Clipping nacional RNPI | 20 - 26 de março de 2020

Agência Brasil – 24/03/2020

>Ministério recomenda adiar vacinação de crianças contra a gripe

O Ministério da Saúde recomendou nesta terça-feira (24) às secretarias estaduais e municipais de Saúde que adiem a vacinação de crianças nesta primeira etapa da campanha de imunização contra a gripe, como forma de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus (covid-19). A campanha teve início nesse fim de semana em alguns estados e ontem em outros, para idosos acima de 60 anos. A primeira fase previa imunizar idosos e crianças. Em diversas cidades, filas se formaram e secretarias de saúde vêm buscando formas de realizar a vacinação assegurando o distanciamento, embora tal preocupação não tenha conseguido evitar aglomerações em locais de acesso. A recomendação de adiamento para crianças foi motivada, de acordo com o Ministério da Saúde, pelo cuidado a ser adotado com os idosos, principal grupo de risco e faixa etária com maiores índices de mortalidade. As crianças, ao contrário, são a faixa com menor índice de letalidade, mas podem contribuir para difundir o vírus. “A medida preventiva tem o objetivo de reduzir o contato dos idosos com crianças, já que estas são importantes transmissores e disseminadores das doenças respiratórias”, explicou o ministério, em nota. Confira mais aqui

Correio Braziliense – 26/03/2020

>Unesco anuncia coalizão para garantir a educação durante o coronavírus

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) lançou nesta quinta-feira (26) uma coalizão mundial para assegurar a educação à distância dos mais de 1,5 bilhão de alunos de 165 países afetados pelo fechamento de escolas devido à pandemia do coronavírus. "Nunca antes havíamos sido testemunhas de um transtorno educativo de tal magnitude", afirmou a diretora geral da Unesco, Audrey Azoulay, em um comunicado. De acordo com a organização, 87% da população estudantil do mundo foi afetada pelo fechamento das escolas em consequência da COVID-19. "Esta coalizão constitui um apelo à ação coordenada e inovadora para descobrir soluções que ajudem os alunos e os professores (...) dando uma atenção especial à inclusão e à equidade", destacou a organização com sede em Paris. A coalizão se propõe a "ajudar os países a mobilizar recursos e aplicar soluções inovadoras e adaptadas ao contexto para oferecer educação à distância, encontrar soluções equitativas e apresentar respostas coordenadas", completou a Unesco. Várias organizações multilaterais, incluindo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa Mundial de Alimentos se uniram à coalizão. Também se uniram à iniciativa o setor privado, em particular Microsoft, Google e Facebook, que "aportam recursos e conhecimentos especializados em termos de tecnologia, conectividade e fortalecimento de capacidade", e organizações filantrópicas. Leia mais aqui

Revista Galileu – 25/03/2020

>“A literatura tem permitido que crianças negras se valorizem como tal”

A autora de livros infantis Kiusam de Oliveira, 54 anos, abraçou uma causa nada simples: tratar de temas espinhosos como racismo e direitos humanos de uma forma que crianças compreendam, se identifiquem e, o mais importante, se encantem. Para isso, buscou na sua própria experiência e vivência como estudante e professora negra a inspiração para histórias que hoje são tidas como referência na educação infantil. Nascida em Santo André, na Grande São Paulo, Oliveira é filha de uma tricoteira que sempre priorizou a educação. “Minha mãe, mesmo muito pobre, primava pelos estudos e dizia: ‘nós vamos dividir um ovo em quatro partes, mas você vai ter uma educação de qualidade’”, lembra a autora. Aos 14 anos, começou a cursar Magistério de 2º Grau, seguiu na Pedagogia, obteve especialização em deficiência intelectual, mestrado em Psicologia Escolar e doutorado em Educação. Em 2009, lançou seu primeiro livro: Omo-Oba: Histórias de Princesas, no qual contos e mitos de orixás femininos ganharam forma de princesas. Em 2013, publicou seu maior sucesso, O Mundo no Black Power de Tayó, em que questiona estereótipos racistas a partir do empoderamento de uma menina negra de 6 anos de idade. No ano seguinte, com O Mar que Banha a Ilha de Goré, a autora se aprofundou ainda mais nos temas, usando a viagem da protagonista, uma menina de 9 anos, para o Senegal, para abordar a história do tráfico de seres humanos escravizados durante a colonização europeia das Américas. Veja mais aqui

G1 BA – 25/03/2020

>Escritoras baianas usam a internet para contar histórias para crianças durante o isolamento social

As transmissões ao vivo pela internet se tornaram uma ferramenta aliada de artistas, casas de shows e até igrejas que querem atingir determinado público no período de isolamento social provocado pelo risco de disseminação do novo coronavírus. Essa estratégia também tem sido utilizada por escritoras e contadoras de histórias, que estão ajudando a distrair crianças desde que as aulas foram suspensas. Na Bahia, destacam-se as escritoras Emília Nunes e Renata Fernandes, além da educadora Caroline Adesewa. Elas fazem “lives” diárias, nome em inglês utilizado para se referir às transmissões nas redes sociais, especialmente no Instagram. A ideia surgiu de forma descentralizada, mas logo as escritoras perceberam que poderiam criar uma “rede do bem”, como define Emília Nunez, que fez sua primeira live antes da propagação da Covid-19 no Brasil. “Fiz, antes do isolamento, um vídeo para uma amiga que mora em Milão, na Itália. Eu estive lá e contei história para crianças. Quando ela me contou como estava difícil lá, mandei um vídeo para ver se alegrava as crianças, e foi uma resposta legal. Depois que fizemos aqui, de forma espontânea, várias contadoras fizeram o mesmo, e se criou essa rede do bem”, disse. Saiba mais aqui

Folha de S. Paulo – 25/03/2020

>Quase 1 milhão de crianças são deixadas para trás na Venezuela por pais migrantes

Com sete anos de colapso econômico, a crise migratória na Venezuela se transformou em uma das maiores do mundo. Milhões de pessoas já partiram. No final de 2020, estima-se que 6,5 milhões de pessoas terão fugido do país, segundo a agência de refugiados da ONU – número raramente ou jamais visto fora de uma guerra. Mas escondido nesses dados há um fenômeno surpreendente. As mães e os pais da Venezuela, determinados a encontrar trabalho, comida e remédios, estão deixando centenas de milhares de crianças aos cuidados de avós, tias, tios e até irmãos que mal passaram da puberdade. Muitos pais não querem submeter seus filhos aos problemas intensos e às vezes perigosos do deslocamento. Outros simplesmente não podem pagar para levá-los. O êxodo é tão grande que estão reformulando o próprio conceito de infância na Venezuela, enviando estudantes para trabalhar nas ruas – e deixando muitos expostos a pessoas abusivas que preenchem o vácuo deixado pelo colapso do Estado, incluindo traficantes de sexo e grupos armados. Segundo uma avaliação feita pela organização de ajuda sediada em Caracas Cecodap e pesquisas da firma Datanálisis, pais migrantes deixaram para trás quase 1 milhão de crianças. Confira mais

ONU Brasil – 25/03/2020

>Programa Mundial de Alimentos recomenda inclusão de leguminosas na dieta infantil

O feijão é talvez a mais famosa leguminosa no cardápio brasileiro. Mas esse grupo de alimentos tem outros integrantes que também contribuem para uma dieta saudável, especialmente para crianças em idade escolar. Grão-de-bico, lentilha, ervilha e fava são exemplos de outras leguminosas que podem ser transformadas em pratos deliciosos, além de nutritivos. A recomendação é do Programa Mundial de Alimentos (WFP). Através dos programas de alimentação escolar, o Programa orienta a inclusão de leguminosas nos cardápios, em combinação com grãos, legumes, proteínas, folhas e minerais. "Elas são ricas em nutrientes e possuem um alto teor de proteínas, o que as torna particularmente relevantes em locais onde carnes e laticínios não estão disponíveis ou economicamente acessíveis. Elas também são ricas em fibras e gorduras solúveis, por isso são recomendadas pelas organizações de saúde para o tratamento de doenças como diabetes e problemas cardíacos. Elas também podem ajudar a combater a obesidade. [...] Para os agricultores, as leguminosas são importantes porque elas podem ser consumidas e também vendidas. Isso ajuda a manter a segurança alimentar em casa, além de promover estabilidade econômica." Leia mais

Correio Braziliense – 25/03/2020

>Com crianças em casa, saiba como prevenir acidentes domésticos

Em tempos de quarentena, todo cuidado é pouco com os pequenos. Nesse período em que todos estão dentro de casa, sem poder sair, o cuidado deve ser redobrado. O Corpo de Bombeiros alerta para algumas medidas que devem ser seguidas, a fim de evitar incidentes. De acordo com o tenente Fábio Bohle, uma das ocorrências mais comuns é com os equipamentos ligados na tomada. “Nesse tempo tecnológico, a maioria das crianças tem acesso a tablets e celulares. O que mais acontece é acidente por descarga elétrica. A criança tira o aparelho do carregador e coloca o fio energizado na boca”, exemplifica. Uma das recomendações é os pais ou responsáveis evitarem deixar os carregadores conectados na energia e colocar uma tampa na tomada para evitar o choque. Outra orientação é a rede de proteção nas janelas. Verificar se estão firmes e, se for possível, evitar colocar móveis que a criança possa subir e acessar a janela. “A criança não tem noção do perigo. É importante os pais estarem alertas”, ressalta Bohle. Segundo ele, os responsáveis devem restringir o acesso aos locais da casa que podem oferecer algum perigo, como a cozinha, a área de serviço e o banheiro. “A cozinha não foi feita para criança. Evite o acesso delas a esses espaços. E é sempre bom lembrar de deixar os cabos das panelas virados para a parte interna do fogão. Tirar do acesso objetos cortantes, como facas e garfos. Além dos utensílios de vidro, que podem cair e quebrar”, pontua. Veja aqui como manter a segurança no lar

O Globo – 25/03/2020

>O que fazer com crianças na quarentena: atividades lúdicas longe da TV e do celular

A pergunta é incontornável para quem tem filhos pequenos em casa: o que fazer para as crianças não se renderem apenas às televisões e aos celulares nestes tempos de quarentena provocada pelo coronavírus? Ironicamente, as próprias TVs e celulares ajudam na resposta. No YouTube, canais especializados ensinam pais e filhos a colocarem a mão na massa em atividades lúdicas longe das telas. É a chance de aprender a fazer origamis, pulseiras, quadros, bonecos, entre outros. Tudo na onda do "faça você mesmo". No canal 'Mostrando Como Se Faz' as criações são um pouco mais complexas. Semanalmente, todas as segunda-feiras, Ana Rogéria ensina a produzir objetos com materiais que normalmente iriam para o lixo. Está aí uma boa maneira de ensinar adolescentes a reciclar determinados materiais, como caixinhas de iogurte (que podem virar bolsas) e tampinhas (que se transformam em porta-lápis). A página 'Decorando e Reciclando' publica, semanalmente, vídeos com o passo a passo da elaboração de brinquedos e acessórios artesanais. A proposta é estimular a reciclagem de materiais que virariam lixo. Nesta semana, o perfil postou um manual com os detalhes de como produzir objetos para a diversão de crianças na quarentena. A marca de lápis coloridos Faber Castell liberou o acesso gratuito de todos os cursos on-line de sua plataforma. Ali, há diversas oficinas para estimular a criatividade, e não apenas de crianças, com aulas de desenho, lettering, narrativa, composição, desenvolvimento de personagens, entre outros. Saiba como não deixar os pequenos parados em casa

Rede Brasil Atual – 24/03/2020

>Guia destaca direito à educação e proteção de crianças e adolescentes na pandemia

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação e a plataforma Cada Criança lançaram, nesta segunda-feira (23), guias para garantir a educação e proteção de crianças e adolescentes em meio à pandemia de coronavírus no país. A obra, dividida em dois volumes, traz orientações à toda a comunidade escolar quanto aos direitos sociais deste grupo, e cobra do poder público a tomada de decisões visando a garantia dessas prerrogativas. As publicações, produzidas por dezenas de voluntários ligados às entidades, levam em conta o artigo 277 da Constituição, que destaca a infância e a adolescência como prioridade do Estado. “O objetivo é oferecer um compilado de informações checadas, comprovadas e acessíveis”, destaca a organização dos guias. “Ao direcionar recomendações à toda comunidade escolar, famílias e profissionais da proteção da criança e do adolescente, bem como aos tomadores de decisão do poder público, os documentos buscam dialogar com duas frentes centrais para o enfrentamento efetivo da pandemia.” O primeiro volume do guia aborda temas como a importância do fechamento das escolas para evitar a propagação do vírus e dicas do que fazer com as crianças e adolescentes em casa, até o porquê da educação a distância (EaD), se for considerada uma atividade regular e contada nos dias letivos, poder ampliar as desigualdades educacionais e sociais. No lugar, a entidade propõe um calendário de atividades complementares que integre toda a comunidade escolar. Por outro lado, o segundo volume do guia também oferece sugestões aos entes públicos que vão desde alternativas educacionais durante a suspensão das aulas a formas de proteger as crianças e adolescentes mais vulneráveis. A publicação ainda ressalta a necessidade de revogação da Emenda Constitucional (EC) 95/2016, que impôs o Teto de Gastos, congelando por 20 anos investimentos nas áreas sociais. Confira mais aqui

O Globo – 24/03/2020

>O que fazer com as crianças 24 horas em casa?

No primeiro dia do isolamento social voluntário por causa do novo coronavírus, a advogada Karla Assis fez cookies com os filhos, Felipe, de 8 anos e Lorena, de 3. No segundo dia, jogos e bonecas. No terceiro, sessão de cinema e pipoca. No quarto... "Haja criatividade para entretê-los", diz ela, que está em home office, com o marido ainda trabalhando fora e a empregada doméstica dispensada de ir ao serviço. A dificuldade em manter uma agenda intensa e repleta de ocupações com os filhos em casa e ainda conciliar home office e a flexibilização do uso de tela - e até mesmo de comidas diferentes - é um cotidiano que os pais estão enfrentando. E não é para menos. As medidas de controle da pandemia estão rápidas, extremas e sem precedentes. Mas tem como minimizar. Segundo psicólogos e especialistas em desenvolvimento infantil, o primeiro passo é criar uma rotina dentro da nova realidade, com horários para refeições, para dormir, para brincar, para ver internet ou televisão e para interagir. "Minha sugestão é começar o dia com uma atividade em família, pois a criança já ganha uma porção de atenção e gasta energia logo cedo", sugere Nanda Perim, que, além de psicóloga e dar dicas em seu Instagram sobre como os pais podem se adaptar à quarentena, está vivendo na prática o desafio de se reorganizar com o marido e os filhos Théo, de 6, e Gael, de 4. Segundo ela, o mais importante é a família entender suas necessidades (se está em home office, se tem alguém doente) e, a partir daí, montar uma rotina diária e outra semanal. "Assim, os pais não precisam nem dar atenção o tempo todo nem ficar totalmente ausentes e com a TV ligada. É importante ter momentos juntos no dia, mas também que os adultos da casa tenham, individualmente, tempo para respirar ou trabalhar". A também psicóloga Renata de Azevedo acrescenta que dar tarefas é uma forma de ocupar os filhos e aliviar os pais. "Enquanto você trabalha, deixa um projeto para ele fazer, algo para pintar, dependendo da idade. A ideia é que ambos estejam ocupados juntos". A psicóloga Marta Monteiro sugere ainda fazer um rodízio de atividades no dia, como um dia de sala de aula, um de culinária, outro de dança e origami. Leia mais

ONU Brasil – 23/03/2020

>COVID-19 deixa 9 milhões de crianças sem refeições escolares, diz Programa Mundial de Alimentos

O Programa Mundial de Alimentos (WFP, em inglês) diz que cerca de 9 milhões de crianças estão sem acesso à merenda escolar após o fechamento das escolas para conter o novo coronavírus. Com a interrupção das aulas, estes alunos deixaram de ter alimentos em seus estabelecimentos de ensino. O Programa prevê que esse número vai aumentar nos próximos dias e semanas, podendo chegar a 860 milhões de crianças e jovens dispensados de escolas e universidades devido à pandemia. O número equivale à metade da população estudantil do mundo. O WFP implementa o programa de merenda escolar em 30 países que já pararam as aulas de forma parcial ou total, e mais de 100 nações interromperam as aulas. A agência alerta que estas medidas têm implicações não somente no aprendizado das crianças, mas também em vários aspetos importantes de suas vidas. Ao todo, mais de 300 milhões de crianças em idade escolar precisam do apoio do WFP no mundo. Com governos e parceiros, a agência da ONU atua em vários campos para que as crianças em idade escolar e suas famílias continuem recebendo apoio alimentar e nutricional em tempos de crise do novo coronavírus. Como parte da resposta humanitária global à pandemia de COVID-19, WFP tem apoiado a alimentação de 87 milhões de pessoas em todo o mundo. Em países onde as escolas ainda estão abertas, a prioridade é garantir os padrões de higiene, comportamento e segurança alimentar. Entre essas medidas está o distanciamento social para mitigar o risco de aumento de infeções. A agência disse que também está trabalhando com parceiros para melhorar o acesso à água e ao saneamento. No caso de países com escolas fechadas, o Programa avalia quais seriam as possíveis alternativas, que incluem fornecer alimentos para consumir em casa, entregar comida ao domicílio e fornecer dinheiro ou cupons. Veja mais aqui

Folha de S. Paulo – 23/03/2020

>Em SC, funcionários de abrigo levam crianças para casa por proteção contra coronavírus

Seis servidores da Casa de Acolhimento Municipal para Meninos de Florianópolis levaram as crianças e adolescentes do local para as suas próprias casas. A iniciativa da equipe do abrigo, que teve respaldo do Juizado de Infância e Juventude, foi tomada para proteger os meninos do risco de contaminação pelo novo coronavírus. "Eles trouxeram a ideia e a gente se emocionou na hora. Pensaram que eu ia achar que era loucura. Eu me emocionei e falei: 'Claro, vamos atrás'. O promotor deu parecer favorável e o apoio do judiciário foi fundamental", diz a secretária municipal de Assistência Social Maria Cláudia Goulart da Silva. A ideia surgiu após o anúncio do decreto de situação de emergência em Santa Catarina que restringe a circulação de pessoas nas ruas. "Com os funcionários indo e vindo para trabalhar no abrigo, nos preocupamos com a possibilidade de algum contrair o vírus", diz Sidnea Goulart, que coordena o abrigo. "Ouvimos que o isolamento social é o meio mais eficaz para a prevenção. Alguém teve a ideia de que a única maneira de fazer isso era cada um pegar um menino e levar para a sua casa", conta Sidnea. "Isso nos protegeria, protegeria os meninos e seria uma forma de proporcionar aos adolescentes uma possibilidade de estar passando esse momento de crise internacional de uma forma segura e com atenção ao lado emocional deles." A casa de acolhimento abriga sete crianças e adolescentes com idade entre oito e dezessete anos. São meninos que passaram por situações de violação de direitos como violência doméstica ou falecimento dos pais. Eles foram enviados ao abrigo por determinação judicial e podem ficar no local até completarem 18 anos. Saiba mais aqui

ONU Brasil – 23/03/2020

>COVID-19: Crianças enfrentam risco maior de abuso e negligência em meio a medidas de contenção

Centenas de milhões de crianças em todo o mundo provavelmente enfrentarão ameaças crescentes a sua segurança e a seu bem-estar – incluindo maus-tratos, violência de gênero, exploração, exclusão social e separação de cuidadores – por causa de ações tomadas para conter a propagação da pandemia de COVID-19. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) está pedindo aos governos que garantam a segurança e o bem-estar das crianças em meio à intensificação das consequências socioeconômicas da doença. A agência da ONU dedicada às crianças, juntamente com seus parceiros da Aliança para a Proteção da Criança em Ação Humanitária, divulgou um conjunto de orientações para apoiar as autoridades e organizações envolvidas na resposta. Em questão de meses, a COVID-19 mudou a vida de crianças e famílias em todo o mundo. Esforços de quarentena, como fechamento de escolas e restrições de movimento, embora considerados necessários, estão atrapalhando as rotinas das crianças e os sistemas de apoio. Também estão adicionando novas formas de estresse aos cuidadores que talvez precisem renunciar ao trabalho. O estigma relacionado à COVID-19 deixou algumas crianças mais vulneráveis à violência e ao sofrimento psicossocial. Ao mesmo tempo, medidas de controle que não respondem às necessidades e vulnerabilidades específicas de gênero de mulheres e meninas também podem aumentar o risco de exploração sexual, abuso e casamento infantil. Evidências recentes da China, por exemplo, apontam para um aumento significativo nos casos de violência doméstica contra mulheres e meninas. “De várias maneiras, a doença está agora atingindo crianças e famílias que não estão infectadas diretamente”, disse Cornelius Williams, chefe global de Proteção Infantil do UNICEF. Confira mais aqui

G1 – 23/03/2020

>Mais de 95% das crianças da América Latina e Caribe estão sem aulas pelo coronavírus

Mais de 95% das crianças da América Latina e Caribe - o que representa 154 milhões de pessoas - estão temporariamente fora da escola pelo coronavírus, informou o Unicef. "Quase 90% dos centros do ensino infantil, fundamental e médio da região estão fechados pela pandemia e o percentual está crescendo rapidamente", afirmou em um comunicado o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com base em dados da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). "Esta é uma crise educativa sem precedentes na história recente da América Latina e do Caribe", afirmou Bernt Aasen, diretor do Unicef para a região. Se a situação for prorrogada, segundo ele, há um grande risco de meninos e meninas ficarem para trás em sua curva de aprendizado e de que os alunos e alunas mais vulneráveis não retornem às aulas. "É vital que recorram a todas as ferramentas e canais disponíveis, seja por meio de rádio, televisão, internet ou celulares, para enfrentar o desafio com um esforço conjunto dos Estados, do setor privado, dos pais e dos meninos e meninas." O Unicef fez um apelo para o estímulo de conteúdos acessíveis em rádio e televisão para os menores em risco de exclusão, sem acesso à internet, com deficiência, migrantes e de comunidades indígenas. Neste sentido, a agência da ONU afirmou que trabalha ao lado dos governos da região e de outros aliados para "desenvolver métodos flexíveis de ensino à distância com conteúdos tanto digitais, como para rádio e televisão, assim como materiais de leitura e tarefas guiadas". Leia mais aqui

Folha de Londrina – 23/03/2020

>Os efeitos do terror sobre as crianças

Conversando com um médico pediatra ele me falou dos efeitos que a pandemia do coronavírus está tendo sobre as crianças. Ele citou que muitas delas estão apresentando sintomas como enjoos, mal-estar, vômitos e várias outras coisas, mas que não apresentam nada que fosse identificado de origem orgânica. Isso significa que elas não estão fisicamente doentes. Algumas crianças deixaram de se alimentar, outras pedem para ir ao médico de maneira desesperada porque acreditam que estão morrendo e outras vivem um pânico generalizado, causador de inúmeros sofrimentos. Como não se trata de algo orgânico precisamos nos voltar para o psíquico. Esse clima de medo que está instaurado não afeta somente os adultos, mas os pequenos também. Se para os adultos já está difícil, imagina então para as crianças e jovens que veem e sentem todo esse pânico. Todas as crianças e jovens são dependentes dos adultos. Eles não sabem cuidar de si próprios, não possuem condições para tal. Dependem do cuidado e olhar de alguém adulto. Porém, se os adultos que os rodeiam estão com medo e tomados por uma ansiedade sem nome isso vai afetá-los muito. O que elas necessitam nesses momentos é que alguém possa ajudá-las a pensar sobre a situação que vivem. Conversar com elas, deixar que seus medos possam se transformar em palavras ou serem demostrados através do brincar. Já dizia uma antigo ditado “Quem canta, seus males espanta”. Nesse caso, quem coloca em palavras ou em brincadeiras seus medos e angústias espanta muitos fantasmas. É preciso que alguém consiga ouvir o que a criança tem a dizer e ouvir é muito mais que um ato passivo. É uma atitude de ouvir, compreender e conversar. Poder ajudar a criança a conter o próprio medo, a lidar com ele de uma forma menos custosa. Quando a criança pode ser ouvida, sem condenações ou julgamentos, ela pode aprender a ver seus medos com outros olhos, pode aprender uma coisa de extrema importância para levar a vida adiante: discriminar o que é real do que é fantasioso. Isso é fundamental. Se ela for cuidada, se seu psiquismo for cuidado e levado em consideração, ela poderá também aprender a se cuidar e a levar a sua mente a sério. Vivemos, atualmente, um momento propício para avaliar como lidamos com as crianças e como as ajudamos a se desenvolver. Veja mais aqui

Agência Brasil – 22/03/2020

>Como cuidar da alimentação para manter a imunidade das crianças

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) alerta para os cuidados com a alimentação de crianças e jovens para manter a imunidade. Com o fechamento de grande parte das escolas privadas e públicas e o aumento exponencial de casos de covid-2019 confirmados no Brasil, muitas crianças tiveram de ser afastadas de suas atividades, alterando também a rotina de pais e cuidadores. Para ajudá-los com a alimentação, considerando possível cenário de restrições à prática de atividades físicas, a SBD organizou algumas dicas para facilitar nutrição saudável de crianças com e sem diabetes. De acordo com a nutricionista Silvia Ramos, coordenadora do Departamento de Nutrição, Exercício e Esportes em Diabetes da SBD, nesses dias atípicos, é de fundamental importância planejar os itens a serem ofertados. Desta forma, evita-se um erro comum: refeições e lanches com excesso de um grupo de nutrientes e falta de outros importantes para o desenvolvimento infanto-juvenil. “É fundamental lembrar que as crianças e jovens, independente de terem ou não diabetes, necessitam de uma boa alimentação. Ao considerar este cenário de pandemia, esse cuidado torna-se ainda mais importante, visto que ajuda a manter a imunidade elevada e, nos casos de crianças e jovens com diabetes, evita-se maior vulnerabilidade ao covid-19”, diz Silvia. A nutricionista aponta ainda a necessidade de atenção a alimentos que parecem saudáveis, mas podem ser pouco nutritivos. É o caso dos bolinhos prontos, biscoitos com ou sem recheio, achocolatados prontos, refrigerantes, sucos de caixinha e salgadinhos. Alimentos industrializados e ultraprocessados, de modo geral devem ser evitados. Suas formulações, na maior parte das vezes, são ricas em açúcares, gorduras saturadas e aditivos químicos. Por isso, a busca por alimentos naturais deve ser o primeiro passo. Para facilitar no dia-a-dia, Silvia aponta que a melhor forma de organização é dividir os alimentos em três grupos: carboidratos fornecem energia e disposição para as atividades rotineiras; proteínas são responsáveis pela formação de tecido e músculos fundamentais para o crescimento; as frutas e hortaliças possuem alto teor nutricional e ajudam na saciedade. Saiba mais

Uol – 22/03/2020

>O covid-19 reforça a desigualdade brasileira

As pessoas só morrem de fato uma vez. Antes disso, podem até se sentir como se estivessem mortas, infinitas vezes. Não dá pra saber o impacto dessas mortes simbólicas na vida de quem continua vivo. Mas podemos tentar quantificar o dano de se estar vivo quando o mundo te considera morto. São estudos sobre a morte em vida. Fazem particular sentido hoje, dia 22 de março de 2020, quando acaba de ser noticiado o primeiro caso oficial de Covid-19 na Cidade de Deus, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, região com indicadores sociais críticos e quase 40 mil habitantes. A partir de agora, o rastro destruidor do novo coronavírus possivelmente vai na direção da pobreza e da miséria. É onde vivem mais de 80% da população com deficiência do mundo, diz a ONU. Não se sabe como o Covid-19 agirá. O vírus ainda não foi testado em um país com a extrema desigualdade social do Brasil. Pessoas com deficiência vivendo na pobreza não são zumbis, mas, antes do vírus, com frequência já vinham sendo tratadas como se fossem. Agora, enquanto todos discutem o vírus, sua situação de morte simbólica só piora. Como se sentem diante da ambiguidade constrangedora de estarem vivas para si e suas famílias, mas mortas para noticiários, lives de profissionais de saúde e entrevistas com autoridades públicas sobre o novo coronavírus? O direito à informação e à comunicação vale também para a população de pessoas com deficiência vivendo na pobreza. Querem se comunicar e opinar, e precisam tomar decisões para se proteger. Para sobreviver, precisam de informação. Mas quais vídeos, entrevistas ao vivo e lives têm audiodescrição, legenda descritiva e Libras? Estes são os recursos de acessibilidade comunicacional mínima garantidos pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, ratificada há bem mais de uma década por quase todos os países do mundo, incluindo o Brasil. Pior: nem a própria ONU tem cumprido a Convenção no que se refere à acessibilidade na comunicação. Confira mais aqui

Carta Capital – 22/03/2020

>“Momento exige diminuição da população prisional”, defende advogada

A recomendação dos governos da maioria dos países neste momento de pandemia do coronavírus tem sido uma só: evitar aglomerações. Alguns já decretaram quarentena oficial, outros decretam fechamentos dos locais públicos aos poucos, para que as pessoas cada vez mais fiquem em suas casas. Quando se leva essa indicação para o sistema prisional brasileiro, evitar aglomeração é uma tarefa impossível. Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), o Brasil tem um déficit de vagas nas prisões que chega a 312 mil. Ou seja, uma cela com capacidade para oito pessoas chega a receber 80. Em relação à saúde, o cenário é ainda pior. Com 773.151 pessoas presas, só 33% das instituições do País possuem assistência básica. E se um caso de coronavírus se agrava, por exemplo, a assistência básica não dá conta de tratar o paciente. Como, então, evitar que o contágio se prolifere em um cenário assim? A resposta do ministro da Justiça, Sérgio Moro, foi proibir visitas de familiares aos presos que estão em instituições federais. Alguns estados, como Pernambuco, tem seguido a linha do ministro. Tendo em vista que uma instituição prisional conta com muitos funcionários, essa medida seria eficaz? A resposta da advogada e pesquisadora do Instituto Terra Trabalho e Cidadania (ITCC), Marcela Amaral, é taxativa: não. “O isolamento total representa uma sentença de morte às pessoas em situação de prisão”, explica ela. Marcela conta que, além de se tornar uma punição a mais proibir as visitas, as famílias dos presos são, também, um alicerce material, uma vez que suprem a ausência do Estado em fornecer itens de primeira ordem, como sabonete, escova de dente, absorvente, alimentos, medicamentos, etc. O ITTC defende para a situação pandêmica de coronavírus a aplicação de medidas desencarceradoras de maneira geral. De acordo com legislações nacionais, internacionais e também jurisprudências fixadas pelos tribunais superiores, existem medidas alternativas à prisão cabíveis a grupos específicos de pessoas. A prisão domiciliar é prevista para mulheres mães de crianças com até 12 anos, gestantes, lactantes ou homens que sejam os únicos responsáveis pelos cuidados de filho/a com até 12 anos. Também para pessoa imprescindível aos cuidados de menores de 6 anos ou com deficiência e para maiores de 80 anos ou pessoas debilitadas por doenças graves. Pessoas com mais de 60 anos; pessoas soropositivas para HIV, portadoras de tuberculose, câncer, pneumonia, diabéticos, hipertensos, entre outras doenças preexistentes; e pessoas acusadas de crimes não violentos, incluindo tráfico de drogas, também podem gozar da prisão domiciliar. Leia mais aqui

Dourados Agora – 20/03/2020

>Campanha cuidados com a vida pretende diminuir mortes na primeira infância

Mais de 3 mil crianças morrem vítimas de acidentes no Brasil todo ano. Só em 2017, esse número chegou a 3.661. Desse total, mais de 50% das mortes corresponderam à faixa etária de 0 a 4 anos de idade. Ou seja, a cada 10 mortes de crianças de 0 a 14 anos, mais de 5 são de crianças de 0 a 4. Dentre os acidentes que causam o maior número de óbitos destacam-se as sufocações, os afogamentos e os acidentes de trânsito. Outros acidentes que também deixam vítimas fatais são queimaduras, quedas, intoxicações, acidentes com armas de fogo, dentre outros. Esses dados alarmantes trazem à tona a importância do cuidado com as crianças desde os primeiros anos de vida. De acordo com Vania Schoemberner, gerente executiva da Criança Segura, "o olhar e a concepção sobre os acidentes precisam ser transformados, deixando de considerá-los como fatalidades que independem de nossas ações. Mais do que fatalidades, os acidentes são em sua maioria previsíveis e evitáveis", explica. Diariamente, nove mortes de crianças podem ser evitadas no Brasil por meio de ações comprovadas de prevenção de acidentes. Por isso, o olhar atento e cuidadoso na primeira infância é primordial para preservar a vida das crianças, tanto nessa fase da infância quanto nas outras. Cuidar das crianças é responsabilidade de toda a sociedade. Diante desse cenário e aproveitando a instituição do Biênio da Primeira Infância do Brasil (2020-2021), a Criança Segura lançou neste mês de março a campanha "Cuidados com a Vida", com o foco na prevenção de acidentes com crianças de 0 a 4 anos de idade. A campanha visa conscientizar gestantes, mães, pais e responsáveis sobre a importância de os cuidados com a segurança dos bebês fazerem parte de suas preocupações básicas desde o início da gestação. Uma vez que desde cedo existe essa preocupação em evitar os acidentes, a cultura do cuidado e da prevenção se estende por todas as outras fases da vida da criança colaborando com a diminuição do número de todos os tipos de acidentes. Veja mais aqui

Estado de Minas – 20/03/2020

>Receitas para ocupar o dia das crianças durante a quarentena

Enquanto a pandemia do novo coronavírus provoca a suspensão de aulas em escolas de todo o país, uma nova equação precisa ser resolvida. Como lidar com as crianças que agora passam os dias em casa, criando atividades para entretê-las e, ao mesmo tempo, esclarecer que, apesar do tempo livre, não é um período comum de férias? Como também grande parte dos familiares começa a trabalhar no modelo home office, esse acaba sendo um momento oportuno para, além da diversão, estreitar laços entre pais e filhos. Não dá para esconder a situação da meninada. O importante é tentar passar a mensagem, aproveitando a oportunidade para estabelecer um diálogo sincero e construtivo. Esclarecer que, bem diferente do recesso escolar normal, é hora de respirar, adotar medidas de prevenção e exercer o cuidado. “Atualmente é inegável, como comprovam educadores e psicólogos, entre outros profissionais, a importância do brincar no desenvolvimento social, emocional e cognitivo das crianças. No entanto, alguns pensam que essa atividade se restringe a elas, quando, na verdade, os adultos podem e devem participar desse universo", diz Oscar D'Ambrosio, jornalista, mestre em Artes Visuais e doutor em Educação, Arte e História da Cultura. Como explica, esse envolvimento não só estreita laços afetivos entre pais e filhos como aumenta o interesse e a motivação da criança, pois o momento lúdico propicia uma interação proveitosa para ambos, já que o adulto pode auxiliar a criança a lidar com emoções como a frustração da derrota, assim como estimulá-la propondo problemas que demandam soluções. “Se brincar socializa, seja por meio da música, do corpo, do gesto e da escrita, também desempenha papel essencial no sentido de mostrar a importância de saber partilhar, cooperar com o outro, comunicar-se e relacionar-se em diferentes situações, desenvolvendo respeito a si mesmo e ao outro, num processo que auxilia a autoimagem e a autoestima", continua o especialista. Por tudo isso, brincar é coisa séria e, como pontua Oscar, uma maneira de gerar situações em que ocorra um diálogo aberto, marcado pela liberdade do falar e do sentir, uma maneira de compreender o mundo. Saiba mais