Clipping nacional RNPI | 06 - 12 de março de 2020

G1 – 12/03/2020

>Fachin dá liminar que amplia licença-maternidade para todas as mães de prematuros

O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta quinta-feira (12) uma decisão liminar (provisória) que amplia o período de licença-maternidade para mães de bebês prematuros que passam por internação. Pela decisão, a licença dessas mães só vai contar oficialmente após a alta da mulher ou do bebê, o que acontecer por último. O objetivo é permitir que o período em que essas mães passam com seus filhos em casa seja o mesmo das demais trabalhadoras. A decisão de Fachin tem efeito imediato para todas as trabalhadoras com carteira assinada, que atuam no regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A ação não tratou das servidoras públicas porque elas têm regime próprio de licenças. Entidades, no entanto, podem entrar com pedido de extensão para benefício também das mães servidoras de prematuros. Na decisão, Fachin destacou que é somente após a alta hospitalar que os bebês passam a conviver com as famílias. Para o ministro, por isso se justifica a ampliação da licença nos casos dos prematuros que ficam internados. "O período de internação neonatal guarda as angústias e limitações inerentes ao ambiente hospitalar e à fragilidade das crianças. Ainda que possam eventualmente amamentar e em alguns momentos acolher nos braços seus filhos, é a equipe multidisciplinar que lhes atende, de modo que é na ida para casa que os bebês efetivamente demandarão o cuidado e atenção integral de seus pais", escreveu o ministro. Confira mais aqui

Nova Escola – 12/03/2020

>A experiência de duas creches que colocam a criança no centro do trabalho

“Se não tivermos os olhos voltados para as crianças, faremos algo que é interessante apenas para nós adultos”, reflete o professor Petterson William de Sousa, do CMEI Fúlvia Rosemberg, em Maceió. Embora o uso da Base Nacional Comum Curricular seja uma novidade em sua rotina com os pequenos, Petterson traduz de forma simples o que documento prevê: o papel ativo da criança no seu próprio desenvolvimento, apoiado por momentos estruturados de interações e brincadeiras. O interesse e a curiosidade dos pequenos é um bom ponto de partida para creches desenvolverem atividades que sejam capazes de contemplar as competências gerais da Base, os seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento da Educação Infantil, os cinco campos de experiência e seus respectivos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Acima de tudo, é quando se encara o pequeno como protagonista que se consegue abordar esse conjunto de diretrizes de forma integrada e orgânica. Nessa reportagem, conversamos com gestores e professores da CMEI Fúlvia Rosemberg e do CEI Manoel Bispo Dos Santos, em São Paulo, que se esforçam, cada uma a sua maneira, em garantir o papel ativo dos pequenos. São sugestões de atividades, organização e rotina capazes de acomodar diversos pontos indicados pela Base, que passa a vigorar de forma obrigatória nas escolas públicas e particulares brasileiras em 2020. Leia aqui

Agência Senado – 12/03/2020

>Investimento na infância e no professor é via para melhorar educação, indica debate

Mais investimento nos primeiros cinco anos de vida das crianças e valorização dos professores são alguns dos caminhos considerados mais eficientes para melhorar a qualidade da educação no Brasil, afirmaram participantes de audiência pública realizada nesta quinta-feira (12) na Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC). Aproximar as ações federais dos estados e municípios e acompanhar aplicação dos recursos destinados ao setor são outras medidas apontadas como fundamentais pelos debatedores. A reunião para discutir as políticas públicas para educação básica com ênfase na primeira infância foi solicitada pelo presidente da comissão, Rodrigo Cunha (PSDB-AL). O senador ressaltou que o país ainda está longe de bater as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), como universalizar a pré-escola, garantir a alfabetização das crianças e erradicar o analfabetismo entre os adultos. "Não podem ser fictícias as metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação. Temos várias metas que não são alcançadas, e não há consequências. Nosso objetivo é que essas metas sejam reais e sejam alcançadas", apontou. O vice-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Marcelo Ferreira da Costa, chamou a atenção para a dificuldade de capilarização das políticas públicas nos pequenos municípios. Ele enfatizou que o governo federal precisa dialogar com municípios e estados sobre suas propostas para a educação. "Uma política pública que não é debatida lá na ponta não chega ao cidadão", disse. Veja mais aqui

Portal RBJ – 11/03/2020

>Universidade da Criança é destaque em Seminário Estadual da Primeira Infância

As ações do programa Universidade da Criança nos municípios de Chopinzinho e Francisco Beltrão foram destaque durante o Seminário Estadual da Primeira Infância. O evento aconteceu na última segunda-feira (09), no auditório do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, e reuniu especialistas internacionais na área, que ficaram impressionados com o programa. Idealizado pela deputada federal Leandre Dal Ponte, o Universidade da Criança é desenvolvido nos municípios de Chopinzinho e Francisco Beltrão, na região Sudoeste do Paraná, e já mostra resultados práticos da aplicação da Lei do Marco Legal da Primeira Infância. “Durante o seminário, debatemos muito a aplicação do Marco Legal. Que, nada mais é, do que colocar em prática o que está determinado pela lei, que está em vigor há quatro anos. Eu costumo dizer que aprovar uma lei, no Congresso Nacional, é apenas o primeiro passo. Difícil mesmo é colocar esta lei em prática. E neste sentido, fomos muito felizes com o Universidade da Criança. O programa já traz resultado e já muda a vida das pessoas”, discorreu Leandre. De acordo com a secretaria Nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano do Ministério da Cidadania, Dra. Ely Harasawa, o Universidade da Criança foi capaz de construir uma política pública em torno da aplicabilidade do Marco Legal da Primeira Infância. Ely Harasawa é psicóloga e especialista em Educação Infantil e participou de uma mesa redona, durante o seminário, sobre experiências paranaenses na aplicação do Marco Legal. Saiba mais aqui

Uol – 11/03/2020

>A decisão do Ministério da Cidadania que põe em risco a assistência social nas cidades brasileiras

Uma portaria do Ministério da Cidadania lançada no fim de 2019 resultou em cortes nas verbas federais repassadas para os serviços de assistência social no país. Segundo gestores dos municípios, a decisão de Brasília põe em risco a continuidade do atendimento, especialmente em localidades menores e com menos recursos - as remessas foram até 40% menores que as anteriores. A portaria nº 2362 foi publicada no Diário Oficial em 23 de dezembro do ano passado - um dia antes da véspera de Natal. Mas os efeitos da medida só foram sentidos no começo deste mês. O impacto variou em cada município, mas oscilou de 30 a 40%. O corte ocorre num momento de enxugamento do principal programa social do país, o Bolsa Família.Em 2019, cerca de 500 mil famílias estavam na fila de espera do programa, segundo dados obtidos pelo jornal O Globo por meio da Lei de Acesso à Informação. O Ministério da Cidadania, no entanto, não informa o número mês a mês. Um dos serviços atingidos pela portaria nº 2362 são os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). Estes são responsáveis justamente por encaminhar as pessoas que têm direito a benefícios como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). No Brasil, o financiamento da assistência social é dividido entre a União, os Estados e os municípios - e o dinheiro do governo federal chega aos gestores dos municípios por meio do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). Os recursos são usados pelos municípios para manter os vários tipos de serviços que compõem o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), e que vão desde albergues para a população de rua até equipes de assistentes sociais que acompanham famílias vulneráveis, passando pelos CRAS e Centros de Referência Especializados (CREAS). Confira mais aqui

Agência do Rádio Mais – 11/03/2020

>“Cuidar da criança nos primeiros anos de vida é vital”, afirma especialista do UNICEF sobre primeira infância

O que fazer nos primeiros mil dias de vida da criança? Avanços na neurociência mostram que, nessa fase, que vai da gestação aos primeiros dois anos do bebê, novas conexões neuronais se formam na velocidade ideal. É quando as crianças aprendem, pensam e lidam com as diversas situações que as envolvem. A partir daí, elas precisam continuar sendo estimuladas e acolhidas para que consigam chegar ao fim da chamada primeira infância (aos seis anos) capacitadas para enfrentar o mundo. “Tudo se decide antes dos seis anos de idade. Se quisermos que a criança tenha uma boa nutrição, um bom desempenho na escola, um futuro melhor, inclusive em termos de renda, a gente tem que investir nos primeiros anos de vida”, alerta a pediatra e especialista em Saúde do Unicef para o Semiárido, Tati Andrade. “É nesse período que o cérebro se desenvolve. As crianças adquirem hábitos e até traumas que terão repercussão para a vida inteira”, continua a pediatra. E cuidar da saúde, por exemplo, é uma das formas que garantem que meninos e meninas tenham mais chances de sobrevivência. E tudo isso acontece ali, nos primeiros cuidados. Teste do pezinho, alimentação saudável e cartão de vacinação atualizado são apenas alguns desses cuidados. A pediatra Tati Andrade lamenta que a valorização da primeira infância, considerado por ela como de extrema importância, ainda não seja parte de políticas públicas efetivas nos municípios. Ela admite que a maioria ainda tem poucos recursos para a demanda, mas ela acredita ser possível. “O que a gente defende é que a população se envolva. O poder público tem um papel importante, mas é essencial chamar as lideranças, as igrejas de todas as religiões, os jovens”, acredita. Leia mais aqui

G1 – 10/03/2020

>Mortalidade infantil caiu mais rápido em municípios que implantaram a saúde da família do SUS, diz estudo

Entre 1994 e 2017, o Brasil conseguiu reduzir sua taxa de mortalidade infantil em 71%. Os índices caíram de 43 bebês mortos com menos de um ano de idade a cada mil nascidos vivos – um dos mais altos do continente – para 12,4 por mil nascidos vivos, atingindo e superando a meta das Nações Unidas com quatro anos de antecedência. Um dos fatores por trás desse avanço, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira (10), foi a implantação da Estratégia Saúde da Família (ESF), hoje presente em 98,4% dos municípios brasileiros. Os dados, que mostram ainda como os resultados diferem entre os municípios que aderiram ou não à ESF ao longo dos 30 anos de existência do programa, são do estudo "Impactos da Estratégia Saúde da Família e Desafios para o Desenvolvimento Infantil", elaborado pelo Núcleo Ciência pela Infância (NCPI). A iniciativa faz parte de um consórcio de pesquisadores do Insper, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Harvard e das organizações da sociedade civil Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, do Brasil, e Fundação Bernard van Leer, dos Países Baixos. O documento traça um raio-x dos efeitos da Estratégia Saúde da Família, e faz um apanhado estudos e pesquisas já publicados sobre a relação entre a expansão do acesso à saúde universal no país e o desenvolvimento das crianças nos primeiros anos de vida, a chamada primeira infância. Segundo Naercio Menezes Filho, pesquisador do Insper responsável pelo relatório divulgado nesta terça-feira, as evidências científicas reunidas no documento mostram que "os municípios que implantaram a Estratégia Saúde da Família antes e com cobertura maior tiveram impactos maiores" na redução da mortalidade infantil. Essa taxa de quantas crianças morreram antes de completar um ano é um dos principais indicadores sobre a saúde infantil, já que a maioria dessas mortas é considerada evitável, ou seja, não teria acontecido caso o bebê tivesse recebido o atendimento adequado. Veja mais aqui

Estadão – 10/03/2020

>Grupo de especialistas voluntários lança cartilha para prevenir abuso sexual infantil

O material foi construído em linguagem simples, com pouco texto e com técnicas do chamado ‘Desenho Universal para a Aprendizagem’. Ao ser convidada pela APAE, Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais, para uma apresentação no Dia Internacional da Síndrome de Down, Patricia Almeida decidiu falar sobre a cartilha que fizera para a filha – e o material foi muito bem recebido entre os profissionais que estudam formas de prevenção de violência sexual. A psicóloga Neusa Maria, que trabalha há mais de 20 anos com casos de violência contra meninas e mulheres da periferia de Brasília e que é Fundadora do Projeto Renascer contra a violência doméstica, pediu autorização para testar o material nas creches, escolas e nos atendimentos. “Tempos depois ela me contou que algumas crianças começaram a apontar as imagens da cartilha para fazer denúncias de abusos”, conta. A cartilha explica de forma simples alguns conceitos, como o de “partes íntimas”. “São aquelas que ficam cobertas por fraldas, cuecas, calcinhas, sutiãs, tops, maiôs e sungas” e ainda acrescenta que a boca também faz parte desse grupo. “Mesmo não coberta por roupas, a boca também é uma parte íntima (…) As pessoas não só podem mexer nas minhas partes íntimas se eu não souber me lavar, mas não podem mexer em mim de um jeito que doa ou que eu fique com vergonha”, explica o material, escrito em primeira pessoa como se fosse um bate-papo entre os pequenos. A ideia é fazer com que nossos filhos entendam que o corpo pertence a eles apenas. “Se eles aprendem desde cedo esse conceito, as chances de que possa se defender do que vier pela frente, seja um abusador na infância, um namorado violento, um chefe assediador ou um marido assassino aumentam”, explica Patrícia. A “Eu me Protejo” pode ser impressa livremente em PDF e o sonho de todos os voluntários é que se espalhe pelo WhatsApp e chegue ao maior número de pessoas. “Esse é o nosso presente pra vocês darem a seus filhos, alunos ou crianças que queiram proteger. Esperamos que seja aproveitado pelas famílias, nas escolas, grupos de igreja ou qualquer lugar onde haja crianças”, afirma Patrícia. Saiba mais aqui

Diário de Pernambuco – 10/03/2020

>Embaixadores da primeira infância ajudam a construir políticas públicas para crianças

A ideia foi lançada: melhorar a qualidade de vida de crianças até seis anos de idade. Essa faixa etária, apontam pesquisas, é crucial para o desenvolvimento do ser humano. Por isso, na última terça-feira (10), 67 pessoas foram convidadas pela Prefeitura do Recife a assumirem o posto de embaixadores da primeira infância. O papel delas é engajar outras pessoas a participarem da construção coletiva do Plano Municipal para a Primeira Infância. O documento estabelece princípios, diretrizes, instrumentos e competências para a formulação e a implementação de políticas públicas para esse grupo da população. Tem a duração de dez anos (2020-2030), daí a importância da participação popular no processo. A repórter Marcionila Teixeira, do Diario de Pernambuco, foi escolhida como uma das embaixadoras, ao lado de Carol Levy, Fada Magrinha, Tio Bruninho, ONG Casa das Asas, Blog Mãetamorfose, a professora Pompéia Villachan-Lyra, entre outros. A pessoa interessada em emitir suas ideias para a construção do plano pode entrar no link da pesquisa, através do https://consultas.colab.re/primeirainfanciarecife. Além disso, qualquer pessoa também tem a oportunidade de ser embaixadora, desde que tenha email e CPF. Com esses dados em mãos, basta baixar o aplicativo Colab, disponível gratuitamente para os sistemas Android e IOS, e clicar em "quero ser embaixador" na área da consulta pública do Plano Municipal para a Primeira Infância do Recife. Ao se tornar embaixador, um link personalizado garante que cada contato responderá à consulta graças ao intermédio deste colaborador. Isso significa que cada resposta contará para o sistema de pontuações que gera recompensas cidadãs. A partir de cinco respostas através do link, o sistema de compensações é gradual e inclui acesso a materiais acadêmicos sobre a primeira infância como também menção no documento da lei como embaixador. O acesso às recompensas cidadãs acontecerá após o término da consulta pública, em 28 de março. Confira mais aqui

Prefeitura de Fortaleza – 09/03/2020

>Prefeito Roberto Cláudio e primeira-dama Carol Bezerra recebem crianças participantes do Projeto Caminhos Lúdicos

A Prefeitura de Fortaleza vem estimulando, em parceria com o Instituto da Infância (IFAN), o protagonismo infantil para a construção de uma Cidade mais atenta às necessidades da criança fortalezense. Na tarde da última segunda-feira (09/03), o prefeito Roberto Cláudio, acompanhado da primeira-dama Carol Bezerra, recebeu, no Paço Municipal, alunos da Rede Municipal de Ensino participantes do Projeto Caminhos Lúdicos. Por meio da experiência e do olhar do aluno, a iniciativa objetiva transformar positivamente o trajeto percorrido entre a casa e a escola, incluindo todo o seu entorno. Por meio de intervenções artísticas, as crianças retratam a transformação sonhada para determinadas áreas da Cidade, considerando elementos voltados à limpeza urbana, mobilidade, acessibilidade, ludicidade e manutenção de espaços públicos. Durante o encontro, a superintendente do IFAN, Luzia Latiffe, esclareceu o intuito da proposta, executada por meio de cooperação técnica entre o Instituto e a Prefeitura de Fortaleza. “Em 2019, na ocasião do lançamento do Cartão Missão Infância, nós começamos a desenhar o Projeto Caminhos Lúdicos. Nesse sentido, firmamos, por meio da Secretaria Municipal da Educação (SME), uma parceria para trabalhar com crianças de cinco escolas de Fortaleza, situadas na comunidade da Vila Velha. A ação envolve estudantes matriculados na pré-escola e no Ensino Fundamental, que desenham os principais desafios do entorno onde vivem e onde estudam, retratam a realidade das praças e das ruas, sugerindo melhorias a partir da visão delas mesmas”, detalhou. Por meio de fotografias, pinturas e colagens, os participantes apresentaram, na oportunidade, a importância da atenção à pavimentação de vias, padronização de calçadas, sinalização e iluminação. Compiladas em um livro entregue à primeira-dama de Fortaleza, as principais solicitações incluem espaços públicos qualificados, compostos por estruturas capazes de promover a interação social e o lazer adequados ao desenvolvimento saudável. Leia mais aqui

O Povo – 09/03/2020

>Evasão escolar e reprovação ainda são desafios para a educação básica

A cada ano escolar, menos alunos são matriculados. Enquanto 99,3% das crianças entre 6 e 14 anos frequentam a escola, o percentual reduz para 91,5% entre jovens de 15 a 17 anos. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisados pelo relatório anual do Todos pela Educação, indicam altos índices de evasão escolar, principalmente entre alunos do ensino médio. Segundo a pesquisa, são 783 mil adolescentes fora da escola. O documento afirma que, em 2019, o Ministério da Educação (MEC) não atuou para manutenção da educação básica. Ainda, para aqueles jovens que continuam no ensino médio, três em cada dez matriculados (28,2%) estão em situação de atraso de dois ou mais anos na trajetória escolar. No entanto, a problemática vai crescendo a medida dos avanços nos anos escolares: no ensino infantil, 11,2% dos matriculados estão em situação de atraso, enquanto no ensino fundamental o percentual sobe para 24,7%. De acordo com o Relatório Anual de Acompanhamento do Educação Já!, da ONG Todos pela Educação, os altos índices de atraso escolar contribuem para níveis ainda mais baixos de crianças e jovens que concluem o ensino fundamental e médio em idade adequada. Por mais que o indicador tenha evoluído com o passar dos anos, somente 78% dos jovens brasileiros de 16 anos concluíram o ensino fundamental em 2019, e apenas 65% dos de 19 anos concluíram o médio. Os dados apontam que a problemática começa antes mesmo da conclusão da vida escolar. Somente 82% dos alunos dos anos finais do ensino fundamental e 78% dos alunos do ensino médio fazem a transição entre as séries de forma adequada. Já a primeira infância tem poucos matriculados. Apesar de ter avançado 22 pontos percentuais no número de crianças frequentando as creches em comparação a 2001, o Brasil só teve cerca de 35,6% delas matriculadas durante 2018. Ainda é bem longe do estabelecido pelo Plano Nacional de Educação (PNE), que pretende atender 50% das crianças brasileiras até 2024. O cenário parece melhorar para as crianças de 4 e 5 anos, que estão em 93,8% matriculadas na escola. No entanto, o número ainda representa 329 mil fora da escola. Veja mais aqui

G1 – 08/03/2020

>Faltam monitores para crianças com deficiência em escolas de São Carlos, reclamam mães de alunos

Mães que têm filhos na rede municipal de ensino de São Carlos (SP) reclamam da falta de profissionais que acompanham o desenvolvimento das crianças com algum tipo de deficiência. Eles temem que o aprendizado seja prejudicado. Apesar de alguns relatos, a prefeitura diz que não falta profissional auxiliar e que os professores se deslocam de uma escola para outra para atender toda a rede, além dos profissionais específicos que atendem as solicitações da Justiça. A administração municipal disse ainda que este ano foram contratados mais 28 professores totalizando 68 profissionais. Na próxima semana, outros dois entram para o sistema e, conforme a necessidade, os profissionais aprovados no concurso público serão convocados. As mães de crianças com algum tipo de deficiência temem que seja negado aos filhos um direito básico, a educação de qualidade. Por isso, acreditam que para garantir o aprendizado é importante a presença de monitor em sala de aula para atender com exclusividade quem precisa. A autônoma Vanessa Ferreira Paula da Silva está preocupada com o filho Pietro, que está no primeiro ano na escola. Segundo ela, o menino necessita de alguém do lado para explicar os exercícios. “Como é o primeiro ano dele, a noção que ele tem de escrever é pegar um caderno sair riscando. Tudo isso por falta da professora auxiliar”, disse a mãe. O Estatuto da Pessoa com Deficiência assegura os direitos e as liberdades fundamentais da pessoa com deficiência, a inclusão social e cidadania. A psicopedagoga Isabel Martinez, especialista em neuropedagogia e psicanálise educacional, explica que quando a criança ou o adolescente precisa de algum monitor na sala de aula o poder público tem o dever de providenciar. Para ela, esses profissionais são fundamentais no aprendizado e na socialização. “É importante que esse profissional esteja ao lado delas para poder estar estimulando a prestarem atenção no que o professor está falando, a copiar o conteúdo a ficarem atentas de forma que aquele conteúdo esteja sendo absorvido. Sozinho, é humanamente impossível o professor dar conta de toda a sala e mais esse aluno com necessidade especial”, disse a psicopedagoga. Saiba mais aqui

Folha de S. Paulo – 08/03/2020

>Sem licença e com boletos, mães de SP passam a deixar bebês de 1 mês na creche

As cadeirinhas vibratórias para bebês agora são equipamento obrigatório na creche Pequenas Turquesas IV, na Vila Gilda, bairro do extremo sul de São Paulo a mais de 30 km de carro do centro. Ali, elas funcionam como uma espécie de colo eletrônico para uma leva de crianças pequenas, de poucos meses ou mesmo poucos dias de vida, que vêm chegando à rede pública paulistana. Esses recém-nascidos que chegam ainda não firmaram a cabeça nem conseguem ainda se virar. Tampouco se sentam, nem podem comer fruta ou papinha. Mães e pais poderão não estar presentes quando eles atingirem esses marcos pela primeira vez. São filhos de cozinheiras, diaristas, copeiras, autônomas e outras profissões que, num ambiente profissional de crescente informalidade, muitas vezes não podem desfrutar total ou mesmo parcialmente do período legal de licença-maternidade no país, de 120 dias, e dos 30 de férias. Filhos de mulheres sem acesso a seus direitos, acabam ficando longe das mães numa etapa que médicos descrevem como "gestação externa", um período de transição do útero para o mundo que dura cerca de dois meses. A chegada dessas crianças à rede pública foi possível devido ao atendimento de uma demanda dos pais e das mães, o aumento de vagas em creches municipais paulistanas. Como a espera caiu, crianças que antes aguardavam meses na fila agora chegam em poucas semanas às creches. Ao todo, há 3.156 bebês com menos de quatro meses na rede municipal paulistana. O número flutua diariamente. A mais nova, nesta semana, tinha sido matriculada com 11 dias de vida. Confira mais aqui

Jornal do Commercio – 08/03/2020

>Com desenhos, crianças sugerem ações para o Plano Municipal para Primeira Infância

Vinícius quer mais brinquedos, trabalho para os adultos e que as pessoas não joguem lixo no chão. Arthur pede que haja menos briga na rua e que as casas e prédios sejam menos sujos. Alexia deseja ônibus com ar condicionado e mais árvores. Maria Júlia diz que seria legal ter ar condicionado também na escola. Dhulia reivindica mais espaços na cidade para prática de esportes. Eles fazem parte do universo de 40 mil crianças de 4 a 8 anos que participam, no Recife, de uma consulta pública para apresentar sugestões que vão ajudar na elaboração do Plano Municipal para a Primeira Infância. A meta da prefeitura é apresentar o plano na Semana do Bebê, que acontece no final de maio. O documento estabelece princípios, diretrizes e instrumentos para a formulação e implementação de políticas públicas voltadas para crianças de zero a seis anos, faixa etária considerada como sendo a primeira infância. Terá validade de 10 anos (2020 a 2030). No País, há iniciativa semelhante em São Paulo, Rio de Janeiro e Belém. Recife tem cerca de 1,6 milhão de habitantes, dos quais 125 mil estão na primeira infância. É por meio de desenhos que as crianças opinam na consulta pública. Vinícius, Arthur, Alexia, Maria Júlia e Dhulia estudam na Escola Municipal Professor Solano Magalhães, localizada no Pina, Zona Sul da capital. Fizeram seus desenhos na semana passada. A iniciativa envolve estudantes da educação infantil ao 3º ano do ensino fundamental de 246 colégios municipais de Recife, 18 unidades conveniadas e dez escolas particulares. “Além de ouvir profissionais da área, achamos importante escutar quem é o protagonista desse processo, as crianças. Elas são muito verdadeiras e críticas. Costumam fazer sugestões bastante pertinentes. São estimuladas a desenhar a partir das perguntas: o que gostam, o que não gostam e quais são seus sonhos na cidade. Os desenhos serão analisados pela Diretoria de Ensino da Secretaria Municipal de Educação e por profissionais da Universidade Federal de Pernambuco”, explica o secretário Executivo para a Primeira Infância, Rogério Morais. Leia mais aqui

Bahia Notícias – 07/03/2020

>Crianças com menos de cinco anos são 30% dos pacientes que morrem por doenças raras

Em meio a um universo de 6 a 8 mil tipos de doenças raras, as crianças de menos de cinco anos representam cerca de 30% dos pacientes que morrem por essas condições incomuns, segundo o Ministério da Saúde. Entre as doenças caracterizadas como raras está a Atrofia Muscular Espinhal (AME). De acordo com André Pessoa, neurologista infantil, os pais e demais responsáveis devem ficar atentos a algum tipo de atraso no marco motor da criança. Ele também chama a atenção para a possibilidade de regressão, que ocorre “quando a criança atinge um marco esperado e depois o perde". Aproximadamente, 80% das doenças raras tem como origem a genética. Para identificá-las, antes mesmo da aparição dos primeiro sintomas, o Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) realiza os testes do pezinho, do olhinho, da orelhinha e do coraçãozinho. A AME, no entanto, ainda não está incluída no programa. "A percepção precoce faz todo o sentido para as doenças que contam com tratamento disponível. E essa identificação prematura é importante não só para a AME, mas para outras patologias também. Quanto mais cedo, mais eficaz", enfatiza André Pessoa. Patologias consideradas raras são aquelas que atingem 65 indivíduos para cada 100 mil pessoas. Além das causas genéticas, 20% delas são originárias de fatores ambientais, causas infecciosas e imunológicas. Uma mesma doença rara, inclusive, pode apresentar variação de sintomas de pessoa para pessoa. Veja mais aqui

G1 – 07/03/2020

>Projeto de hortas e jardins aproxima crianças da natureza: 'Adoram mexer na terra'

Em Bauru, um projeto tem aproximado as pessoas da natureza. O Projeto Cemeia ensina e orienta quem precisa de informações para montar, por exemplo um jardim, uma horta ou até mesmo identificar alguma espécie de planta. É um espaço aberto à toda população e que recebe visitas de grupos de adultos e crianças. O som inconfundível da água corrente e o aroma da erva doce, do manjericão, orégano e de outras ervas. Essas sensações fazem parte do Jardim dos Sentidos, um cantinho especial do Cemeia, Centro Municipal de Estudos e Identificação de Plantas De Bauru, uma parceria das secretarias de Agricultura e Educação. O local recebe visitas e a reportagem da TV TEM acompanhou uma turma de alunos de um projeto social que foi conhecer o local. “Para cada público a gente passa um tipo de informação. Com idosos , por exemplo, eles gostam muito do jardim sensorial, com as crianças a gente costuma trabalhar o plantio, como as plantas crescem”, explica o coordenador do projeto Cemeia, Guto Camargo. Com rodas de conversa e atividades práticas, o Cemeia leva a vivência da agricultura aos visitantes. Eles viram de perto uma bananeira, um pé de açaí, mandioca, tomate, abobrinha e ainda plantaram alface. "Eles amam isso, gostam do contato, mexer na terra, sentir as plantas”, destaca a educadora Priscila Prado. Um dia divertido e de muito aprendizado. "Eu aprendi muito dos pés e como eles crescem, eu vi pé de goiaba, de alface, pé de tomate e um monte de coisas", conta Débora de Fonseca de Oliveira, de 8 anos. O projeto ainda tem um hotel e insetos e uma estrutura montada pra atrair os animais que ajudam na polinização e na manutenção da horta e do jardim. Mais uma forma de mostrar a importância da natureza. A educação ambiental não é o único objetivo do projeto, funciona de segunda à sexta e é aberto pra população. Aquela dúvida, como montar um jardim, uma horta, todas as informações são passadas no projeto. Saiba mais aqui