Clipping nacional RNPI | 11 - 17 de setembro de 2020

G1 – 17/09/2020

>Ministério da Agricultura critica Guia Alimentar e pede fim da classificação que desaconselha ultraprocessados

Uma nota técnica do Ministério da Agricultura enviada ao Ministério da Saúde faz críticas e pede a revisão do "Guia Alimentar para a População Brasileira", principalmente no que se refere à redução de alimentos ultraprocessados. O posicionamento do governo foi duramente criticado por especialistas, que lembram que órgãos internacionais e outros países adotam os padrões do guia brasileiro. Em nota ao G1, o Ministério da Agricultura diz que os documentos são "minutas" que sugerem a revisão do Guia. "O assunto está sendo debatido internamente, em Câmaras Setoriais do Mapa", disse a pasta. O Guia Alimentar oferece informações sobre alimentação e saúde com base em uma classificação que divide os alimentos de acordo com o nível de processamento em sua produção, além de alertar sobre doenças como obesidade e diabetes. Na nota técnica, o Ministério da Agricultura avalia a classificação - chamada de NOVA - como "confusa, incoerente, que impede ampliar a autonomia das escolhas alimentares". Nesta quinta-feira (17), o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP) publicou posicionamento contra a nota técnica do Ministério da Agricultura. O órgão científico é criador da classificação NOVA e ajudou na elaboração do Guia Alimentar. "Tais críticas se resumem a afirmações não amparadas por qualquer evidência científica", afirma a nota do Nupens. Acesse aqui a matéria completa

ONU Brasil – 17/09/2020

>UNICEF: pandemia joga 150 milhões de crianças na pobreza multidimensional

Cerca de 1,2 bilhão de crianças do mundo estão vivendo em pobreza multidimensional, na qual faltam serviços básicos como água, educação e saúde. Este número representa um aumento de 15% desde o início da pandemia, que jogou mais 150 milhões de crianças na pobreza. A conclusão é de um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) com a organização britânica Save the Children. Segundo o relatório, o aumento ocorreu em países de rendas baixa e média. Foram utilizados dados sobre educação, cuidados de saúde, moradia, nutrição, água e saneamento em mais de 70 nações. O documento mostra que cerca de 45% das crianças foram severamente privadas de pelo menos um desses serviços durante a pandemia. Para o UNICEF, com as consequências da COVID-19 na economia, este quadro tende a piorar nos próximos meses. O UNICEF afirma que é preciso agir agora. Para a chefe da agência, Henrietta Fore, os governos têm que priorizar as crianças mais marginalizadas e suas famílias, expandindo rapidamente sistemas de proteção social, incluindo transferência de dinheiro, benefícios para a criança, oportunidades de ensino a distância, serviços de saúde e merenda escolar. Confira mais aqui

Uol – 17/09/2020

>Aprenda o que fazer em casos de acidentes comuns com crianças

"Você vai cair. Não coloca isso na boca. Sai daí. Você vai se machucar." Quem tem filho pequeno, ou mesmo de vez em quando tem que tomar conta de uma criança, com certeza se identifica com alguma dessas frases, ou talvez com todas. Em um piscar de olhos as crianças podem se machucar ou até mesmo sofrer graves acidentes. Algumas atitudes são realmente perigosas e podem até colocar a vida dos pequenos em risco. VivaBem selecionou os acidentes domésticos infantis mais comuns para explicar o que fazer. "Meu filho engoliu uma substância tóxica (cloro, detergente, álcool)" - Nesses casos, não há opção, a recomendação é que a criança seja levada imediatamente para o pronto-socorro mais próximo. E não induza o vômito em casa, pois algumas substâncias podem queimar ainda mais a boca e o esôfago, além de a criança correr o risco de se engasgar com o próprio vômito. Não dê nenhum tipo de alimento sólido ou líquido até avaliação médica, e não se esqueça de levar o rótulo ou a embalagem do produto que a criança ingeriu para ser avaliado pelo especialista. O mesmo vale para medicamentos. A criança derrubou um produto tóxico no corpo ou nos olhos - A primeira coisa a se fazer é lavar a parte do corpo atingido com água corrente e abundante por vários minutos, deixando a água eliminar o máximo que puder da substância. Não use nenhum tipo de sabão, porque ele pode irritar ainda mais a área afetada. Leia mais aqui

IstoÉ – 16/09/2020

>A educação das crianças no mundo se vê ameaçada pela Covid-19

A pandemia de coronavírus, que levou ao fechamento de escolas, ameaça apagar o progresso feito na última década em educação e saúde, especialmente nos países mais pobres, disse o Banco Mundial nesta quarta-feira (16). “O capital humano é absolutamente vital para o futuro financeiro e econômico do país, assim como para o bem-estar social”, disse David Malpass, presidente do Banco Mundial, durante videoconferência por ocasião da publicação do relatório do Índice de Capital. Humano. Este indicador mede o nível estimado que uma criança pode atingir aos 18 anos, dependendo dos serviços de saúde e educação em seu país. Mas as conquistas dos últimos dez anos correm o risco de desaparecer sob os efeitos da pandemia. "As crianças são as mais vulneráveis". Para medir o capital humano, três fatores são levados em consideração: sobrevivência (se a criança nascida hoje atingirá a idade escolar), escolaridade (quanto tempo durará a escolaridade e quais serão suas conquistas) e saúde (essa criança sairá do sistema escolar com boa saúde, pronta para continuar seus estudos e ingressar no mercado de trabalho na idade adulta), explicou o Banco Mundial durante seu primeiro relatório em outubro de 2018. A edição de 2020 inclui dados de 174 países, representando 98% da população mundial. Veja mais aqui

Uol – 16/09/2020

>Covid: Comorbidade aumenta em 5,5 vezes chances de quadro grave em criança

Um estudo com pacientes de 1 mês de vida a 19 anos que ficaram internados por causa do novo coronavírus em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) apontou que ter alguma comorbidade aumenta em 5,5 vezes as chances de crianças e adolescentes evoluírem para casos graves de covid-19 em relação a pacientes saudáveis. O estudo, realizado pelo Idor (Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino) em parceria com 19 hospitais públicos e particulares do País, mostrou ainda que sintomas gastrointestinais foram detectados nos pacientes que desenvolveram a SIM-P (síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica), quadro que pode afetar o coração e até levar à morte. Na pesquisa, publicada no Jornal de Pediatria, foram acompanhados 79 pacientes internados em hospitais do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Ceará e Pará no período de 1º de março a 31 de maio. Coordenador de pesquisa em pediatria do IDOR, Arnaldo Prata Barbosa diz que, nas crianças e adolescentes, as comorbidades que levaram a casos graves, que necessitaram de ventilação mecânica, são diferentes das observadas em adultos. Saiba mais aqui

Época – 16/09/2020

>Deputado propõe trabalho remoto a mães que amamentam

O trabalho remoto parece ter vindo para ficar mesmo depois da pandemia do novo coronavírus. Na Câmara Federal, um deputado quer que todas as mães que amamentam tenham a possibilidade de trabalhar de maneira remota. O deputado Paulo Bengtson, do PTB do Pará, apresentou um projeto para que funcionárias que estiverem amamentando possam optar pelo trabalho remoto, quando possível, por até seis meses após o término da licença-maternidade. A ideia é estimular o aleitamento materno, importante na primeira infância. Mas de acordo com o deputado essa regra não valeria pra todo mundo. É que o projeto fala em “trabalho remoto sempre que possível”. Ou seja, a proposta dá a entender que só vai valer para os casos onde o trabalho remoto não signifique prejuízo para a empresa. A proposta prevê também que mães que trabalharem presencialmente possam ter dois descansos de meia hora todos os dias para amamentar o bebê durante os 12 primeiros meses de vida dele. Atualmente, a legislação trabalhista prevê os dois descansos nos seis meses iniciais de vida da criança. Confira mais aqui

Uol – 16/09/2020

>Estudo: Crianças negras e latinas têm mais risco de morrer de covid nos EUA

Um novo estudo realizado pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos descobriu que crianças e adolescentes de grupos minoritários — em especial negros e latinos — têm mais chances de morrer de covid-19 do que crianças brancas que sejam infectadas pelo novo coronavírus. Juntas, as populações negras, latinas, indígenas, nativos do Alasca e povos originários do Pacífico somam 41% da população dos Estados Unidos com menos de 21 anos. Porém, esses grupos vivenciaram 75% das mortes nessa faixa etária. De acordo com o CDC, 44% das mortes foram entre crianças latinas e 29% entre crianças negras. Enquanto isso, a taxa de mortalidade entre crianças brancas foi de 14%. O risco de morte também aumenta para crianças com problemas de saúde anterior à doença e pessoas entre 18 e 20 anos, segundo o CDC. Ainda assim, o risco de morte para crianças e adolescentes é pequeno. Entre as 190.000 mortes registradas nos EUA, apenas 0,08% — ou 121 — foram relatadas em menores de 21 anos. O relatório mais atualizado do CDC mostra 377 crianças, adolescentes e jovens adultos com até 24 anos de idade morreram de coronavírus. Leia mais aqui

Bebê.com.br – 15/09/2020

>Estudo mostra que pais deveriam falar mais cedo sobre racismo com filhos

Pais acreditam que as crianças estão prontas para conversar sobre racismo e raça por volta dos cinco anos de idade. É o que aponta uma pesquisa conduzida nos Estados Unidos com 600 pessoas, 40% delas não-brancas, como negros, hispânicos, indígenas ou asiáticos, publicada no periódico Journal of Experimental Psychology: General. O resultado, observado independentemente da raça e do status social dos respondentes, sugere que os pais subestimam a capacidade de compreensão da criança pequena. Isso porque, como destacam os autores do trabalho, esses conceitos começam a ser construídos bem antes disso na psique infantil. Por exemplo: aos nove meses de vida, os bebês já usam diferenças raciais, como a cor da pele, para categorizar rostos. Estudos utilizados como referência no trabalho mostraram que, aos três anos, crianças norte-americanas associam certos grupos étnicos a traços negativos de personalidade. Aos quatro, tendem a julgar brancos como mais ricos e bem-sucedidos. Neste mesmo período a discriminação racial pode já estar instalada na pré-escola, com graves consequências negativas para suas vítimas. Veja mais aqui

Uol – 15/09/2020

>Milhões de crianças africanas dependem da educação na TV durante a pandemia

O estudante queniano Miguel Munene, de cinco anos, senta entre os pais, segurando suas mãos, enquanto observa personagens de desenhos animados que o ensinam a pronunciar "peixe". A televisão substituiu os professores e colegas de classe de Munene depois que o governo fechou as escolas indefinidamente em março para conter a disseminação do coronavírus. Elas ficarão fechadas pelo menos até janeiro. Muitas crianças não têm a opção de aprender online --o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) diz que pelo menos metade das crianças em idade escolar na África subsaariana não possuem acesso à Internet. Então, alguns, como Munene, assistem a um desenho animado feito pela organização sem fins lucrativos da Tanzânia Ubongo, que oferece conteúdo na televisão e rádio gratuitamente para emissoras africanas. “Outros programas são apenas para diversão, mas Ubongo está ajudando as crianças”, disse a mãe de Miguel, Celestine Wanjiru. “Ele agora pode diferenciar muitas formas e cores, tanto em inglês quanto em suaíli”. Em março, os programas da Ubongo eram transmitidos para uma área que cobre cerca de 12 milhões de famílias em nove países, afirmou Iman Lipumba, chefe de comunicações da Ubongo. Essa marca subiu para 17 milhões em 20 países até agosto. Saiba mais aqui

Estadão – 15/09/2020

>Isolamento social pode ser gatilho para a depressão entre crianças e jovens, afirma psiquiatra

Elas estão longe dos amigos, da escola, das atividades ao ar livre. A pandemia provocada pelo coronavírus trancou as crianças em casa – justo elas, que têm menos ferramentas para entender e lidar com tudo o que está acontecendo. O resultado disso já começou a ser reportado por pais, mães e cuidadores em um grupo de whats app mais perto de você: crises de ansiedade, de insônia, de tristeza. Uma pesquisa feita pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro em parceria com o Hospital New Haven da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, analisou o comportamento dos brasileiros entre março e abril de 2020 e apontou um aumento de 90% nos casos de depressão. E se engana quem pensa que os pequenos estão livres desse mal que atinge, segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. “A criança pode, sim, ter depressão, mas é muito mais difícil diagnosticar, primeiro porque ela não sabe relatar, ainda está descobrindo seu mundo interno, tem dificuldade em reportar as emoções, os sentimentos”, explica o psiquiatra Sergio Perocco, gerente de neurociência da Jannsen Brasil, que lançou nesse setembro amarelo, mês de prevenção ao suicídio, juntamente com o CVV, o Centro de Valorização da Vida, a Abrata, Associação Brasileira dos Amigos, Familiares e Portadores de Transtornos Afetivos e a Unifesp, entre outras instituições, o movimento ‘Falar inspira a vida’, que pretende promover um diálogo mais empático e livre de julgamentos sobre a depressão. Confira mais aqui

IstoÉ – 15/09/2020

>OMS alerta para riscos com crianças fora da escola e recomenda medidas

A Organização Mundial de Saúde (OMS) realizou entrevista coletiva nesta terça-feira, 15, com foco na questão das crianças e adolescentes fora da escola por causa da pandemia da covid-19. Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus lembrou que a entidade, a Unesco e o Unicef publicaram na segunda-feira diretrizes de medidas de saúde para se buscar uma reabertura segura dessas instituições. Tedros afirmou que os dados disponíveis mostram que menos de 10% dos casos reportados e menos de 0,2% das mortes são de pessoas com menos de 20 anos, mas também lembrou que há feitos potenciais de longo prazo ainda desconhecidos nas pessoas infectadas. Segundo ele, é importante haver mais pesquisa sobre os fatores que aumentam o risco de casos graves e mortes entre crianças e jovens. O diretor-geral lembrou que as crianças têm sofrido de outras formas, como em sua alimentação, a perda do aprendizado e riscos como maior exposição ao trabalho infantil e à violência doméstica. Ele pediu que seja garantido o ensino à distância, durante o fechamento das escolas, e também que o tempo de fechamento desses locais seja usado para colocar em vigor medidas para evitar e responder a transmissões na reabertura. A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, citou na coletiva o risco de que 11 milhões de garotas não voltem à escola pelo mundo, no contexto atual. A diretora-geral da Unicef, Henrietta Fore, mencionou as dificuldades pelo mundo para o ensino remoto e lembrou que muito tempo fora da escola pode resultar em “impacto grave” para as crianças. Fore citou uma projeção segundo a qual mais de 20 milhões de crianças pelo mundo devem abandonar a escola por causa da pandemia e seus impactos, sociais e econômicos. Leia mais aqui

Metro Jornal – 14/09/2020

>Sociedade Brasileira de Pediatria analisa como resiliência impacta no comportamento das crianças

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou o documento “Funções executivas e resiliência na primeira infância”, em que pediatras avaliam o impacto da resiliência sobre o comportamento infantil. Crianças resilientes são aquelas capazes de se adaptar e reagir a traumas ou perdas sem maiores danos ao equilíbrio emocional. Situações como esta da pandemia, que tem gerado uma série de problemas para as famílias – como o desemprego, o estresse econômico, transtornos mentais nos adultos, o aumento do consumo de álcool e drogas pelos pais, e, ainda maior exposição das crianças a genitores violentos – são consideradas experiências negativas, capazes de gerar traumas e consequências nos pequenos. Entre elas, prejuízos na aprendizagem, no comportamento e no bem-estar físico e mental, não só na infância como também na vida adulta. O documento da SBP, portanto, foi elaborado para orientar as famílias e pediatras quanto a como proteger e ajudar as crianças para que aprendam a lidar com esses eventos adversos com resiliência – o que pode ajudá-las muito neste momento, diz a entidade. De acordo com os pediatras, ensinar as crianças a enfrentar e resolver problemas faz com que respondam positivamente a adversidades, adoeçam menos e até tenham melhor desempenho escolar. “Se ela (a criança) consegue desenvolver e regular suas habilidades de concentração, impulsividade, organização, pensamento e criatividade – poderá se recuperar melhor de experiências estressantes, sem apresentar sintomas significativos em sua saúde mental”, afirma o relatório elaborado pelo Departamento Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento da SBP. Veja mais aqui

O Globo – 14/09/2020

>Google pode ter de pagar US$ 3 bi por violar privacidade de crianças no Reino Unido

O Google, da Alphabet, está enfrentando um processo multibilionário no Reino Unido por alegações de que o YouTube, de sua propriedade, viola as leis de privacidade ao rastrear as informações de crianças on-line. A ação judicial,em nome de mais de 5 milhões de crianças britânicas menores de 13 anos e seus pais, está sendo impetrada pelo ativista de privacidade Duncan McCann e é apoiada pela Foxglove, um grupo defensor da justiça no setor de tecnologia. Os reclamantes estimam que, se vencerem o processo, a gigante de tecnologia terá de pagar até 2,5 bilhões de libras (US$ 3,2 bilhões) de indenização, no valor de 100 a 500 libras por criança. O processo afirma que os métodos do YouTube para atingir públicos menores de idade constituem "violações graves" das regras de privacidade e dados do Reino Unido e da Europa, destinadas a proteger o controle dos cidadãos sobre suas informações privadas. O YouTube “violou sistematicamente essas leis ao coletar dados de crianças sem obter o consentimento prévio dos pais”, alega. Esta é a primeira ação coletiva na Europa movida contra uma empresa de tecnologia em nome de crianças, de acordo com os reclamantes. A ação legal está sendo apoiada pela Vannin Capital, uma financiadora global de litígios. "O custo do chamado serviço gratuito do YouTube são crianças viciadas em conteúdo on-line e influenciadas por grandes empresas de tecnologia que roubam sua privacidade", diz Cori Crider, diretora da Foxglove. "O Google não resolverá a questão até que seja forçado a fazê-lo pelos tribunais". Saiba mais aqui

Diário do Litoral – 14/09/2020

>Brasil condena crianças ao cárcere

"O sistema de justiça criminal prefere permitir que crianças vivam como se reclusas fossem ao invés de conceder prisão domiciliar às suas mães, ainda que cerca de 80% das mulheres encarceradas no Brasil não tenham cometido crimes com violência ou grave ameaça". A autora da frase é a advogada Isabela Rocha Laragnoit De Martino, pesquisadora sobre encarceramento feminino, professora, mestranda em Direito e fundadora da página Mulheres Encarceradas. Para ela, de todos os aspectos desoladores inerentes ao cárcere, a maternidade, sem dúvidas, é o que há de mais angustiante. Segundo dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), aproximadamente 80% das mulheres presas no Brasil possuem filhos. No último levantamento, realizado em junho de 2017, havia no País 705 crianças presentes nos estabelecimentos penais, além de 342 mulheres grávidas. "Considerando que, na maioria das vezes, as mães são as únicas responsáveis pelos cuidados e sustento de suas crianças, é indiscutível o impacto do encarceramento para além dos corpos das condenadas, violando, consequentemente, o princípio da intranscendência da pena que é - ou deveria ser - basilar no âmbito do Direito Penal, já que determina que a punição deve recair, exclusivamente, sobre a pessoa condenada pela prática da infração penal", explica Isabela. Confira mais aqui

Metrópoles – 13/09/2020

>O drama dos pequenos: DF tem 79 crianças à espera de cirurgia no coração

O Distrito Federal conta com uma extensa fila de crianças que aguardam cirurgias cardíacas. Entre casos de maior e menor complexidade, 79 procedimentos pediátricos aguardam a vez, de acordo com levantamento da Secretaria de Saúde. Segundo Ramiro Sant’Ana, coordenador do Núcleo de Saúde da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), entre esses casos há, pelos menos, 18 que foram judicializados, pela urgência do quadro. “É um problema crônico que ficou agudo recentemente com a falta de insumos que o ICDF [Instituto de Cardiologia do Distrito Federal] sofreu”, explica. Contudo, Ramiro acredita que seja possível superar este obstáculo, com a retomada das cirurgias. “Já há estudos que mostram quantas crianças cardiopatas nascem a cada mil ou 10 mil partos. É, basicamente, matemática. Precisa ter oferta para uma demanda que já é conhecida”, pontua. Outra necessidade é o de acompanhamento pré-natal. Mesmo que alguns casos sejam mais difíceis que outros, o diagnóstico médico antes do parto pode ajudar o poder público a se organizar. “Quando nascer, já estão sabendo dessa necessidade e não descobrem apenas após o parto”, comenta. Leia mais aqui

Tribuna do Norte – 13/09/2020

>Em 2020, quase metade das crianças com até dois anos ainda não recebeu as vacinas obrigatórias

Os dados de 2020 de cobertura vacinal no RN também estão longe de atingirem as metas preconizados pelas autoridades em saúde. Nos casos da BCG e Rotavírus, os índices foram de 54,2% e 53,6%, respectivamente. As outras doses também tiveram coberturas semelhantes, o que mostra que metade das crianças com menos de dois anos no RN não tomou todas as vacinas que deveria tomar para a idade. A coordenadora de imunização da Sesap, Katiuscia Roseli, cita ainda que é uma obrigação dos pais, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de vacinar os filhos, e lamenta ainda fake news e boatos com relação às vacinas, citando que o programa nacional de imunização é referência mundial. A gestora comenta que discussões estão acontecendo junto aos municípios a fim de modificar esse cenário. “Como isso é uma tendência nacional, essas discussões já existem em nível federal. Anualmente, nos reunimos em Brasília para discutir a questão da utilização das mídias, para justificar a importância de se vacinar e quebrar alguns tabus, é um dos pontos que temos feito. Temos tentado unir esforços junto aos municípios, porque cada município tem uma realidade diferente. É tentar identificar quais são as melhores estratégias para estar utilizando, como grupos nas unidades básicas de saúde e utilizar a escola para na reunião de pais mostrar a importância de se vacinar e em que a vacinação contribui para a saúde da criança”, conclui. Veja mais aqui

Agência Brasil – 12/09/2020

>Setembro Dourado chama atenção para câncer em crianças e adolescentes

Todos os anos, 12 mil crianças e jovens, até 19 anos, são diagnosticadas com câncer no Brasil. O montante representa de 1% a 3% de todos os casos de câncer diagnosticados no país, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Sobre essa realidade que a campanha Setembro Dourando chama a atenção da sociedade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o câncer infanto-juvenil, na maioria das vezes, apresenta sinais e sintomas semelhantes a outras doenças comuns da infância. A recomendação é que os pais realizem consultas regulares com o pediatra. “É fundamental que os pais e cuidadores realizem consultas pediátricas regulares com seus filhos, visando o diagnóstico precoce da doença e sejam encaminhados para os centros oncológicos pediátricos de referência, permitindo assim, melhor chance de cura, de sobrevida e de qualidade de vida do paciente e da família”, destaca a médica e presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Luciana Rodrigues Silva. Nas crianças e adolescentes, os cânceres mais frequentes são as leucemias, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas. No Brasil, assim como nos países desenvolvidos, o câncer representa a primeira causa de óbito por doença entre as crianças e adolescentes de 1 a 19 anos de idade. Segundo a SBP, o câncer infanto-juvenil, comparativamente com o do adulto, cresce quase sempre rapidamente, é geralmente mais agressivo, mas responde melhor à quimioterapia. Saiba mais aqui

Diário de Pernambuco – 12/09/2020

>Uso excessivo de telas pode afetar a saúde mental de crianças e adolescentes

Aulas presenciais suspensas, pais em home-office e os filhos cada vez mais imersos no mundo tecnológico. Um cenário bem comum nos lares do mundo todo. Não bastasse fazerem parte da era digital, a pandemia de novo coronavírus acentuou ainda mais proximidade das crianças e adolescentes com as telas. Especialistas advertem que e uso desregrado dos equipamentos pode ser prejudicial não só à visão, mas comprometer também a saúde física e mental das crianças e adolescentes. O direito a brincar e extravasar deve ser inerente a toda e qualquer criança. Tentar bani-las desse direito com a excessiva exposição às telas é nocivo e pode ter grande repercussão negativa ainda na infância, conforme esclarece o psiquiatra Júlio Gouveia. “Os aplicativos ativam uma região cerebral que está relacionada aos mecanismos de recompensa, ativando mais o nosso corpo para manter-se alerta e acordado. Como a pandemia provocou uma diminuição das atividades físicas, que também estariam envolvidas nesse mecanismo, e um aumento no tempo de uso de telas, os indivíduos tendem a ter maiores alterações no sono e no humor", detalha. O manual da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) orienta os pais quanto aos riscos à saúde devido à exposição de crianças e adolescentes às telas, internet e redes sociais. A SBP recomenda até uma hora por dia de exposição ao uso de monitores para crianças com idade entre 2 e 5 anos, e duas horas, como o limite máximo, para crianças com idade entre 6 e 10 anos. Já para os adolescentes, com idades entre 11 e 18 anos, a indicação é de, no máximo, 3 horas por dia, incluindo também nesse período o tempo de uso dos videogames. Confira mais aqui

Câmara Notícias – 11/09/2020

>Projeto torna obrigatória inclusão de metas para a primeira infância em leis orçamentarias

O Projeto de Lei Complementar 228/20 torna obrigatório, nas leis de diretrizes orçamentarias da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, um anexo com as metas específicas para garantir os direitos das crianças na primeira infância. Da mesma forma, nas leis orçamentárias anuais deverão ser demonstrados os montantes alocados para esse fim. A primeira infância abrange o período de zero a seis anos, e os direitos das crianças nesta fase já estão previstos tanto no Estatuto da Criança e do Adolescente quanto no Marco Legal da Primeira Infância. Autora da proposta, a deputada Leandre (PV-PR) destaca que o marco legal já prevê que a União informe à sociedade a soma dos recursos aplicados anualmente no conjunto dos programas e serviços para a primeira infância e o percentual que os valores representam no orçamento, bem como colha informações sobre os valores aplicados pelos demais entes da Federação. “No entanto, tais informações não têm sido disponibilizadas de forma regular e transparente”, observa a parlamentar. O texto em análise na Câmara dos Deputados acrescenta a medida à Lei de Responsabilidade Fiscal. Pela proposta, o descumprimento por quatro semestres, consecutivos ou não, das metas fixadas para a primeira infância, sem justificativa adequada, será considerado crime de responsabilidade, punível inclusive com inelegibilidade pelo prazo de oito anos. Leia mais aqui

ONU Brasil – 11/09/2020

>Uma nova forma de fortalecer o desenvolvimento infantil durante a pandemia

A rotina já era estabelecida. Em diversos municípios do Brasil, todos os dias, de manhã bem cedo, visitadores e visitadoras do Programa Criança Feliz partiam para começar as visitas domiciliares nas casas das famílias que acompanham. Ao longo do dia, atendiam várias famílias, que os recebiam para realizar atividades de desenvolvimento com crianças de até 6 anos. Quando a pandemia de COVID-19 chegou, desafios surgiram. Sem poder ir até as famílias, visitadores e visitadoras criaram novas formas de manter contato e de seguir trabalhando pelo desenvolvimento integral das crianças. O Criança Feliz, que teve início em 2016, é uma política pública com foco no desenvolvimento adequado na primeira infância e articula um trabalho entre os setores de saúde, assistência social, educação, justiça, cultura e direitos humanos. A iniciativa do Ministério da Cidadania vem recebendo apoio das Nações Unidas a partir da assinatura em 2019 do Programa Conjunto Fundo ODS entre ONU e governo brasileiro. Desde o início do período de isolamento social, as visitas domiciliares estão suspensas em diversos municípios. Em Rondon do Pará, a rotina de visita às famílias ganhou uma adaptação: virou uma rotina de gravação de vídeos e ligações. Toda semana, visitadores e visitadoras, em dupla, gravam vídeos com atividades da semana, divididas por faixa etária. Veja aqui o relato do Fundo das Nações Unidas para a Infância