Clipping nacional RNPI | 27 de novembro - 04 de dezembro de 2020

G1 – 01º/12/2020

>Toffoli suspende decreto da nova política de educação para alunos com deficiência

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli suspendeu, nesta terça-feira (1º), o decreto do Ministério da Educação que estabelece novas regras para a educação de alunos com deficiência, também chamada "educação especial". A decisão individual deve ser submetida ao plenário do STF no próximo dia 11. A suspensão foi determinada a partir de uma ação de inconstitucionalidade apresentada pelo PSB contra o decreto editado no início de outubro. O decreto prevê, entre outros pontos, a criação de turmas e escolas especializadas, que atendam apenas estudantes com deficiência. Especialistas apontam o risco de que essa separação enfraqueça a inclusão dos estudantes no convívio com crianças sem deficiência. A Advocacia-Geral da União (AGU), que representa o governo na Justiça, informou que "só vai se manifestar no processo". No entendimento do ministro, o decreto pode servir de base para políticas que fragilizam o "imperativo da inclusão" de alunos com deficiência. "Verifico que o Decreto nº 10.502/2020 pode vir a fundamentar políticas públicas que fragilizam o imperativo da inclusão de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino", afirma. Acesse aqui a matéria completa

G1 MA – 04/12/2020

>Quase 70% das crianças não estão matriculadas em creches no MA

Indicadores do Observatório do Marco Legal da Primeira Infância revelam que no Maranhão, apenas 31% das crianças de 0 a 3 anos frequentam centros de educação infantil, ou seja, quase 70% estão fora do sistema de ensino. Das mais de 134 mil matrículas em creches, 9% são em tempo integral e das 225.507 matrículas em pré escolas, apenas 3% são em tempo integral. Para crianças dos 4 aos 5 anos de idade, 97% frequentam as escolas. O agravante é que apenas 28% das crianças maranhenses de 0 a 5 anos estudam em locais com saneamento básico, bem abaixo do indicador nacional de 72% e do nordeste, de 58%. De acordo com a pediatra Samille Nogueira, o aprendizado dos alunos é prejudicado quando falta saneamento básico e coleta de lixo nas creches. “As principais ameaças a grosso modo que nós conseguimos visualizar, é o risco de acidentes em geral pela falta de estrutura física, quedas, choque elétrico, o risco de predispor alergias respiratórias por infiltrações nas paredes, a questão do risco de acidentes por animais peçonhentos por conta do lixo nas calçadas e a principal é a falta de estrutura em si para garantir o aprendizado da criança’’, fala a pediatra. A falta de saneamento básico afeta a saúde e a qualidade de vida, que, pelo Marco Legal da Primeira Infância, Lei 13.257/2016, devem ser garantidas às crianças. Sem saneamento, tanto as crianças quanto o restante da população ficam mais expostas a doenças como hepatite A, verminoses, dengue e outras arboviroses e à própria covid-19, uma vez que uma das recomendações para evitar o contágio é lavar as mãos com frequência. Confira mais aqui

O Dia – 03/12/2020

>MP recomenda a suspensão das aulas presenciais nas escolas municipais do Rio

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) publicou, nesta quinta-feira, uma recomendação para que a Secretária Municipal de Educação suspenda as atividades presenciais nas unidades de ensino da rede municipal. O pedido acontece dois dias após a UFRJ emitir uma nota técnica alertando para a explosão de coronavírus no Brasil, especialmente na cidade do Rio. O MP pede a suspensão das aulas até que seja expedida a devida autorização, baseada em evidências científicas, por autoridade médica e/ou sanitária, no sentido de que é possível a retomada de realização das referidas atividades presenciais de forma segura. As aulas foram suspensas no início de março como uma das ações do governo do estado para prevenir o contágio pela Covid-19. Voltou a subir o número de mortes dentro das casas, sem assistência médica, no Rio. Subiu também acima da média o número geral de mortes no município. Os dados divulgados na tarde de terça-feira, 1º, pelo MonitoraCovid19, da Fiocruz, indicam que o sistema de saúde da cidade pode estar à beira de um colapso. O município teve um excesso de óbitos de 27 mil desde abril, comparado à média dos anos anteriores no mesmo período - sendo 13 mil causados pela covid-19 e outros 14 mil ligados a outras doenças, como câncer e diabete, confirmando a precariedade do atendimento geral. Leia mais aqui

ONU Brasil – 03/12/2020

>Pandemia dificulta denúncia de violência sexual contra crianças e adolescentes em SP, revela relatório

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Instituto Sou da Paz e o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) alertam que as crianças e adolescentes ficaram ainda mais vulneráveis à violência sexual durante a pandemia da COVID-19, em função do fechamento das escolas e de outros espaços importantes para a construção de vínculos de confiança com adultos fora de casa. Esse foi um dos achados do estudo produzido pelas três organizações, que teve como objetivos verificar os possíveis impactos do isolamento social na ocorrência e na notificação da violência sexual e dar visibilidade a esse grave e recorrente problema e à necessidade de avançar no enfrentamento. Foram analisados dados quantitativos sobre ocorrências de estupro de vulnerável registradas pela Polícia Civil do Estado de São Paulo entre janeiro de 2016 e junho de 2020. Os dados foram obtidos mediante solicitação do Ministério Público à Secretaria de Estado da Segurança Pública. De acordo com o estudo, as denúncias de estupro de vulneráveis – aqueles cometidos contra menores de 14 anos, pessoas com deficiência ou que não podem oferecer resistência por outra causa ou condição de vulnerabilidade, como embriaguez – vinham crescendo nos últimos anos, mas, no primeiro semestre de 2020, apresentaram redução significativa (-15,7%), sobretudo nos meses de abril (-36,5%) e maio (-39,3%), em comparação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, alertam as instituições, a redução dos registros de um crime que vitima sobretudo crianças e adolescentes e que ocorre majoritariamente em ambiente doméstico evidencia a dificuldade de denunciar esses crimes no contexto de isolamento social e não a sua efetiva diminuição. Veja mais aqui

ONU Brasil – 02/12/2020

>Investimento na 1ª infância é estratégia eficiente para eliminar extrema pobreza

As intervenções integradas na primeira infância são cruciais para melhorar as vidas das famílias e comunidades e o investimento no desenvolvimento dessa fase da vida é uma das estratégias mais eficientes para um país eliminar a extrema pobreza, promover o crescimento econômico inclusivo e ampliar a igualdade de oportunidades. A afirmação foi feita nesta terça-feira (1), em Brasília, pelo coordenador-residente do Sistema ONU no Brasil, Niky Fabiancic, durante a abertura do III Seminário Internacional “A Qualificação das Ações do Programa Criança Feliz e o Impacto das Políticas de Atendimento à Primeira Infância”. “O Sistema ONU no Brasil se aliou ao Programa Criança Feliz desde sua criação. Ações destinadas a garantir o desenvolvimento cognitivo, emocional e social de meninos e meninas de famílias vulneráveis são indispensáveis e, num país com as dimensões do Brasil, são também um grande desafio”, disse o chefe da ONU Brasil. Lançado em outubro de 2016, o Programa Criança Feliz é uma iniciativa do Ministério da Cidadania que vem recebendo apoio de um grupo de cinco entidades das Nações Unidas, liderado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e composto por Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundo de População da ONU (UNFPA), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e ONU Mulheres. Saiba mais aqui

Tudo Rondônia – 02/12/2020

>Mais de 20% das crianças estudam em escolas sem saneamento básico

Mais de 20% das crianças matriculadas em creches ou em pré-escolas do Brasil estudam em instituições de ensino sem saneamento básico. O pior cenário é o vivenciado por alunos que estão na pré-escola, os quais 28% carecem do serviço. Já nas creches, 21% das crianças não contam com saneamento. Os dados fazem parte de um estudo elaborado pelo Observatório do Marco Legal da Primeira Infância (Observa). O relatório do Observa também ressalta para as desigualdades sociais fora das salas de aula. Citando uma pesquisa do IBGE do ano passado, o documento aponta que 22% das crianças brasileiras de 0 a 5 anos viviam em situação de extrema pobreza, o que significa que elas moravam em domicílios com renda familiar per capita de até ¼ de salário mínimo. Miriam Pragita, coordenadora da Secretaria Executiva da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI) e diretora da Comunicação e Direitos (Andi), diz que é dever do Estado oferecer uma boa qualidade de vida aos pequenos. Ela afirma que a raça é um fator de exclusão social de grande peso no país. “Uma criança negra que mora em uma região periférica, com um alto índice de vulnerabilidade social, vivencia uma realidade completamente diferente de uma criança branca que habita em uma área mais privilegiada”, explica. Segundo a pesquisa do Observa, o acesso ao saneamento por alunos de pré-escolas e creches em cada uma das regiões brasileiras é desigual. Enquanto na região Sudeste, a falta do serviço atinge 6% das matrículas em pré-escolas e 5% alunos de creches, na região Norte os mesmos índices chegam a 75% e 71%, respectivamente. Confira mais aqui

Terra – 02/12/2020

>'Não abrir escolas em 2021 é um crime contra a infância', diz pediatra

É preciso mostrar para a sociedade que a escola é essencial, e mais, que é segura durante a pandemia de covid-19. Essa uma das mensagens principais da campanha Lugar de Criança é na Escola lançada por pediatras nas redes sociais. Um dos coordenadores do grupo, o pediatra e sanitarista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Daniel Becker diz se preocupar com o momento de piora da pandemia no País, mas acredita que é preciso uma mobilização da sociedade para ter a educação funcionando, seguindo todos os protocolos. Segundo ele, as pesquisas já mostraram que as crianças se contaminam menos e transmitem menos o vírus. "A atividade não escolar tem mais risco que a escolar. Se a criança está indo com a mãe fazer compras, em loja, supermercado, tem risco maior do que se ela for à escola. Vamos acabar com essa ficção que escola é o lugar mais perigoso que existe." Ele diz compreender o medo de professores que trabalham em escolas sem estrutura, mas afirma que todos precisam cobrar investimentos públicos e privados para que elas sejam adaptadas para abrir. "A sociedade está adormecida. Estamos com 40 milhões de crianças sem escola e ninguém fala nada. É um elemento central do nosso desenvolvimento." Decker ainda enumera os prejuízos à saúde para crianças isoladas em casa que os pediatras passaram a ver nos consultórios, como sedentarismo, problemas graves de comportamento, sintomas psicossomáticos como dores, diarreia, falta de sono, excesso de demanda dos pais. E teme um cenário em que as escolas não sejam reabertas em 2021. "Seria um crime contra a infância e uma negligência absurda da sociedade". Leia mais aqui

Folha Vitória – 02/12/2020

>Interação entre crianças e Pets: uma ligação benéfica durante a infância

Estudos mostram que a presença de pets na vida de crianças, mesmo que muito pequenas, pode causar efeitos positivos no desenvolvimento cognitivo e de aprendizado do vocabulário. Isso porque quando elas chegam na pré-escola, onde existe uma grande presença de imagens de animais, já possuem conhecimento e afeição pelas figuras expostas na sala de aula. Os benefícios que a interação com os animais trazem já é entendido e aplicável em diversos aspectos do ser humano, como no desenvolvimento psicológico, cognitivo, social e emocional, e isso não é diferente com crianças. Os resultados de pesquisas mostram que a convivência com cães e gatos pode ser associada à diminuição da frequência cardíaca e da pressão arterial, por exemplo. Mais do que isso, terapias envolvendo animais, especialmente cães, em hospitais e clínicas médicas também mostraram que os pacientes, crianças e adultos, reportaram uma redução de estresse, medo, fadiga e tristeza. Recentemente, houve um aumento nos estudos sobre como a interação com pets pode auxiliar estudantes no processo de aprendizado. As experiências sinalizam que a presença dos cães aumentou a motivação dos pequenos estudantes e ajudou na construção da confiança em sala de aula. Cães de terapia também tiveram resultados positivos em estudos que envolviam a interação com crianças com Transtorno do Espectro do Autismo e crianças com Deficit de Atenção (DDA). Veja mais aqui

R7 – 01º/12/2020

>Crianças têm menos acesso ao tratamento para o HIV, diz Unicef

Uma criança ou jovem com menos de 20 anos foi infectado com HIV a cada 100 segundos em 2019: foram 320 mil infecções nessa faixa etária, de acordo com relatório publicado pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no dia 25 de novembro. Com isso, o total de crianças vivendo com o vírus que causa a Aids subiu para 2,8 milhões em todo o mundo. Crianças são menos contempladas por ações de prevenção e tratamento em comparação com outras faixas etárias. No ano passado, quase metade das crianças não receberam antirretrovirais e 110 mil morreram de Aids. O acesso ao tratamento subiu para 62% entre todos os adultos. As diferenças regionais derrubam ainda mais essa porcentagem em alguns países. Ainda conforme o relatório, no Oriente Médio e Norte da África, por exemplo, 81% dos soropositivos infantis recebem terapia antirretroviral. Já na América Latina e Caribe, a porcentagem cai para 46% e África Ocidental e Central para 32%. “Mesmo enquanto o mundo luta em meio a uma pandemia global em curso, centenas de milhares de crianças continuam a sofrer os estragos da epidemia de HIV”, alertou em comunicado Henrietta Fore, diretora-executiva do Unicef. Segundo ela, esses números são antes “da covid-19 interromper os serviços vitais de tratamento e prevenção do HIV, colocando inúmeras vidas em risco”. De acordo com o órgão da ONU, a pandemia intensificou as desigualdades no acesso a serviços de HIV que salvam vidas de crianças, adolescentes e mães grávidas em todo o mundo. Saiba mais aqui

IstoÉ – 01º/12/2020

>Crianças com HIV em países em desenvolvimento terão acesso a tratamento adaptado

Crianças que vivem com HIV em países em desenvolvimento terão acesso a um tratamento mais adequado e quatro vezes mais barato – anunciou nesta terça-feira (1º) a Unitaid, organização internacional que defende a redução dos preços dos medicamentos, no Dia Internacional de Luta contra o HIV. O preço deste novo tratamento, que inclui um novo componente realmente adaptado às necessidades específicas das crianças, vai de US$ 480 a US$ 120 por ano, após um acordo com os fabricantes de genéricos Viatris e Mcleods, disse Hervé Verhoosel, porta-voz desta organização internacional, que trabalha com a Organização Mundial da Saúde (OMS), durante uma coletiva de imprensa da ONU em Genebra. “Crianças com HIV que vivem em países de rendas baixa e média terão acesso a um tratamento específico, graças a um acordo entre o UNAIDS e a Clinton Health Access Initiative (CHAI)”, informa a Unitaid. Inicialmente, o novo produto estará disponível em Benin, Quênia, Malauí, Nigéria, Uganda e Zimbábue, no primeiro semestre de 2021, “com o objetivo de expandir rapidamente a distribuição em um grande número de países”. Em torno de 1,7 milhão de crianças no mundo são soropositivas. Apenas metade delas recebe tratamento, e 100.000 morrem a cada ano, afirma a organização. Muitas crianças não recebem tratamento, devido à falta de acesso a medicamentos fáceis de ingerir e adaptados, ressalta. Confira mais aqui

Gazeta de Alagoas – 30/11/2020

>O Pescador e a Estrela: Musical aborda acessibilidade para crianças

Um menino que redescobre seu poder de enxergar o invisível ao se imaginar como um herói deficiente visual em uma aventura de resgate ao que não se pode ver, só sentir: o amor. Essa é a essência presente no musical infantil O Pescador e a Estrela, que estreia no dia 5 de dezembro e segue até o dia 07 de fevereiro de 2021, no Centro Cultural Banco do Brasil. O projeto tem patrocínio do Banco do Brasil. O musical, com direção de Karen Acioly e texto de Thiago Marinho e Lucas Drummond, conta a história de Fabiandro, um menino solitário que não consegue mais enxergar a felicidade. Ele é, então, convidado por um mensageiro das estrelas a voltar seus olhos para dentro de si, a fim de entender que muito na vida não é visto, mas sentido. O mensageiro o convida a embarcar na história do jovem pescador deficiente visual, que é apaixonado por uma estrela, apesar de nunca tê-la visto. O menino então mergulha em seu imaginário e vive as aventuras deste herói. Fabiandro e a estrela se encontram todas as noites à beira da praia, onde cantam, dançam e se divertem juntos. Um dia, porém, a estrela desaparece. Decidido a salvar o seu amor, ele parte em uma jornada até o céu, acompanhado de Hortênsia, uma menina que, superprotegida pelas tias, quer mais que tudo conhecer o mundo. O que ambos não sabem, é que, logo atrás deles, está o ganancioso casal Prattes Prattes, que planeja roubar a estrela para mudarem de vida. O papel do mensageiro que guia o pescador Fabriando é encenado por Felipe Rodrigues. Negro, deficiente visual e morador da comunidade Pavão-Pavãozinho, na zona sul do Rio de Janeiro. "O espetáculo traz uma mensagem de esperança e de superação. A peça fala sobre um reencontro com o que perdemos. E nos últimos meses, nós perdemos muito. Deixamos de ver nossos amigos e familiares. Perdemos aquele brilho que a esperança traz. Principalmente as crianças. Ao mesmo tempo, tivemos a oportunidade de descobrir esse brilho, essa luz dentro de nós, com o que temos de melhor. A peça expõe os caminhos para não deixar essa esperança se apagar, mesmo que esses caminhos sejam difíceis de enxergar", ressaltam Lucas Drummond e Thiago Marinho, autores da peça. Leia mais aqui

Jornal do Commercio – 29/11/2020

>Pandemia amplia silêncio sobre crimes sexuais contra crianças e adolescentes

O silêncio que impera nos crimes sexuais contra crianças e adolescentes ecoou ainda mais forte na pandemia. O distanciamento social, imposto pelo novo coronavírus, afastou meninos e meninas da escola, de amigos e de familiares - uma rede de apoio e de proteção essencial para ajudar na denúncia dos abusos sofridos. Apesar do risco maior a que estão expostas, já que a maioria dos casos de violências sexual se dá no ambiente doméstico, as vítimas tiveram o acesso à delegacia restrito na quarentena. Resultado: o número de registros de estupro de menores de idade caiu, sobretudo nos três primeiros meses da pandemia. Confinados em casa, crianças e adolescentes podiam estar convivendo com o agressor, mas sem chances de denunciá-lo. As estatísticas da Secretaria de Defesa Social (SDS) mostram que em março, abril e maio deste ano a redução ficou em torno de 30%, comparada com o mesmo período do ano passado. Especialistas e profissionais que trabalham na área são categóricos ao afirmar que essa queda no número dos registros esconde, na verdade, uma subnotificação dos casos, em decorrência da dificuldade ou da impossibilidade de a vítima fazer a denúncia. Uma prova desse cenário é que, a partir de agosto, quando houve uma maior reabertura das atividades e um aumento da circulação das pessoas, os registros voltaram a crescer, chegando a ficar muito próximos dos números de 2019. Veja mais aqui

Folha PE – 27/11/2020

>Unicef alerta sobre efeitos da pandemia em crianças e adolescentes

Em 19 de novembro o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou, em um novo relatório, sobre as consequências significativas e crescentes da pandemia de Covid-19 para crianças e adolescentes. Como suporte ao enfrentamento da pandemia, o Unicef tem reforçado suas ações. Em Pernambuco, houve uma intensificação de atividades junto aos municípios que já participavam de programas em curso, a exemplo do Selo Unicef. Mais de 100 municípios estão participando e a iniciativa é aberta a outros interessados. As ações estão focando no fortalecimento de gestores municipais e suas equipes e na importância da continuidade de serviços a partir de cursos, troca de experiências, acesso à conteúdo, campanhas, oficinas e webnários temáticos. As ações acontecem na área de educação, saúde e proteção contra violência a crianças e adolescentes. No Recife houve também a distribuição de 600 kits de inclusão digital, onde o intuito é garantir o direito ao acesso ao conhecimento e aprendizagem de qualidade, neste momento focado na preparação para o Enem. O chefe do Unicef para o Semiárido, Dennis Larsen, fala da parceria entre o Unicef e os municípios. “Nossa reprogramação de atividades teve o foco na prevenção e mitigação do impacto da Covid-19 na vida de crianças e adolescentes. Por isso, estamos atuando em parceria com os municípios, que é onde vivem as meninas e os meninos, buscando fortalecer os profissionais que atuam diretamente com esse público nas áreas de saúde, educação e proteção”, afirma Dennis Larsen, chefe do Unicef para o Semiárido. O relatório, Averting a Lost Covid Generation (Evitando uma Geração Perdida para a Covid – disponível em inglês), mostra que, embora os sintomas entre meninas e meninos infectadas permaneçam leves, as infecções estão aumentando e o impacto de longo prazo da pandemia na educação, na nutrição e no bem-estar pode mudar o curso da vida de uma geração inteira de crianças e adolescentes. Saiba mais aqui

BBC Brasil – 27/11/2020

>'As crianças estão menos doentes do que antes': as doenças infecciosas comuns que 'sumiram' com a pandemia

Bronquiolite, otite, gastroenterite e outras doenças que normalmente lotam as alas pediátricas dos hospitais praticamente sumiram durante os meses de quarentena, apontam estudos e médicos. Para além de mudanças nos hábitos de higiene, dados evidenciam papel dos adultos na cadeia de transmissão viral. Em meio às enormes dificuldades enfrentadas pelas crianças na quarentena, desde o isolamento até a interrupção nas aulas presenciais - , ao menos a maioria das famílias teve um alívio: doenças infecciosas infantis simples, como resfriados, ou graves, como bronquiolite, que lotam hospitais pediátricos, deram uma trégua em 2020. É o que mostram estudos científicos e relatos de hospitais e pediatras — que apontam como esse benefício indireto dentro de um período extremamente difícil pode trazer lições para redes, escolas, gestores e cidadãos comuns de olho no calendário escolar de 2021, em um momento de novos picos de contágio pela covid-19. Na França, o médico especialista em emergências pediátricas François Angoulvant e 12 colegas começaram a coletar informações sobre visitas a seis pronto-socorros infantis de Paris e arredores a partir de março, quando o governo francês determinou um lockdown parcial e o fechamento das escolas por conta da chegada do novo coronavírus à Europa. A partir dos dados hospitalares de mais de 871,5 mil pacientes entre 2017 e 2020, Angoulvant e seus colegas observaram que as visitas e internações em pronto-socorros pediátricos caíram, respectivamente, 68% e 45% durante os meses de lockdown na França. Confira mais aqui

Agência Brasil – 27/11/2020

>MEC lança jogo virtual para ajudar na alfabetização de crianças

Ajudar o processo de alfabetização de crianças entre 4 e 9 anos de idade, de forma lúdica, é o objetivo do Graphogame. Lançado pelo Ministério da Educação nesta sexta-feira (27), em Brasília, o jogo para celulares, tablets ou computadores, desenvolvido por pesquisadores finlandeses, já é utilizado por 30 países e foi traduzido para 25 línguas. No Brasil, o projeto foi adaptado pelo Instituto de Cérebro, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Na prática, o aplicativo usa uma metodologia que estimula o desenvolvimento da consciência dos sons da língua oral e sua relação com figuras, em um processo chamado de instrução fônica. “Esse programa não visa substituir o professor. É apenas uma ferramenta de apoio à alfabetização”, ressaltou o ministro da Educação, Milton Ribeiro. A ferramenta pode ser baixada gratuitamente para celulares, tablets e computadores com sistema operacional Android e IOS ou Windows. Depois que o download é feito, o programa funciona offline, ou seja, sem necessidade de conectar à internet. Como o público-alvo da iniciativa são crianças de baixa renda, o secretário nacional de Alfabetização, Carlos Nadalim, lembrou que das 130 mil escolas públicas brasileiras, 126 mil estão conectadas à rede mundial de computadores, segundo ele, isso possibilita que o programa seja instalado nos equipamentos das famílias interessadas. Evidências científicas mostram que o aplicativo é efetivo principalmente quando utilizado pela criança sob supervisão e com o engajamento de um adulto e a recomendação é que ela seja usada por, no máximo, 15 minutos por dia pelas crianças. Leia mais aqui

Uol – 27/11/2020

>Por que defender cidades para a primeira infância?

Se inicialmente o conceito de cidades para primeira infância pode parecer específico ou segmentado, são muitos os benefícios e impactos coletivos do desenvolvimento urbano com essa perspectiva. A conta fica ainda mais nítida no cálculo financeiro, segundo o qual cada dólar investido em políticas para a primeira infância (0-6 anos) traz um retorno superior a U$ 7 (R$ 37, na cotação atual), segundo o estudo "Investir no desenvolvimento na primeira infância: Reduzir déficits, fortalecer a economia", de James J. Heckman, professor emérito de economia "Henry Schultz" da Universidade de Chicago e ganhador do Prêmio Nobel de Economia e especialista em economia do desenvolvimento. Pensar na primeira infância é refletir sobre a acessibilidade dos serviços urbanos, a qualidade dos deslocamentos na cidade e seus espaços de convivência. Para além da segurança viária e do mobiliário urbano, estamos falando de cidades como laboratórios da vida. São por seus caminhos que os pequenos cidadãos vão descobrir e construir seus territórios, revelar histórias locais e experimentar sua cultura, fazendo pulsar a cidade. Nesse sentido, iniciativas que promovem a troca de conhecimento e reflexões sobre essa agenda estratégica são de alto valor agregado, potencializando respostas aos gargalos das cidades. A Rede Brasileira Urban95 é um bom exemplo, iniciativa da Fundação Bernard van Leer e do Instituto Cidades Sustentáveis para promover, desenvolver e fortalecer ações, programas e políticas públicas voltadas ao bem-estar e qualidade de vida das crianças de 0 a 6 anos de idade e seus cuidadores. O projeto apoia municípios na compreensão da importância da agenda e lhes oferece um portfólio de possibilidades, incluindo apoio técnico, diagnósticos, consultorias em mudança de comportamento, elaboração de planos para primeira infância, gestão de dados, planejamento urbano e inclusão em uma rede de parcerias nacionais e internacionais. Veja mais aqui