Clipping nacional RNPI | 19 - 21 de novembro de 2019

Estadão – 21/11/2019

>Organizações internacionais expressam indignação com inação global sobre direitos de crianças

Na última quarta (20), foi celebrado o aniversário de 30 anos da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança. Para a data, a iniciativa Joining Forces – aliança formada por seis organizações internacionais relevantes de direitos de crianças e adolescentes – emitiu um posicionamento, demonstrando indignação com a inação global nas principais violações de direitos da infância. A aliança é formada pela ChildFund Alliance, Plan International, Save the Children International, SOS Children’s Villages International, Terre des Hommes International Federation e World Vision International. Confira o posicionamento: "As organizações de Direitos das Crianças expressam sua indignação com a inação global quando a ONU comemora o 30º aniversário do tratado internacional de Direitos Humanos mais amplamente ratificado. As vidas de milhões de crianças vulneráveis estão em risco porque a maioria das nações do mundo não reafirmou seu compromisso com os direitos da criança, alertaram seis importantes organizações internacionais sobre Direitos da Criança". As agências, representadas pela coalizão chamada Joining Forces, expressaram sua consternação porque apenas alguns países se comprometeram especificamente a promover os direitos das crianças para comemorar o trigésimo aniversário da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, em 20 de novembro. Até a presente data, menos da metade dos países adotou o compromisso global “Para cada criança, todos os direitos” de redobrar esforços em defesa da criança, em resposta ao convite do UNICEF e das Nações Unidas.Pior ainda, menos de 50 países apresentaram compromissos nacionais e quase nenhum dos países com as maiores taxas de pobreza e marginalização infantil se comprometeram. Confira mais aqui

ONU Brasil – 21/11/2019

>Crianças e adolescentes reúnem-se em Brasília para exigir efetivação de direitos

“Somos adolescentes em busca de um país melhor, somos de vários lugares: das cidades, do campo, da floresta, das favelas, dos quilombos, das aldeias, das fronteiras.” Essa foi a primeira frase escrita por 53 adolescentes de diversas partes do Brasil, recebidos na semana passada em Brasília (DF). Das praias às aldeias indígenas, dos grandes centros urbanos à zona rural, do Brasil à Venezuela, meninas e meninos se reuniram para levar sua voz aos adultos e exigir seus direitos. Durante três dias na capital federal, de 11 a 13 de novembro, os adolescentes com idades entre 13 e 20 anos redigiram a Carta de Brasília – manifesto pela preservação da vida e pela garantia dos direitos de cada criança e adolescente –, que está sendo lida nas solenidades de comemoração dos 30 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança em várias cidades do país. Os adolescentes reunidos em Brasília fizeram ecoar um só discurso. A Carta de Brasília – nome dado pelos adolescentes ao documento – é o resultado de dias de imersão e expressa suas vozes, identidades e seu direito à participação. Refletindo sobre os avanços que a Convenção trouxe para os direitos da criança, os adolescentes celebraram as conquistas que impactaram diretamente suas vidas nos últimos 30 anos. A redução da mortalidade infantil e o Sistema de Garantia de Direitos integral a todas as crianças brasileiras foram algumas das vitórias nessas três décadas. Porém, os desafios que meninos e meninas ainda enfrentam são muitos – e novos. Homicídios, falta de participação na tomada de decisões, trabalho infantil e a dificuldade para garantir os direitos das crianças migrantes são apenas alguns dos problemas que exigem ação. Em meio a adultos, os meninos e meninas subiram ao palco para alertar: resistiremos sem deixar nenhuma criança ou nenhum adolescente esquecido. E agora viajam o Brasil levando a mensagem a suas comunidades. Leia aqui o manifesto na íntegra

Agência Brasília – 21/11/2019

>Atenção pós-alta melhora desenvolvimento de prematuros

A insegurança sobre o desenvolvimento de um bebê é comum a todos os pais. Mas o medo sobre as formas de estimulação de um prematuro se mostra muito maior. Neste momento, toda ajuda é bem-vinda. Mães e pais que recebem alta da internação do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) já saem com a consulta de acompanhamento na Pediatria do ambulatório local marcada. Quando a criança chega aos 2,5kg em média e cerca de 40 semanas de idade corrigida, uma equipe multidisciplinar inicia o trabalho de estimulação do desenvolvimento neuropsicomotor, mais conhecido como follow up. A idade corrigida é contada a partir do que seria o tempo de gestação normal, como no caso de Júlia Beatriz, que completou um ano de idade cronológica, mas devido à prematuridade a idade corrigida é de dez meses e meio. Esta é a idade de desenvolvimento avaliada e estimulada pelos profissionais da Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional que atende Júlia no Ambulatório. O pai, Bruno Pereira dos Santos, já sabia de todo o processo de acompanhamento que a pequena Júlia receberia depois de deixar a internação do hospital. “Eu soube por outros pacientes que já haviam passado pelo acompanhamento. E a Júlia está tendo um desenvolvimento muito bom. Tudo normal”, comemora o pai. Os exercícios realizados e observados pela fisioterapeuta Vanina Carvalho durante o atendimento estavam voltados à mobilidade, o engatinhar e o levantar-se com apoio. O estímulo é dado através de brinquedos bastante coloridos para que a criança sinta vontade de ir ao encontro do objeto. O acompanhando acontece, principalmente, até os 18 primeiros meses de vida, ou até os três anos. Na idade de Júlia e Lorenzo, esse acompanhamento é feito uma vez por mês, mas é a avaliação do pediatra que define essa periodicidade. O follow up é uma continuidade no atendimento realizado pela Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal, seguindo os protocolos do método Canguru, adotado na unidade de saúde, bem com se encontra dentro das normas previstas pela Iniciativa Hospital Amigo da Criança. Veja mais

GaúchaZH – 21/11/2019

>“A superproteção dos filhos é uma falsa proteção”, diz psicólogo espanhol

Doutor em Psicologia e professor da Universidade do País Basco em San Sebastián, na Espanha, Iñigo Ochoa de Alda é especialista em temas como conflitos familiares, problemas de conduta na adolescência e distúrbios alimentares. O espanhol foi um dos convidados do 2º Congresso Internacional do Centro de Estudos da Família e do Indivíduo (Cefi) – Integrando Diferentes Abordagens, realizado em Porto Alegre, em setembro. Nesta entrevista, Alda fala sobre os danos que a insistência na manutenção de casamentos infelizes podem provocar no desenvolvimento dos filhos e os riscos da superproteção que os pais oferecem a crianças e adolescentes. “Quando um adolescente tem problemas, vai mal na escola, é porque, como mostra nossa experiência, ele está com problemas em casa. Sem que se dê conta, o sintoma é uma forma de mandar uma mensagem para a família, uma forma de pedir ajuda sem saber muito bem como. Encontramos muitos pais com conflitos conjugais, ou um pai ou uma mãe deprimidos, ou pais com problemas de família ou no trabalho. Partimos da ideia de que o adolescente atrai toda a atenção para o seu problema, como um ímã, para que a família se desligue de todos os outros problemas que enfrenta. Todas as crianças fazem isso. Para a criança, é mais preocupante não saber o que está acontecendo. Quando ela intui que seus pais estão mal e que algo está acontecendo, sua fantasia é muito pior do que a realidade. Os pais então se unem para ajudar o filho – portanto, para a criança, estar mal é ‘bom’. Quanto menos grave o sintoma, melhor o prognóstico para tratamento. É comum os pequenos fazerem xixi na cama, terem problemas de relacionamento no colégio ou pesadelos. Algumas crianças somatizam, sentindo febre ou tossindo. Os adolescentes tendem a ter mais condutas autoagressivas, como se cortar, ou distúrbios alimentares. Nosso trabalho é fazer com que os pais não se sintam culpados, mas sejam parte da solução. Que escutem seus filhos. E isso é difícil. Como terapeutas, temos que ouvir toda a família. Todos estão envolvidos, todos sofrem.” Saiba mais aqui

Agência Brasil – 21/11/2019

>Comitê aponta alto índice de mortes de adolescentes por policiais

Estudo do Comitê para a Prevenção de Homicídios de Adolescentes no Rio de Janeiro aponta para o elevado percentual de mortes violentas de adolescentes no estado decorrente de intervenção policial. Segundo o cientista político André Rodrigues, integrante do Comitê, em 2013, 12% dos homicídios de adolescentes foram cometidos por policiais. Em 2018, a proporção subiu para 27%. “No primeiro trimestre de 2019, a polícia foi responsável por 44% das mortes violentas intencionais contra adolescentes no estado do Rio”, disse o pesquisador. O estudo tem como base os dados do Instituto de Segurança Pública e foi apresentado, hoje (21), no evento 30 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança: Reafirmando Compromisso, promovido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Instalado em maio de 2018, o Comitê para a Prevenção de Homicídios de Adolescentes no Rio de Janeiro reúne mais de 20 entidades como Unicef, MPRJ, Defensoria Pública, institutos de pesquisa, além de órgãos municipais e estaduais. O objetivo da articulação é promover a ação convergente de diversas instituições para evitar os homicídios de adolescentes. “São 11,8 mil adolescentes assassinados por ano no Brasil, uma média de 32 por dia”, disse Florence Bauer, representante do Unicef no Brasil. “A gente não pode continuar salvando as vidas na primeira infância e perdendo essas vidas na adolescência”. Confira mais aqui

ONU Brasil – 21/11/2019

>Cartilha para crianças explica direito a um meio ambiente seguro, saudável e sustentável

Apesar de as crianças serem mais vulneráveis aos problemas ambientais, seus pontos de vista e interesses geralmente são deixados de fora da tomada de decisões. Para reverter esse quadro, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lançou uma cartilha em português que explica a crianças e jovens, de maneira didática, as principais conclusões do Relator Especial sobre os Direitos da Criança e o Meio Ambiente. O documento foi lançado no marco dos 30 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança, completados na quarta-feira (20). Segundo a representante do PNUMA no Brasil, Denise Hamú, os danos ao meio ambiente interferem no direito das crianças à saúde física e mental, educação, alimentação adequada, moradia adequada, água potável e saneamento. “Neste 30º aniversário da Convenção, queremos lembrar o compromisso assumido pelos países com a Agenda 2030 e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de não deixar ninguém para trás – e isto envolve garantir às crianças o futuro que elas merecem, ou seja, um futuro com um meio ambiente seguro, saudável e sustentável”, declarou. Atualmente, as crianças representam 30% da população mundial e compõem o grupo mais vulnerável aos danos ambientais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), das 5,9 milhões de mortes de crianças com menos de 5 anos em 2015, 1,5 milhão poderiam ter sido evitadas com a redução de riscos ambientais. A exposição infantil a poluentes e outras substâncias tóxicas também contribui para deficiências, doenças e mortalidade prematura na idade adulta. Elas, por exemplo, são mais suscetíveis à poluição do ar do que os adultos e, como seus sistemas imunológicos ainda estão em desenvolvimento, correm maior risco de infecções respiratórias e têm menos capacidade de combatê-las. Leia mais aqui

Diário do Nordeste – 20/11/2019

>Denúncias sobre violações a crianças e adolescentes crescem no CE

No ano em que a Convenção Sobre os Direitos das Crianças completa 30 anos, o Ceará enfrenta um aumento no número de denúncias de violações a direitos da população de até 17 anos no Estado. No primeiro semestre deste ano, 1.527 casos foram informados ao Disque 100 (Disque Direitos Humanos), ferramenta do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). A média é de oito casos por dia, ou um a cada três horas. O número é 8,7% maior que as 1.405 ocorrências informadas de janeiro a junho do ano passado. Em 2019, o Ceará ocupa o 7º lugar do Brasil em número de denúncias relativas a crianças e adolescentes. No período, foram registrados 2.961 tipos de violações, que são encabeçadas por casos de negligência (38%) - a categoria inclui situações relacionadas à alimentação, limpeza, assistência à saúde e abandono, dentre outras. Segundo o Governo Federal, em uma única denúncia, podem ser informadas duas ou mais violações. Os casos de negligência são seguidos por violência psicológica (21,9%), violência física (21,4%) e violência sexual (9,5%). Conforme o levantamento, foram notificadas 2.246 vítimas no primeiro semestre deste ano; a maioria (62,8%) tem menos de 12 anos de idade, e 28,5% têm entre 12 e 17 anos. Do total, 40% foram informadas como pardas e pretas. De acordo com Dillyane Ribeiro, coordenadora do Núcleo de Monitoramento do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (Cedeca), a violência dentro da própria família afeta todas as classes sociais. "A naturalização da violência contra essa população é muito grande porque eles não são vistos como sujeitos de direitos. Educar é mais importante que violentar", observa. Para Dillyane Ribeiro, os sistemas de saúde e de assistência social territorializados precisam ser fortalecidos porque são referências para a população que busca "intervenção afetiva" sobre como lidar com questões inerentes à infância e à adolescência. "É preciso que, na discussão dos orçamentos para o próximo ano, eles sejam tratados de fato como prioridade". Veja mais aqui

Correio do Povo – 20/11/2019

>Programa Criança Feliz recebe o Prêmio Wise Awards

"Desaprender, reaprender: o que significa ser humano"? Guiados por esse lema e buscando respostas para os desafios da educação em um mundo que sofre mudanças exponenciais impulsionadas pela transformação tecnológica, mais de dois mil educadores, autoridades, especialistas e influenciadores de mais de 100 países estão reunidos em Doha, no Catar, para o Wise 2019 - Cúpula Mundial de Inovação para a Educação. O programa Criança Feliz, do governo federal, foi um dos destaques, recebendo o reconhecimento do Prêmio Wise Awards, frente a 481 projetos inscritos, como uma das seis iniciativas mais inovadoras do mundo no enfrentamento aos desafios globais de educação. O prêmio é concedido pela Fundação Qatar, presidida pela Sheikha Mozah bint Nasser Al Missned. "Todas as crianças nascem com o potencial de serem pessoas incríveis, o que acontece com elas durante a infância é que determinará o seu futuro. Temos que garantir que esses talentos se desenvolvam", afirmou o ministro da Cidadania, Osmar Terra. Com mais de 817 mil crianças e gestantes atendidas, o Criança Feliz é o maior programa de visitação domiciliar de atenção à primeira infância no mundo. A ciência já demonstrou que o período que vai da gestação aos 3 anos de idade é o mais importante para o desenvolvimento humano. É nessa fase que o cérebro estabelece o maior número de ligações neuronais. Isso acontecerá em maior ou menor grau dependendo dos estímulos que a criança recebe. O Criança Feliz orienta as famílias, por meio de visitas domiciliares semanais, sobre como garantir os cuidados e estimulação adequados para que os pequenos desenvolvam todo seu potencial. "Os bebês sadios nascem com o mesmo potencial para evoluir e formar competências. Porém, aos 4 anos de idade, já aparecem diferenças significativas entre os mais pobres e os demais", lembrou o ministro. Saiba mais

ONU Brasil – 20/11/2019

>UNICEF: crianças pobres do mundo estão sendo deixadas para trás

Houve ganhos históricos em geral para as crianças do mundo desde que a Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC) foi adotada há 30 anos. No entanto, muitas das crianças mais pobres ainda não sentiram o impacto desses avanços, de acordo com novo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), lançado na segunda-feira (18). Parte das comemorações marcando o trigésimo aniversário da CDC, o relatório analisa as realizações inegáveis das últimas três décadas, prova de que, onde há vontade e determinação política, a vida das crianças melhora. “Houve ganhos impressionantes para as crianças nas últimas três décadas, à medida que mais e mais meninas e meninos estão vivendo mais, melhor e com mais saúde. No entanto, as adversidades continuam pesando para os mais pobres e vulneráveis”, disse Henrietta Fore, diretora executiva do UNICEF. “Além dos desafios persistentes de saúde, nutrição e educação, hoje as crianças precisam enfrentar novas ameaças, como mudanças climáticas, abuso online e cyberbullying. Somente com inovação, novas tecnologias, vontade política e aumento de recursos ajudaremos a transformar a visão da Convenção sobre os Direitos da Criança em uma realidade para todas as crianças em todos os lugares.” Citando o progresso em relação aos direitos da criança nas últimas três décadas, o relatório observa que a taxa global de mortalidade de menores de 5 anos caiu cerca de 60%; a proporção de crianças em idade escolar que não frequentam a escola diminuiu de 18% para 8%; os princípios orientadores da CDC – não discriminação, os melhores interesses da criança, o direito à vida, sobrevivência e desenvolvimento e o direito à proteção – influenciaram inúmeras constituições, leis, políticas e práticas globalmente. No entanto, observou o relatório, esse progresso não foi equânime. Nos países de baixa e média renda, as crianças das famílias mais pobres têm duas vezes mais chances de morrer de causas evitáveis antes do quinto aniversário do que as crianças das famílias mais ricas. De acordo com dados disponíveis recentes, apenas metade das crianças das famílias mais pobres da África ao sul do Saara está vacinada contra o sarampo, em comparação com 85% das crianças das famílias mais ricas. Apesar do declínio nas taxas de casamento infantil em todo o mundo, as meninas mais pobres de alguns países correm mais riscos hoje do que em 1989. Confira mais aqui

Tempo.com – 19/11/2019

>A saúde da nova geração ameaçada pelas mudanças climáticas globais

Atualmente já observamos uma série de consequências terríveis das mudanças climáticas globais, associadas principalmente ao aquecimento global causado pela emissão de gases de efeito estufa pelas atividades humanas. Porém, a mais terrível delas será sentida pela nova geração, as crianças nascidas hoje, que terão sua saúde profundamente afetada pelo aumento das temperaturas globais e da poluição atmosférica. Um relatório divulgado no dia 13 de novembro, publicado na revista científica The Lancet, chamado “Contagem regressiva sobre Saúde e Mudanças Climáticas” alerta que uma criança nascida hoje experimentará um planeta 4°C mais quente que o período pré-industrial, e que as mudanças do clima impactarão sua saúde desde sua infância e adolescência até a idade adulta e velhice. Esse relatório representa os resultados e consenso de 35 instituições acadêmicas internacionais e agências da ONU de todos os continentes, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o relatório, já registramos um aquecimento de 1°C na temperatura média do planeta, 8 dos 10 anos mais quentes dos registros históricos ocorreram nessa década, e se não conseguirmos limitar esse aquecimento em até 2°C, conforme estabelecido no Acordo de Paris, a saúde da nova geração será prejudicada do início ao fim de diversas maneiras. A primeira delas será através da ameaça à segurança alimentar das crianças em seus primeiros anos de vida, principalmente em países mais pobres, já que o aquecimento da temperatura está associado a quedas no potencial de produção global de todas as principais culturas agrícolas. Além disso, as crianças, com seu sistema imunológico ainda em desenvolvimento, são as mais suscetíveis às doenças diarreicas e sofrem os efeitos mais graves de doenças como a dengue. A elevação das temperaturas, a mudança nos regimes de chuva e umidade aumentam as condições ideias para transmissão de doenças propagadas por mosquitos, como a malária e a dengue. Essa tendência preocupante já está sendo observada, onde 9 dos 10 anos mais propícios para a transmissão da dengue ocorreram a partir do ano 2000. Leia mais aqui

O Globo – 19/11/2019

>Saiba como pais e mães devem falar sobre suicídio com crianças e adolescentes

Depois de acidentes de trânsito, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. Os dados são da Organização Mundial da Saúde , relativos a casos reportados em 2016. Ainda segundo a organização, em todo o mundo, uma pessoa tira a própria vida a cada 40 segundos : no geral, cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, número que supera o de mortes por malária ou câncer de mama, guerra ou homicídio. Especialistas indicam que, ainda que não sejam determinantes, sinais como forte isolamento social, mudanças bruscas de comportamento, tristeza profunda, perda gradativa de prazer e interesse em coisas que tinha antes, frases como "eu não aguento mais", "preferia estar morto" ou "eu não posso fazer nada", preocupação com a própria morte ou falta de esperança, queda brusca no rendimento escolar sem motivo aparente ou abstenção frequente no trabalho e automutilação são comportamentos que podem ser indícios de que alguém está em sofrimento grave. A médica Cheryl King, professora de psiquiatria da Universidade de Michigan, em entrevista ao portal de notícias da universidade, indicou algumas estratégias úteis para abordar esse difícil assunto com crianças e adolescentes. Segundo King, sinais de alerta comportamentais para possíveis riscos de suicídio em adolescentes variam, mas podem incluir sinais de dor ou sofrimento emocional severo, por exemplo. "Além disso, podemos ver mudanças preocupantes no comportamento, como o afastamento de pessoas ou atividades em que costumam ter prazer ou desfrutar, ou podem começar a usar álcool ou drogas". A psiquiatra elencou ainda algumas informações que podem ajudar pais e mães a encontrarem a forma mais segura e eficaz de conversarem com os filhos sobre suicídio. De acordo com King, o principal é lembrar que, antes que a conversa comece, os pais precisam gerenciar suas próprias emoções e somente iniciar o diálogo quando sentirem que conseguem manter uma postura calma e de escuta: mantenha os canais de comunicação abertos e seja direto; normalize suas experiências; ouça a angústia do seu filho e fique calmo; adote uma abordagem colaborativa e não dite a solução. Veja mais aqui

Aqui Acontece – 19/11/2019

>Programa Coraçãozinho é destaque em prêmio do Conselho Nacional de Justiça

O Programa Coraçãozinho foi destaque na classificação geral em premiação promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O reconhecimento veio em resposta ao trabalho de tratamento de crianças cardiopatas em Alagoas, que é apoiado pelo programa Criança Alagoana (Cria), por meio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). O prêmio analisou 40 projetos inscritos de todo o Brasil e tem como objetivo disseminar as boas práticas de promoção e proteção de direitos da primeira infância. A comissão de avaliação analisou as ações inscritas levando em conta critérios como replicabilidade, custos de implementação, alcance social, inovação, eficácia e eficiência. O programa de Alagoas ficou na 7ª colocação. O Programa Coraçãozinho foi implantado em 2015, de forma interinstitucional, envolvendo o Governo do Estado, por intermédio da Sesau, Defensoria Pública, Poder Judiciário, Maternidades, Hospital do Coração de Alagoas e a Casa do Coraçãozinho. Desde então foram realizadas mais de 7.200 consultas com cardiopediatras; 7.000 ecocardiogramas cardiopediátrico; mais de 380 cirurgias cardíacas pediátricas; mais de 180 procedimentos ercutâneos terapêuticos em cardiopatias congênitas e mais de 7.000 crianças atendidas no projeto Coração de Estudante. Este avanço nos cuidados com crianças cardiopatas possibilitou a realização de cirurgias de crianças em Alagoas, reduzindo custos com a assistência cardiopediátrica, uma vez que todo o tratamento era custeado pela Sesau fora de Alagoas. Além das cirurgias, que eram financiadas pelo Governo do Estado. Saiba mais aqui

G1 – 19/11/2019

>Pressão por sucesso e agenda cheia pode gerar burnout em crianças, diz psicóloga francesa

Uma criança sem problemas de saúde pode se sentir tão cansada, a ponto de não ser mais capaz de dar continuidade a suas atividades cotidianas? Esse sentimento, descrito por profissionais que viveram um burnout, não se restringe aos adultos. Escola, aulas de reforço, inglês, balé, judô, natação, música e muitos eventos sociais sobrecarrega meninos e meninas de idades variadas. “Recebi em meu consultório, durante mais de um ano, uma menina de oito anos que, por pelo menos seis meses, a cada 15 dias, vinha sábado de manhã e dormia no tapete. Eu a deixava dormir. Quando ela ia embora, me dizia: obrigada”, diz a psicóloga francesa Aline Id Hammou, especialista em burnout infantil. Esse é um dos relatos surpreendentes que a especialista francesa faz em seu novo livro, que será lançado no início de janeiro na França. O título é "La charge mentale chez l’enfant quand nos exigences les épuisent" (“A carga mental nas crianças quando nós exigimos demais delas”, em tradução livre). A obra, contou a psicóloga à RFI, é resultado de mais de cinco anos de experiência profissional com jovens pacientes que vivenciaram uma situação de exaustão generalizada. “Hoje em dia, ser criança é uma profissão de gente grande, com expectativas, exigências, metas e atribuição de funções”, explica. De acordo com a psicóloga, a sociedade, que inclui pais, escolas e família, cobra um esforço que muitas vezes ultrapassa os limites das crianças, esperando, dessa maneira, garantir o sucesso delas no futuro - a chamada réussite, em francês. Essa pressão, ressentida no cotidiano, é muita parecida com a sensação descrita pelos adultos que vivenciaram um burnout profissional – um nível de exaustão tão profundo que torna a pessoa incapaz de dar continuidade a suas atividades cotidianas, com efeitos diretos na saúde mental e física. Confira mais aqui

Extra – 19/11/2019

>Dislexia: dificuldade de aprender pode não ser preguiça das crianças

A dificuldade em ler, escrever e copiar do quadro pode não ser sinal de que seu filho tem preguiça de estudar. Esses são alguns sintomas da dislexia, transtorno de natureza neurobiológica que leva crianças inteligentes a não conseguirem ter a desenvoltura normal nessas habilidades quando comparadas a colegas de sua idade e seu nível de escolaridade. "Essas pessoas, desde muito pequenas, apresentam atrasos de fala, problemas para lembrar e identificar letras e palavras. Evoluem, mesmo em boas condições escolares, com atrasos no vocabulário, na soletração e na memorização de processos verbais. Elas apresentam também dificuldades psicomotoras e espaciais", explica Clay Brites, pediatra e neurologista infantil do Instituto NeuroSaber. O transtorno é identificado quando a família ou a escola observa os sintomas apresentados pelas crianças. Os sinais normalmente aparecem nas fases pré-escolar e escolar, mas nada impede que eles sejam observados antes dos 6 anos. "O diagnóstico é multidisciplinar, feito por um grupo composto de psicólogos, pedagogos e médicos. O transtorno é identificado clinicamente, ou seja, não existe um exame que aponte uma alteração no cérebro ou um marcador biológico", afirma a psicopedagoga Luciana Brites. De acordo com os especialistas, o tratamento é multidisciplinar e deve envolver suporte fonoaudiológico, psicológico e psicopedagógico, além de adoção de estratégias diferenciadas na escola, com modificações na didática, nas avaliações e na forma com que a criança precisa lidar para compreender conteúdos. "Os professores devem conhecer profundamente a dislexia e tomar medidas adequadas de acordo com as características da criança e da disciplina que ministra. Nos primeiros anos de vida, devem ser adotadas intervenções de remediação e de correção de atrasos de linguagem fonológica", diz Clay. Leia mais aqui

G1 – 19/11/2019

>Crianças transgênero se sentem tão meninas ou meninos quanto as cisgênero, diz estudo

Crianças transgênero se sentem tão meninas ou meninos quanto seus equivalentes não transgênero, de acordo com um grande estudo realizado com crianças americanas que permitiu que observadores vissem como os jovens se enquadram nas normas sociais de gênero. Os autores do estudo, pesquisadores da Universidade de Washington que publicaram suas descobertas nesta segunda-feira (18) na revista científica "Pnas", recrutaram 317 crianças trans com entre três e 12 anos, que compararam com seus irmãos e irmãs, assim como 316 crianças cisgênero (aqueles cuja identidade de gênero corresponde ao sexo ao qual foram designados no nascimento). O objetivo do estudo era comparar o desenvolvimento do gênero de crianças trans e cisgênero para ver se as crianças que haviam feito a transição para outro gênero diferiam daquelas que haviam vivido a vida inteira se identificando como menino ou menina. O processo de transição para crianças geralmente envolve uma mudança de pronome, e com frequência de roupas, corte de cabelo e nome. Os pesquisadores estudaram os brinquedos que as crianças preferiam, quem eram seus principais companheiros de brincadeira e se suas roupas eram mais femininas ou masculinas. Eles observaram uma forte consistência entre as crianças. "As pessoas questionam se essas crianças estão fingindo ou se é apenas uma fase", disse à AFP Selin Gulgoz, o primeiro autor do estudo. Ela disse que na realidade "as crianças transgênero não apenas mostram preferências de identidade e tipo de gênero consistentes com sua atual identidade de gênero, mas também as mostram na mesma medida que as crianças cisgênero". Em outras palavras, um garoto trans de 10 anos, que pode ter passado nove anos de sua vida sendo tratado como uma garota por causa de seu sexo de nascimento, em geral se comporta como qualquer outro garoto de 10 anos, a julgar por suas escolhas de amigos e brinquedos, disseram os pesquisadores. Veja mais aqui

Câmara Notícias – 19/11/2019

>Especialistas sugerem mudanças na legislação contra abuso sexual de crianças

Especialistas ouvidos nesta terça-feira (19) pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados disseram que a legislação brasileira de combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes é branda. O delegado Alessandro Barreto ressaltou que o compartilhamento de material relativo à pedofilia, por exemplo, pode resultar em pena de três a seis anos de prisão. Enquanto isso, no Panamá, apontou ele, as sanções variam de 10 a 15 anos. Na visão de Barreto, ainda é preciso mudar a legislação para que os provedores de internet não apenas retirem conteúdo abusivo da rede, como também repassem essas informações para que as autoridades policiais possam investigar. O delegado informou que, nos Estados Unidos, em várias situações as empresas podem passar dados sem ordem judicial. Para o debatedor, não deveria ser preciso ter ordem judicial para que os policiais acessem protocolos de internet de abusadores. Esses protocolos são como endereços dos computadores. Alessandro Barreto explicou que o sistema de endereços atual está esgotado e, por isso, um mesmo protocolo é compartilhado por vários usuários, o que dificulta a investigação. O delegado faz parte da operação "Luz na Infância", que reúne policiais civis e federais e autoridades de outros seis países no combate a abusos contra crianças e adolescentes. Ele ressaltou que os abusadores não têm um perfil definido: "Médicos foram presos, professores, policiais, técnicos, aposentados. Esse crime não tem cara ou classe social". Dados da “Luz da Infância” indicam uma concentração de casos nas regiões Sul e Sudeste. A operação já prendeu 590 pessoas em flagrante. Saiba mais aqui

Meio Norte – 19/11/2019

>Deputados aprovam criação da Frente Parlamentar em Defesa da Infância

Durante votação na sessão ordinária no plenário da Assembleia Legislativa do Piauí, nesta terça-feira, 19 de novembro, os deputados votaram a favor da criação da Frente Parlamentar em Defesa da Primeira Infância. A proposta é de autoria da deputada estadual Lucy Soares (Progressistas). O grupo de trabalho será composto por Lucy e pelos 14 parlamentares que assinaram o Termo de Adesão de criação da Frente e contará, sempre que possível, com no mínimo um representante de cada partido com representação na Alepi. De acordo com dados da Secretaria Especial do Desenvolvimento Social, ligada ao governo federal, estudos científicos apontam que o período de maiores possibilidades para a formação das competências humanas ocorre entre a gestação e o sexto ano de idade. O que o bebê aprende no início da vida tem impactos profundos no futuro. É nessa fase, chamada primeira infância, que o cérebro mais se desenvolve em termos estruturais. “Acreditamos que, nos primeiros anos de vida, o amor, cuidados, acesso à educação e saúde são essenciais. Queremos que todas as crianças de 0 a 6 anos tenham seus direitos garantidos. Para isso, iremos apoiar a manutenção e criação de políticas públicas e ações efetivas”, diz Lucy. A parlamentar acrescenta que, além de realizar diversos eventos pertinentes ao tema, os deputados irão reivindicar, sobretudo, o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei Federal Nº 13.257/2016, conhecida como o Marco Legal da Primeira Infância. Confira mais aqui

Midiamax – 19/11/2019

>Sábado é Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil

No Brasil, 35 novos casos de câncer são diagnosticados por dia, entre crianças e adolescentes de 01 a 19 anos. Diante dessa realidade, a Confederação Nacional das Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer – CONIACC, juntamente com as 50 instituições e casas de apoio filiadas espalhadas pelo país promovem, no próximo sábado (23), ações de alerta e conscientização ao diagnóstico precoce em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil (DNCCI) – comemorado em 23 de novembro. O Dia de Combate ao Câncer Infantojuvenil entrou no calendário nacional por meio da Lei de Nº 11.650, de 4 de abril de 2008 e continua a atuar, intensamente, na orientação e divulgação de informações em torno da doença que atinge milhares de jovens anualmente. Entre os principais objetivos da data estão o estímulo de ações educativas e preventivas relacionadas ao câncer infantojuvenil; promoção de debates e eventos sobre políticas públicas de atenção integral às crianças e adolescentes com o câncer; apoio as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol dos pacientes; divulgação sobre avanços técnico-científicos relacionados à doença e principalmente apoio às crianças, adolescentes e seus familiares. Para o presidente da CONIACC, Rilder Campos, o DNCCI chega para sintetizar todo o processo de trabalho e dedicação que acontece ao longo do ano. “Celebramos a data colocando em vista a divulgação dos sinais e sintomas da doença para que a sociedade desenvolva uma cultura de entendimento de que o câncer infantojuvenil existe e que pode ser curado se o diagnóstico for feito precocemente. Todas as instituições e casas de apoio estarão mobilizadas em divulgar e promover mais um grande Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil”, explica. Leia mais aqui