Clipping nacional RNPI | 05 - 11 de dezembro de 2020

Agência Brasil – 10/12/2020

>MEC autoriza aulas não presenciais até dezembro de 2021

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, homologou o Parecer nº 19, do Conselho Nacional de Educação (CNE), que estende até 31 de dezembro de 2021 a permissão para atividades remotas no ensino básico e superior em todo o país. A validação da decisão do CNE foi publicada na edição desta quinta-feira (10) do Diário Oficial da União (DOU), em despacho assinado pelo próprio ministro. De acordo com o parecer, aprovado pelo colegiado em outubro, os sistemas públicos municipais e estaduais de ensino, bem como as instituições privadas, possuem autonomia para normatizar a reorganização dos calendários e o replanejamento curricular ao longo do próximo ano, desde que observados alguns critérios, como assegurar formas de aprendizagem pelos estudantes e o registro detalhado das atividades não presenciais. Outra regra definida no parecer é a que flexibiliza formas de avaliação dos estudantes durante a vigência do estado de calamidade pública. "Em face da situação emergencial, cabe aos sistemas de ensino, secretarias de educação e instituições escolares promover a redefinição de critérios de avaliação para promoção dos estudantes, no que tange a mudanças nos currículos e em carga horária, conforme normas e protocolos locais, sem comprometimento do alcance das metas constitucionais e legais quanto ao aproveitamento para a maioria dos estudantes, aos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, e à carga horária, na forma flexível permitida por lei e pelas peculiaridades locais". Acesse aqui a matéria completa

Uol – 11/12/2020

>Casas com crianças sofrem mais com queda de renda na pandemia, aponta Ibope

Em meio à pandemia do coronavírus, mais de metade dos brasileiros afirma que suas famílias tiveram perda de renda — taxa que aumenta entre aqueles que têm crianças e adolescentes em casa e também entre os mais vulneráveis. Ao mesmo tempo, subiu o número de lares que não conseguiram se alimentar adequadamente por falta de dinheiro. Pesquisa do Unicef realizada pelo Ibope Inteligência divulgada hoje mostra que 55% dos brasileiros (cerca de 86 milhões de pessoas) declararam que a renda de suas famílias diminuiu desde o início da pandemia. Entre aqueles que residem com menores de 18 anos, o percentual sobe para 61%. Os impactos são ainda maiores nas famílias mais pobres: dos entrevistados com renda de até um salário mínimo, 69% afirmaram que tiveram cortes na renda. Deles, 15% disseram ter pedido toda a fonte de renda. O levantamento mostra ainda que aumentou o número de famílias que, por falta de dinheiro, não conseguiram comprar mais comida e deixaram de se alimentar. De julho a novembro, esse percentual passou de 6% para 13% —o que representa cerca de 20,7 milhões de brasileiros. Entre aqueles que residem com crianças ou adolescentes, 8% (cerca de 5,5 milhões de brasileiros) mencionaram que deixaram de comer porque não havia dinheiro para comprar mais comida. Esse percentual é ainda mais alto entre as classes D e E (19%) e entre aqueles cuja renda familiar é de até um salário mínimo (21%). Confira mais aqui

Crescer – 10/12/2020

>PL que cria Política Estadual pela Primeira Infância é aprovado em SP

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou nesta quarta-feira (9), o projeto de lei 1027/2019, que cria a Política Estadual pela Primeira Infância - PEPI, de autoria da deputada Marina Helou (REDE-SP). O projeto agora vai para a sanção do governador João Doria. A deputada explicou que a Política Estadual pela Primeira Infância determina que o estado tenha um plano com cronograma, objetivos, metas e com orçamento específico destinado a ele. "Com a criação deste plano, conseguiremos acompanhar melhor como o estado atua na pauta. É desta forma que a administração pública trabalha. Todos os programas do governo precisam estar conectados com alguma política", exemplificou. A PEPI engloba temas como educação, saúde e assistência social. "Incluiu desde o pré-natal, passando pelo parto, puerpério até programas de visitação como o Criança Feliz e investimentos em creches de qualidade e outros pontos importantes de desenvolvimento e estímulo nesta fase. Em vez de fazer o plano da educação, o plano da saúde etc, está tudo no plano de primeira infância, que também conta com a criação de um Comitê específico que ficará responsável por acompanhar a implementação da política", diz. Na prática, segundo Marina, o PL pretende estruturar melhor os recursos que já existem. Funciona como uma ferramenta de gestão que evidencia os gastos públicos, com foco na transparência e no controle social. Leia mais aqui

Agência Brasil – 10/12/2020

>Câmara aprova texto-base do novo Fundeb e prevê repasses às entidades do Sistema S

A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do Projeto de Lei Complementar nº 4372/20 que regulamenta o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), estabelecido pela Emenda Constitucional nº 108/20 promulgada em agosto. A regulamentação é necessária para que os recursos do fundo estejam disponíveis em janeiro do próximo ano. O Fundeb se torna permanente a partir de 2021 para financiar a educação infantil e os ensinos fundamental e médio nas redes públicas. O fundo é composto de 20% da receita de oito impostos estaduais e municipais e de valores transferidos de impostos federais. Em 2019, o Fundeb custeou R$ 156,3 bilhões para a rede pública. Com o novo Fundeb, o Congresso aumentou a participação da União no financiamento da educação básica. A participação federal passa dos atuais 10% para 23%. O aumento é escalonado. No ano que vem, o percentual passa para 12%. Em 2022, 15%; em 2023, 17%; em 2024, 19%; em 2025, 21%; e a partir de 2026, 23%. Veja mais aqui

IstoÉ – 09/12/2020

>Pesquisadores iniciam estudo para identificar abusos contra crianças deficientes e propor melhorias

Crianças com qualquer tipo de deficiência têm quatro vezes mais chances de sofrer algum tipo de violência e abuso do que as crianças sem deficiência. No entanto, os números são praticamente invisíveis nas pesquisas gerais sobre proteção infantil. Para entender como proteger melhor crianças e adolescentes de situações de abuso, pesquisadores das universidades de Portsmouth, East Anglia, Nottingham Trent e Ann Craft Trust, todas no Reino Unido, estão trabalhando em parceria para avaliar a natureza e a qualidade das evidências já existentes sobre o assunto. De acordo com a pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, Ana Cláudia Brandão, muitos fatores contribuem para o aumento do abuso e violência contra as crianças com a deficiência. “O principal deles é a dificuldade de uma criança saber que está sendo vítima de algum tipo de violência, especialmente porque na maioria dos casos, o abuso vem de quem cuida ou de uma pessoa muito próxima”, explica a médica. Financiado pelo What Works For Children’s Social Care, iniciativa que busca respostas para ajudar profissionais e a sociedade ao melhor atendimento de crianças e adolescentes, o estudo tem objetivo de identificar os abusos sofridos por crianças com deficiência e os procedimentos das famílias na proteção infantil. Como resultado, será elaborada uma recomendação para criar respostas eficazes no atendimento desse público. Saiba mais aqui

TNH1 – 09/12/2020

>Prefeitura lança novo Plano Municipal da Primeira Infância

Nos 205 anos de Maceió, a capital recebe o Plano Municipal da Primeira Infância (PMPI). O documento, elaborado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), traz ganhos para as crianças da rede municipal de ensino. É um instrumento de mobilização política e social, que permite a articulação das várias instâncias, a exemplo do Judiciário, universidades, centros de pesquisas, colegiados e das famílias. Elaborado para aplicação nos próximos dez anos, no período de 2020 a 2030, o documento visa reduzir as desigualdades e implantar a cidadania desde o começo da vida. A secretária municipal de Educação, Ana Dayse Dorea, explica que o Plano é consequência da determinação da atual gestão, de revisar o Plano Municipal de Educação e que só foi possível graças a diversas parcerias firmadas ao longo dos últimos oito anos. “É um documento que representa um legado, construído com muita responsabilidade, envolvendo todos os segmentos relacionados à questão e que fica para as próximas gestões”, disse a secretária. O Plano Municipal da Primeira Infância foi lançado na sexta-feira passada, 4, de forma virtual, com uma palestra transmitida através do canal da Semed no YouTube, com a participação do professor Vital Didonet, mestre em educação pela Universidade de Brasília (UnB), coordenador da Rede Nacional da Primeira Infância e um dos coordenadores do plano maceioense. “Trata-se de uma grande conquista para as crianças e representa uma decisão política decisiva para a vida das crianças da capital”, disse ele. “É um importante instrumento técnico e político para o governo e a sociedade que une governo, sociedade, profissionais, famílias e crianças para assegurar uma infância plena para todas as crianças”, acrescentou Didonet. Confira mais aqui

Uol – 09/12/2020

>4 efeitos do racismo no cérebro e no corpo de crianças, segundo Harvard

Episódios diários de racismo, desde ser alvo de preconceito até assistir a casos de violência sofridos por outras pessoas da mesma raça, têm um efeito às vezes "invisível", mas duradouro e cruel sobre a saúde, o corpo e o cérebro de crianças. A conclusão é do Centro de Desenvolvimento Infantil da Universidade de Harvard, que compilou estudos documentando como a vivência cotidiana do racismo estrutural, de suas formas mais escancaradas às mais sutis ou ao acesso pior a serviços públicos, impacta "o aprendizado, o comportamento, a saúde física e mental" infantil. No longo prazo, isso resulta em custos bilionários adicionais em saúde, na perpetuação das disparidades raciais e em mais dificuldades para grande parcela da população em atingir seu pleno potencial humano e capacidade produtiva. Embora os estudos sejam dos EUA, dados estatísticos — além do fato de o Brasil também ter histórico de escravidão e desigualdade — permitem traçar paralelos entre os dois cenários. "Avanços na ciência apresentam um retrato cada vez mais claro de como a adversidade forte na vida de crianças pequenas pode afetar o desenvolvimento do cérebro e outros sistemas biológicos. Essas perturbações iniciais podem enfraquecer as oportunidades dessas crianças em alcançar seu pleno potencial", diz o documento de Harvard. Mas é possível romper esse ciclo, embora lembrando que as formas de combatê-lo são complexas e múltiplas. Leia mais aqui

Tupi FM – 08/12/2020

>Primeira Infância é tema de projetos de universidades de todo país

A pandemia causada pelo novo coronavírus não impediu que professores e alunos de 25 estados e do Distrito Federal buscassem melhorar a qualidade de vida da primeira infância no Brasil. Nos últimos meses 156 grupos inscritos no Desafio Universitário da Primeira Infância se debruçaram diante de projetos em diferentes áreas direcionados a estimular o desenvolvimento infantil. Na semana passada a Associação Nacional das Universidades Particulares anunciou os 3 vencedores do Desafio em parceria com a fundação holandesa Bernard Van Leer. Os três primeiros colocados receberam o prêmio de 10 mil reais cada para implementar suas propostas no primeiro semestre de 2021. Os vencedores foram: Projeto de assessoria técnica ao Conjunto José Monteiro Sobral (Universidade Federal de Sergipe), Futurus Infância (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e A criança com deficiência(s) do nascimento aos três anos: implementação e avaliação de um Programa de Intervenção Precoce (Universidade Católica do Rio Grande do Sul). De acordo com a gerente de Responsabilidade Social da ANUP, Júlia Jungmann, o desafio foi um sucesso. “Nos orgulhamos do processo de construção da metodologia, a qualidade e o comprometimento das equipes e do impacto que será causado quando os projetos forem implementados”, afirmou. As dez equipes finalistas terão à disposição uma mentoria com especialistas em primeira infância para que todas as iniciativas sejam implementadas. Veja mais aqui

ONU Brasil – 08/12/2020

>UNICEF: Número de alunos fora da escola por pandemia subiu 38% somente em novembro

O número de alunos afetados pelo fechamento de escolas devido à COVID-19 aumentou 38% em novembro, colocando mais pressão sobre o aprendizado e bem-estar de alunos em todo o mundo. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) apela aos governos para priorizar a reabertura das escolas, evitar fechamentos gerais em todo o país e tomar todas as ações possíveis para deixar as salas de aula seguras. Quase um em cada cinco alunos em todo o mundo segue fora da escola. São cerca de 320 milhões de crianças. Em comunicado, o chefe global de Educação do UNICEF, Robert Jenkins, afirmou que “as evidências mostram que as escolas não são os principais motores desta pandemia”. Segundo ele, “apesar de tudo que se aprendeu sobre a COVID-19, o papel das escolas na transmissão e as medidas que se podem tomar para manter as crianças seguras, está se caminhando na direção errada e muito rapidamente”. O especialista destacou “uma tendência alarmante dos governos fechando escolas como um primeiro recurso, e não como um último recurso”. Jenkins disse ainda que, em alguns casos, isso está sendo feito em todo o país, ao invés de comunidades individuais, e as crianças continuam a sofrer os impactos. Saiba mais aqui

ONU Brasil – 08/12/2020

>OPAS lança cartilha sobre promoção da saúde mental de crianças e adolescentes em contexto migratório

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) lançou nesta sexta-feira (4), em Boa Vista, estado de Roraima, a cartilha Promoção da Saúde Mental de Crianças e Adolescentes em Contextos Migratórios. O lançamento ocorreu durante seminário de encerramento do projeto “Fortalecimento de Capacidades Locais em Saúde Mental e Apoio Psicossocial no Contexto do Fluxo Migratório em Boa Vista, Roraima”. O trabalho, realizado desde agosto de 2019, integrou uma proposta interagencial de assistência humanitária desenvolvida conjuntamente pela OPAS e outros três organismos das Nações Unidas – Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Organização Internacional para Migrações (OIM) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) – e foi financiado com recursos doados pela Embaixada do Japão no Brasil. O projeto visou o fortalecimento das capacidades locais em saúde mental por meio da realização de oficinas de capacitação de profissionais de saúde, atores humanitários e lideranças comunitárias, assim como com atividades de promoção da saúde mental para crianças e adolescentes e grupos de ajuda e suporte mútuos para migrantes, refugiados e população de acolhida. Foram capacitados 88 profissionais da rede de atenção à saúde, utilizando o Guia de Intervenção Humanitária (mhGAP), 75 lideranças comunitárias e 56 atores humanitários sobre a temática de saúde mental e apoio psicossocial no contexto migratório. Confira mais aqui

Agência Brasil – 08/12/2020

>Cidades que se destacaram na proteção às crianças recebem Selo Unicef

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) concedeu hoje (8) o Selo Unicef a 431 municípios do Semiárido e da Amazônia Legal brasileira, pelo esforço para proteger os direitos de crianças e adolescentes. As cidades se destacaram por ações que promoveram nas áreas de saúde, educação e assistência social. No total, 1.924 municípios de 18 estados participaram da iniciativa, que compreendeu o intervalo de 2017 a 2020. No período, 1.735 municípios implementaram a estratégia Busca Ativa Escolar, programa lançado pelo Unicef em 2017, que tem por objetivo mitigar os fatores que contribuem para a exclusão escolar, isto é, que impedem crianças e adolescentes em idade escolar de frequentar as aulas. Além disso, 573 municípios realizaram ações para diminuir o número de crianças e adolescentes com dois ou mais anos de atraso escolar. Ao todo, 683 prefeituras capacitaram professores sobre inclusão de crianças com deficiência por meio de educação física. De acordo com o Unicef, entre 2016 e 2019, o percentual de estudantes dos anos finais do ensino fundamental público com dois ou mais anos de atraso escolar caiu 10,7% em todo o país. Nos municípios da Amazônia e do Semiárido, a redução foi de 11,9%, índice superado pelos municípios que aderiram à iniciativa da entidade, que foi de 12,5%. Entre os municípios que ganharam o selo a queda foi ainda mais expressiva, de 15%. A representante do Unicef no Brasil, Florence Bauer, disse que muitos desses municípios enfrentam problemas estruturais graves e precisam de intensos investimentos do poder público para resolvê-los. Leia mais aqui

Uol – 08/12/2020

>Estudo: anemia e deficiência de vitamina A em crianças diminuem no Brasil

Crianças brasileiras de até cinco anos reduziram a prevalência de anemia pela metade nos últimos 13 anos —de 20,9%, em 2006, para 10%, em 2019. É o que aponta o ENANI-2019 (Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil). Além disso, o estudo mostra que ocorreu uma redução na deficiência de vitamina A, nesta mesma faixa etária e no mesmo período, em cerca de 6% no Brasil. A pesquisa foi realizada pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) sob encomenda do Ministério da Saúde. De acordo com o pesquisador Gilberto Kac, coordenador nacional do ENANI-2019, as crianças menores de cinco anos constituem o grupo de maior risco para as deficiências de micronutrientes, especialmente ferro e vitamina A. "As principais consequências desses déficits nutricionais, além da ocorrência de anemia, são déficit de crescimento, baixo desempenho cognitivo, comprometimento do sistema imunológico e cegueira noturna", explica. A diminuição dos casos de anemia foi registrada em todas as regiões brasileiras, exceto na região Norte, que apresentou aumento de 6,6% neste período -- subindo de 10,4% em 2006 para 17% em 2019. A maior redução dos casos de anemia foi observada na região Sudeste (14,7%) e a menor no Centro-Oeste (1,6%). Já para deficiência de vitamina A, as maiores prevalências foram encontradas nas regiões Centro-Oeste (9,5%), Sul (8,9%) e Norte (8,3%) e a menor na região Sudeste (4,3%). Veja mais aqui

Uol – 08/12/2020

>Unicef: Mulheres ampliam acesso, mas 30% ainda não tem pré-natal adequado

No Brasil, mais de 2 milhões de mulheres em todo país receberam acompanhamento pré-natal adequado ao longo de toda a gestação no sistema público de saúde, em 2018. Segundo estudo divulgado hoje pelo Unicef, de 2016 a 2018 (último dado disponível), o percentual de mulheres com acesso adequado ao pré-natal (sete consultas ou mais) no Brasil cresceu 4,6%. Apesar da ampliação, em 2018, 30% das gestantes não realizaram sete ou mais consultas ao longo da gravidez. Falta de apoio da família, dificuldades de deslocamento, desinformação e descobrimento tardio da gravidez são alguns dos motivos que levam muitas gestantes a não realizarem o pré-natal ou as impossibilita de realizar as consultas dentro do período gestacional. Nas regiões mais pobres, nas populações indígenas, quilombolas, ribeirinhas e em assentamentos, a mortalidade materna e de crianças com menos de 1 ano é ainda mais alta. Já nos municípios do Semiárido e Amazônia Legal brasileira, certificados com o Selo Unicef, o aumento foi de 7,5%, representando 6.000 gestantes a mais em comparação a 2016. Mulheres e recém-nascidos são mais vulneráveis durante e imediatamente após o parto. No mundo, estima-se que 2,8 milhões de mulheres grávidas e recém-nascidos morrem a cada ano, ou um a cada 11 segundos, principalmente de causas evitáveis, dizem as novas estimativas. As crianças enfrentam o maior risco de morrer no primeiro mês, principalmente se nascerem muito prematuras, tiverem complicações durante o nascimento, defeitos congênitos ou infecções adquiridas. Cerca de um terço dessas mortes ocorrem no primeiro dia e quase três quartos apenas na primeira semana. Saiba mais

Gazeta do Povo – 08/12/2020

>Alunos pobres em países ricos têm melhor desempenho do que estudantes ricos em países em desenvolvimento

Alunos de famílias pobres que moram em países desenvolvidos costumam ter melhor desempenho educacional do que estudantes de famílias ricas que habitam em países pobres ou em desenvolvimento. A essa conclusão chegaram dois pesquisadores da Universidade de Harvard que elaboraram uma ferramenta estatística inédita. Ela é capaz traduzir para uma única escala resultados educacionais de diferentes avaliações em grande escala feitas no mundo. "Como medir com precisão a distribuição global de habilidades quando as pessoas em países diferentes fazem testes diferentes? Para isso, desenvolvemos uma nova metodologia, com o objetivo de vincular pontuações de populações distintas de forma não paramétrica", dizem os responsáveis pela pesquisa, Dev Patel, do Departamento de Economia da Universidade de Harvard, e Justin Sandefur, do Centro pelo Desenvolvimento Global, que culminou na ferramenta chamada "Pedra de Roseta". Especialistas, embora vejam o método como matematicamente sofisticado, analisam-no com ressalvas. Patel e Sandefur compararam o impacto da renda familiar para bancar estudos e o sistema educacional do país no qual se estuda. Resultado: alunos brasileiros de famílias ricas têm desempenho educacional inferior a alunos pobres de países como Coreia do Sul e Rússia, por exemplo. O estudo também indica que estudantes pobres com bom desempenho em países ricos acabam tornando a economia de suas nações ainda mais próspera. Para que os resultados pudessem ser comparados, a renda das diferentes famílias foi padronizada pelo chamado critério PPC, PIB por Paridade de Compra. Confira mais aqui

Brasil de Fato – 07/12/2020

>Rio de Janeiro já registrou 22 crianças baleadas e oito mortas em 2020

Na última sexta-feira (4), duas crianças negras que brincavam na porta de casa em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foram assassinadas com tiros de fuzil. Emilly Victoria, de 4 anos, e Rebeca Beatriz, de 7 anos, foram baleadas na comunidade Santo Antônio enquanto aguardavam a avó para lanchar. A Polícia Civil apreendeu cinco pistolas e cinco fuzis dos policiais militares que patrulhavam o local para a realização de perícia. Os moradores disseram que não viram uma perseguição, apenas a polícia atirando. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Na manhã desta segunda-feira (7), a deputada estadual Renata Souza (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), recebeu os parentes das meninas Emilly Victoria e Rebeca Beatriz. Após o encontro, a parlamentar anunciou o encaminhamento do caso à Defensoria Pública, para assegurar assistência jurídica. Além disso, ofereceu acompanhamento psicológico. E, em uma ação de seu mandato, encaminhará à Organização das Nações Unidas uma atualização sobre o número de crianças e adolescentes assassinadas no Rio de Janeiro. Segundo os dados da plataforma Fogo Cruzado enviados ao Brasil de Fato, somente neste ano, 22 crianças foram baleadas no Grande Rio, oito morreram e quatro foram alvejadas em tiroteios. Em 2019, 24 crianças foram baleadas, sete morreram e cinco foram vítimas de balas perdidas. Leia mais

Estadão – 07/12/2020

>Decreto que segrega crianças com deficiência é inconstitucional, diz fundadora da ONG Nosso Olhar

O plenário do Superior Tribunal Federal (STF) votará nesta sexta-feira, 11, se mantém a suspensão ao decreto do Ministério da Educação (MEC) que estabelece novas regras para a educação de alunos com deficiência. Intitulada Política Nacional de Educação Especial (PNEE), a nova legislação prevê, entre outras medidas, a educação de alunos com deficiência em salas e escolas especiais, um modelo diferente do que vigora hoje no País. O decreto foi suspenso na última terça-feira, 8, pelo ministro do STF Dias Toffoli. Agora, a decisão individual será submetida ao plenário. A ação foi movida pelo PSB. Thaissa Alvarenga, fundadora da ONG Nosso Olhar, que desenvolve projetos para crianças e jovens com síndrome de Down, diz que o novo decreto do governo de Bolsonaro é inconstitucional e visa acabar com uma política de educação que vem sendo construída desde 2008, quando foi sancionada a lei brasileira de inclusão. "É inconstitucional. De acordo com a última pesquisa Censo, de 2010, 24% da população (cerca de 46 milhões de brasileiros) possuem alguma deficiência. A lei brasileira de inclusão (o decreto legislativo número 186, de agosto de 2008) diz que essas pessoas têm direito à igualdade e equidade. Então, se for analisar pelo ponto legal, está errado. As pessoas com deficiência não foram ouvidas. A mudança de uma lei, de uma política nacional precisa ser debatida. Tornar a escola regular mais inclusiva é um trabalho que vem sendo construído desde 2008". Veja mais aqui

National Geographic – 05/12/2020

>Infecções por covid-19 estão aumentando – e o medo das crianças também

A primeira vez que a filha de sete anos de Melanie Randall viu seu professor durante uma videoaula gravada no primeiro semestre, ela começou a chorar pensando que ele estivesse doente. O choque inicial foi forte, mas com o tempo ela entendeu o que estava acontecendo. Assim como Randall, muitos pais estão tentando ajudar seus filhos a lidar com um mundo imprevisível e às vezes assustador. De acordo com as pesquisas, as crianças são especialmente vulneráveis à depressão e ansiedade durante e após o isolamento forçado. E, no fim deste ano, o aumento de casos de covid-19 está gerando uma nova onda de grandes mudanças — as escolas estão fechando novamente, os estados estão aumentando as restrições e os planos de férias estão sendo cancelados. A mudança em si pode causar ansiedade em muitas crianças. Mas, combinada com o medo crescente e as realidades assustadoras da pandemia, as crianças podem ficar completamente amedrontadas. Segundo os especialistas, trabalhar esses sentimentos é um exercício de resiliência — algo a que todos nos acostumamos nos últimos meses. “As crianças costumam ter medo do desconhecido”, afirma Jessica Dym Bartlett, pesquisadora da primeira infância do centro de pesquisa Child Trends. “Embora nossa intenção seja conversar com as crianças de maneira atenciosa e apropriada à idade, precisamos ter certeza de que consigam entender o que está acontecendo, o que pode acontecer no futuro e que os adultos estão se esforçando ao máximo para mantê-las seguras.” Saiba mais aqui

Veja – 05/12/2020

>Pesquisa investiga como brasileiros cuidam dos seus filhos pequenos

Um estudo inédito encomendado pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal buscou mapear como pais, avós, tios e outros parentes responsáveis pelo bem-estar de crianças pelo Brasil. O levantamento, feito no fim de 2019, focou na faixa etária de 0 a 3 anos e contou com a participação de mil homens e mulheres entre 16 e 65 anos e representando as classes A, B, C e D. Os resultados constatados foram interessantes. Descobriu-se, por exemplo, que, de acordo com as mães, apenas 31% reportou a participação frequente dos pais no momento do banho, da alimentação ou do sono da criança. Segundo os pais, no entanto, o número sobe para 46%. Além disso, as mães afirmaram ler e brincar com os pequenos com maior frequência do que os pais (32% contra 27% na leitura e 77% contra 70% nas brincadeiras). A pesquisa revelou ainda que cerca de 30% dos bebês de até um ano já estão expostos a televisões, smartphones e tablets pelo menos quatro vezes por semana. O levantamento relatou também que a classe D é o estrato em que mais frequentemente os avós e outros familiares da criança são acionados para participar de sua educação. Por outro lado, as classes A e B desfrutam da rede de apoio mais ampla, sendo que 10% dos casos existe a contribuição de babás. Vale salientar que estudos acerca da chamada primeira infância (isto é, até os seis anos) são de extrema importância. Afinal, é nessa idade que grande parte do comportamento da criança é moldado para o resto de sua vida. Confira mais aqui