Clipping nacional RNPI | 14 - 20 de fevereiro de 2020

G1 – 19/02/2020

>Em dois anos, 3,5 mil mulheres grávidas ou com filhos pequenos deixam prisão após decisão do STF

Decisão do Supremo de converter prisão preventiva em domiciliar foi tomada em fevereiro de 2018. Dados de levantamento do G1 são referentes a 16 estados e o Distrito Federal. A maioria, porém, não tem ideia de quantos pedidos foram negados – motivos para a não conversão em prisão domiciliar variam; rigor dos juízes, também. Os outros 10 estados não têm qualquer balanço de número de presas beneficiadas. O G1 fez quatro pedidos de informação para cada estado: dois para o governo (um via assessoria de imprensa e um via Lei de Acesso à Informação) e dois para o Judiciário (um para a assessoria e outro via LAI). Na época em que a decisão foi tomada pelo STF, em fevereiro de 2018, um levantamento do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), do Instituto Terra Trabalho e Cidadania (ITTC) e da Pastoral Carcerária Nacional fez uma estimativa de que a medida podia beneficiar ao menos 4,5 mil detentas, cerca de 10% da população carcerária feminina. Um levantamento feito agora pelo G1 aponta que, atualmente, o Brasil tem mais de 31 mil mulheres presas, o que representa 4,4% da população carcerária do país. Para o juiz e conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Mário Guerreiro, supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do CNJ, o número de mulheres soltas por causa do habeas corpus é “relevante”. Ele acredita que esse número deva aumentar à medida que mais juízes tomem conhecimento da decisão do STF e também com a “cultura do desencarceramento”. Confira mais aqui

ONU Brasil – 20/02/2020

>Taxa de gravidez na adolescência no Brasil está acima da média mundial, aponta ONU

A taxa de fecundidade no Brasil entre meninas de 15 a 19 anos é de 62 a cada mil bebês nascidos vivos, acima da média mundial que é de 44 a cada mil, segundo o último relatório do Fundo de População da ONU (UNFPA). Ao ano, mais de 430 mil bebês nascem de mães adolescentes no país. Diante desse quadro, a Procuradora da Mulher e presidente da Frente Parlamentar da Primeira Infância, a deputada distrital Júlia Lucy, convocou nesta segunda-feira (17) uma audiência pública para discutir políticas distritais sobre a gravidez não intencional na adolescência na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Mães adolescentes acabam, por vezes, exercendo menos direitos básicos, como educação, saúde, lazer e trabalho. Quando adultas, enfrentam mais dificuldade para ter um trabalho remunerado e conseguir autonomia. Para a deputada Júlia Lucy, uma gravidez na adolescência pode acarretar uma série de problemas para a mãe e para o bebê. “A gravidez na adolescência é um problema de saúde pública, pois existem vários problemas interligados a isso, como por exemplo o aumento de possibilidade de um aborto natural, nascimento prematuro, evasão escolar e mortalidade materna. A falta de um projeto de vida gera, dentre outras questões, problemas como famílias disfuncionais e vulneráveis, abuso de álcool e outras drogas, além de situações de abandono, abuso, violência e a falta de proteção efetiva às crianças e aos adolescentes.” Leia mais aqui

Agência Brasil – 20/02/2020

>Atividade física protege saúde de crianças com baixo peso

Crianças que nascem a termo (após a 37ª semana de gestação) com menos de 2,5 quilogramas (kg) têm risco aumentado de desenvolver doenças cardiovasculares na vida adulta. No entanto, a prática regular de exercícios físicos durante a infância pode melhorar o funcionamento de células envolvidas na saúde dos vasos sanguíneos e atenuar esse risco. É o que mostra estudo publicado no periódico Nutrition, Metabolism & Cardiovascular Diseases. O trabalho foi coordenado por Maria do Carmo Pinho Franco, em uma linha de pesquisa apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O trabalho foi feito com 35 crianças entre 6 e 11 anos de idade, divididas em dois grupos: nascidas com peso menor do que 2,5kg e maior ou igual a 3kg. Elas foram submetidas a um programa de treinamento de 10 semanas, que incluía sessões de 45 minutos de atividades físicas lúdicas com intensidade de moderada a vigorosa. Os parâmetros antropométricos do grupo (peso, estatura, percentual de gordura e circunferências corporais) e amostras de sangue foram coletados antes e depois do período de treinos. Ao fim da intervenção, notou-se melhora significativa na circunferência da cintura e na aptidão cardiorrespiratória de todas as crianças. Naquelas que nasceram com baixo peso foi possível perceber ainda melhora na pressão arterial, assim como nos níveis circulantes e na funcionalidade das células progenitoras endoteliais. Veja mais aqui

Cidade Verde – 20/02/2020

>Brincar é fundamental para saúde e desenvolvimento das crianças

Sabemos que brincar faz parte da rotina de qualquer criança, mas é na brincadeira que os pequeninos desenvolvem áreas cerebrais específicas, sua capacidade intelectual, emocional e criatividade, como também o seu desenvolvimento físico e social. Os playgrounds também têm como objetivo unir gerações, estreitar laços afetivos na família, para além de enriquecer o ambiente que o envolve, trazendo cor e alegria. "É preciso que as crianças sejam incentivadas a brincar, mas é necessário providenciar espaços que as cativem e que permitam que elas possam se desenvolver de forma segura. Atualmente, poucas crianças têm acesso a áreas de lazer e o quando têm, não são adequadas. O ideal é que toda criança tenha um tempo considerável em seu dia para serem livres e fazerem o que quiserem, mas nem sempre isso é uma realidade por essa falta de opção", afirma Susana Ventura, especialista em brinquedos. O mundo parou de se movimentar: crianças com 10 anos agora fazem parte da primeira geração na História da humanidade a viver menos 5 anos que seus pais. Um estudo feito pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelou que 1 em cada 3 crianças brasileiras estão com sobrepeso ou são obesas e o Brasil é o país com a maior taxa de obesidade infantil na América Latina. Susana Ventura, Isabel e Ana Seabra relatam benefícios que o livre brincar proporciona: desenvolvimento motor e intelectual; desenvolvimento social, cognitivo e criatividade; reduz o risco de obesidade, e ensina a avaliar riscos e a tomar decisões. Saiba mais aqui

ONU Brasil – 19/02/2020

>Países não estão fazendo o suficiente para garantir vida saudável às crianças, diz estudo

Nenhum país está protegendo adequadamente a saúde das crianças, seu ambiente e seu futuro, constatou relatório divulgado nesta quarta-feira (19) por uma comissão de mais de 40 especialistas em saúde de crianças e adolescentes de todo o mundo. A comissão foi convocada por Organização Mundial da Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela revista científica The Lancet. O relatório “Um futuro para as crianças do mundo?” conclui que a saúde e o futuro de cada criança e adolescente em todo o mundo estão sob ameaça imediata por causa da degradação ecológica, das mudanças climáticas e de práticas de marketing que estimulam o consumo de alimentos ultraprocessados, bebidas açucaradas, álcool e tabaco. “Apesar das melhorias na saúde da criança e do adolescente nos últimos 20 anos, o progresso parou e deve dar marcha à ré”, disse Helen Clark, ex-primeira ministra da Nova Zelândia e co-presidente da Comissão. “Estima-se que cerca de 250 milhões de crianças menores de 5 anos em países de baixa e média renda correm o risco de não atingir seu potencial de desenvolvimento, com base em medidas proxy de baixa estatura e pobreza. Mas com uma preocupação ainda maior, cada criança no mundo todo agora enfrenta ameaças existenciais decorrentes das mudanças climáticas e das pressões comerciais”. “Os países precisam revisar sua abordagem à saúde da criança e do adolescente, para garantir que não apenas cuidemos de nossas crianças hoje, mas também protejamos o mundo que eles herdarão no futuro”, acrescentou Clark. Confira mais aqui

G1 – 19/02/2020

>Pesquisa com bebês mostra que comportamento altruísta pode começar ainda na primeira infância

Um estudo publicado na revista científica "Scientific Reports" revelou que bebês podem ter comportamentos altruístas. A pesquisa foi feita pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e envolveu 96 crianças de 1 ano e 7 meses. A pesquisa verificou se os bebês estavam predispostos a compartilhar suas frutas favoritas com estranhos. Os autores fizeram dois grupos de estudo com abordagens diferentes. Bananas, morangos, uvas e mirtilos foram colocados à disposição para verificar se as crianças dariam alguma dessas frutas aos cientistas, até então pessoas desconhecidas para os bebês. Foram feitos dois grupos: um em que um pesquisador se mostrava interessado na comida e outro em que ele se mostrava indiferente. No grupo em que o cientista se mostrou indiferente à fruta, apenas 4% das crianças entregaram os alimentos. Já naquele em que o cientista demonstrou interesse, mais de 50% dos bebês deram um pedaço de fruta. Em um segundo momento, os bebês chegaram ao local do teste antes de comer, o que incluiu o fator fome na pesquisa. Os pesquisadores queriam avaliar se o comportamento altruísta seria mantido até com uma sensação ruim. A diferença observada neste teste, em relação ao primeiro, foi que enquanto nenhuma criança ofereceu o pedaço de fruta para o cientista indiferente, 37% dos bebês do segundo grupo ofereceram o pedaço de fruta mesmo sem comer aos pesquisadores que mostraram interesse. A conclusão é que existem comportamentos altruístas ainda na primeira infância. Eles acreditam que certas práticas e valores de criação – como um ambiente familiar que enfatiza a conexão e o compromisso com outras pessoas – transmitem aos bebês a expectativa de que as pessoas tendem a ajudar as outras. Leia mais aqui

Agência do Rádio Mais – 19/02/2020

>Selo UNICEF encerra ciclo de ações e convoca municípios do Semiárido e Amazônia Legal a apresentarem resultados

Os 1.924 municípios das regiões do Semiárido e da Amazônia Legal que aderiram à iniciativa do Selo UNICEF, do Fundo das Nações Unidas para a Infância, têm até o dia 31 de março para comprovar os avanços dos últimos três anos. Os gestores devem anexar a documentação dentro do portal Crescendo Juntos, por meio de computador, tablet ou celular. A proposta do Selo é contribuir para o alcance de oito dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma agenda global acordada por todos os Estados-Membros das Nações Unidas até 2030. Entre esses objetivos globais, estão erradicação da fome e da pobreza, promoção à igualdade de gênero e redução das desigualdades. Ao cumprirem as metas propostas pelo projeto, as prefeituras e a comunidade são reconhecidas pelo Selo UNICEF por produzirem impactos reais e positivos sobre a vida de suas crianças e adolescentes. O Selo é dividido em ciclos, que coincidem com as eleições municipais. No atual ciclo (2017-2020), das 2,3 mil cidades convidadas, 1.924 aceitaram o desafio, sendo 1.280 do Semiárido e 644 da Amazônia Legal. Para essa a edição, os objetivos principais são alcançar crianças e adolescentes excluídos das políticas públicas, melhorar a qualidade das já existentes, prevenir e enfrentar as formas extremas de violência contra esse público e promover a participação da comunidade, especialmente de adolescentes. É no Semiárido e na Amazônia Legal que está concentrada a maior parte de meninos e meninas em situação de vulnerabilidade ou de exclusão – são mais de 22 milhões de pessoas com até 17 anos. Quase dois milhões, com idades entre 4 e 17 anos, ainda estão fora da escola. “Onde algum direito não estiver chegando para esses meninos e meninas, nós trabalharemos para defender e assegurar que esses direitos sejam garantidos”, afirma a oficial de Educação do UNICEF no Brasil, Julia Ribeiro. Veja mais aqui

Agência Brasil – 18/02/2020

>MEC lança programa para aprimorar alfabetização

O Ministério da Educação (MEC) lançou nesta terça-feira (18) o programa Tempo de Aprender, voltado para o aperfeiçoamento, o apoio e a valorização a professores e gestores escolares do último ano da pré-escola e do 1º e 2º ano do ensino fundamental. O programa tem um orçamento de mais de R$ 220 milhões e foi construído com base em um diagnóstico realizado pelo MEC no qual foram detectadas as áreas da alfabetização que necessitam de mais investimentos. Segundo esse diagnóstico, as áreas que estão mais carentes, e consequentemente, receberão mais investimento do Tempo de Aprender são a formação pedagógica e gerencial de docentes e gestores; materiais e recursos para alunos e professores; e acompanhamento da evolução dos alunos. O programa será implementado por meio da adesão de estados, municípios e do Distrito Federal, que podem manifestar interesse pelo site alfabetizacao.mec.gov.br. Entre as ações previstas pelo projeto Tempo de Aprender estão um curso, com versões on-line e presencial, para proporcionar aos docentes a aquisição de conhecimentos, habilidades e estratégias que os auxiliem a lidar com os desafios postos pelo ciclo de alfabetização feito em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e um curso para auxiliar gestores educacionais, como diretores e coordenadores pedagógicos, também com previsão presencial e on-line, oferecida pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap). Também está prevista o lançamento do Sistema On-line de Recursos para Alfabetização (Sora) para dar suporte a professores da rede pública em todo o país. A ferramento foi desenvolvida pelo Laboratório de Tecnologia da Informação e Mídias Educacionais (Labtime), da UFG, e permitirá o acesso a recursos pedagógicos, como estratégias de ensino, atividades e avaliações formativas, com respaldo em práticas exitosas de alfabetização. Outra ação do eixo é o fornecimento de apoio financeiro para despesas de custeio de escolas para atuação de assistentes de alfabetização, profissionais que auxiliam os professores no manejo da sala. Saiba mais aqui

Agência Brasil – 17/02/2020

>Matrícula na educação infantil cresceu 12,6% nos últimos cinco anos

O número de matrículas na educação infantil aumentou em 12,6% nos últimos cinco anos. Segundo dados do Censo Escolar 2019, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no ano passado foram registrados 8.972.778 alunos em creches e pré-escolas. Em 2015, foram 7.972.230 estudantes. Segundo o Censo Escolar, o crescimento foi impulsionado pelas matrículas em creches, com 167,8 mil registros a mais em 2019 do que em 2018, um aumento de 4,7%. Em 2015, as matrículas em creches cresceram 23,2%. A rede municipal de ensino concentra a maior parte das matrículas da educação infantil: 71,4%. Em seguida, vem a rede privada com 27,9% do total. Das matrículas da rede privada, 29,4% pertencem a instituições particulares, comunitárias, confessionais e filantrópicas conveniadas com o poder público. O levantamento indica que 10,5% das matrículas encontram-se na zona rural, e a quase totalidade (96,8%) das matrículas são atendidas por estabelecimentos da rede pública. O censo apurou que 13,2% das crianças que frequentam a pré-escola estão na zona rural e 6,7% estão matriculadas nas creches rurais. O Censo Escolar é uma pesquisa estatística realizada para oferecer um diagnóstico sobre a educação básica brasileira. Coordenado pelo Inep, órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), o levantamento é realizado em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. A pesquisa é declaratória, de abrangência nacional e coleta informações de todas as escolas públicas e privadas, suas respectivas turmas, gestores, profissionais escolares e alunos de todas as etapas e modalidades de ensino. Confira mais aqui

BBC Brasil – 17/02/2020

>Sem querer, treinamos as crianças a serem irritantes, diz psicoterapeuta britânica

Certo dia, a psicoterapeuta britânica Philippa Perry estava na sala de espera do consultório médico e, ao seu lado, viu uma mãe acompanhada de seus dois filhos: uma bebezinha doente, que aguardava a consulta, e o irmão mais velho, de cerca de 3 anos. "O mais velho ficava constantemente pedindo à mãe coisas que ele sabia que ela não conseguiria oferecer naquele momento", relembra Perry à BBC News Brasil. "'Me dá um brinquedo?', 'me dá um suco?', e a mãe respondia irritada." Estamos diante de uma mãe obviamente cansada e preocupada com a filha bebê. E, ao mesmo tempo, diante de uma criança de 3 anos que provavelmente estava se sentindo insegura e esnobada diante da atenção da mãe para o irmão menor, argumenta Perry. Se a mãe tivesse percebido isso, talvez pudesse reagir diferentemente e mudar de rumo a desgastante interação com o filho, diz Perry — conhecida no Reino Unido por livros, colunas e programas na imprensa britânica. "Ela (mãe) poderia ter dito ao filho, 'estou vendo que você está se sentindo deixado de lado com toda a atenção que estou tendo que dar à sua irmã. Sei que isso é difícil para você'. Isso teria tirado o peso que o menino sentia, de não se sentir amado e entendido." O argumento de Perry é de que se investirmos tempo e energia em entender, aceitar, acolher e verbalizar os sentimentos vivenciados pelos filhos — mesmo que sejam sentimentos negativos, maus-humores e birras —, economizaremos tempo e energia geralmente gastos em interações pouco produtivas e muito desgastantes, como a da mãe britânica com seu filho no consultório médico. "As crianças precisam ser entendidas quando estão desapontadas", argumenta ela à reportagem. "Em geral, não permitimos que as crianças tenham outros sentimentos que não a felicidade, porque estamos tão ávidos para que elas sejam felizes. Sem querer, acabamos calando-as quando sentem qualquer outra coisa." E assim, também sem querer, argumenta Perry, acabamos treinando-as para serem irritantes, ou seja, para tentar atrair a atenção dos pais a qualquer custo, como fazia o menino de três anos da história acima. Leia mais aqui

El País – 17/02/2020

>Ser criança no distrito paulistano onde mais se morre antes de completar um ano

Ingrid, de seis anos, corre pelo barro para pegar sua boneca favorita dentro de casa. São 15h de uma quarta-feira, mas, para ela, o ano escolar não começou. Enquanto seu irmão, Moisés, de quatro anos vai à creche, Ingrid fica em casa porque não conseguiu uma vaga na escola de Engenheiro Marsilac (distrito no extremo sul de São Paulo) que fica na rua de trás da sua. “Ela já perdeu uma semana de aula, porque aqui não tem vaga. Mandaram ela para a [Escola Municipal] José Duarte, que fica em Guaianases, e eu não tenho condição de levá-la até lá. São dois ônibus e mais de duas horas para chegar”, lamenta a mãe, Cristiane Ramos, de 34 anos. Ingrid mora com os pais e o irmão menor em uma pequena casa no fundo de um terreno que pertence à avó —cuja moradia fica na parte da frente do local—. No quintal lamacento, a menina divide espaço com um pequeno galinheiro improvisado e uma casinha compartilhada por dois cães. Marsilac, apesar de fazer parte da maior cidade do país, é assim: lembra a zona rural de um interior, com muitas ruas sem calçamento ou iluminação. E, apesar das dificuldades, Ingrid e seu irmão já superaram uma das estatísticas mais cruéis da região: um a cada 40 bebês que nascem em Marsilac não chega a completar um ano de idade. Uma criança nascida no distrito tem 23 vezes mais risco de morrer antes de completar os 12 meses do que outra de Perdizes, na zona oeste da capital paulistana. O dado é do Mapa da Desigualdade na Primeira Infância, divulgado pela Rede Nossa São Paulo, que considera também a taxa de mortalidade infantil da terra indígena Tenondé Porã, com cerca de 2.000 pessoas, localizada entre os distritos de Marsilac e Parelheiros. “Aqui mal tem farmácia! E para marcar consulta tem que esperar mais de um mês. Se a criança tem alguma coisa muito grave aqui, morre mesmo, porque o socorro não chega”, diz dona Maria Rosa, de 61 anos, avó de Ingrid. Ingrid está na lista de intenção de transferência para a escola que fica atrás de sua casa, mas, enquanto espera para voltar aos estudos, não dispõe de muito lazer. Não há parquinhos ou praças em Marsilac. Ao lado de sua casa, um campinho de futebol ao ar livre está trancado com cadeado há meses. “Agora, o único lugar em que minha neta pode brincar é aqui no quintal. Minha neta não sabe o que é um parquinho, nunca viu”, reclama a avó. Veja mais aqui

G1 PE – 17/02/2020

>Polícia orienta sobre cuidados para evitar desaparecimento de crianças durante o carnaval

A Polícia Civil de Pernambuco, por meio do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), realizou uma ação de orientação sobre os cuidados necessários para evitar e de como proceder em caso de desaparecimento de crianças e adolescentes no período carnavalesco. Foram distribuídos panfletos na Estação Central do Recife, no bairro de São José. "Aproveitamos que o metrô é um lugar de grande circulação para orientarmos bem os cidadãos em busca de um Carnaval mais tranquilo", afirma Kelly Luna, delegada e gestora em exercício do departamento. Ela afirmou que o ideal é que sejam evitados espaços de grandes aglomerações, mas, caso a criança participe da folia, há um passo a passo indicado para evitar transtornos. "As prefeituras entregam pulseirinhas nos polos. Então, assim que chegar, colocar o nome da criança e do responsável, assim como número de telefone. Se tiver mais de uma opção de contato, melhor ainda", explicou Kelly Luna, recomendando que os adultos responsáveis evitem ingerir bebida alcoólica em excesso e redobrem a atenção. "Se for uma criança mais velha, que tenha discernimento e orientação, tentar passar o mínimo de informações para que ela decore, como endereço de onde mora, um número de telefone e o número da polícia, o 190", disse a delegada. A delegada Kelly Luna orientou, ainda, que em caso de desaparecimento, a criança seja instruída a procurar ajuda de pessoas ligadas a órgãos públicos. "Nesses locais sempre tem bombeiros, guardas municipais, policiais, agentes públicos. Essa é a opção mais segura e eles sabem as atitudes necessárias a serem tomadas. Também é preciso ensinar que a criança não aceite comidas, doces ou bebidas de estranhos", detalhou. Ao perceber a ausência da criança, o aconselhável é que os pais se certifiquem de que ela não está com algum parente ou sob os cuidados de pessoas próximas. "Às vezes, ela só saiu para comprar água com o pai. Ou foi embora com tio e não avisou. Então, é se certificar e, caso o desaparecimento seja verificado, procurar o mais rápido possível uma delegacia, com o máximo de informações, inclusive com a foto da criança", afirmou a gestora. Saiba mais aqui

FolhaPE – 16/02/2020

>Recife abre consulta pública para elaboração de Plano Municipal para a Primeira Infância

Uma consulta digital foi aberta nesta segunda-feira (17) para a população colaborar na elaboração do primeiro Plano Municipal para a Primeira Infância do Recife, que tem o objetivo de regulamentar e orientar as ações da Prefeitura da capital pernambucana, do ano de 2020 até 2030, com foco nas crianças até os seis anos de idade. Mães e cuidadores de crianças nessa faixa etária também fazem parte do plano desenvolvido pela Secretaria Executiva para a Primeira Infância do Recife e o Conselho Municipal de Defesa e Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) . Para colaborar, qualquer cidadão que possua e-mail e CPF pode acessar o endereço consultas.colab.re/primeirainfanciarecife na plataforma Colab e participar. Mais de 40 mil crianças da educação infantil e ensino fundamental matriculadas na rede municipal também serão ouvidas em etapas futuras. “É essencial que as crianças participem, pois elas são as protagonistas desse processo e são sujeitos de direitos e de ideias acerca da cidade que elas querem para o futuro”, afirma Rogério Morais, secretário Executivo para a Primeira Infância do Recife. Mais à frente, também serão ouvidas escolas privadas e da rede de escolas comunitárias, além de entidades ligadas ao setor. A pesquisa da Colab estará aberta para a população e estudantes de redes municipais até 16 de março. Ao fim da consulta, os dados serão ajudarão a formular o Plano Municipal para a Primeira Infância, que será encaminhado para votação na Câmara dos Vereadores do Recife. Confira mais aqui

Folha de S. Paulo – 15/02/2020

>Manter crianças em abrigos, como faz Brasil, prejudica desenvolvimento

Quando Maria Vitória chegou na vida de Daniela e Marcos Adauto Ribeiro, em maio de 2019, fazia pouco mais de um ano que o casal havia adotado o irmão dela, Davi. A professora universitária e o engenheiro civil tinham descoberto que a mãe biológica do menino havia dado à luz e perdido a guarda da menina devido ao vício em drogas, exatamente como acontecera com Davi. O casal decidiu procurar a Justiça e manifestou intenção de adotar também a menina. O pedido foi aceito e Maria Vitória chegou à casa dos Ribeiro com seis meses, um a mais do que Davi tinha quando se tornou parte da família. Apesar do vínculo biológico e da idade próxima com a qual foram adotados, as diferenças entre Davi e Vivi chamaram a atenção de Daniela. "Ele chegou chegando", brinca a mãe. "Sempre foi muito sorridente, tinha excelente desenvolvimento motor e o vínculo com a gente foi muito rápido. A Vivi não esboçava sorriso. Não firmava a cabecinha, não olhava as mãos, como outros bebês fazem aos seis meses. E a formação do vínculo foi bem mais difícil". Além das peculiaridades de personalidade, Daniela acredita que as diferenças no comportamento e no desenvolvimento inicial dos filhos se deveram, em larga medida, às formas distintas de acolhimento que receberam entre o nascimento e a adoção. Vivi passou seus primeiros meses de vida em um abrigo, como são chamados hoje os antigos orfanatos. Embora considerado prejudicial ao desenvolvimento infantil, esse é o sistema predominante no Brasil, recebendo 96% das mais de 35 mil crianças e adolescentes sob tutela do Estado. Davi foi morar com uma família acolhedora, regime recomendado pela ciência e pela própria legislação brasileira, mas ainda pouco conhecido e implementado no país. Nesse modelo, enquanto aguarda solução da Justiça para seu caso, a criança é cuidada por uma família transitória, que costuma receber um subsídio, não pode estar na fila de adoção e precisa ser aprovada pelas autoridades. Leia mais aqui

FolhaPE – 15/02/2020

>Câncer: Inca alerta para sinais e sintomas persistentes em crianças

No Dia Internacional do Câncer na Infância, lembrado no último sábado (15), o alerta do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é para os sinais e sintomas persistentes em crianças e adolescentes, mesmo aqueles que indicam para doenças comuns. De acordo com a chefe da Seção de Oncologia Pediátrica do Inca, Sima Ferman, alguns estudos indicam que mais de três idas ao médico com o mesmo sintoma é uma situação que merece atenção especial. Os sinais do câncer pediátrico, muitas vezes, são parecidos com os de doenças comuns entre crianças e adolescentes, por isso o diagnóstico é um grande desafio, segundo a especialista. “Não significa que qualquer sinal e sintoma é câncer, mas toda criança precisa ser acompanhada pelo pediatra regularmente, toda queixa da criança precisa ser valorizada tanto pelos pais quanto pelos profissionais de saúde”, explicou. Alguns sintomas são palidez, manchas roxas, dor na perna, caroços e inchaços indolores, perda de peso inexplicável, inchaço da barriga, alterações nos olhos, dor de cabeça, fadiga, tontura e sonolência. A previsão do Inca, é que em 2020 sejam registrados mais de 8,4 mil novos casos de câncer em crianças e adolescentes. Diagnosticar precocemente é importante pois não é possível prevenir o câncer infantojuvenil. A especialista explicou à Agência Brasil que, na maioria das vezes, a doença em crianças e adolescente tem causa desconhecida. “No adulto, por exemplo, a pessoa que fuma pode desenvolver câncer de pulmão, então são fatores ambientais e de estilo de vida que muitas vezes são associados ao aparecimento do câncer. Na criança, são fatores intrínsecos do seu próprio corpo. O que nós temos, então, que fazer, para conseguir a maior chance de cura, é um diagnóstico precoce”, disse. O Dia Internacional do Câncer na Infância, criado em 2002 pela Childhood Cancer International, simboliza uma campanha global para conscientizar sobre o câncer infantil e expressar apoio às crianças e adolescentes e suas famílias. O foco, em 2020, é a redução de fronteiras e o aumento do acesso aos cuidados e à cura. Veja mais aqui

Folha Vitória – 15/02/2020

>Câncer infantil é a principal causa de morte entre crianças e adolescentes

No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a neoplasia é a principal doença que causa morte na faixa etária de 1 a 19 anos. Ao todo, surgem 12,5 mil novos casos por ano. Entretanto, aproximadamente 80% das crianças e adolescentes podem ser curados se diagnosticados e tratados precocemente. Os principais tipos de câncer infanto-juvenis são a leucemia, linfoma e tumores de sistema nervoso central. Para o oncopediatra Gustavo Zamperlini, a chance de cura varia de acordo com o tipo de câncer, idade e principalmente do diagnóstico precoce com início rápido do tratamento. “Quanto mais tarde a criança começar a terapia, maior a chance de se encontrar a doença avançada e disseminada. Esta situação também pode comprometer muito o sucesso do tratamento, pois leva a quadros clínicos graves, como a desnutrição, insuficiência de órgãos e sangramentos, contribuindo para o aumento da mortalidade”, conta o médico. Segundo o especialista, a causa exata de enfermidades tão graves na infância, ainda não é totalmente conhecida. O surgimento do câncer nesta faixa etária está mais relacionado a condições genéticas, ou seja, alterações ou falhas celulares chamadas de mutações. “Por algum motivo, os proto-oncogenes, controles ou vigias do organismo responsáveis pela correção dessas falhas simplesmente não funcionam, sofrem mutações e se transformam em oncogenes. Quando isso acontece, a célula acometida passa a se desenvolver de maneira errada, rápida e totalmente doente levando ao câncer”, explica Zamperlini. Na criança, como os sintomas de câncer são muito parecidos com os de infecções ou outras doenças benignas desta fase, a atenção dos responsáveis às situações que atrapalhem ou modifiquem as atividades habituais é essencial para a suspeita e ao diagnóstico precoce. Saiba mais aqui

Correio Braziliense – 14/02/2020

>Mães de crianças com câncer contam histórias de superação dos filhos

Febre, dor de cabeça, palidez, perda de peso ou inchaço. Os sintomas são comuns durante a infância, mas também podem ser reflexo de doenças mais graves, como o câncer precoce. O diagnóstico e tratamento imediatos são fundamentais para interromper o crescimento desordenado de células na infância e reverter o quadro rapidamente. Com objetivo de conscientizar a população para a luta das crianças na superação da doença, no 15 de fevereiro, comemora-se o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), todos os anos, cerca de 11 mil crianças e adolescentes de 1 a 19 anos são diagnosticados com câncer no Brasil. Na capital, a média anual de novos casos de câncer infantil no Hospital da Criança de Brasília (HCB) varia de 200 a 230. “O câncer da criança é biologicamente mais agressivo, comparado ao de um adulto. Normalmente, ele é sistêmico e atinge células imaturas. Paradoxalmente, apresentam 80% de chance de cura, porque essas células são mais sensíveis à quimioterapia”, explica a diretora do HCB, médica pediatra, hematologista e oncologista, Isis Magalhães. “Por isso, o objetivo do hospital é trabalhar com os médicos na ponta de atendimento e, dessa forma, aumentar o diagnóstico rápido. Os pais também devem sempre estar atentos a quaisquer mudanças na saúde dos filhos, prestando atenção em alguns sintomas que podem estar associados ao câncer”, recomenda a médica. Em Brasília, a assistência social para crianças e adolescentes com câncer e doenças hematológicas é realizada pela Abrace desde 1986. O espaço oferece alimentação, medicamentos, assistência odontológica, palestras sobre a doença e apoio logístico domiciliar para os pacientes em cuidados paliativos, além de alojamentos na Casa de Apoio para pacientes que não residem no DF. “O objetivo é trazer para as famílias com crianças em tratamento fé de que essa fase vai passar, e um olhar para o futuro, porque não se pode deixar que a doença paralise”, diz a presidente Maria Angela Marini. “Tudo o que a Abrace promove é para a valorização da vida”, acrescenta. Confira mais aqui