Clipping nacional RNPI | 06 - 12 de novembro de 2020

Uol – 11/11/2020

>Influenciadores mirins incentivam crianças à má alimentação, alerta estudo

Influenciadores mirins estariam estimulando crianças a desenvolver maus hábitos alimentares. É o que alertam cientistas da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, em um novo estudo publicado na revista Pediatrics. De acordo com a publicação, quase metade (42,8%) dos vídeos de maior audiência publicados pelos jovens influenciadores mais populares do Youtube promoveram algum tipo de comida ou bebida. Dentre esses alimentos, mais de 90 % eram considerados não saudáveis. Para realizar a análise, os pesquisadores identificaram os cinco youtubers com idades entre 3 e 14 anos que tiveram maior audiência em 2019 e avaliaram mais de 400 vídeos publicados em seus canais. Somente as publicações com promoção de junk food haviam sido vistas mais de 1 bilhão de vezes. "As crianças já assistem a milhares de comerciais de comida na televisão todos os anos e incluir esses vídeos do YouTube na programação da família pode tornar ainda mais difícil para pais e filhos manterem uma dieta saudável", alerta a autora do estudo, Marie Bragg, professora da Escola de Saúde Pública Global da UNY. "Precisamos de um ambiente de mídia digital que apoie uma alimentação saudável em vez de desencorajá-la." Acesse aqui a matéria completa

G1 – 12/11/2020

>Brasil aumenta o número de crianças em creches e na pré-escola, mas segue distante da meta, diz IBGE

De 2016 a 2019, a parcela de crianças de 0 a 3 anos matriculadas em creches saltou de 30,4% para 35,6%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quinta (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do avanço, o índice ainda está distante da meta do Plano Nacional de Educação (PNE), uma série de diretrizes e estratégias para a política educacional brasileira a ser implementada entre 2014 e 2024. De acordo com o documento, o objetivo final é de que pelo menos 50% dos alunos dessa faixa etária estejam nas creches. Ou seja, em 5 anos, o índice precisa subir mais de 14 pontos percentuais. Um dos obstáculos é a baixa oferta de vagas, principalmente em regiões mais pobres. No Norte, a porcentagem de crianças de 0 a 3 anos matriculadas é bem inferior à média nacional: 17,6%. O maior índice foi registrado no Sul, onde 43,3% estão na creche. Confira mais aqui

comKids – 12/11/2020

>À distância: Educação Infantil em desafio neste novo normal

Na primeira quinzena de março de 2020, quando estados e municípios do Brasil começaram a decretar medidas de isolamento social, as instituições de ensino estavam entre os primeiros espaços a serem fechados. O Ministério da Educação (MEC) publicou no mesmo mês uma portaria que autorizava a substituição das aulas presenciais da Educação Básica pela modalidade à distância, inicialmente por 30 dias e em caráter emergencial, autorizando o uso de metodologias remotas também nos primeiros anos do Ensino Fundamental e na Educação Infantil, o que não estava previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). A suspensão das aulas viria a ser ampliada nos meses seguintes e o fechamento das escolas se tornou uma das principais medidas contra a proliferação do novo coronavírus. Alguns estados autorizaram o retorno das aulas apenas no mês de outubro, mas dez unidades federativas seguem sem previsão de retorno ou apenas com propostas de abertura. O ensino à distância, porém, não teve uma resposta coordenada: todos os estados e o DF adotaram atividades remotas, mas cada um elaborou sua própria estratégia – alguns usaram plataformas virtuais, outros sites, TV aberta e até mesmo o WhatsApp. Já nos municípios, responsáveis pelas pré-escolas e creches, o cenário foi outro: ao menos sete capitais não adotaram nenhuma atividade remota. Segundo estudo realizado pela Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) em parceria com o Instituto Rui Barbosa (IRB), 41% das redes municipais de Educação Infantil disponibilizaram semanalmente conteúdos aos alunos, 31% quinzenalmente e 28% diariamente. Leia mais aqui

Uol – 12/11/2020

>Pneumonia segue como principal causa de morte de crianças no país

No dia em que se celebra o Dia Mundial de Combate à Pneumonia, a SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) alerta para a importância da prevenção da doença, que segue sendo a principal causa de morte em crianças de até 5 anos de idade. Segundo a entidade, embora a taxa de mortalidade da pneumonia tenha tido uma redução de 25,5% entre 1990 e 2015, a quantidade de internações e o alto custo do tratamento ainda são desafios para a saúde pública e a sociedade como um todo. "Entre janeiro e agosto deste ano, 417.924 pacientes foram hospitalizados por causa de pneumonia no Brasil, totalizando gastos totais de mais de R$ 378 milhões com serviços hospitalares. No mesmo período do ano passado, foram 430.077 internações, de acordo com informações do Datasus", disse a SBPT. Dados do DataUnicef, ligado ao Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) também alertam para os riscos da doença que é a maior causa de morte por doença infecciosa de adultos e crianças, sendo responsável pela morte mais de 802 mil crianças com até cinco anos, em 2018, em todo o mundo. A entidade chama atenção para o fato de que, no mundo, a cada 39 segundos morre uma criança vítima de pneumonia. Veja mais aqui

Correio Braziliense – 11/11/2020

>Petrobras Cultural anuncia edital de R$ 2 milhões para projetos literários

A iniciativa Petrobras Cultural para Crianças lançou a terceira seleção de projetos de 2020, agora voltada para feiras e ações literárias. Anteriormente, a Petrobras havia lançado uma seletiva direcionada às artes cênicas e outra às animações infantis. Os projetos para a nova etapa devem ser dedicados ao público infantil, com ênfase na primeira infância, que vai até os 6 anos. No total, a companhia pretende investir R$ 2 milhões em projetos com o perfil. O anúncio foi feito nesta terça-feira (10/11), em mesa redonda, na Feira do Livro de Porto Alegre, que tem programação infantil patrocinada pela empresa. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas por meio do site até às 23h de 8 de janeiro de 2021. As propostas serão recebidas e passarão pelo processo avaliativo feito pela comissão de especialistas na temática. Dúvidas podem ser esclarecidas por meio do e-mail duvidapatrocinio@petrobras.com.br, desde que já não estejam respondidas no regulamento ou em outros canais oficiais. Saiba mais aqui

Campo Grande News – 11/11/2020

>Número de crianças que dão à luz em MS supera ao de pedidos para aborto legal

Mesmo com a lei garantindo o direito ao aborto legal a qualquer mulher vítima de estupro, o número de meninas com menos de 14 anos que dão a luz em Mato Grosso do Sul supera o de pedidos de interrupção da gravidez. Foram dois pedidos em 2020, contra pelo menos três nascimentos envolvendo crianças com menos de 12 anos. Tais números levam a questionar o que leva a família destas crianças e adolescentes vítimas de estupro a seguir com a gravidez. Ausência de informação, demora em descobrir a gestação, logística e até crenças religiosas estão entre alguns dos motivos apontados pela coordenadora do Nudeca (Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente), da Defensoria Pública, Débora de Souza Paulino, e pela advogada, Caroline Fernandes Nunes, que levam o direito a não se concretizar na prática. O que pode parecer questão de detalhes, no entanto, interfere na decisão e pode definir o futuro de quem nem se quer tem como reagir contras estas violações. Confira mais aqui

Pelo Mundo DF – 11/11/2020

>Comissão aprova projetos para primeira infância, adoção tardia e acolhimento familiar

Em reunião remota nesta quarta-feira (11), a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos aprovou uma série de projetos voltados à garantia dos direitos de crianças e adolescentes. As proposições tratam de políticas para a primeira infância (0 a seis anos); incentivo à adoção tardia, e acolhimento provisório de meninos e meninas afastados do convívio familiar como medida protetiva. O colegiado acatou, ainda, requerimento de criação de comissão especial para acompanhar matérias relativas à infância e adolescência. Em tramitação conjunta na Casa desde 2015, o PL nº 267/2015, do ex-distrital Cristiano Araújo, e o PL nº 821/2015, do Executivo, tratam de políticas públicas para crianças de até seis anos no Distrito Federal. Aprovados na forma de substitutivo, o texto cria o Programa Primeira Infância (PPI), estabelecendo princípios e diretrizes para a formulação e implementação de políticas para a promoção e proteção dos direitos das crianças, considerando que o desenvolvimento integral desses indivíduos perpassa pelo direito de exercer a sua plena cidadania. Leia mais aqui

comKids – 10/11/2020

>A geração superconectada e o conteúdo infantojuvenil

Quando lançou seu livro The ABC of XYZ: Understanding the Global Generations, em 2009, o sociólogo australiano Mark McCrindle cunhou o termo “geração alpha” para designar as crianças que iriam nascer nos 15 anos seguintes. A partir dali, os bebês nasceriam em um mundo não só com acesso à internet, mas onde pessoas estão conectadas a dispositivos móveis todo o tempo e onde o digital organiza o mercado, as políticas e as relações. Segundo a pesquisa Papagaio Pipa 2019, realizada pelo instituto de inteligência de mercado brasileiro MultiFocus, os Alphas brasileiros costumam ficar no celular entre duas e três horas por dia e o mesmo tempo é dedicado à TV, o que pode significar até seis horas de telas diárias. Fazendo um recorte socioeconômico, mais de 68% das crianças brasileiras entre quatro e seis anos que são de famílias de baixa renda estão na internet. Na classe C esse percentual sobe para 81% e nas classes A e B é de 90%. Com o fechamento das escolas em 2020 e a dependência do ensino remoto, ficou evidente de que forma esse acesso ou não-acesso à internet reforça a desigualdade social no Brasil e influencia na garantia de outros direitos de crianças e adolescentes, como a educação. Segundo o Chefe de Educação da UNICEF Brasil, Ítalo Dutra, o total afastamento da cultura digital é problemático porque implica na construção do nosso futuro enquanto sociedade, que não pode mais se dissociar do entendimento e uso das tecnologias. “É absolutamente salutar que as escolas, independente do contexto da pandemia, tragam no seu planejamento a inclusão das diferentes infâncias no mundo midiático e digital, para que elas possam aprender com isso em um ambiente seguro e ter igualdade de oportunidades”, afirma. Veja mais aqui

Jornal de Brasília – 10/11/2020

>Sedes abre chamamento para o programa Criança Feliz Brasiliense

A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) publicou nesta terça-feira (10) um chamamento público para integrar novos membros ao programa Criança Feliz Brasiliense. O chamamento tem como alvo gestantes, crianças de até três anos e as famílias inscritas no Cadastro Único. A meta é escolher 1,6 mil beneficiários nas regiões administrativas de Paranoá, São Sebastião, Itapoã, Varjão, Brazlândia, Fercal, Sobradinho e Planaltina; e mais 1,6 mil em Ceilândia, Estrutural, Taguatinga, Riacho Fundo I e II, Samambaia, Recanto das Emas e Santa Maria. O Criança Feliz Brasiliense é um programa que tem como finalidade apoiar famílias e ampliar a rede de atenção e cuidado para o desenvolvimento integral das crianças na primeira infância. Para isto, tem como principais ações as visitas domiciliares e a articulação intersetorial. As visitas domiciliares do programa duram, em média, 45 minutos, e ocorrem de forma planejada e sistemática. Nelas os visitadores realizam orientações sobre práticas que fortalecem o desenvolvimento da criança, os vínculos familiares bem como sobre o acesso a serviços para a garantia de direitos. O Programa estimula a responsabilidade dos adultos, que são referência para a criança no seu dia-a-dia, estabelecendo vínculos afetivos mais próximos durante os seus primeiros anos de vida. Saiba mais

Amazonas Atual – 09/11/2020

>Desigualdades sociais influenciam decisões sobre reabertura de creches e pré-escolas

Após meses fechadas devido à pandemia da Covid-19, diversas creches e pré-escolas no Brasil retomaram seu funcionamento recentemente e outras se preparam para fazer o mesmo nas próximas semanas. A reabertura dessas instituições, que atendem meninas e garotos de 0 a 5 anos, é um evento complexo. Num país em que 41,7% das crianças dessa faixa etária ainda vivem em domicílios sem acesso a saneamento e 28% das matrículas acontecem em pré-escolas sem esse serviço básico, um retorno seguro, que priorize a saúde e respeite os direitos dessa população, exige muita cautela e depende de avaliações localizadas por parte das autoridades municipais e dos gestores escolares. “Não dá para falar em reabertura total, ao mesmo tempo e para todos. Temos que saber como estão os alunos, os familiares, os profissionais e as instalações de cada território. Com esse mapa, define-se quem volta”, defende Maria Thereza Marcílio, presidente da Avante – Educação e Mobilização Social, organização não governamental (ONG) com larga experiência no campo da primeira infância. Segundo a pedagoga, o trabalho precisa envolver as autoridades de educação, saúde e assistência social. É o que afirma também a professora Cida Camarano, do Movimento Interfóruns de Educação Infantil no Brasil (MIEIB). Para ela, a pandemia do coronavírus potencializou a importância de políticas intersetoriais para a primeira infância. “Deve-se pensar em uma reabertura responsável, a partir das condições concretas oferecidas pelas instituições públicas e privadas, com um movimento articulado entre governo, pais, professores”. Confira mais aqui

ND+ – 09/11/2020

>ONG de Florianópolis ouvirá ideias de crianças para a cidade

A ONG (Organização Não Governamental) Usina da Imaginação, de Florianópolis, iniciou uma ação para ouvir o que crianças querem para a cidade onde vivem. A organização pede o comprometimento de candidatos e candidatas às prefeituras de Santa Catarina com a primeira infância. O projeto de escuta será realizado por meio da arte, e irá resultar em trabalhos que expressam a cidade dos sonhos de cada criança. A oficina de arte e urbanismo destaca a importância de envolver as crianças e seus desejos, incluindo crianças pequenas, no planejamento das cidades. Um grupo de crianças da Capital catarinense, com idade entre 8 e 14 anos, começa na próxima semana a produzir obras de arte inspiradas na cidade que sonham para as crianças pequenas. Elas são de diferentes bairros de Florianópolis e vivem em contextos socioeconômicos e culturais distintos. Os trabalhos artísticos serão criados a partir de uma vivência online, na qual elas viajam, no mundo da imaginação, junto a uma bebê e o Pequeno Príncipe, história clássica de Saint- Exupéry. “A infância é uma fase em que as crianças estão muito abertas a linguagens criativas e fazer a escuta delas pode nos ajudar a entender suas necessidades”, afirma a artista plástica e educadora Marion Di Martino. Di Martino irá conduzir a oficina em conjunto com a antropóloga cineasta Rita de Cácia Oenning da Silva – idealizadora e coordenadora da ação. O planejamento conta ainda com a participação de Kurt Shaw, filósofo e cineasta, e Carolina Buss da Silva, arquiteta. Leia mais aqui

IstoÉ – 09/11/2020

>Pandemia “congela” a educação de milhões de crianças na América Latina

O fechamento de escolas na América Latina e no Caribe em decorrência da pandemia de covid-19 ameaça a formação de milhões de crianças, principalmente as mais pobres, por isso a reabertura de escolas é prioritária, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira pelo Unicef. O estudo indica que a pandemia “privou 97 por cento dos alunos da região de continuar a sua educação normal” devido ao fechamento de escolas para evitar a propagação do vírus. Esta perda de aulas “tem sérias implicações” para o futuro das crianças e cada dia que passa com as escolas fechadas “uma catástrofe geracional, que terá consequências profundas para a sociedade como um todo, toma forma”, alerta o relatório. Na semana passada, um informe da Unesco destacou a esse respeito que a América Latina, a região mais desigual do mundo, poderia enfrentar um “desastre geracional” devido ao impacto do coronavírus na educação. “A covid-19 congelou os progressos na educação da maioria dos meninos e meninas na América Latina e no Caribe”, disse à AFP Laurent Duvillier, chefe regional de comunicação do Unicef. De acordo com a agência das Nações Unidas, apenas Uruguai, Costa Rica, Suriname e Haiti têm escolas totalmente abertas, enquanto na Colômbia, Brasil, Argentina, Chile e Cuba a abertura é parcial. O fechamento prolongado de escolas, que em alguns países ultrapassa os sete meses, impede o retorno às salas de aula de 137 milhões de crianças da região, embora mais de um terço tenha acesso à educação a distância. Veja mais aqui

O Tempo – 09/11/2020

>Sem aulas, crianças desenvolvem problemas mentais e distúrbios

Aos 5 anos, o filho de uma arquiteta tem falta de ar e fica dentro de casa andando em círculos e com mania de arrumação. Uma pergunta feita pelo menino a deixa desolada: mamãe, porque você pode sair de casa e eu não? Voltar a urinar na cama acompanhada por uma repentina gagueira foram os efeitos colaterais que a falta de aulas presenciais e o isolamento social provocou em um menino de 4 anos, filho de uma advogada. A criança agora faz acompanhamento no psicólogo e fonoaudiólogo. Os relatos são de mães que alegam vivenciar em casa uma angústia ao ver os filhos e filhas passaram por sofrimentos que, segundo as famílias, são resultado dessa sequência de meses em que as escolas estão de portas fechadas. Os impactos não escolhem classe social, mas é perceptível que as crianças de famílias com menor poder aquisitivo sofram ainda mais. Os relatos envolvem distúrbios alimentares, do sono, emocionais, intoxicações intencionais e até auto-agressões. Juliana Sartorelo é médica e mãe de 3 crianças. Ela diz presenciar os reflexos que a falta da escola causa nos alunos de duas formas: no atendimento médico e em casa. Seu filho do meio, de 4 anos, desenvolveu distúrbio do sono e crise de ansiedade. A filha mais velha, de 5, passou o dia inteiro na cama chorando quando uma liminar ordenou que as escolas da capital não retomassem as aulas. E os casos que ela tem atendido no Centro de Toxicologia do Hospital João XXIII são ainda mais graves. Saiba mais aqui

Jornal do Commercio – 08/11/2020

>Unicef alerta futuros prefeitos sobre a priorização de políticas para crianças e adolescentes

Políticas públicas voltadas para infância e adolescência vão além de ações específicas na área da educação. A chegada da pandemia do novo coronavírus (covid-19), no Brasil e em outras partes do mundo, evidenciou que os impactos nas crianças e nos adolescentes não foram apenas em termos de aprendizagem, mas nas questões envolvendo a saúde mental e social, no acesso ao saneamento básico para se fazer cumprir as normas sanitárias e, também, no enfrentamento da violência. Neste sentido, o Unicef lançou a agenda “Mais que promessas - Eleições 2020”. Seis áreas essenciais foram elencadas no documento e precisam estar na pauta dos novos governos para mitigar os impactos da pandemia na vida de milhares de meninos e meninas. A primeira delas é a Água, saneamento e higiene: colocar o saneamento básico como investimento central para prevenir doenças e reduzir desigualdades. No Brasil, 100 milhões de pessoas não possuem acesso a rede de esgoto. No Recife, cuja população estimada pelo IBGE é de 1,6 milhão de pessoas, 56% não têm acesso a coleta e tratamento do esgoto. Na Educação, a reabertura das escolas deve ser realizada de forma segura e que se possa investir na aprendizagem. Em agosto de 2020, no Nordeste, 20,5% dos estudantes do ensino fundamental não tiveram acesso a atividades escolares. No que diz respeito ao Desenvolvimento Infantil, é necessário investir na primeira infância, uma das grandes janelas de oportunidades para o presente e futuro. Confira mais aqui

Nexo Jornal – 08/11/2020

>Os desequilíbrios emocionais de crianças na pré-escola

Risadas de crianças pequenas a brincar no pátio da escola alimentam a impressão de que estão felizes. Não é bem assim. Pouco se sabe sobre a saúde mental de meninos e meninas em idade pré-escolar, de três a cinco anos, que ainda não expressam seus sentimentos com clareza. Aparentemente, nem todas estão bem. Em Embu das Artes, município de 270 mil habitantes na Grande São Paulo, estudo mostrou que uma em cada quatro crianças pré-escolares apresentou sinais de ansiedade, oscilações de humor, timidez excessiva, choro fácil e dificuldade de relacionamento com outras crianças e adultos. Esses problemas, se não forem reconhecidos e tratados, podem se desdobrar em quadros mais graves de depressão e outros transtornos mentais. As conclusões resultam do acompanhamento de 1.292 crianças de quatro a cinco anos de idade de 30 escolas públicas do município por pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e das universidades de Columbia e Johns Hopkins, ambas nos Estados Unidos, em colaboração com equipes das secretarias de Educação e Saúde de Embu. Os achados desse trabalho, um dos mais abrangentes da área no Brasil nessa faixa etária, resultam de dados coletados em 2016 e foram detalhados em um artigo publicado em agosto na Brazilian Journal of Psychiatry. Leia mais aqui

G1 – 07/11/2020

>Alimentação ruim faz crianças serem até 20 cm mais baixas na média, mostra estudo

Alimentação ruim para crianças em idade escolar pode contribuir para uma diferença média de altura de 20 centímetros, entre os países com médias mais altas e os com as mais baixas. Um estudo sugere que, em 2019, os jovens de 19 anos mais altos viviam na Holanda (183,8 cm) e os mais baixos viviam em Timor Leste (160,1 cm). O estudo foi publicado na revista científica The Lancet. Os pesquisadores dizem que acompanhar as mudanças na altura e no peso das crianças em todo o mundo e ao longo do tempo é importante porque pode refletir a qualidade da nutrição disponível e o quão saudáveis os ambientes são para os jovens. A equipe da Imperial College London, do Reino Unido, analisou dados de mais de 65 milhões de crianças e adolescentes com idade entre 5 e 19 anos em mais de 2 mil estudos entre 1985 e 2019. Eles descobriram que em 2019, em média, crianças e adolescentes no noroeste e centro da Europa (por exemplo, os da Holanda e de Montenegro) eram os mais altos do mundo. Enquanto isso, os jovens de 19 anos que eram em média os mais baixos viviam no Sul e Sudeste Asiático, na América Latina e na África Oriental. Veja mais aqui

Agência Brasília – 06/11/2020

>Semana do Bebê e da Primeira Infância é instituída oficialmente

A Semana do Bebê e da Primeira Infância entrou para o calendário de eventos do Distrito Federal, segundo o Decreto Nº 41.430, publicado nesta sexta-feira (6), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). A ação deverá ser realizada todos os anos em datas definidas pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), órgão responsável pelas políticas voltadas à infância e adolescência no DF. A publicação do decreto ocorre no período em que a Sejus promove a Semana do Bebê 2020 que, desde segunda-feira (3), leva para as famílias informações sobre aleitamento materno, preparação para o parto, prevenção de acidentes domésticos e outros cuidados na primeira infância. Com essa medida, o GDF espera informar, sensibilizar e envolver a sociedade na proteção integral de todas as crianças do Distrito Federal. Também é uma das estratégias para implementar o Marco Legal da Primeira Infância, lei federal que estabelece princípios e diretrizes para a formulação e a implementação de políticas públicas que atendam às especificidades dessa faixa etária. A Semana do Bebê e da Primeira Infância é composta por seminários, palestras e ações educativas nos estabelecimentos da rede pública de ensino, unidades de saúde e de assistência social, dentre outros. Para a realização das atividades a Sejus pode estabelecer convênios e parcerias com instituições públicas e privadas que atuem ou tenham comprometimento com a questão da primeira infância. Saiba mais aqui

Agência Brasil – 06/11/2020

>Volta às aulas será o primeiro desafio dos novos gestores municipais

A partir do dia 1º de janeiro de 2021, o primeiro grande desafio dos novos gestores municipais na educação será decidir como serão as aulas durante o ano. Isso porque, às vésperas das eleições, muitos municípios adiaram o retorno às aulas presenciais para o ano que vem, temendo aumento do contágio de alunos e professores pelo novo coronavírus. Eles terão que decidir se as aulas voltam a ser presenciais, se serão ofertadas de forma remota ou em um modelo misto e de que forma isso será feito. Prestes a entregar as prefeituras, alguns dos atuais gestores sequer elaboraram planos para garantir a segurança de professores e estudantes na pandemia. São questões terão que ser resolvidas por aqueles que assumirem o comando das prefeituras no início do próximo ano. Tudo isso em um cenário de baixa arrecadação e, possivelmente, de orçamentos mais enxutos. A Agência Brasil conversou com especialistas sobre as ações que são esperadas dos novos gestores e o papel dos municípios na educação, além de ouvir deles dicas sobre como avaliar um plano de governo no campo educacional para decidir em quem votar. No dia 15 deste mês, 5.570 municípios escolherão prefeitos e vereadores. “A maioria esmagadora dos municípios não tem ainda previsão de volta às aulas presenciais, não sabe dizer se volta neste ano ou no ano que vem. Muitos já declararam a volta no ano que vem”, diz o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Garcia. Confira mais aqui

O Tempo – 06/11/2020

>MG: 19 crianças e adolescentes foram abusados sexualmente, por dia, em 2020

A cada hora e vinte minutos uma criança ou adolescente tornou-se vítima de estupro de vulnerável, importunação, assédio e outros gêneros de violência sexual no Estado de Minas Gerais em 2020. Estatística da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), revelada na manhã desta sexta-feira (5), indica que 5.835 menores de idade sofreram algum tipo de violação sexual apenas entre os meses de janeiro e outubro – o número elevado destaca-se em uma média de 19 crianças ou adolescentes violentados a cada dia, isto apenas em Minas Gerais. A quantidade refere-se apenas àquelas ocorrências que chegaram à Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), importando lembrar que há um mundo de estupros subnotificados dos quais pouco se têm ideia. Frente a alarmante constatação, a corporação realizou nessa quinta-feira (5) uma mega-operação de combate à violência sexual contra crianças. Nomeada “Eu Acredito em Você”, a ação reforça a importância da denúncia para que sejam encarcerados os suspeitos responsáveis pelos crimes, e apenas na data retiraram-se das ruas três homens que vão responder por crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Leia mais aqui

Agência Brasil – 06/11/2020

>Operação localiza estúdio com material de abuso infantil

Investigadores que estão atuando na Operação Luz na Infância 7, deflagrada hoje (6) com a participação de polícias civis de 10 estados, e com frente de ações em outros quatro países, disseram que, entre os presos, há um que tinha, em uma cidade de São Paulo, um estúdio onde eram produzidos conteúdos de abuso e exploração de crianças e adolescentes. Até o momento 49 pessoas foram presas em flagrante. Só em São Paulo foram 29 prisões. Em Santa Catarina foram oito; no Paraná, quatro; e no Pará, três. Alagoas, Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande dos Sul tiveram, cada um, uma prisão em flagrante. Segundo o coordenador de operações cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas (Seopi) de São Paulo, Alesandro Barreto, o número de presos deve aumentar até o final do dia, com as diligências que estão sendo realizadas na busca da materialidade desses crimes.Entre as apreensões há R$ 160 mil em espécie, apreendidos na cidade mineira de Unaí; armas de fogo; veículos e motos de luxo, inclusive uma Land Rover. Também foi sequestrado um imóvel que, segundo Barreto, está avaliado em R$ 300 mil. Veja mais aqui

Câmara Notícias – 06/11/2020

>Projeto prevê espaços lúdicos para atendimento de crianças vítimas de violência

O Projeto de Lei 2314/20 determina que todo o equipamento público destinado ao atendimento de crianças e adolescentes vítimas de qualquer tipo de violência ofereça espaço lúdico para que eles sejam acomodados durante o período em que estiverem sendo atendidos. Pela proposta em análise na Câmara dos Deputados, a determinação valerá também para os equipamentos públicos destinados ao atendimento de vítimas de violência doméstica. O texto dá prazo de 180 dias, após a publicação da lei, se aprovada, para que os espaços sejam providenciados. “A criação de espaços lúdicos em delegacias de polícia e varas especializadas no atendimento à crianças e adolescentes, Casa da Mulher Brasileira, centro de atendimentos à crianças e adolescentes vítimas de violência, entre outros equipamentos públicos, se revela como um diferencial essencial no trato destas vítimas”, afirma a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF), autora da proposta. “Com parcos recursos financeiros, esses espaços lúdicos podem ser criados, propiciando a mitigação dos efeitos maléficos e traumáticos já sofridos pelas crianças e adolescentes quando violentados, até porque, muitas vezes as dores perduram ao longo do próprio atendimento”, complementa. Saiba mais aqui

Carta Capital – 06/11/2020

>A violência contra crianças em tempo de pandemia

Em meio à pandemia e ao isolamento social, os registros de violência física, sexual e psicológica contra as crianças aumentaram exponencialmente, o que parece contraditório, já que a maior parte está em casa, local em que, teoricamente, estariam mais protegidas. Segundo dados do UNICEF, a crise sanitária e financeira potencializou a violência infantil, sendo que os registros são subnotificados, uma vez que, em sua maioria, eles se originavam das escolas e hospitais. Assim, com o isolamento social e a limitação das atividades presenciais, os serviços de proteção perderam parte do controle sobre registros e ocorrências, o que torna a situação crítica e sem o devido acompanhamento das autoridades competentes. O estresse advindo da crise financeira, as inseguranças sobre a moléstia e o confinamento entre crianças e adultos, na maioria das vezes em pequenos espaços e sem possibilidades de lazer, seriam a razão das ocorrências de violência física, castigos severos, perturbação psicológica e, até mesmo, de violência sexual. Como se sabe, a COVID-19 impactou na economia mundial, aumentando o número de desempregados e o fechamento de várias empresas, o que, sem dúvidas, incitou desgastes nas relações familiares e as crianças, mesmo sem a maturidade necessária, vivenciaram a angústia das famílias, trazendo traumas sem precedentes. Além das dificuldades de subsistência, o medo e as incertezas sobre as sequelas trazidas pela doença, o grande número de óbitos ao redor do mundo, associado a um sistema de saúde precário e incapaz de absorver a demanda, trouxeram a essas pequenas mentes um convívio próximo com o medo da morte e de perder a sua família. Confira mais aqui

comKids – 06/11/2020

>As crianças e as telas na pandemia

De acordo com um estudo divulgado pela SuperAwesome, empresa americana de tecnologia em mídia digital, crianças entre 6 e 12 anos passaram cerca de 50% do seu tempo de quarentena em frente a telas, ou seja, metade do dia. Os pesquisadores afirmam que o tempo gasto com celulares, tablets, computadores e a boa e velha TV, aumentou de duas a três vezes em relação ao consumo habitual. Apesar de alarmante, o dado confirma uma tendência esperada. Além das aulas, que passaram a ser online, outras atividades que aconteciam em espaços de aprendizagem também foram forçadas a se limitar ao virtual, como jogos e conversas. E, por aqui, o fechamento das escolas durou muito. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil foi um dos países do mundo que passou mais tempo em 2020 com crianças longe das salas de aula. As instituições de ensino começaram a fechar as portas em março e ainda hoje, início de novembro, dez estados seguem sem previsão de retorno ou apenas com propostas de abertura, segundo dados do Mapa de Retorno das Atividades Educacionais Presenciais no Brasil, elaborado pela Federação Nacional de Escolas Particulares. Além de ocupar o tempo que antes pertencia às escolas e sem saber até quando isso vai durar, pais e cuidadores se viram às voltas com a responsabilidade de manter os laços familiares e sociais das crianças vivos – sem contato presencial. Ver os avós apenas por videochamadas foi o que restou para muitas crianças, e foi em 2020 que conhecemos, pela primeira vez, as festinhas de aniversário pelo Zoom. Leia mais