Clipping nacional RNPI | 08 - 14 de janeiro de 2021

Exame – 13/01/2021

>1 em 6 crianças no Brasil estão em condição extrema de pobreza, diz ONG

No Brasil, 4,8 milhões de crianças de zero a onze anos de idade estão em condições extremas de pobreza, em famílias com baixa escolaridade e em domicílios sem saneamento básico ou com acesso irregular à água potável. É um contingente semelhante ao de populações de países como Costa Rica, Irlanda ou Nova Zelândia. A constatação é da ONG ChildFund Brasil, que há 54 anos atua no país em projetos para erradicar a pobreza extrema na infância. Num estudo publicado no fim de dezembro, os técnicos da organização chegaram à conclusão de que 1 em 6 crianças no país estão na chamada “pobreza multidimensional” e chegarão ao mercado de trabalho em condições pouco favoráveis caso nada seja feito para melhorar as condições de vida de suas famílias. As regiões Norte e Nordeste do país são as mais afetadas pelo problema, diz a ONG. A ONG chegou às conclusões depois de criar o primeiro indicador do Brasil para mensurar o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM-NIS) de crianças de 0 a 11 anos. O estudo começou em 2019, num estágio preliminar nos estados do Maranhão, Paraíba e Piauí. Em 2020, a mesma metodologia foi aplicada para o restante do país. O objetivo foi mostrar as diferentes realidades de vivência da pobreza entre os brasileiros, além de medir o alcance de projetos sociais que tenham como público-alvo as populações pobres e vulneráveis. Confira aqui a matéria completa

Uol – 14/01/2021

>RJ: Operadoras de celular deverão mandar SMS sobre crianças desaparecidas

Nesta quarta-feira, 13, foi publicada no Diário Oficial do Estado do RJ a lei 9.182/21, que prevê que operadoras de celular serão obrigadas a enviar a todos seus usuários informações sobre os registros de crianças e adolescentes desaparecidos no Estado. Segundo a norma, a mensagem deverá conter nome, idade e características físicas do desaparecido, além do local do desaparecimento e todas as informações que as autoridades policiais julgarem necessárias. A mensagem poderá conter fotos da criança, desde que siga os critérios da legislação. Os dados deverão ser encaminhados às operadoras pela DDPA - Delegacia de Descobertas de Paradeiros. O Executivo deverá regulamentar a medida em até 90 dias. Veja mais aqui

Tribuna de Jundiaí – 13/01/2021

>Jundiaí se pinta de ‘Pé de Infância’ como incentivo para o brincar, cantar e contar histórias

Desde o lançamento da “Jundiaí Pé de Infância” em dezembro, diversos pontos da cidade e equipamentos públicos municipais já receberam as pinturas e intervenções da campanha. As novidades têm como objetivo mudar o olhar e as perspectivas dos cidadãos e do Poder Público para a Primeira Infância (desde a gestação até os seis anos de idade da criança) por meio do incentivo à brincadeira, da contação de histórias, do resgate às memórias e canções infantis e da importância de uma escuta atenta às demandas das crianças para a construção da cidade. O gestor da Unidade de Gestão de Cultura (UGC), Marcelo Peroni, que integra o grupo técnico de trabalhos na Prefeitura pelo programa Cidade das Crianças, explica que a adesão de Jundiaí à campanha surgiu com a assinatura do termo de compromisso de Jundiaí com a Rede Urban95. “Em reconhecimento ao que Jundiaí tem feito pela Infância, o Município foi convidado pela renomada Fundação holandesa Bernard van Leer a integrar, com apenas outros 13 brasileiros, a Rede Urban95. Com o convite veio também a adesão à Campanha Pé de Infância, proposta pela Allma Hub, organização parceira da fundação. O nome da campanha já uma brincadeira, um trocadilho que sugere o que uma boa infância pede para ser saudável, como brincar, cantar, contar histórias e aprender, e que os olhares atentos para as crianças cresçam e floresçam, como as plantas”. Leia mais aqui

Brasil de Fato – 13/01/2021

>Em PE, casa de educação antirracista para crianças recebe financiamento coletivo

Ofá é uma palavra de origem Yorubá, que significa arco e flecha. É com a ideia do arco e da fecha como ferramentas de caçar histórias e construir novas narrativas sobre a trajetória e a vida da população negra que nasce a Casa do Ofá, no Sítio histórico de Olinda, em Pernambuco. O projeto é de Kemla Baptista, pernambucana radicada no Rio de Janeiro, que é mãe, contadora de histórias, pedagoga, atriz e empreendedora social. Segundo Kemla, a Casa do Ofá será a primeira casa pernambucana voltada à educação antirracista de crianças. “Muitas pessoas já fazem muitos trabalhos importantes relevantes, consistentes relacionados à cultura afro-brasileira, mas ter um espaço voltado para a criança desde a primeira infância para que ela possa ter experiências, descobertas e aprendizados sem o aspecto escolar e sem o olhar escolar (nada contra), sem o peso da escolarização, é a primeira”, diz. Veja mais aqui

Estadão – 13/01/2021

>Instituições reagem à declaração de Bolsonaro sobre educação inclusiva

Em uma ação liderada pelo Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação (CEPI) do Instituto Jô Clemente (IJC), 18 instituições reagiram à declaração feita pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada sobre a educação inclusiva e publicaram uma carta conjunta. “O que acontece na sala de aula: você tem um garoto muito bom, você pode colocar na sala com melhores. Você tem um garoto muito atrasado, você faz a mesma coisa. O pessoal acha que juntando tudo, vai dar certo. Não vai dar certo. A tendência é todo mundo ir na esteira daquele com menor inteligência. Nivela por baixo. É esse o espírito que existe no Brasil”, disse Bolsonaro nesta quarta-feira, 6, no Palácio do Planalto, a uma mulher, que se apresentou como professora e reclamou da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender o Decreto Federal nº 10.502, de 30 de setembro de 2020, que criava a Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida. Entenda mais aqui

ONU Brasil – 12/01/2021

>Crianças e adolescentes não podem arcar com mais um ano de interrupção escolar, afirma a diretora-executiva do UNICEF

Em declaração divulgada nesta terça-feira (12), a diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Henrietta Fore, afirmou que à medida os casos da COVID-19 continuam a aumentar, nenhum esforço deve ser poupado para manter as escolas abertas ou priorizá-las nos planos de reabertura. Segundo a diretora-executiva, o custo do fechamento de escolas foi devastador. "É por isso que o fechamento de escolas deve ser uma medida de último recurso, depois que todas as outras opções foram consideradas". Apesar das evidências esmagadoras do impacto do fechamento de escolas nas crianças e nos adolescentes, e apesar das evidências crescentes de que as escolas não são os motores da pandemia, muitos países optaram por manter as escolas fechadas, alguns por quase um ano. O custo do fechamento de escolas – que no auge dos lockdowns da pandemia afetou 90% dos estudantes em todo o mundo e deixou mais de um terço das crianças e dos adolescentes em idade escolar sem acesso à educação remota – foi devastador. Confira mais aqui

O Globo – 12/01/2021

>Tiroteios diminuem no Rio com pandemia, mas ainda atingem crianças, aponta relatório; veja números

Era Domingo de Páscoa quando Riquelme, prestes a completar três meses de idade, começou a choramingar e sua mãe, Roberta Leite, de 41 anos, decidiu niná-lo na frente de casa. Ao abrir o portão, a tragédia: uma bala de fuzil retalhou a perna direita do bebê e atravessou a barriga da mãe, que não resistiu. Naquele dia, o pequeno — que ainda se recupera de sequelas — se tornou uma das 22 crianças baleadas em 2020 na Região Metropolitana do Rio, segundo o relatório anual da plataforma Fogo Cruzado, divulgado nesta segunda-feira. O documento mostra que, se, por um lado, o ano passado teve dados como uma queda de 38% no total de baleados em tiroteios (de 2.881 em 2019 para 1.795), uma redução de 41% de mortos (de 1.522 para 896) e uma diminuição de 38% nos confrontos (de 7.368 para 4.589), por outro confirmou que a violência envolvendo crianças esteve longe de recuar. Se considerados apenas os menores de 12 anos, a queda na quantidade de baleados foi um pouco menor: 8% (de 24 para 22). E na Baixada Fluminense, onde vive Riquelme, aconteceu o contrário, houve aumento dos casos. Onze crianças acabaram alvejadas, quase o triplo do registrado em 2019, de acordo com o relatório. Seis delas morreram. E todo esse cenário dramático se deu num ano atípico, devido às restrições da pandemia, em que a maioria das crianças passou a circular menos, sem ir à escola, por exemplo. Leia mais aqui

Globo Esporte – 12/01/2021

>Terapia nas ondas: como o surfe ajuda crianças autistas a lidar com a sobrecarga sensorial

O surfista Israel Paskowitz competia profissionalmente nos anos 90 quando seu filho, Isaiah, foi diagnosticado com autismo. Nascido numa família apaixonada pelo esporte – seu pai era o lendário Dorian "Doc" Paskowitz, famoso por abandonar a medicina para se dedicar integralmente às ondas – Israel imediatamente viu na condição do menino o fim de uma linhagem. Mas logo descobriu que o mar era justamente a reposta que procurava para o desenvolvimento de Isaiah. – Isaiah perdeu a fala aos dois anos e então todos os traços do autismo apareceram. Eu pensei que por ele ser especial, não pertencia à água. Mas no dia em que o levei para surfar, houve uma conexão, ele se completou – lembra Israel, emocionado. – Há algo muito poderoso sobre estar na água. Uma coisa que cura, algo fisiológico que é uma verdadeira terapia. É disso que se trata. É disso que se trata o surfe. Israel levou Isaiah para a água na tentativa de acalmar o menino durante uma crise gerada pela sobrecarga sensorial, muito comum no autismo, e percebeu que o resultado foi instantâneo. O episódio motivou a criação da Surfers Healing, acampamento de surfe sem fins lucrativos que convida profissionais do esporte a levarem crianças autistas para as ondas. O Olympic Channel acompanhou a visita do surfista americano Parker Coffin ao projeto e sua interação com Adam, uma das crianças que participaram de um evento da instituição. Se você vê uma criança autista pulando e gritando, ela está procurando receber estímulos do ambiente. Estar na água, sentir a água se movendo, sentir a água no seu corpo dá a elas o estímulo sensorial que procuram – explica Deborah, mãe de Adam. Confira mais aqui

Correio Braziliense – 11/01/2021

>Relatos de amor: livro conta histórias de quem adotou crianças mais velhas

chegada do segundo filho da professora Taicy Ávila, 44 anos, ocorreu quando a criança já tinha um ano e meio de vida. “Ligaram da Vara avisando que havia uma criança no perfil, meu coração saltou pela boca de expectativa e de felicidade. Foi a mesma sensação de quando engravidei do filho mais velho.” Era a resposta que tanto esperava depois de ingressar com o processo de adoção na Vara da Infância e da Juventude (VIJ). Dois dias depois, veio o frio na barriga e a alegria, que ela sentiu ao encontrar Samuel no abrigo em que ele vivia, em Taguatinga. “Estávamos na posição 455 da fila. Assim que o Samuel foi habilitado, fomos imediatamente chamados. Éramos a única família do DF que aceitava crianças com deficiência”, conta Taicy. Samuel foi diagnosticado com paralisia cerebral. Hoje, todo o tratamento é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além das atividades terapêuticas realizadas na rede conveniada da Secretaria de Educação. “Você pensa que vai precisar de rios de dinheiro para cuidar da criança (com deficiência). O que precisaé de informação”, diz. Num processo que se assemelha ao do nascimento de um bebê, a professora sente que deu à luz a nova família após quase um mês, tempo decorrido até o encerramento do processo de convivência e efetivação da adoção. Leia mais aqui

Uol – 11/01/2021

>Alternativa ao auxílio é remodelar programas, dizem economistas

Com o fim do auxílio emergencial, o Bolsa Família volta a ser o principal mecanismo de transferência de renda do País. O problema é que, além de atender a um número menor de pessoas, ele já estava defasado antes mesmo da pandemia. Há inúmeras propostas sobre a mesa para substituir o auxílio, e a maioria passa pelo aperfeiçoamento de programas que existem - até porque qualquer aumento de despesa esbarraria na completa falta de recursos do governo e no teto de gastos. Marcos Mendes, pesquisador associado do Insper, é um dos autores do Programa de Responsabilidade Social, que visa a aprimorar a rede de proteção social. Pela proposta, é essencial saber a diferença entre dois perfis: aqueles que já são muito pobres e não conseguem se encaixar no mercado de trabalho e os que conseguem se sustentar, mas têm oscilação de renda. "Para o primeiro grupo, é necessário o Bolsa Família. Já para o segundo, a proposta não é uma renda mínima, mas um seguro: todo mês você deposita um valor para a pessoa e, quando ela precisar, ela saca", diz. Confira mais aqui

Uol – 11/01/2021

>Levar crianças pobres de volta à escola custaria US$ 370 por aluno, diz ONG

Custaria apenas 370 dólares por aluno para retomar o ensino de crianças que tiveram a educação afetada pela pandemia. Com este cálculo, a ONG Save the Children pediu aos doadores internacionais que se mobilizem para enviar as crianças dos países mais pobres do mundo de volta às escolas fechadas pela pandemia. A organização não governamental, sediada em Londres, tem pedido reiteradamente a adoção de medidas para ajudar as crianças a permanecer na escola apesar do novo coronavírus, o que sua diretora-geral, Inger Ashing, qualificou de "a maior emergência educacional que já vimos". A Save the Children publicou uma pesquisa que abrange os 59 países mais pobres do mundo, entre eles El Salvador, Uganda e Síria, e calculou o custo médio da reabertura das escolas, estabelecendo medidas de segurança contra o novo coronavírus e ajudando as crianças se atualizarem nas lições perdidas. Leia mais aqui

O Globo – 11/01/2021

>Após ano letivo quase perdido devido à pandemia, estudantes vivem espera pelo plano de volta às aulas

Enquanto a artesã Juciane Gomes, de 38 anos, tenta trabalhar, seus quatro filhos disputam o único celular da família. Mas não para estudar, é para jogar. A única apostila escolar que a mãe conseguiu imprimir durante a pandemia está esquecida em um canto do apartamento, num condomínio do programa Minha Casa Minha Vida, em Santa Cruz. Já em Vigário Geral, a desempregada Leila Oliveira da Silva, de 46 anos, vê sinais de estresse na filha, Júlia, de 7. Nos últimos meses, a pequena passou a trocar o dia pela noite e adquiriu a mania de morder a camisa. São cenas que se multiplicam nos lares dos cerca de 641 mil alunos matriculados na rede municipal de ensino. Há nove meses afastados das salas de aula, eles passam a maior parte dos dias em casa, sem ter o que fazer.— Ela era uma menina expressiva, agora está tímida e não interage — conta Leila. O início do ano letivo está marcado para 8 de fevereiro, mas ainda não há previsão de como ou quando se dará o retorno das aulas presenciais nas escolas do município. O plano de retomada está sendo elaborado a “várias mãos”, segundo o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, pois abrange questões que extrapolam o processo educativo. Além de criar um protocolo sanitário balizado pelas diretrizes da Secretaria municipal de Saúde e do Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19, Ferreirinha quer ouvir representantes da comunidade escolar antes de divulgar a estratégia. Veja mais aqui

Época Negócios – 10/01/2021

>Os desafios das crianças que nascem no meio da pandemia

Quando a filha de um ano de Rachael Powell finalmente conheceu os avós, após meses de distância imposta pela pandemia de covid-19, ela "fez um escândalo", já que "não sabia quem eles eram". A britânica de 39 anos estava de licença maternidade quando o primeiro lockdown foi anunciado em março de 2020 na Inglaterra e ela teve de ficar reclusa. "Era uma época em que eu queria muito frequentar cafés, conhecer outras mães e fazer atividades voltadas para mães e bebês — e tudo parou de repente." "Eu me senti culpada por ela não participar de nada disso, por não viver nenhuma dessas interações", acrescenta. O possível impacto do distanciamento social sobre o desenvolvimento dos pequenos tem preocupado pais no Reino Unido, que entrou recentemente no terceiro lockdown para tentar conter a disseminação do novo coronavírus. Saiba mais aqui

Estadão – 10/01/2021

>Fim do auxílio emergencial pode levar até 3,4 milhões para extrema pobreza

Morador da rua Meu Destino, Anderson cogita dar a casa como garantia em um empréstimo, para comprar comida; Hudson voltou a morar com os pais para enfrentar um câncer; Lucimar deixou o isolamento e vende máscaras na rua para sustentar o filho. Com o fim do auxílio emergencial no ano passado, e se nada for colocado no lugar para amparar os mais vulneráveis, até 3,4 milhões de brasileiros a mais, como eles, podem cair na extrema pobreza – sobrevivendo com menos de US$ 1,90 por dia (algo como R$ 10), a linha de corte definida pelo Banco Mundial. De acordo com uma pesquisa do especialista em política social Vinícius Botelho, publicada pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), com isso, a pobreza extrema neste ano pode ser maior do que a verificada no País antes da covid-19. Nesse cenário, o número total de pessoas na extrema pobreza chegaria a 17,3 milhões em 2021, segundo os conceitos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento levaria o País ao pior patamar de pobreza desde o início da pesquisa, em 2012. Confira mais aqui

Correio Braziliense – 10/01/2021

>A face da desigualdade: DF tem mais de 160 mil famílias na faixa da pobreza

Aglomerados em barracos de madeira, de tijolos e até de papelão, crianças, jovens, adultos e idosos em situação de vulnerabilidade social convivem sob tetos irregulares, à beira das vias do Distrito Federal, principalmente na área central de Brasília. O cenário mostra falhas em áreas como educação, mercado de trabalho e desenvolvimento urbano. As famílias erguem as construções de maneira improvisada. O ambiente interno assemelha-se ao de uma casa comum — com colchão, estante para guardar roupas, fogão a lenha —, e, do lado de fora, banheiro. Mas quem são essas pessoas e de onde elas vêm? A maioria dessas pessoas trabalha como catador de material reciclável. A renda varia entre R$ 250 e R$ 400. O dinheiro vai para a compra de comida e itens básicos de higiene. Roupas, sandálias e acessórios ficam por conta de doações. Aos 19 anos, Bruna Rafaelle Duarte descreve um pouco da rotina. Casada e mãe de uma menina de 1 ano, a jovem foi despejada de uma casa, em São Sebastião, por atrasar o aluguel, que custava R$ 350. Há três anos, um barraco de lona e madeira, na 707/907 Norte, virou o abrigo da família. Na região residem, ao menos, outros 20 grupos de pessoas. Bruna deveria ter terminado o ensino médio, mas parou os estudos no 6º ano do fundamental. “Meu trabalho é de catadora. Todo dia, saio às 7h e volto às 12h, para almoçar. Depois, vou para as ruas novamente e só chego às 18h. O dinheiro que entra é para o alimento e para as coisas da neném, como fralda e leite”, conta. A meta, segundo ela, é arrumar outra função. “Como consigo alugar uma casa sem ter uma renda fixa? Se eu conseguir um trabalho (estável) em qualquer área, está bom”, completa a jovem.Veja mais aqui

Bem Paraná – 10/01/2021

>Infecções por Covid-19 em crianças e adolescentes em Curitiba disparam

Nos últimos dois meses de 2020 , Curitiba viu um aumento significativo de casos de Covid-19 em crianças e adolescentes. Se somadas as faixas etárias de 0 a 19 anos, segundo dados do Painel Covid-10 em Curitiba, de março a outubro foram 4.581 de Covid-19, enquanto em novembro e dezembro foram 6691 novos casos. Ou seja, um aumento de 46,06% de casos novos.Em algumas faixas etárias, em dois meses o número de casos foi maior que o registrado durante os oito meses anteriores de pandemia. É o caso da faixa entre 5 e 9 anos, que registrou 722 casos na capital até 31 de outubro e em novembro e dezembro, teve 759 confirmações. Nas crianças entre 10 a 14 anos, até fim de outubro, eram 874 confirmações e em novembro e dezembro foram 1173 novos casos. O maior aumento foi na faixa entre 15 e 19 anos, 1914 casos em oito meses e 3952 em apenas dois meses. A tendência de alta é confirmada no Hospital Pequeno Príncipe, referência de pediatria na capital e região, onde houve um aumento de 56% nos casos na comparação dos primeiros oito meses da pandemia em relação a novembro, dezembro e oito dias de janeiro. De março até outubro, ou seja em oito meses, o hospital registrou 134 casos confirmados de coronavírus. De novembro para cá, pouco mais que dois meses, no entanto, já foram 195 confirmações entre 0 e 17 anos. A média de idade com coronavírus atendidas no Pequeno Príncipe, é 6 anos. O vice-diretor técnico do Hospital Pequeno Príncipe, o médico infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza Costa Júnior, explica que o aumento nos últimos meses se devem exclusivamente à falta de distanciamento social e uso de máscara. “O que vemos é aglomeração desde o fim e ano, festas, férias, praias lotadas, reuniões. Esse aumento acontece em todas as faixas etárias e com as crianças não é diferente”, diz ele. Saiba mais aqui

Gazeta – 09/01/2021

>Veja por que crianças, adolescentes e grávidas não vão receber vacina da Covid

O sonho de uma vacina contra o novo coronavírus está cada vez mais próximo do brasileiro desde que a Coronavac, do Instituto Butantan, teve 78% de eficácia comprovada em casos leves e 100% em quadros moderados e graves da Covid-19. O Plano de Operacionalização da vacinação no Brasil, criado pelo Ministério da Saúde, não prevê a imunização de crianças, adolescentes e grávidas, ao menos por enquanto. Um dos motivos para esses grupos ficarem no fim da fila para receber a vacina é não serem os mais afetados por casos graves ou mortes por Covid-19. "O plano nacional de vacinação é feito de acordo com estudos epidemiológicos. Foi verificado que 52% de óbitos eram de idosos e adultos com comorbidades, que é quando tem outra doença associada. Crianças e jovens são os que menos morreram desta doença e ainda não há um perfil de segurança para grávidas", descreve o farmacêutico Antônio Júnior, que é professor dos cursos da área da saúde da Multivix. Com mais de 200 milhões de habitantes no Brasil e com a grande possibilidade de serem necessárias duas doses da vacina, é inviável que haja a imunização de todos os brasileiros de uma só vez, portanto, há necessidade de priorizar grupos. Confira mais aqui

Correio Braziliense – 09/01/2021

>Fim do auxílio emergencial atinge quase 800 mil pessoas no DF

Uma das pessoas que dependia desse dinheiro é Eunilde Gonçalves, 46 anos. Moradora do Sol Nascente e mãe de três crianças, ela sustenta a família com dificuldade. “Minha renda, hoje, é o Bolsa Família, que dá uns R$ 220, mas ajuda muito nas contas. Eu recebia o auxílio de R$ 600 e comprava comida, remédios. Agora, não sei como vai ser daqui para a frente, só sei que vai fazer muita falta”, lamenta. Eunilde não pode trabalhar devido a problemas de saúde, o que acaba sendo outra barreira. “Tenho duas hérnias de disco que dão muitas dores, então tem dia que não consigo me levantar e não dá para ter um serviço assim. Além disso, sofri uma queda há um tempo e fiquei com problema no joelho. No mês passado, gastei R$ 116 do auxílio só de medicação”, conta. Antes da pandemia e da doença na coluna, ela atuava como doméstica, mas não tinha carteira assinada. Mesmo assim, conseguia sustentar os filhos, de 13, 9 e 6 anos. “Ficou muito difícil. Os dois mais velhos também fazem tratamento, um tem bronquite e asma, e a outra tem intolerância à lactose e passa muito mal”, detalha a dona de casa. Saiba mais aqui

G1 – 08/01/2021

>Apenas um dos 15 casos de crianças vítimas de armas de fogo nos últimos dois anos teve investigação concluída no RJ

De 15 casos de crianças vítimas de armas de fogo no Rio de Janeiro nos últimos dois anos, apenas a investigação de um deles foi concluída: a morte da menina Ágatha Félix, de 8 anos, em 2019 no Complexo do Alemão, na Zona Norte da cidade, foi a única elucidada. Os outros 14 inquéritos ainda não foram relatados à Justiça. A GloboNews conseguiu os dados de acordo com a Lei de Acesso à Informação, em um pedido feito em dezembro e respondido esta semana. O policial militar apontado como responsável pelo disparo contra Ágatha Félix, Rodrigo José Soares, aguarda julgamento em liberdade. A previsão era de que o julgamento do caso acontecesse em novembro, mas ele alegou estar com Covid-19 e não há uma nova data. Entre os casos estão o das primas Emily Vitória e Rebeca Beatriz, atingidas pelo mesmo disparo na porta de casa, em Duque de Caxias, no fim do ano passado. Segundo a ONG Rio de Paz, desde 2007, foram 79 crianças mortas baleadas no Rio de Janeiro.Leia mais aqui

ACidade On – 08/01/2021

>UFSCar busca avaliar impacto da pandemia em crianças com deficiência

Uma pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pretende avaliar o impacto do distanciamento social causado pela pandemia da Covid-19 em crianças e adolescentes com deficiência motora ou intelectual, entre 3 e 17 anos. O estudo é desenvolvido pela pesquisadora doutoranda Beatriz Helena Brugnaro e conta com parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e apoio da McMaster University (Canadá). De acordo com Brugnaro, no período de distanciamento social, quando a maioria dessas crianças e adolescentes não está frequentando escolas e terapias, pode haver mudanças na participação delas nas atividades em casa, no nível de atividade física e na qualidade de vida das crianças e dos cuidadores. A hipótese é que a participação nas atividades em casa aumente, visto que o tempo em que as crianças e adolescentes estão com a família é maior. Já o nível de atividade física e a qualidade de vida devem diminuir, considerando a inatividade física que o distanciamento social pode impor, bem como a diminuição de contatos sociais e momentos de lazer. Diante disso, "o estudo pretende entender quais mudanças estão acontecendo e, então, elaborar orientações e intervenções de modo a minimizar os impactos negativos do momento junto a esse público", destaca a pesquisadora. Saiba mais aqui