Clipping nacional RNPI | 18 - 24 de setembro de 2020

Uol – 23/09/2020

>Ministro da Educação diz que ECA tem sido usado como "direito para matar"

Na manhã desta quarta-feira (23), no Fórum Nacional sobre Letalidade Infantojuvenil, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) "tem sido usado como um direito para matar". Ele propõe "rever alguns pontos do ECA", que, segundo ele, faz uma "proteção exacerbada", "paternalista", e repete: "quase um direito para matar qualquer pessoa". O ministro finalizou sua intervenção no evento proposto pelo ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos defendendo a redução da maioridade penal. Na lógica de Ribeiro, adolescentes maiores de 16 anos, em conflito com a lei deveriam cumprir pena no sistema prisional de adultos, por longos períodos. Começa aí a primeira falsa correlação: se penas longas fossem sinônimo de prevenção ao crime, em especial, ao tráfico de drogas, principal motivo de encarceramento no Brasil, esse crime já não existiria. Não há nenhuma evidência de que quanto mais dura a punição menor o tráfico. Pelo contrário. O que se sabe é que, uma vez dentro do sistema prisional brasileiro, é quase impossível viver sem se aliar a uma facção criminosa. Acesse aqui a matéria completa

Guia do Estudante – 24/09/2020

>5 fatos sobre exploração sexual e tráfico de mulheres e crianças no Brasil

Dia 23 de setembro é lembrado o Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Criança. No Brasil, o tema ainda é um tabu. Muitas estatísticas e discussões sobre o tema acabam ficando escondidas ou sendo esquecidas pela maioria. Mas a realidade preocupante precisa estar em pauta – não só hoje. Segundo dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o tráfico de pessoas faz cerca de 2,5 milhões de vítimas, movimentando, aproximadamente, 32 bilhões de dólares por ano. A exploração sexual é a razão mais frequente para o tráfico de pessoas (79%). De acordo com a Childhood Pela Proteção da Infância, no Brasil, são 500.000 casos de exploração sexual por ano. O Brasil ocupa a 13ª posição no levantamento “Out of the Shadows Index” (Índice Fora das Sombras) criado pela revista The Economist, com o apoio da World Childhood Foundation e da Oak Foundation. O índice analisa como 60 países estão respondendo ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Reino Unido, seguido por Suécia, Austrália e Canadá lideram o ranking do combate. O estudo conclui que a violência sexual infantil ocorre em todos os lugares, independentemente do status econômico de um país. O Brasil alcançou 62.9 pontos, ficando acima da média dos 60 países (50.2 pontos). Como explica a Childhood Brasil, o principal destaque do país está no tópico “engajamento da indústria, sociedade civil e mídia”, que analisa a propensão para avaliação de riscos das operações do setor privado e na comunidade e como prestar apoio às vítimas. No item, o país atinge 81.3 pontos e a média mundial é de 42.9 pontos. Confira mais aqui

Terra – 24/09/2020

>Reabertura de creches e pré-escolas pode custar R$ 6 bilhões

O custo para o Brasil reabrir com segurança todas as suas escolas de educação infantil públicas (creches e pré-escolas) ainda este ano pode chegar a R$ 6 bilhões. O valor corresponde a 15% de todos os gastos públicos com educação infantil em 2019, que atende crianças de 0 a 5 anos. O País tem escolas fechadas desde março por causa da pandemia do coronavírus. O cálculo, feito pela Fipe a pedido da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, inclui desde gastos com álcool gel e sabonete até substituição de professores do grupo de risco e testagem dos alunos mensalmente. O estudo intitulado Custo da Abertura de Creches e Pré-escolas Públicas no Contexto da Covid-19 foi divulgado nesta quinta-feira, 24, em evento online. O Brasil tem 6,4 milhões de alunos nessa faixa etária matriculados em 80 mil instituições públicas de creche e pré escola. A estimativa de gastos feita pelos pesquisadores corresponde a 60 dias letivos ainda em 2020. O valor gasto por aluno pode variar de R$ 859 a R$ 1.038 nesse período, conforme o modelo adotado para a volta às aulas, com mais ou menos tempo das crianças na escola. Leia mais aqui

ONU Brasil – 24/09/2020

>UNICEF lança programa de rádio para crianças migrantes e refugiadas

Um programa feito para e com a participação de crianças e adolescentes migrantes e refugiados da Venezuela que vivem no Brasil. Esse é o Súper Panas na Rádio, programa diário lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para que meninos e meninas em situação de migração ou refúgio exerçam o seu direito de aprender em tempos de coronavírus. Os conteúdos estão sendo veiculados diariamente por rádios parceiras de Roraima e logo serão veiculados também no Amazonas – estados com forte presença de migrantes e refugiados – assim como disponibilizados no YouTube. Com 15 minutos de duração, os programas mesclam atividades educativas, contação de histórias, debates sobre temas relevantes e criações artísticas feitas por crianças e adolescentes que vivem em abrigos da Operação Acolhida, a resposta oficial do Governo Brasileiro à crise migratória da Venezuela, com ações em Roraima e Amazonas – neste último, também nos espaços de acolhimento da Prefeitura de Manaus. O Súper Panas na Rádio, porém, é feito para os meninos e meninas que vivem em todas as partes do país. Desde 2015, o Brasil recebeu mais de 250 mil solicitações de residência ou refúgio de pessoas da Venezuela, sendo cerca de um terço crianças e adolescentes. Veja mais aqui

Veja – 23/09/2020

>Parlamentares tentam evitar corte de 200 milhões no programa Criança Feliz

A Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância encaminhou ofício ao Ministério da Cidadania, que coordena o programa Criança Feliz, manifestando preocupação com o corte de 200 milhões de reais, previsto na readequação orçamentária que o governo federal pretende enviar à Câmara dos Deputados. O programa atende gestantes e crianças de até três anos de idade de famílias de baixa renda. Segundo a coordenadora na Região Sudeste da Frente Parlamentar da Primeira Infância, deputada Daniela do Waguinho (MDB-RJ), a redução dos recursos pode impactar 600 mil crianças e gestantes da faixa mais vulnerável do país deixarão de ser acompanhadas — gerando um prejuízo para quase 3 mil municípios de todo o país que aderiram ao programa. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) também se comprometeu em oficiar ambos os ministérios da Cidadania e da Economia, sobre o tema. Criado no governo de Michel Temer, o Criança Feliz recebeu em 2019 o principal prêmio do mundo na área de inovação para a educação, o Wise Awards 2019, durante a Cúpula Mundial de Inovação para a Educação, no Catar. Saiba mais aqui

Uol – 23/09/2020

>"O tempo é essencial no vínculo entre o bebê e o pai": França aprova licença-paternidade de 28 dias

O regime de licença-paternidade aumentará de 14 para 28 dias na França, sendo pelo menos sete deles obrigatórios. A legislação entrará em vigor em julho de 2021, anunciou a presidência francesa nesta terça-feira (22). Em comunicado, o Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa, afirmou que os atuais 14 dias de licença-paternidade é um período muito curto. "O tempo é um fator essencial na construção de um vínculo forte entre a criança e os pais", diz a nota. Nos casais formados por duas mulheres, o mecanismo também poderá ser adotado pela "segunda mãe". Já quando a mulher der à luz várias crianças (gêmeos, trigêmeos), os pais ou as "segundas mães" continuarão tendo direito a sete diais adicionais, como ocorre hoje. A medida vai custar mais de € 500 milhões por ano. Os primeiros três dias serão financiados pela empresa, e os outros 25 pela Seguridade Social. Embora não seja obrigatório utilizar a licença integralmente, o governo francês planeja tornar parte dessa licença - sete dias - obrigatória. Confira mais aqui

ONU Brasil – 23/09/2020

>OPAS notifica mais de 60 mil casos confirmados da COVID-19 entre gestantes nas Américas

Desde a notificação dos primeiros casos da COVID-19 nas Américas, 60,4 mil casos confirmados da doença foram notificados entre gestantes, incluindo 458 mortes - ou 1% em 14 países da região -, de acordo com uma nova atualização epidemiológica publicada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Até 14 de setembro, o México registrou o maior número de óbitos (140 mortes entre 5.574 casos entre gestantes e puérperas), seguido pelo Brasil, com 135 mortes entre 2.256 gestantes que tiveram a COVID-19. Os Estados Unidos notificaram 44 mortes entre 20.798 gestantes, a Colômbia registrou 40 mortes entre 2.726 mulheres grávidas e o Peru teve 35 mortes entre 19.909 gestantes e no pós-parto. O Panamá registrou 8 mortes entre 525 grávidas, apresentando a maior proporção de mortalidade materna de 10,1 dos países que notificam esses dados. A OPAS pediu aos países das Américas que intensificassem os esforços para garantir o acesso a serviços de atenção pré-natal para gestantes, observando que “os resultados e estudos publicados recentemente com base nos dados de vigilância da COVID-19 indicaram um risco aumentado de apresentar formas graves da doença entre mulheres grávidas e de hospitalização e internação em unidades de terapia intensiva”. Leia mais aqui

Diário do Nordeste – 22/09/2020

>Ceará tem maior taxa de crianças de até 5 anos com obesidade

Excesso de peso e desnutrição podem parecer conflitantes, mas são faces da mesma moeda e mostram os desafios para garantir uma alimentação saudável nos primeiros anos de vida. Em 2019, o Ceará teve um registro de 33.123 crianças, com até cinco anos, com obesidade, o que representa 10,27% - maior porcentual do País. Na outra ponta, 11.102 crianças da mesma faixa etária ficaram abaixo do peso (3,34%), segundo dados do Observatório da Criança e do Adolescente, da Fundação Abrinq. Desde 2015, quando a pesquisa foi adaptada a indicadores nacionais, o Ceará figura no topo do ranking de crianças com menos de cinco anos com obesidade. A nutricionista materno-infantil Mayara Ximenes explica que o desequilíbrio alimentar nesta faixa etária tem consequências duradouras: "doenças crônicas como diabetes, hipertensão, gordura no fígado, aumento dos níveis de colesterol e triglicerídios, cáries, transtornos alimentares, ansiedade, deficiências nutricionais", lista. As deficiências no cenário nutricional infantil começam, muitas vezes, na gestação e passam pela amamentação, explica Ximenes. "Às vezes a mãe não faz amamentação exclusiva, como orientado, e introduz alimentação precoce, estimulando o consumo de alimentos que não são para a faixa etária", detalha. Veja mais aqui

FolhaPE – 22/09/2020

>Abertas inscrições para edital Leia para uma Criança 2021

Mantendo sua saga de apoio às atividades culturais, dessa vez fomentando o acesso a literatura, o Edital Leia para uma Criança 2021 do Itaú Social está com inscrições abertas. O projeto irá selecionar os livros infantis que farão parte da campanha nacional de incentivo à leitura no próximo ano. Para celebrar os 10 anos do programa, esse ano foi planejada uma edição temática, voltada à seleção de livros que abordem conteúdos relacionados ao universo negro e indígena. Editoras de todo o país, exceto as contempladas no último edital, podem submeter até cinco títulos, até às 18 horas do dia 21 de outubro, pelo site leiaparaumacrianca.prosas.com.br. Segundo Dianne Melo, coordenadora de Engajamento Social e Leitura do Itaú Social, a escolha por essa opção foi devido a emergência em tratar desses assuntos. “Optamos por abordar estas temáticas neste edital porque reconhecemos a importância e a urgência de refletir sobre questões étnicas e raciais desde a primeira infância. O livro é um agente transformador potente para proporcionar diálogos entre o mediador e a criança”, disse. Saiba mais aqui

G1 – 22/09/2020

>Creches no DF são autorizadas a retomar atividades após seis meses fechadas

O governador Ibaneis Rocha (MDB) autorizou a reabertura de creches e dos Centros de Educação da Primeira Infância (CEPIs) no Distrito Federal. As atividades presenciais estavam suspensas, por conta da pandemia do novo coronavírus, desde o dia 19 de março. A norma foi publicada em edição extra do Diário Oficial, na noite desta segunda-feira (21). A flexibilização das medidas de distanciamento social ocorre ao mesmo tempo em que a capital contabiliza 3.097 vítimas da Covid-19 e 184,5 mil infectados, segundo o mais recente balanço da Secretaria de Saúde. A liberação para ida de crianças às creches públicas e conveniadas, no entanto, está condicionada ao cumprimento dos protocolos de segurança contra a disseminação do coronavírus. Na segunda-feira, as escolas particulares – da educação infantil e do ensino fundamental I (da 1ª à 4ª série) – também voltaram às atividades. No mesmo dia, o GDF também liberou eventos corporativos e esportivos, uso de piscinas e outras atividades. Confira mais aqui

Metrópoles – 22/09/2020

>Como proteger as crianças do novo coronavírus na volta às aulas?

Depois de seis meses longe das salas de aula, estudantes da educação infantil e do ensino fundamental retornaram às escolas do Distrito Federal na segunda-feira (21/9). Alguns colégios particulares preferiram adiar a retomada das aulas presenciais. A decisão de mandar os filhos para a escola ainda gera muita insegurança entre os pais, que reconhecem a importância do ensino presencial mas têm dúvidas sobre os riscos de contágio. A médica infectologista Ana Helena Germoglio, do Hospital Águas Claras, explica que para um retorno o mais seguro possível, as crianças devem ser conscientizadas sobre a importância de lavar as mãos, manter o distanciamento social e usar corretamente as máscaras de proteção. Se houver aglomeração na porta de entrada, os pais e responsáveis devem procurar manter o distanciamento. O ideal é que as escolas façam intervalos por turmas para evitar a presença de muitas pessoas em um ambiente comum. Ao fazerem as refeições, os estudantes devem seguir as orientações de distanciamento mínimo já adotadas por restaurantes e refeitórios, com as pessoas sentando a 1,5 metro umas das outras. A infectologista lembra que desde antes da pandemia os bebedouros em que as crianças precisam aproximar a boca já não eram considerados adequados. “O indicado é que todo mundo leve e abasteça a sua própria garrafinha.” Tanto os brinquedos das crianças quanto os das escolas devem ser sempre higienizados antes e após o uso. Leia aqui mais recomendações

Brasil de Fato – 21/09/2020

>Um ano depois da morte da menina Ágatha, mais 28 crianças foram baleadas no Grande RJ

Há um ano, Ágatha Félix, oito anos, voltava para casa com a mãe no banco de trás de uma kombi, no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, quando foi alvejada por um tiro de fuzil. Mesmo com a comoção gerada pela morte da menina, um novo relatório da plataforma Fogo Cruzado divulgado nesta segunda-feira (21) mostrou que um ano após o assassinato houve o crescimento na estatística de crianças vítimas da violência armada no Grande Rio. De acordo com o levantamento, depois da menina, outras 28 crianças foram baleadas e oito não resistiram e morreram. Durante esse período, a maioria das vítimas foi atingida por balas perdidas. Ao todo, 21 crianças - nove foram baleadas em situações em que havia a presença de agentes de segurança -, sendo que duas delas morreram. O estudo realizado pelo Fogo Cruzado aponta ainda que o Rio de Janeiro foi o município com o maior número de crianças baleadas durante o período analisado. Ao todo, foram 14, sendo quatro delas mortas. Em seguida, ficaram os municípios de São Gonçalo, com quatro; Belford Roxo, com três; São João de Meriti, com dois; Duque de Caxias, com dois e Magé, Maricá, Guapimirim e Nova Iguaçu com uma criança baleada em cada cidade. Veja mais aqui

Folha Vitória – 21/09/2020

>Governo lança cartilha para crianças com autismo

O governo federal lançou nesta segunda-feira (21) uma cartilha de brincadeiras para crianças com transtornos do espectro autista (TEA), para marcar o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado nesta data. O documento, elaborado por terapeutas educacionais especializados em integração sensorial, traz orientações de atividades a serem desenvolvidas em casa e visa auxiliar as famílias nesse período de afastamento social. “A cartilha ensina como modular as necessidades específicas da criança com autismo com coisas que a família vai ter independente da classe social, do lugar que mora, como frutas e peças de vestimenta”, explicou, em entrevista à Agência Brasil, o coordenador-geral de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, José Naum de Mesquita Chagas. De acordo com ele, nesse contexto de reclusão em razão da pandemia da covid-19, as famílias têm vividos conflitos no meio em que vivem porque muitas pessoas não compreendem as peculiaridades das crianças com TEA. “É importante que a sociedade reconheça e aceite essa característica individual da criança com autismo, no sentido de auxiliar a convivência, já que esse processo ajuda a modular essa criança para que ela vivencie menos momentos críticos durante esse tempo e consiga se integrar melhor”, disse. Saiba mais aqui

IstoÉ – 21/09/2020

>Governo pede suspensão no Brasil de filme acusado de sexualizar crianças

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) pediu a suspensão da veiculação do filme francês Lindinhas (Cuties, em inglês), lançado pela Netflix no Brasil. De acordo com a pasta, o pedido foi encaminhado à Coordenação da Comissão Permanente da Infância e Juventude (COPEIJ). “Crianças e adolescentes são o bem mais precioso da nação e o mais vulnerável. É interesse de todos nós botarmos freio em conteúdos que coloquem as crianças em risco ou as exponham à erotização precoce”, afirmou a ministra Damares Alves. O ofício é assinado pelo secretário Maurício Cunha, da Secretaria Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA). No documento, ele aponta que o filme apresenta pornografia infantil e múltiplas cenas com foco nas partes íntimas das meninas enquanto reproduzem movimentos eróticos durante a dança, se contorcem e simulam práticas sexuais. Conforme Cunha, o roteiro pode levar à normalização da hipersexualidade das crianças em produções artísticas. Além da suspensão do filme no país, o ofício pede a apuração da responsabilidade pela oferta e distribuição de conteúdo pornográfico envolvendo crianças. “Impende destacar que, dentre os crimes tipificados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), está o ato de ‘vender ou expor à venda, vídeo ou outro registro que contenha cena pornográfica envolvendo criança e adolescente, punível com reclusão de 4 a 8 anos e multa’”, destacou Cunha no documento. Confira mais aqui

Uol – 21/09/2020

>Eu Me Protejo: Cartilha ensina crianças a prevenir abusos sexuais

Entre 2011 e 2017, o Disque 100, canal de denúncias oficial do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH), registrou 203.275 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil. Em 92% dos casos, as vítimas eram do sexo feminino. "Já são números altíssimos. Imagina os que não estão sendo denunciados", comenta a jornalista Patricia Almeida. O conteúdo para a cartilha foi criado a partir de uma longa pesquisa feita por Patricia e voltada para a educação sexual da filha. Com mestrado em Estudos da Deficiência e muita experiência com informação inclusiva — ela é cofundadora do Movimento Down, uma plataforma de informações sobre a síndrome —, pegou ilustrações da internet e escreveu um texto com linguagem simples, o chamado 'easy read', técnica para pessoas com deficiência intelectual, e desenho universal para aprendizagem, também uma técnica inclusiva. Por se tratar de um tema sensível, Patricia Almeida admite que tinha muito medo das reações à cartilha. "Mas, por incrível que pareça, ela foi muito bem recebida. A gente conseguiu achar uma forma de falar sobre o assunto sem falar sobre sexo. Antes, íamos falar também de sexualidade, mas resolvemos fazer o recorte para crianças de até 8 anos. A gente achou que, se garantisse essa faixa etária, pegaria um público que ainda não está na internet, se informando — por mais que muitas vezes acabe se informando de forma equivocada, mas essa é outra batalha". Em maio, o projeto recebeu o Prêmio Neide Castanha de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes 2020, na categoria Produção de Conhecimento. O objetivo é prevenção. Não somente educando as potenciais vítimas, mas também levando consciência a quem poderia se tornar um abusador. Leia mais aqui

MaisPB – 20/09/2020

>João Pessoa tem serviço de referência em saúde mental para crianças e adolescentes

Falta de estrutura familiar, abandono e perca do laço afetivo familiar, abuso sexual doméstico, uso abusivo de substâncias psicoativas, depressão, bullying, não aceitação dos pais pela orientação sexual. Estes são alguns fatores que podem desencadear a tentativa de suicídio em crianças e adolescentes. Neste mês, onde é realizada a campanha Setembro Amarelo, o problema é bastante discutido. Na rede municipal, a Secretaria de Saúde de João Pessoa disponibiliza um serviço de referência para assistência em saúde mental: é o Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Capsi) Cirandar, localizado no bairro do Roger. O local oferece atendimento e tratamento para crianças a partir dos 3 anos e adolescentes menores de 18 anos, que apresentam transtornos psicóticos, neuróticos ou são usuários de substâncias psicoativas. “Atualmente, mais de 500 crianças são atendidas pelo serviço, que oferta atividades socioculturais, comunitárias e terapêuticas, visitas domiciliares e tratamento com medicamentos. As crianças ficam no Capsi e recebem o tratamento no horário oposto ao da escola para que a educação não seja prejudicada”, afirmou Luanna Campos de Oliveira, diretora do Capsi Cirandar. Em 2019, o Centro atendeu 81 novos casos de tentativa de suicídio. Este ano, o número é de 15 crianças e adolescentes atendidos. “No ano passado, tivemos um índice alarmante de tentativas de suicídio desse público. Reforçamos nossa equipe psicossocial, que foi para as escolas conversar com os alunos, além de alertarmos a população pela mídia e fazermos constantes ações dentro do serviço ressaltando a importância da vida. Tanto que, este ano, o número teve uma diminuição de novos casos”, frisou Luanna. Veja mais aqui

Uol – 20/09/2020

>Crianças que tomam corticoides têm risco de ter diabetes e hipertensão

Um novo estudo americano realizado por pesquisadores da Rutgers University (Universidade Estadual de Nova Jérsey), e publicado no American Journal of Epidemiology, concluiu que crianças que tomam corticoides para tratar asma ou doenças autoimunes têm um risco maior de desenvolver diabetes, hipertensão e coágulos sanguíneos. Esse é o primeiro estudo a quantificar essas complicações decorrentes dos corticiodes em crianças americanas de todo o país. Como foi feito o estudo? Foram examinados os registros de mais de 933.000 mil crianças de 1 a 18 anos com ou sem doenças autoimunes, como doença inflamatória intestinal, artrite juvenil ou psoríase. Entre aquelas sem doenças autoimunes, cerca de duas em cada três crianças que receberam prescrições de corticoides tinham evidências de asma. "Este estudo nos permitiu colocar números sobre a associação entre corticoides orais e complicações raras, mas potencialmente graves em crianças", completa Daniel Horton, autor do estudo. Por fim, os pesquisadores descobriram que as crianças que estavam recebendo altas doses de corticoides tiveram complicações em taxas muito maiores do que as crianças que tomaram doses baixas ou que haviam tomado anteriormente. A hipertensão foi a doença que mais ocorreu com o tratamento a base de corticoides. Saiba mais aqui

O Globo – 20/09/2020

>As histórias de quem tenta salvar o ano perdido da educação

Pais que precisam trabalhar e não têm com quem deixar seus filhos; jovens que estão há seis meses sem nem o ensino remoto; alunos com deficiências ainda mais alijados da educação formal; professores que precisaram se reinventar; donos de escolas que sofrem vendo o trabalho de uma vida se desfazer. Essas histórias diversas têm um mesmo ponto de partida: a suspensão das aulas presenciais provocada pelo surto do novo coronavírus. Em conjunto, retratam a delicada relação entre os riscos à saúde e as inevitáveis sequelas de um período como nenhum outro na História recente. A verdade é que a pandemia de Covid-19 tem sido especialmente dura com a comunidade escolar. Alunos, professores, pais de estudantes, universitários, candidatos ao Enem e donos de escolas viveram os últimos meses angustiados, sem saber o que será de seu futuro. E assim seguem, inseridos em um dilema que afeta a todos: de um lado, o prolongamento do ensino remoto, muitas vezes improvisado, e o horizonte de perdas (intelectuais, afetivas e financeiras) geram pressão pela reabertura das escolas; de outro, uma parcela de pais de alunos e professores rejeitam o retorno às salas de aula por temer a contaminação. A rigor, de acordo com um protocolo elaborado pela Fiocruz, o país ainda não oferece condições seguras para realizar a volta às aulas. A pneumologista Patrícia Canto, uma das autoras do estudo, compara: "Se o Brasil tivesse tomado medidas mais eficientes no início da pandemia, as aulas já teriam sido retomadas. Foi o que aconteceu em outros países". Sem ter feito a lição de casa, o Brasil tenta passar de ano — um ano que, para muitos, já foi perdido. Confira mais aqui

Diário do Nordeste – 19/09/2020

>Primeira infância: impactos causados pela pandemia devem ser considerados na volta às aulas

Socialização, aprendizado com pares, alimentação adequada e manutenção de rotina são alguns dos aspectos essenciais da primeira infância que mais estão sendo afetados negativamente pela pandemia de Covid-19. Depois de meses de isolamento social, a volta às aulas em creches e pré-escolas deve ser acompanhada com atenção para garantir a readaptação das crianças à rotina, ao convívio com os colegas e ao aprendizado formal dentro da nova realidade imposta pelos cuidados com o vírus. “Tem que fazer um processo de readaptação, e todo processo de readaptação tem que ter muita tolerância. É preciso diminuir a expectativa de perfeccionismo”, afirma a professora Maria Beatriz Linhares, membro do Comitê Científico do Núcleo de Ciência Pela Infância (NCPI). Para ela, adaptar-se a um ambiente estranho e coletivo novamente pode ser difícil para algumas crianças, principalmente aquelas com menos de 4 anos. “Ela ficou tanto tempo em casa com os pais disponíveis que, se tudo estava correndo bem, era muito agradável para ela. Voltar para a escola pode ser relacionado a perder essa ligação com os pais”. Uma pesquisa realizada durante o distanciamento social em Shaanxi, na China, por acadêmicos locais em parceria com a Associação Pediátrica Europeia (EPA), mostrou que 36% dos 320 entrevistados, entre crianças e adolescentes, apresentaram dependência excessiva dos pais, sendo a maioria composta por indivíduos de 0 a 6 anos. Leia mais aqui

ONU Brasil – 18/09/2020

>Reabertura segura das escolas deve ser prioridade, alertam agências da ONU

Priorizar a reabertura segura das escolas e garantir o direito de crianças e adolescentes à educação são ações essenciais. Essa reabertura deve acontecer com segurança, preservando a saúde de crianças, adolescentes, profissionais da educação e de suas famílias. Para tanto, é fundamental avaliar a situação da pandemia em cada estado e em cada município, assegurando investimentos financeiros para que a retomada aconteça de forma segura. É o que defendem o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS). “O fechamento das escolas tem impactos profundos na vida de crianças e adolescentes. Com o início da pandemia no Brasil, em março, estima-se que 44 milhões de estudantes ficaram longe das salas de aula”, explica Florence Bauer, representante do UNICEF no Brasil. “Tendo em vista as diferentes realidades brasileiras, as opções de atividades para a continuidade das aprendizagens em casa não estão se dando de forma igual para todos. Manter as escolas fechadas por muito tempo pode agravar ainda mais as desigualdades de aprendizagem no país, impactando em especial meninas e meninos em situação de vulnerabilidade. Preocupa, também, o tema da saúde mental. O tempo prolongado de isolamento, longe da escola e dos amigos, tem impactos profundos na vida de crianças e adolescentes. A isso se unem o problema da má nutrição, uma vez que muitas crianças se alimentam prioritariamente na escola, e a proteção contra a violência”, afirma. Veja mais aqui

Época – 18/09/2020

>Médicos brasileiros investigam mortes de crianças por Covid-19

"A pergunta que eu mesma me faço é aquela que não sabemos responder: afinal de contas, do que estão morrendo essas crianças?" Com essas palavras, a médica patologista e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) Marisa Dolhnikoff define, em entrevista à BBC Brasil, a missão de um grupo de pesquisadores brasileiros que se destaca por usar um método particular de autópsia para estudar — e tentar explicar — as mortes por covid-19 entre crianças. No cumprimento dessa missão, a equipe da FMUSP acaba de dar um passo importante: foi a primeira no mundo a confirmar a presença do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no coração de uma criança que morreu de uma manifestação atípica de covid-19, a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). A descoberta, relatada em um estudo de caso publicado em agosto na revista científica Lancet Child and Adolescent Health, chamou a atenção da comunidade científica internacional. Agora, o grupo quer explicar os mecanismos por trás dos óbitos de outras quatro crianças que perderam suas vidas por covid-19 no Hospital das Clínicas da FMUSP. "O estudo que a gente quer fazer seria mostrar o espectro de possíveis apresentações da covid grave em crianças que chegaram a morrer e em que pudemos fazer autópsia", diz Dolhnikoff que, ao lado do patologista Paulo Saldiva, coordena os estudos em autópsia de óbitos da covid na USP. A Universidade de São Paulo tem tradição no uso da autópsia como instrumento de pesquisa e a equipe trabalha em ritmo acelerado: explicar o que está levando as crianças pode ser crucial para que outras sejam salvas. Saiba mais aqui