas para que ela não seja tão afetada”, disse a médica Mayara Floss, uma das autoras do relatório no Brasil. O impacto da poluição do ar deve piorar nos próximos anos, mostra o relatório. O fornecimento de energia derivada do carvão, por exemplo, triplicou no Brasil nos últimos 40 anos; ao mesmo tempo que os níveis perigosos de poluição atmosférica ao ar livre contribuíram para 24 mil mortes prematuras em 2016. O projeto é uma colaboração de 120 especialistas de 35 instituições, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Banco Mundial e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde brasileiro. “Longas secas, chuvas excessivas e incêndios não controlados estão agravando os efeitos sobre a saúde. Impulsionado em parte pelas mudanças climáticas, o crescimento contínuo da dengue pode tornar-se incontrolável em breve – a incidência triplicou desde 2014. Lamentavelmente, o desmatamento de florestas maduras está aumentando novamente, assim como o uso de carvão. Não podemos desperdiçar o histórico de sucesso conquistado com tanto esforço”, disse Mayara. Segundo o relatório, as crianças são as que mais sofrerão com o aumento de doenças infecciosas, como a dengue. “A gente sabe que a capacidade do mosquito da dengue de transmitir doença tem aumentado muito. Esse é um dado muito alarmante. E isso está relacionado às mudanças climáticas e ao aumento da temperatura”, disse Mayara. Leia mais aqui

NSC Total – 18/11/2019

>Blumenau tem pouco mais de 3 mil crianças na fila de espera por vaga em creche

Foi concluído na quinta-feira (14) o recadastramento de famílias blumenauenses que precisam de vagas nos centros de educação infantil da cidade. De acordo com os dados reunidos pela Secretaria Municipal de Educação, 3.087 crianças aguardam na fila de espera. Antes do recadastramento eram cerca de 5,8 mil. O recadastramento foi feito justamente para que o poder público tenha a informação atualizada. Muitas famílias que em algum momento se cadastraram deixaram de ter interesse nas vagas por algum motivo, mas não retiraram o nome da fila. A posição das crianças na fila de espera pode ser consultada por meio do número de cadastro ou pelo nome da criança. A secretária de Educação, Patrícia Lueders, comemora. Ela esperava ter cerca de 4 mil crianças na fila depois do recadastramento. A partir desta segunda-feira o sistema está disponível para novas famílias que precisam de vagas na Educação Infantil. Para entrar na fila, basta procurar um centro de educação infantil ou ligar para 3381-7044. No próximo ano serão abertas pelo menos 3,2 mil vagas nas creches de Blumenau. Isso não quer dizer que a fila será zerada. Há procura maior para crianças de zero a dois anos, o que deve manter a fila ativa. Neste ano, o principal critério para entrada nos CEIs é o socioeconômico. Primeiramente serão chamadas as crianças de famílias beneficiadas com o Bolsa Família. No total são seis grupos formados de acordo com a renda mensal da família. A priorização pela renda familiar atende pedido da Defensoria Pública de Santa Catarina. De acordo como o defensor público Albert Silva Lima, é “um exemplo de ação afirmativa, visando reduzir desigualdades sociais e ajudar a quem mais precisa”. Veja mais aqui

Tudorondonia.com – 18/11/2019

>Primeira infância: resultado preliminar de práticas do Sistema de Justiça

A lista de classificação e habilitação dos participantes da premiação de boas práticas na categoria “Sistema de Justiça” já está disponível no portal do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O resultado preliminar traz as três primeiras colocadas. O prêmio de boas práticas, promovido por meio do Pacto Nacional pela Primeira Infância, é disputado, na categoria “Sistema de Justiça”, por entidades ou órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), das esferas federal, estadual ou distrital. Das 42 práticas inscritas, 24 foram habilitadas. Segundo a classificação preliminar, as três iniciativas melhor classificadas foram do Tribunal de Justiça de Goiás, com a prática “Amparando Filhos – Transformando Realidades com a Comunidade Solidária”; do Ministério Público do Estado do Ceará, com “Proinfância – Proteção à infância e à adolescência”; e do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, com o projeto “Entregar de forma legal é proteger”. A classificação preliminar pode ser conferida aqui. A premiação será entregue aos vencedores em São Paulo, durante o Seminário do Pacto Nacional pela Primeira Infância da Região Sudeste, marcado para 2 e 3 de dezembro. As listas das demais categorias – “Empresas”, “Sociedade Civil Organizada” e “Governo” – também já estão disponíveis no Portal CNJ. A etapa seguinte do projeto será a disseminação e fomento das boas práticas, como benchmarking. O CNJ disponibilizará o material informativo sobre as práticas e promoverá fóruns de discussão entre os atores das práticas e os interessados em replicá-las. Saiba mais aqui

Terra – 18/11/2019

>Automutilação de adolescentes desafia médicos e cientistas

A automutilação, sobretudo entre garotas adolescentes, tornou-se tão disseminada tão rapidamente que os cientistas e terapeutas agora estão tentando alcançá-la. Cerca de um em cada cinco adolescentes revela ter se machucado para aliviar a dor emocional pelo menos uma vez, de acordo com uma análise de três dezenas de pesquisas em quase uma dúzia de países, entre eles Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha. O hábito da automutilação, com o tempo, indica maior risco de suicídio, sugerem os estudos. Mas existem pouquíssimos centros de pesquisa dedicados à automutilação e ainda menos clínicas especializadas em seu tratamento. Quando os jovens que se machucam procuram ajuda, muitas vezes se deparam com sustos, mal-entendidos e reações exageradas. Os níveis aparentemente epidêmicos do comportamento expuseram uma falha estrutural dos cuidados psiquiátricos: como a automutilação é considerada um "sintoma" e não um diagnóstico em si, como a depressão, os testes para tratamentos são assistemáticos e os terapeutas têm poucas evidências sobre as quais se basear. Nos últimos anos, pesquisadores psiquiátricos começaram a juntar as peças, dando ênfase à biologia e os gatilhos sociais da automutilação. Agora, a história oferece aos pais - dezenas de milhões no mundo todo - alguma ideia do que está acontecendo quando veem uma criança com cicatrizes ou queimaduras e permite a avaliação de tratamentos especializados: em um estudo recém-publicado, pesquisadores de Nova York descobriram que a automutilação pode ser reduzida com uma forma específica da terapia que foi inventada para tratar o que é conhecido como Transtorno de Personalidade Borderline. "Este tipo de comportamento costumava se restringir às pessoas gravemente comprometidas, com histórico de abuso sexual e grande alienação corporal", disse Barent Walsh, psicólogo que foi um dos primeiros terapeutas a se dedicar à automutilação, no programa Bridge em Marlborough, Massachusetts, agora parte do Open Sky Community Services. "Então, de repente, alastrou-se para a população em geral, a ponto de afetar crianças de famílias ricas. Foi quando o financiamento para as pesquisas começou a chegar." Confira mais aqui

Agência Brasil – 17/11/2019

>Brasil tem ação exemplar na acolhida de crianças migrantes, diz Unicef

O Brasil registrou uma série de avanços nos direitos de crianças e adolescentes e o resultado de políticas protetivas, de incentivo à educação e de promoção da saúde nessa faixa etária se reflete também nas populações migrantes acolhidas no país. A avaliação é da representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no país, Florence Bauer. Desde 2017, mais de 200 mil pessoas já entraram no Brasil fugindo da crise econômica, política e social na Venezuela. Desse total, segundo o Unicef, quase 10 mil são crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. O número é uma projeção, já que não há dados oficiais, e engloba o período entre 2015 e 2019. “O Brasil teve um papel muito importante desde o início [da crise venezuelana]. O Brasil investiu recursos na Operação Acolhida e obteve uma resposta muito positiva. A liderança do governo do Brasil nesse tipo de situação é exemplar. O Brasil tem um papel acolhedor e provê todos os serviços básicos que as crianças precisam. Mas, ainda assim, há desafios para a integração dessa população e esse é o trabalho que o Unicef planeja desenvolver a partir de agora”, afirmou Florence. Apesar do bom desempenho do país, o órgão das Nações Unidas indica diversos avanços possíveis na área. Dados do relatório que marca os 30 anos da Convenção Sobre os Direitos da Criança, divulgado esta semana e do qual o Brasil é signatário, indicam que cerca de 27 milhões de crianças ainda sofrem privação de pelo menos um dos direitos básicos fundamentais. Além disso, quase 2 milhões de crianças e adolescentes estão fora da escola na faixa etária compulsória, dos 4 aos 17 anos. O relatório aponta ainda aumento alarmante de homicídios entre jovens de 10 a 18 anos: 191 mil mortes na última década. Leia mais aqui

Blog do Sakamoto – 17/11/2019

>Crianças de 7 a 11 anos são retiradas do trabalho em casas de farinha na BA

Onze crianças e adolescentes, de sete a 17 anos, foram retirados da produção de farinha de mandioca na Bahia e em Sergipe, durante operação de fiscalização do governo federal. A atividade está relacionada na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil, ou seja, proibida para menores de 18. A ação, que começou no dia 23 de outubro, contou com a participação de auditores fiscais do trabalho do Ministério da Economia, um procurador do Ministério Público do Trabalho, um representante da Defensoria Pública da União e agentes da Polícia Rodoviária Federal.Quatro casas de farinha foram inspecionadas no município de Crisópolis (BA) e, em duas delas, encontrados quatro crianças e adolescentes em cada uma – a mais nova tinha sete anos e o mais velho, 17. Entre os trabalhadores, uma menina de 11 tentava alternar a raspagem da mandioca com o dever de casa da escola. Segundo fiscais do trabalho, ela sonha em ser veterinária.O recebimento Bolsa Família, que perdeu seu poder de compra, não é suficiente para garantir que a criança fique fora do arranjo produtivo e há famílias que afirmaram preferir levar os filhos para ajudar no trabalho.Já em Lagarto e Campo de Brito, em Sergipe, foram 12 casas de farinha inspecionadas, com três adolescentes (de 15, 16 e 17 anos) encontrados em duas delas. Não havia crianças trabalhando nos locais fiscalizados nesse Estado. "Surpreendeu um caráter de consciência coletiva dos trabalhadores sobre a proibição de crianças nessa atividade em Sergipe. Muitos repetiam que trabalho infantil não deveria estar presente em casa de farinha, que aquilo não era lugar para criança", afirmou ao blog o auditor fiscal Magno Riga, que coordenou a operação. A produção de farinha em Sergipe é mais estruturada que na Bahia. A lei proíbe quem tem menos de 18 anos de atuar nessa atividade, que está relacionada na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (Lista TIP), de acordo com o decreto 6.481/2008. Ele regulamenta a Convenção 182 da Organização Internacional do Trabalho que trata do tema. De acordo com a Lista TIP, a atividade da fabricação de farinha de mandioca envolve esforços físicos intensos, acidentes com instrumentos pérfuro-cortantes, movimentos repetitivos, temperaturas altas. Entre os prováveis riscos à saúde estão contusões, cortes, queimaduras, amputações, tendinites, entre outros. Veja mais aqui

Diário do Poder – 17/11/2019

>Promotora vegana quer excluir carne e leite da merenda escolar

O Ministério Público da Bahia decidiu que os alunos de escolas municipais do estado não podem mais comer carne — ou “proteína de origem animal”, eles dizem. No dia 15 de novembro, li com perplexidade a matéria publicada, em primeira mão, no Blog do Tião que o Ministério Público da Bahia vem assinando Termos de Ajustamento de Conduta com prefeituras do interior do estado para banir a carne do cardápio das escolas. Até agora, 150 escolas já aderiram ao programa, que já atinge 32 mil alunos nos municípios de Serrinha, Teofilândia, Barrocas e Biritinga, na região nordeste do estado, a cerca de 200 km de Salvador. A Promotora Letícia Baird, que idealizou o projeto, é uma ativista da causa vegana. Os promotores responsáveis pela vigilância chamam sua própria ideia de “Programa Escola Sustentável”. A promotora, perguntada sobre a possibilidade de as famílias não concordarem com as intervenções do MP na alimentação das crianças, disse ao site Gazeta do Povo, do Paraná, que elas podem “comer carne em casa com o seu dinheiro, pois aqui estamos falando de dinheiro público”, informou Tião Lucena. Mas com que dinheiro essas famílias vão adquirir carne? Essas cidades, atacadas pela promotora, pertencem a uma região de extrema pobreza. Por exemplo, na cidade de Biritinga, segundo o IBGE a renda média das famílias residentes na zona rural é de R$ 120,50 enquanto a renda média dos moradores da zona urbana é de R$ 320,00. E o IBGE salienta que cerca de 80% das famílias sobrevivem com até um salário mínimo, apresentando alto índice de vulnerabilidade social. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD/2013) o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDH-M é de 0,538, o município possui ainda, segundo dados do Banco do Nordeste, o índice de 61,33% de sua população em situação de pobreza e exclusão social, destes 33,47% estão abaixo da linha da pobreza e sobrevivem com menos de um salário mínimo. Saiba mais aqui

Bem Paraná – 17/11/2019

>Crianças devem ficar longe do açúcar até os dois anos

Crianças devem ficar longe do açúcar, ao menos, até os dois anos de idade. Essa recomendação está expressa no Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos, lançado na semana passada pelo Ministério da Saúde. Para o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o Guia Alimentar tem apontado o caminho correto do alimento saudável, fruta e verdura, assim como tem apontado que o ultraprocessado deve ser gradualmente retirado de qualquer cardápio de crianças do nosso BrasiL. “Esse é um trabalho construído por inúmeras mãos em prol da saúde das crianças brasileiras. O guia não só aponta o caminho a ser seguido, como mostra o que devemos mudar na alimentação infantil”, reforçou o ministro Mandetta. Entre as novidades desta edição estão também as recomendações de consumo com base no nível de processamento do alimento e não com foco apenas em nutrientes; dicas de culinária, inclusive para vegetarianos; direitos relacionados à alimentação infantil; e a alimentação como um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto. O Guia soma com a Campanha de Prevenção de Controle e Obesidade Infantil divulgada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Desde os primeiros anos de vida, as crianças estão consumindo pouca variedade de alimentos saudáveis e estão sendo expostas muito cedo a alimentos ultraprocessados (biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, bebidas açucaradas e outros ricos em açúcar, sódio e gordura) que podem prejudicar a saúde e causar doenças crônicas como diabetes, hipertensão, colesterol alto e até doenças cardíacas. Como a alimentação tem papel fundamental em todas as etapas da vida, especialmente nos primeiros anos, que são decisivos para o crescimento e desenvolvimento, para a formação de hábitos e para a manutenção da saúde, o Guia agora está direcionada para pais, responsáveis e educadores, além dos profissionais de saúde. O Guia também pode apoiar profissionais de saúde, educação e assistência social que cuidam de crianças em seus locais de trabalho, como Unidades de Saúde da Família (USF), hospitais, creches, entidades assistenciais e todo e qualquer espaço comprometido com a promoção de uma alimentação adequada e saudável para crianças. É um importante apoio à família no cuidado cotidiano de crianças e para os profissionais de saúde e de outros setores no desenvolvimento de ações de educação alimentar e nutricional, em âmbito individual e coletivo. A nova versão tem linguagem mais acessível e menos teórica. A produção do conteúdo contou com a participação de vários pesquisadores, que utilizaram uma forma dinâmica e inovadora, incluindo oficinas de escuta e chamadas públicas. Confira mais aqui

Correio 24 horas – 17/11/2019

>Conheça a turma de crianças em Salvador que aprendeu a não sentir mais medo

As crianças estão sentadas em fileiras, numa sala no último dos três andares de uma escola, para discutir sobre medo, coragem, força da mente e outros dilemas da vida. Ninguém tem mais de 12 anos. Uma menina pede licença e explica uma de suas aflições. “O pobre tem sempre que andar na mesma linha. A gente precisa andar em outras linhas”, diz Marina Luiza, 10. No bairro de Capelinha de São Caetano, um dos mais pobres de Salvador, elas aprendem a ouvir e palestrar, entre família e amigos, como podem, todos, ser líderes dentro e fora da periferia. As reuniões começaram no dia 5 de março, onde antes funcionava um depósito da escola da escola Centro Educacional Aprender e Criar. Os alunos e alunas, divididos em turmas às terças e quartas, começam a chegar pouco antes das 14h – os encontros duram até as 16h30. Todos fazem parte de famílias que ganham, em média, R$ 459,69, menos da metade do valor de um salário mínimo (R$ 998), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O projeto, chamado Criança Preparada, surgiu depois que Franklyn André, dono da escola e palestrante, começou a acumular exemplos de crianças que abandonaram a sala de aula, perdidas pela falta de orientação. Hoje, são 22 participantes. “Não é obrigatório, eu digo que aqui não é escola, é algo para fortalecer o potencial. Eles estão a fim de aprender”, afirma. Ao longo das aulas, as crianças conversam sobre como podem controlar a mente e, assim, também os medos e aflições. Na sala, confrontam umas às outras e são chamadas, individualmente, a falar sobre o que sentem e como superam seus medos. Também são ensinadas a planejar palestras que possam motivar o outro, seja ele quem for. À primeira vista, as crianças assustam pela profundidade dos debates, em contraste com a idade. “A diferença entre um adulto e a criança é só a altura e as regras. A primeira vez que vim aqui na frente e falei, vi que o medo não existe. Quando você começa a fazer, você tem que continuar. É só ir e fazer”, fala Victor Emanuel, 10. Antes, o menino, quase vizinho da escola, dizia ser quieto, vergonhoso de tudo. As mães e os pais começaram a estranhar o novo comportamento dos filhos, que passaram a não aceitar nada como natural ou obrigatório. “As palavras e as coisas não significam nada, apenas as que eu quero que signifiquem”, define Mariana Farias, 9. Leia mais aqui

O Povo – 17/11/2019

>Pesquisadores do Ceará criam produto com leite de cabra e água de coco com valor nutricional do leite materno

O projeto de pesquisa ACP Lacte criou um produto composto por água de coco e leite de cabra, com o mesmo valor nutricional do leite materno. O projeto foi apresentado durante a 65ª Exposição Agropecuária e Industrial do Ceará (Expoece), no Parque de Exposições do Ceará Governador César Cals. ACP é abreviatura para água de coco em pó e lacte é a derivação para leite. O alimento é voltado para crianças de zero a três anos e para pessoas com sensibilidade ao leite comum. O composto foi idealizado pelos pesquisadores José Ferreira Nunes e Cristiane Mello, da Universidade Estadual do Ceará (Uece), mesmos criadores da pomada de água de coco. Ele tem o objetivo de diminuir a deficiência proteica na primeira infância de crianças do Nordeste, além de oferecer uma alternativa para as pessoas com alergia ao leite comum. A descoberta veio a partir de um experimento caseiro de Nunes, que misturou água de coco em pó que tinha em casa com leite de cabra, que tinha comprado no supermercado. O pesquisador trabalha há 37 anos com caprinos, e como afirma Cristiane Mello, fez os experimentos por conhecer os benefícios do leite de cabra. Após o ensaio caseiro, Nunes solicitou que o teste fosse feito em maquinário na empresa da Uece, com a mistura da água de coco e leite de cabra líquidos para obtenção do produto em pó. A pesquisadora Cristiane Mello afirma que o leite de cabra tem níveis mais altos de aminoácidos essenciais e vitamina A, B6 e niacina; um maior valor nutricional em comparação ao leite de vaca, devido a estruturas de proteínas; potencial para reações menos alergênicas; e contém lipídios benéficos para o combate de várias doenças. A previsão para o lançamento do produto para consumo está para o final do primeiro semestre de 2020, mas vários testes ainda devem ser feitos. "Sabendo da composição da água de coco, do leite de cabra e do bioproduto feito a partir deles, haverá um estudo de uma equipe de médicos nutrólogos, médicos pediatras, médicos, gastroenterologistas, nutricionistas, farmacêuticos, e colaboradores para melhor estudar a proporção entre água de coco e leite de cabra para cada público alvo", detalha Cristiane. Veja mais aqui

Saúde – 16/11/2019

>O papel do pai nos primeiros 1 000 dias da criança

Os 1 000 dias correspondem ao período da vida que vai da concepção até o final do segundo ano de vida da criança. O que acontece nessa fase, em termos de saúde física e emocional, será crucial para garantir seu crescimento e desenvolvimento saudáveis. Nesse momento, a criança depende dos cuidados de um adulto e, por isso, é fundamental que tenha um ambiente adequado e acolhedor para criar laços fortes com seus principais cuidadores: mãe e pai. O pai é aquele que chega para estabelecer com o filho a primeira relação que vai além da mãe. E ele precisa estar presente em todos os instantes da vida da criança. Cabe notar que a figura paterna deixou de ser autoritária, sem expressão de sentimentos e afeto, e começou a conquistar novos espaços. Foi-se o tempo em que o homem era visto como o mais bravo da casa! Mas, claro, deve haver autoridade. Esta deve ser utilizada para dar orientações certeiras e gerar confiança e independência – e não provocar medo. Sem falar que ele também é fonte de segurança para a mulher. Portanto, seu envolvimento com o bebê deve ser iniciado o mais precocemente possível. Isso ajudará a proporcionar o fortalecimento dos vínculos familiares e o desenvolvimento da personalidade da criança. Ações como acariciar, segurar no colo, dar medicações, trocar fraldas, estar com a mãe durante as mamadas e acalentar são fatores positivos, capazes de aprimorar o desenvolvimento global da criança. A participação efetiva do pai na vida de um filho promove segurança, autoestima, independência e estabilidade emocional. Atualmente, eles estão cada vez mais inseridos nos cuidados com os bebês, principalmente com a nova realidade social, na qual os homens têm exercido o papel de compartilhar as tarefas com a mulher dentro de casa. Mas é necessário que o pai não esteja presente apenas fisicamente. Ele deve contribuir para a educação e a formação dos filhos. Esse maior nível de envolvimento paterno está relacionado a menores índices de problemas de comportamento na infância (especialmente no que diz respeito à agressividade infantil) e a um melhor desempenho acadêmico, entre outros benefícios. Saiba mais aqui