Clipping nacional RNPI | 19 - 25 de Junho de 2021

As matérias publicadas neste clipping são de responsabilidade dos veículos que as publicam.

O Globo – 20/06/2021

>Com quem as crianças contam na pandemia?

>Posso contar com você? Essa pergunta estampava um cartaz levantado por uma criança no plenário da Câmara dos Deputados, em 1990, quando era debatido o Estatuto da Criança e do Adolescente, durante uma sessão especial com o Movimento Nacional dos Meninos e Meninas de Rua. Trinta e um anos depois, a pergunta ainda encontra eco. As crianças e os adolescentes não são as principais vítimas da Covid-19, mas estão entre os atingidos pelo cenário de pandemia e incertezas, agravado em razão da insuficiência de medidas governamentais de proteção. É certo dizer que a pandemia tornou o último ano brutalmente difícil para a infância brasileira, em grande parte, porque acentuou uma situação já bastante precária. Antes da chegada do vírus, como apontam dados de 2018 do IBGE, 43% das crianças de 0 a 14 anos viviam em situação de pobreza. Daí a necessidade vital de uma resposta governamental robusta, que considere os múltiplos impactos que a situação traz para a população. Com o dilapidamento das políticas de saúde, assistência social e educação, além do completo desprezo pelas medidas mínimas para combate ao coronavírus — em constante reafirmação de um discurso negacionista que induz pessoas ao erro e, consequentemente, à proliferação da doença —, nos parece óbvio que as ações do governo federal têm se dado em favor da morte da população. Não à toa, vimos 11 recusas formais à compra de vacinas. Confira mais aqui

G1 – 25/06/2021

>Estudo aponta que 72% dos crimes de abuso sexual de crianças em MT foram praticados dentro de casa

O estudo identificou ainda que as crianças do sexo feminino são vítimas em maior frequência. Das 320 ocorrências, 257 meninas (80%) e 63 meninos (20%) foram vítimas de abuso sexual no primeiro quadrimestre de 2021. De janeiro a abril deste ano, foram registrados 320 crimes relacionados ao abuso sexual de crianças de zero a 12 anos de idade em Mato Grosso, duas a mais que no mesmo período de 2020, quando houve 318 registros. O levantamento é da Superintendência do Observatório de Segurança Pública, vinculada à Adjunta de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT). “Outro local” foi apontado em 41 registros (13%); via pública em 24 (8%); pela internet em 11 casos (3%); propriedade rural foi responsável por 6 registros (2%); em comércio foram três, enquanto escola (pública e privada), veículo e clube social foram os locais com dois casos cada. O maior número de ocorrências refere-se ao estupro de vulnerável, com 253 casos no primeiro quadrimestre deste ano e 281 em 2020, seguido de importunação sexual, que saltou de 9 casos no ano passado para 22 em 2021. A conduta criminosa de “Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso” foi responsável por 15 registros, contra 11 em 2020. O assédio sexual consta com 10 casos em 2021, um a mais que no ano passado, quando houve 9 registros. Quanto a faixa etária, a maior incidência ocorreu contra crianças entre 9 e 12 anos de idade (51% ou 164 casos), em seguida entre 5 e 8 anos (93 registros) e zero a 4 anos com 63 casos. Veja mais aqui

BBC Brasil – 24/06/2021

>Canadá: os chocantes relatos sobre internatos onde morreram 6 mil crianças indígenas

Geraldine Lee Shingoose é uma das sobreviventes dos internatos para indígenas no Canadá, escolas obrigatórias administrados pelo governo e autoridades religiosas entre 1874 e 1996. O objetivo dessas instituições era incorporar crianças indígenas à cultura europeia, destruindo suas línguas e culturas durante o processo. Shingoose viveu por nove anos na unidade da província de Saskatchewan, uma das mais de 130 que existiram no país, onde relata ter sofrido agressões físicas e psicológicas. "Passamos por todo tipo de abuso. Éramos espancados se falássemos nossa língua", diz ela. Em 2008, o governo canadense se desculpou formalmente pelo sistema. O primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, disse que esta era uma "dolorosa lembrança" de um "capítulo vergonhoso da história de nosso país". Estima-se que 6 mil crianças tenham sido mortas nas instituições. Em maio de 2021, os restos mortais de 215 crianças foram encontrados em uma vala comum na província da Colúmbia Britânica, no oeste canadense. Elas eram alunas da escola residencial de Kamloops, que fechou em 1978. Os sobreviventes ainda esperam pedidos de desculpas da Igreja Católica, que participava da administração das escolas. Saiba mais aqui

Vatican News – 24/06/2021

>UNICEF: Aumentam as crianças com desnutrição e com sobrepeso

Nos anos 1970, ao 6 anos, Noel Gordon foi mandado para o que era conhecido na época como internato "educativo subnormal" (ESN), a 24 km da sua casa. "Aquela escola era o inferno", diz Noel. "Eu passei dez anos lá e quando sai, aos 16, não conseguia trabalho, porque não era capaz de ler ou preencher um formulário de emprego", diz. Cerca de um ano antes de entrar numa escola ESN, Noel deu entrada num hospital para retirar um dente. Ele tomou anestesia, mas tinha anemia falciforme (doença hereditária caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue) não diagnosticada. E a anestesia provocou uma reação séria. Noel diz que os problemas de saúde derivados disso o levaram a ser visto como alguém com dificuldades de aprendizado e que fosse recomendando que ele frequentasse uma "escola especial". No entanto, nenhuma evidência ou explicação sobre a deficiência de Noel foi dada aos pais dele. "Alguém veio e disse que encontrou uma 'um internato especial', onde cuidariam das minhas necessidades médicas", diz Noel. Durante essa conversa, eles também disseram que Noel era "burro, estúpido". Mas os pais de Noel não foram informados que essa nova escola era para os chamados "educacionalmente subnormais". Eles haviam se mudado da Jamaica para a Inglaterra nos anos 1960 e tinham grandes expectativas em relação à educação do filho. Entenda mais aqui

Paraiba Total – 23/06/2021

>Paraíba e UNICEF firmam parceria para fortalecer políticas públicas para crianças e adolescentes

O governador da Paraíba, João Azevêdo, e a representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no Brasil, Florence Bauer, assinaram, nesta última segunda-feira (21), acordo de cooperação para apoio do UNICEF ao estado com intuito de fortalecer as políticas públicas voltadas a meninas e meninos. O evento virtual marcou também o lançamento estadual da edição 2021-2024 do Selo UNICEF e a convocação aos municípios paraibanos para adesão à iniciativa que coloca os direitos de crianças e adolescentes como prioridade na gestão municipal. A parceria envolve a colaboração mútua pelo período de 2021 a 2024 para a implementação e acompanhamento de políticas intersetoriais na educação, saúde e assistência social. Além do Selo UNICEF, essa agenda tem um destaque especial na estratégia Busca Ativa Escolar, voltada ao enfrentamento da exclusão, do abandono e da evasão escolar. Outras ações prioritárias visam ao apoio ao enfrentamento da pandemia da COVID-19 para a garantia da continuidade de serviços essenciais e redução do impacto na vida de crianças e adolescentes. A cooperação prevê também estratégias que favorecem a formação de adolescentes em situação de vulnerabilidade com foco no acesso ao mercado de trabalho, como a iniciativa Um Milhão de Oportunidades, uma articulação nacional que apoia o acesso à educação, inclusão digital, desenvolvimento de competências e experiências de trabalho decente para adolescentes e jovens de 14 a 24 anos em situação de vulnerabilidade. Veja mais aqui

CNJ – 23/06/2021

>Mães em busca de crianças desaparecidas falam sobre dificuldades na investigação dos crimes

A busca desesperada de mães que tiveram suas filhas retiradas de seus lares de forma forçada quando eram crianças e seguem desaparecidas, em casos sem solução por parte das autoridades policiais e do Judiciário. Esse drama que se repete ano após ano em diferentes famílias de origem humilde – com crime não investigados e criminosos sem punição – foram expostos no evento “Mães em Luta por Justiça”, realizado na quarta-feira (23/6) pelo Observatório de Direitos Humanos do Poder Judiciário. Na busca sofrida ao longo dos anos, uma dor a mais é o tratamento falho, desigual e marcado por preconceito que essas pessoas recebem de parte do Sistema de Justiça. “No dia 31 de janeiro de 2008, Larissa, uma criança de 11 anos, foi tirada de dentro da minha casa. E a partir desse dia, o meu chão sumiu porque a partir disso conheci todo o tipo de desigualdade, negligência e maldade daqueles que, com o poder da caneta, podem nos excluir”, contou Raquel Gonçalves. Ela falou sobre o desaparecimento da sua sobrinha, criada por ela no Rio de Janeiro, e sobre a forma como foi tratada por autoridades policiais no esforço de registrar uma ocorrência. As dificuldades se seguiram ao longo dos anos para que o caso fosse investigado e Larissa, encontrada. Após o sumiço repentino da menina, Raquel chegou a manter a casa sem limpar por uma semana num esforço e apelo para que a polícia colhesse impressões digitais para investigar o caso. “Mas o que eu ouvi de um policial foi o seguinte: ‘Você é pobre, para você não tem digital’”, relatou. Leia mais aqui

O Globo – 23/06/2021

>Maioria dos transtornos mentais aparece aos 14 anos, mostra estudo

A adolescência é uma idade particularmente difícil. E um estudo mostra agora um pouco mais por que. De acordo com uma pesquisa publicada na revista Molecular Psychiatry, do grupo Nature, a idade em que a maioria dos transtornos mentais aparece é aos 14 anos, quando o cérebro passa por importantes mudanças relativas ao amadurecimento. Especialistas afirmam repensar o sistema de saúde mental, que atualmente é estruturado em atendimento infantil e adulto conforme a pessoa é mais velha ou mais jovem. Risco: Pessoas que fazem festa de aniversário na pandemia têm 30% mais chances de contrair Covid-19, indica estudo. A pesquisa, liderada pelo Hospital Clínic de Barcelona, foi realizada a partir de uma meta-análise de outros 192 estudos que incluem 708.561 pacientes para determinar a idade em que os diferentes transtornos mentais costumam ser declarados. De acordo com o estudo, a idade média em que a ansiedade social aparece é aos 13 anos, a anorexia aos 17 e a depressão, aos 30. Os 17 transtornos analisados aparecem antes dos 35 anos, em média. A idade média é aquela em que 50% dos casos aparecem antes dessa idade, e a outra metade, depois. Os pesquisadores observaram que a maioria dos transtornos mentais aparecem sem interrupção durante os primeiros 25 anos de vida. Joaquim Raduà, chefe do grupo de pesquisa do Institut d'Investigacions Biomèdiques August Pi i Sunyer (Idibaps), afirma que o ideal seria otimizar a prevenção para evitar o aparecimento de distúrbios ou mesmo um agravamento. Entenda mais aqui

Obervatório do Terceiro Setor – 22/06/2021

>Casamento infantil: quando a “dona da casa” é uma criança

Aos 5 anos, Carla* viu sua família desmoronar após a morte do pai. Ele era visto como a estrutura da família e sua morte fragilizou a esposa, que havia se casado muito jovem em busca de proteção. Carla e os quatro irmãos foram viver com parentes. Apenas dois anos depois, ela e dois irmãos voltariam a morar com a mãe. O reencontro feliz, contudo, marcou o início de um sofrimento. O novo companheiro da mãe de Carla passou a abusar da menina, que tinha apenas 8 anos. “Ele começava a me tocar assim que minha mãe saía para trabalhar. Ele não me penetrava, dizia apenas que ‘eu ainda não estava pronta’. Quando eu menstruei aos 11 anos, comecei a ter noção do que ele estava falando”. Carla conseguiu esconder a menstruação por um ano. Cortava pedaços de pano de chão para controlar o sangramento. Mas o padrasto acabou descobrindo. “Ele era visto como um homem bom por todos. Ninguém desconfiava. Quando ele descobriu que eu estava menstruando, me deu uma surra, só não tentou nada porque meu irmão mais novo impediu. Ali resolvi contar. Mas ninguém acreditou”. Como Carla não tinha marcas e ainda era virgem, foi vista como mentirosa. Não aguentando mais a situação, ela saiu de casa e passou a viver nas casas de familiares. “Mas não dava para ficar muito tempo. Os maridos das minhas tias mostravam as genitálias para mim, tentavam me beijar, me apertar. Passei a ter nojo de homem”. Foi na casa de uma das tias que Carla conheceu seu futuro marido, aos 14 anos. Ele era 13 anos mais velho. Quando o pedido de casamento veio, ela aceitou a proposta por enxergá-la como uma salvação. Na época, bastou uma autorização da mãe para a união se tornar oficial. Entretanto, a relação não foi como Carla imaginava. Além de não respeitar a jovem e forçar o sexo, o marido também não queria deixá-la estudar. Carla não cedeu. Passou um ano caminhando 7 km até uma escola pública. Confira mais aqui

GaúchaZH – 22/06/2021

>Como prevenir que crianças e adolescentes se tornem vítimas de crimes pela internet

A pandemia provocou uma série de mudanças na rotina das famílias que, como as aulas de forma remota, acentuaram o uso de computadores, tablets e celulares por parte de crianças e adolescentes. Isso faz com que esse público esteja ainda mais exposto a um risco silencioso e extremamente perigoso: os crimes praticados por meio da internet. Especialistas na área da segurança e da Pediatria, que prestam assistência a esse público infanto-juvenil, alertam que os pais devem intensificar os cuidados com os filhos quando o assunto é o meio virtual. Eles dão dicas de prevenção. Polícia sugere a prevenção como melhor arma contra o crime que mais cresce no Rio Grande do Sul. Polícia sugere a prevenção como melhor arma contra o crime que mais cresce no Rio Grande do Sul. Quem tem mais de 30 anos, deve ter na memória a mãe ou o pai recomendando algo como "não converse com estranhos na rua" ou "não aceite doces de pessoas estranhas". O cenário mudou. Com as crianças passando mais tempo em mídias eletrônicas, os riscos da rua agora estão dentro de casa. Mas, as orientações devem seguir no mesmo sentido. A internet é um ambiente de infinitas possibilidades. É preciso direcionar, entre elas, quais são construtivas, educativas ou mesmo de diversão para as crianças e quais elas não devem ter acesso. Esse controle deve ser feito pelos responsáveis. Os benefícios da internet são inúmeros, como fonte de conhecimento e de diversão, mas também uma grande fonte de risco. E ocorre que os pais, por também estarem atarefados, têm essa falsa segurança de que as crianças estão dentro de casa e estão fora de perigo, estão só utilizando o computador. Na verdade, aí é que mora o perigo. Os pais não deixam uma criança sozinha em um shopping, mas a deixam sozinha em uma rede social, sem ter noção dos riscos que ela está correndo — alerta a delegada Sabrina Doris Teixeira, da Divisão da Criança e do Adolescente da Polícia Civil. Leia mais aqui

Agência Brasil – 22/06/2021

>ONU: mais de 8,5 mil crianças foram usadas como soldados em 2020

Mais de 8,5 mil crianças foram usadas como soldados no ano passado em vários conflitos pelo mundo, e quase 2,7 mil foram mortas, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) nessa segunda-feira (21). O relatório anual do secretário-geral da ONU, António Guterres, ao Conselho de Segurança da ONU sobre crianças e conflitos armados abrange assassinatos, mutilações e abuso sexual de crianças, além da abdução ou recrutamento, negação de acesso a atendimento de saúde e ataques a escolas e hospitais. O documento mostra que violações foram cometidas contra 19,37 mil crianças em 21 conflitos. A maioria das violações em 2020 foi cometida na Somália, República Democrática do Congo, no Afeganistão, na Síria e no Iêmen. De acordo com o relatório, 8,52 mil crianças foram utilizadas como soldados no ano passado, enquanto 2,67 mil foram assassinadas e 5,74 mil ficaram feridas em diversos conflitos. O documento também inclui uma lista negra que tem a intenção de constranger as partes em conflitos, com a esperança de puni-las para implementar medidas de proteção a crianças. A lista tem sido objeto de polêmica, com diplomatas afirmando que a Arábia Saudita e Israel fizeram pressão nos últimos anos para ficar de fora dela. Veja mais aqui

Agência Brasil – 21/06/2021

>Trabalho infantil atingiu 1,8 milhão de pessoas em 2019, mostra estudo

Um levantamento feito pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) mostrou que em 2019 havia 1,8 milhão de crianças e adolescentes em trabalho infantil, número 4,8% menor do que no ano de 2018. Desse total, 704 mil (38,4%) exerciam algumas das piores formas de trabalho infantil. Os dados do estudo O Trabalho Infantil no Brasil: Análise dos Microdados da PnadC 2019, divulgados hoje (21) pelo FNPETI, mostram que 1,206 milhão eram meninos e 626 mil, meninas e que 1,202 milhão eram negros e 630 mil, eram brancos. Em um recorte pela faixa etária, os dados indicam que a maioria tinha 16 e 17 anos, 448 tinham 14 e 15 anos, e 285 tinham de 10 a 13 anos. As regiões do país onde mais havia crianças e adolescentes trabalhando foi o Sudeste, seguido do Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste. Do total de crianças e adolescentes em trabalho infantil em 2019, 866 mil não eram remunerados ou trabalhavam para consumo próprio. Entre as principais ocupações (o que é feito no trabalho) aparecem os balconistas (6%), trabalhadores rurais (4,9%), escriturários (4,9%), cuidadores de crianças (3,8%), trabalhadores qualificados da agricultura (3,5%) e demais ocupações (76,7%). A maioria (734 mil) era empregada sem carteira assinada. Com relação à atividade do estabelecimento onde trabalham 5,5% são comércios de alimentos, bebidas e fumo, 5,2% são restaurantes, 5,1% serviços domésticos, 4,9% criação de bovinos, 4,6% manufaturamento e reparo de veículos e 74,8% em demais atividades. Segundo o levantamento, 807 mil eram empregados em estabelecimentos de serviços e 507 mil em estabelecimentos de agricultura. "Se esse problema não for resolvido, o Brasil não vai ser considerado um país desenvolvido. Como a causa principal do trabalho infantil é a pobreza e o Brasil é um país de extrema desigualdade, com muitas pessoas pobres, significa que existe um alto contingente populacional em situação vulnerável economicamente, socialmente, culturalmente e educacionalmente. Saiba mais aqui

Diário Digital – 21/06/2021

>Quase cinco mil crianças e adolescentes aguardam adoção

Há atualmente 4.962 crianças e adolescentes no país disponíveis para adoção, informou o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA). Dados do Conselho Nacional de Justiça mostram que das adoções efetivas feitas nos últimos seis anos, 47% foram de crianças que tinham até três anos na data da sentença, 28% de crianças de quatro a sete anos completos, 17% de oito a 11 anos completos e 8% foram de adolescentes, ou seja, maiores de 12 anos completos. Em 2019, 3.062 crianças foram adotadas por meio do SNA. Em 2020, no entanto, como um dos efeitos da pandemia, somente 2.505 conquistaram nova família. Há várias maneiras de se adotar uma criança ou um adolescente. O processo é regido pela Lei Nacional da Adoção (Lei nº 12.010, de 3 de agosto de 2009) e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069, de 13 de julho de 1990). Conheça os principais tipos de adoção: 1. Unilateral. Ocorre quando o filho de outra relação do cônjuge ou companheiro é adotado, quando não consta o nome de um dos genitores na certidão, ou este tenha perdido o poder familiar. Há ainda casos em que o genitor morre e o cônjuge/companheiro adota o filho dessa pessoa, formando assim um novo vínculo familiar e jurídico. 2. Legal. Essa é forma mais conhecida de adoção, onde a pessoa/casal que deseja adotar deve se dirigir à Vara de Infância e Juventude da comarca em que reside para se habilitar ao processo de adoção. 3. Homoparental. É a realizada por um casal ou uma só pessoa homossexual. O Supremo Tribunal Federal reconhece a união homoafetiva como um núcleo familiar como qualquer outro e, além disso, o Estatuto da Criança e do Adolescente autoriza a adoção por uma única pessoa, sem fazer qualquer restrição quanto à sua orientação sexual. Confira mais aqui

Uol – 21/06/2021

>Mães apoiam homeschooling: "Ninguém tira filho da escola para ficar burro"

Em abril de 2019, a economista Bianca Vasconcelos, de 40 anos, participou de uma excursão para Brasília. Ela viajou 1500 km de ônibus desde Cascavel, no interior do Paraná, até a capital federal com outras famílias que, assim como ela, são adeptas do ensino domiciliar ou homeschooling. A modalidade é diferente do ensino à distância porque não conta com a escola ou professores, são os pais que decidem o que e como as crianças vão aprender. Na viagem, ela levou os dois filhos, de 12 e 10 anos, e uma bolsa cheia de materiais escolares. "Levei a bandeira do Brasil para estudar os estados. Nos dois dias na estrada, eles foram aprendendo o que era a Câmara, o Senado. Eu não podia perder a oportunidade, né?", conta Bianca, adepta do homeschooling desde 2014, a Universa. O grupo que estava com Bianca participou do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Homeschooling. Organizadas, milhares de famílias pressionam pela aprovação do projeto de lei que regulamente o ensino domiciliar no Brasil. Hoje, quem pratica o homeschooling pode ser denunciado ao Conselho Tutelar por abandono intelectual — deixar de prover instrução primária à criança em idade escolar. A pena prevista é de detenção de 15 dias a 1 mês, ou multa. Mãe de uma menina de 4 e de um menino de 2 anos, a mestre em saúde pública Claudia Maia, de Belo Horizonte (MG), decidiu adotar o ensino domiciliar na pandemia. Ela, que está estudando pedagogia, critica o atual modelo de educação nas escolas. "A maioria das escolas adotam fileiras de cadeiras uma atrás da outra. Os meninos não veem a cara um do outro, não interagem e ficam lá ouvindo o professor. Isso é de um empobrecimento muito grande", diz. O projeto de lei (PL) da deputada Luísa Canziani (PTB-PR), em discussão no Congresso, encontra resistência de grande parte de especialistas de educação e foi colocado como uma prioridade do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Entenda mais aqui

Bebê – 21/06/2021

>Parentalidade positiva: como usar o conceito em ações do cotidiano

Uma educação baseada na firmeza e na gentileza, sem punições ou agressões físicas e verbais. Em suma, é disso que se trata a disciplina positiva ou parentalidade positiva, conceito esquematizado pela terapeuta Jane Nelsen na década de 80, que tem como base teorias da psiquiatria e psicologia formuladas pelos profissionais austríacos Alfred Adler e Rudolf Dreikurs. Com o avanço da tecnologia científica e com o passar do tempo, a neurociência, graças a muita pesquisa sobre o desenvolvimento do cérebro, hoje já é capaz de provar que uma educação pautada pelo respeito e pelo amor é bastante benéfica para crianças e adultos – é o que fala a psicopedagoga especialista em disciplina positiva Ge Gasparini, que é mãe e atua na área da educação há 20 anos. “O maior benefício [da disciplina positiva] está na construção do vínculo afetivo, já que participar da vida dos nossos filhos através de uma relação baseada no acolhimento e confiança torna tudo mais fácil. Ensinar para a criança que guiaremos a sua educação por um caminho gentil, com amor e respeito, fará com que ela se torne um adulto livre de feridas emocionais”, explica a profissional. Para ela, vale a máxima: ‘quando meu filho tiver um problema eu quero que ele corra para mim, e não de mim‘. O psicólogo especialista em relacionamentos pela Universidade de Miami Alexander Bez, completa ao constatar que uma relação entre pais e filhos ausente de traumas emocionais proporciona ao indivíduo um maior equilíbrio emocional. “Uma mente saudável promove a validação e revalidação sentimental contínua, o que favorece para que essa criança tenha personalidade própria e esteja preparada para enfrentar situações turbulentas e frustrações que possam surgir no decorrer da vida e, consequentemente, absorvendo menos os impactos negativos dos conflitos”, diz ele. Saiba mais aqui

G1 – 20/06/2021

>Escola cria programa de rádio para promover interação com alunos: Criança ganha ânimo, diz professor

Além de informar e contar histórias, o rádio tem sido usado para promover a interação entre alunos e professores de uma escola de São José do Rio Preto (SP) durante as aulas à distância. O projeto "Rádio da Coruja" foi criado em fevereiro deste ano na Escola Municipal Ruy Nazareth, no Parque Jaguaré. A proposta é transformar áudios com dúvidas dos alunos em programas de rádio. A ideia foi do professor e jornalista Sérgio Teixeira, que uniu as duas paixões para fazer com que os conteúdos dos estudantes alcançassem mais pessoas. “Esses áudios ficam muitas vezes reservados no celular do professor. Quando a gente consegue criar um canal de comunicação escolar e a criança percebe que aquele trabalho vai ser levado para toda a comunidade, ela ganha ânimo e o trabalho dela passa a ter significado. Ela fica estimulada a continuar o estudo em casa”, explica o professor. As reuniões para definir os trabalhos são feitas quase todos os dias em formato virtual. No começo, o projeto era feito com apenas uma turma da instituição, mas hoje as 24 salas da escola participam da iniciativa. Os programas da rádio são diários e enviados aos alunos por mensagens ou pelo computador. De acordo com Sérgio Teixeira, o projeto ajuda no desenvolvimento pedagógico das crianças. “Quando a criança grava um áudio e manda para o professor, a gente consegue perceber o quanto ela já avançou na leitura e na articulação de ideias e pensamentos. Com isso, a gente vai avançando para as demais disciplinas que a gente precisa trabalhar os componentes”, explica. Escola de Rio Preto alia novas tecnologias e linguagem do rádio para comunicação escolar. Escola de Rio Preto alia novas tecnologias e linguagem do rádio para comunicação escolar. A professora Halyne Guimarães Cardoso afirma que transformar os livros didáticos em histórias para o rádio é um desafio. Veja mais aqui

CNN Brasil – 19/06/2021

>Pobreza menstrual: Conheça o problema que leva brasileiras a deixarem de estudar

Uma em cada dez meninas no mundo deixam de ir à escola quando estão menstruadas. No Brasil, estima-se que sejam uma em cada quatro. Falta de condição financeira para comprar absorventes e de estruturas sanitárias estão entre as causas do problema batizado de pobreza menstrual e reconhecido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A pobreza menstrual, como o nome já diz, tem a ver com pobreza no sentido literal. É caracterizada pela falta de acesso a recursos, infraestrutura e até conhecimento por parte de mulheres para cuidados que envolvam a própria menstruação. Mulheres devem ter direito a folga na menstruação? Alguns países dizem que sim. Escócia é o primeiro país do mundo a fornecer absorventes menstruais gratuitos. Supermercado na Irlanda oferece absorvente de graça para mulheres pobres. Trata-se de um fenômeno afetado pela desigualdade social, racial e de renda, segundo o levantamento “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos”, realizado pelo Unicef. “A pobreza menstrual não diz respeito somente a falta de absorvente, ela remete à discussão da falta de acesso à água, é a ponta do iceberg”, afirma a tocoginecologista Brena Melo, coordenadora da Enfermaria de Alto Risco do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), no Recife (PE). Melo afirma que a falta de acesso à água impede uma higiene adequada no período menstrual em qualquer método de absorção do sangue - por absorventes descartáveis, coletores menstruais ou toalhas. É necessário que haja troca sempre que o absorvente estiver molhado, os coletores devem ser lavados em água corrente, e as toalhas precisam ser lavadas com água e sabão e secas ao sol para evitar a proliferação de bactérias. “Mas como fazer isso sem água?”, questiona. Entenda mais aqui

Especial: Matérias sobre Covid-19

G1 – 25/06/2021

>Órfãos da Covid: Maranhão anuncia assistência financeira a crianças que perderam os pais durante pandemia

>O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), anunciou em entrevista coletiva nesta sexta-feira (25) o projeto de lei 'Auxílio Cuidar', medida que busca ajudar financeiramente crianças e adolescentes que perderam os pais durante a pandemia da Covid-19. De acordo com Dino, o auxílio vai garantir o valor mensal de R$ 500 até a maioridade das crianças, além de amparar os menores de idade de famílias com renda familiar bruta de até três salários-mínimos. "Esse auxílio virá para amparar essas crianças, poder auxiliar famílias substitutas na alimentação, vestuário dessa criança, que por conta dessa crise sanitária trágica, ficou nessa situação de orfandade completa bilateral’’, disse. Dose Premiada. Além disso, o governador anunciou também a realização do primeiro sorteio ‘Dose Premiada’. Segundo o governador, a pessoa que tomar a segunda dose do imunizante contra a Covid, já concorrerá automaticamente. O primeiro sorteio vai acontecer nesta sexta, às 16h. “Vamos sortear inicialmente 50 prêmios de R$ 1000, 20 prêmios de R$ 5.000 e cinco prêmios de R$ 10.000. Portanto, hoje teremos 65 pessoas contempladas com esses prêmios e daí quinzenalmente. Nós vamos sorteando quinzenalmente, de que modo que tenha cada vez mais pessoas concorrendo”, disse. Evolução da vacinação no estado. Ainda durante a coletiva, Dino ressalta o crescimento da população adulta vacinada no Maranhão. Segundo o governador, os arraiás da vacinação não tem data para acabar. “O mutirão vai continuar enquanto for necessário. A vacinação está avançando, tem cidades que a gente já aplicou mais de 10 mil doses de vacina em um único dia. Há cidades que nós aplicadas, seis mil, oito mil juntos”, afirmou. Dino mantém o critério de novas doses apenas a municípios com 85% ou mais de vacinas aplicadas. Atualmente, 87 municípios estão inabilitados ao recebimento de novas doses e 130 poderão receber os imunizantes, visto que estão acima de 85%. Segundo o governador, até melhorarem o desempenho, as vacinas vão ficar guardadas na central de São Luís. Leia mais aqui

Uol – 25/06/2021

>Rio começa a vacinar lactantes contra a covid-19 na próxima semana

>O município do Rio começará a vacinar lactantes contra a covid-19 na próxima segunda-feira (28). Para receber a primeira dose, é necessário que a mãe apresente recomendação do profissional de saúde que acompanha a criança e ateste que a mãe ainda está amamentando e que tem indicação para ser imunizada. A informação foi dada hoje durante a apresentação do boletim epidemiológico semanal da prefeitura sobre a pandemia. De acordo com o secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, não há restrição de idade da criança. Desde que ainda esteja sendo amamentada, a mãe poderá receber a vacina. "Pode ser qualquer tempo, desde que tenha a comprovação de que de fato é lactante, que ainda esteja amamentando. Quem faz a comprovação é o profissional de saúde que acompanha a criança nos primeiros anos de vida. Pode ser o médico da família, uma enfermeira, qualquer profissional de saúde que esteja acompanhando essa criança." A vacinação contra a covid-19 na capital continua hoje a imunizar homens de 48 anos, gestantes e puérperas e profissionais da limpeza urbana. Amanhã, haverá repescagem desses grupos, de pessoas a partir de 48 anos e pessoas com comorbidades. Na próxima semana, dias 28, 29 e 30 de junho, serão vacinadas as pessoas com 47 anos. Em julho, serão contempladas as pessoas entre 46 e 38 anos e, em agosto, a faixa entre 37 e 18 anos, sempre respeitando o escalonamento por idade e sexo. Setembro será a vez dos adolescentes, começando com as meninas de 17 anos no dia 1º e meninos de 17 anos no dia 2, seguindo até o dia 15 de setembro, quando ocorre a repescagem para todos os adolescentes a partir de 12 anos. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), relatou que tomou conhecimento de pessoas que compareceram aos postos nos dias da repescagem com a intenção de tomar novamente a primeira dose do imunizante, de algum fabricante que tenha preferência. Entenda mais aqui

Uol – 24/06/2021

>Estudo mostra que práticas parentais negativas aumentaram na pandemia

>Geraldine Lee Shingoose é uma das sobreviventes dos internatos para indígenas no Canadá, escolas obrigatórias administrados pelo governo e autoridades religiosas entre 1874 e 1996. O objetivo dessas instituições era incorporar crianças indígenas à cultura europeia, destruindo suas línguas e culturas durante o processo. Shingoose viveu por nove anos na unidade da província de Saskatchewan, uma das mais de 130 que existiram no país, onde relata ter sofrido agressões físicas e psicológicas. "Passamos por todo tipo de abuso. Éramos espancados se falássemos nossa língua", diz ela. Em 2008, o governo canadense se desculpou formalmente pelo sistema. O primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, disse que esta era uma "dolorosa lembrança" de um "capítulo vergonhoso da história de nosso país". Estima-se que 6 mil crianças tenham sido mortas nas instituições. Em maio de 2021, os restos mortais de 215 crianças foram encontrados em uma vala comum na província da Colúmbia Britânica, no oeste canadense. Elas eram alunas da escola residencial de Kamloops, que fechou em 1978. Os sobreviventes ainda esperam pedidos de desculpas da Igreja Católica, que participava da administração das escolas. "Em 2016, enviei uma mensagem para o papa Francisco. Ela foi enviada, e nunca recebemos uma resposta", relata Shingoose, que conta sua história neste vídeo. Confira mais aqui

Estadão – 23/06/2021

>Pais analfabetos e sem diretrizes lutam para que os filhos aprendam a ler na pandemia

>Samuel, de 7 anos, aprende rápido, é curioso e pergunta muito. Antes da pandemia, ganhou medalha de "aluno destaque" na educação infantil, quando morava na Serra do Mundeu, zona rural do município de Araripe, no Ceará. Mas quando a pandemia de covid-19 interrompeu as aulas presenciais, em março de 2020, ele estacionou. Analfabeta, a agricultora Zenilda Freire Barbosa, de 47 anos, mãe do menino, não conseguia ajudar nas lições que chegavam da escola no ensino a distância. "Eu não sei ler para ensinar o meu filho e aqui não tem quem ensine", conta. Para que o menino seguisse estudando, a agricultora decidiu enviar Samuel à casa da irmã, tia dele, na região de Pajeú, zona mais urbana de Araripe. Lá, é ensinado pela prima, que já terminou o ensino médio. "Eu não quero que meu filho se crie como eu, sem saber ler; eu quero que ele estude, aqui não ia aprender nada", diz Zenilda, que só pôde estudar até o primeiro ano do ensino fundamental. É difícil para mim, porque ele é filho único e é tudo na minha vida." Há mais de um ano, a agricultora e o marido visitam o filho a cada oito dias. Quando a saudade aperta, fazem uma chamada de vídeo. Para Riqueli Ferreira Barbosa, de 19 anos, jovem que ensina Samuel, a situação é desafiadora. "Uma responsabilidade muito grande: deixo ele fazendo as atividades conforme ele entende e aí, quando ele tem dúvida, eu ajudo", relata. "Ele gosta de estudar, se dedica bastante, mas sente falta da mãe." Mesmo com todas as dificuldades — as atividades são entregues pela escola essencialmente via WhatsApp e por meio de monitores que distribuem as lições impressas de acordo com a região —, Samuel já sabe ler e escrever um pouco. "Eu vejo que as professoras se preocupam, porque viam ele avançando antes da pandemia", diz Riqueli. Segundo a professora Maria D’eus, que leciona para a turma de Samuel, o caso do menino não é exceção. A maioria dos estudantes da escola tem pais agricultores que são analfabetos ou semianalfabetos. Saiba mais aqui

CNN Brasil – 23/06/2021

>Qual o momento adequado de vacinar crianças e adolescentes contra Covid-19

>Bastou que a Anvisa liberasse a aplicação da vacina da Pfizer contra Covid-19 para adolescentes, a partir de 12 anos de idade, para que o município de Betim, em Minas Gerais, decidisse vacinar essa faixa etária antes mesmo de concluir a vacinação de pessoas entre 40 e 50 anos – que agora encabeçam as estatísticas de mortes pela doença. A decisão, que acabou suspensa pela Justiça mineira, abriu um debate sobre a vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19 não só em um contexto brasileiro, mas mundial. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que mesmo os países que já imunizaram a população adulta considerem a doação de doses para nações mais pobres antes de vacinarem suas crianças e adolescentes. Neste episódio do E Tem Mais, Carol Nogueira recebe dois infectologistas para debater os riscos da imunização de crianças contra a Covid-19 no momento atual da pandemia no Brasil. Na primeira parte do episódio, a infectologista e imunologista Glória Teixeira, professora na Universidade Federal da Bahia (UFBA), comenta a situação de um grupo específico: crianças com comorbidades ou com deficiências. O infectologista e pediatra Marcelo Otsuka, coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia, também fala sobre a volta às aulas no contexto de crianças e adolescentes não imunizados. Veja mais aqui

Istoé Dinheiro – 23/06/2021

>Covid-19: Isolamento tem provocado ataques de pânico em crianças

>Crianças com apenas cinco anos de idade têm tido ataques de pânico ao se encontrarem com os seus amigos para jogos e brincadeiras, depois de estarem isoladas na sequência de sucessivos bloqueios durante a pandemia de Covid-19, segundo o ‘The Telegraph’. A informação foi revelada por especialistas do NHS, serviço nacional e saúde do Reino Unido, que dizem que as crianças estão mais sujeitas a ansiedade e depressão desde que os bloqueios começaram, há mais de um ano, e que muitas têm até medo de sair de casa. Os números relatados pelo jornal sugerem que mais 1,5 milhão de crianças e jovens vão precisar de apoio de saúde mental como resultado direto da pandemia, nos próximos três a cinco anos. Desde o primeiro bloqueio, 420.501 jovens e crianças receberam tratamento do NHS para problemas de saúde mental. No início da pandemia, as crianças conseguiam ter acesso a serviços privados de saúde mental em cerca de duas semanas, mas agora muitos psicólogos particulares também estão sobrecarregados, sendo incapazes de aceitar novos pacientes, o que aumenta o tempo de espera nestes serviços. Dame Rachel De Souza, Comissária Infantil de Inglaterra, disse que a saúde mental será a maior preocupação da atual geração de crianças, que sofre de traumas e luta para se ajustar às constantes mudanças nas suas vidas. “A pandemia virou a vida dos jovens de cabeça para baixo”, acrescentou. Leia mais aqui

G1 – 22/06/2021

>Aumenta o número de alunos do ensino básico que pensam em desistir de estudar, diz pesquisa

>O número de alunos do ensino básico que correm o risco de abandonar os estudos por causa da pandemia aumentou. Estudar longe da escola não é nada fácil. “Tem distrações, pessoas conversando, tirando a sua atenção, pedindo coisas”, afirma a estudante Laila da Silva. “Para ele era como se fosse uma tortura ter aula online, porque ele notava que ele não estava aprendendo nada”, diz a pescadora Kelen Borges Machado, mãe do menino Miguel. Laila, que faz curso técnico de nutrição em São Paulo, tem ainda outra dificuldade: “A rede wi-fi cai a todo momento, é bem difícil essa questão”, conta. Miguel resume assim o ano de 2020 inteiro de ensino remoto: ‘O segundo ano era horroroso. Não gostava do segundo ano”. Na casa da pescadora Kelen, na cidade gaúcha de Rio Grande, a rotina foi de aulas online uma vez por semana e muita tarefa que a escola mandava em folhas de papel. “Ele precisava daquele apoio para aprender realmente a caligrafia, para aprender a ler. E aí eu tentava ajudar da melhor maneira possível”, conta a mãe do Miguel. Os problemas no ensino são os mesmos no país há um ano e três meses. E, segundo a pesquisa do Datafolha, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Itaú Social e a Fundação Lemann, oito de cada dez estudantes da educação básico continuam dependentes do ensino remoto, por causa das medidas de restrição. E o aprendizado não é o mesmo da escola. “Basta a gente se colocar no lugar de uma criança ou de um adolescente que recebe em PDF algo para copiar. É muito diferente daquele estudante que está realizando um projeto junto com seus colegas. A escola cumpre um papel fundamental no desenvolvimento integral das crianças, adolescentes e jovens”, diz Patrícia Mota Guedes, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento Itaú. Confira mais aqui

BBC Brasil – 22/06/2021

>Pandemia 'não é hora de ser supermãe ou superpai', diz especialista em 'burnout parental'

>Em 2018, as psicólogas Isabelle Roskam e Moïra Mikolajczak, da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, começaram o maior estudo global já feito sobre um tema das quais são pioneiras em pesquisar — o parental burnout, ou "burnout parental", um adoecimento decorrente dos desafios de ser mãe ou pai. Três anos depois, o estudo envolvendo mais de 17 mil pais em 42 países foi publicado em um período em que o mundo todo se tornou um verdadeiro laboratório da vida real sobre o burnout parental. Isolando milhões de crianças, adultos e idosos em suas casas, a pandemia de coronavírus de repente tirou boa parte do suporte que mães e pais têm para criar seus filhos. Para falar do burnout parental, Roskam costuma fazer a analogia da balança: esse esgotamento acontece quando o lado "fatores de estresse" pesa mais do que o lado "recursos", um desequilíbrio que costuma afetar o adulto ao longo de um tempo considerável. "Na pandemia, o problema é que a balança de muitos pais ficou desequilibrada, com mais estresse: você não tinha as escolas (presenciais), mas também em alguns casos precisou fazer trabalho remoto; não pôde mais ter a ajuda dos avós em algum dia da semana; não teve mais atividades de lazer e extracurriculares que ajudavam a dar conta da criança", diz a pesquisadora, mãe de cinco filhos e professora de psicologia na Universidade de Louvain, em entrevista à BBC News Brasil por teleconferência. Veja mais aqui

Folha de Pernanbuco – 22/06/2021

>Criança de favela vê espaços para brincar minguarem na pandemia

>Há alguns meses, Priscila Santos da Silva, 25, comprou um videogame para Felipe e Gustavo. O pedido dos filhos de cinco anos foi resultado das muitas horas que a família passa em casa depois que a escola parou. Morando no Jardim Pantanal, na zona leste de São Paulo, os irmãos estão entre as milhares de crianças de favelas brasileiras que viram espaços para brincar minguarem com a pandemia, ampliando mais uma das desigualdades entre ricos e pobres no país. A pesquisa "O Brincar nas Favelas Brasileiras", divulgada recentemente, mostra que 85% das mães de comunidades afirmam que os filhos têm se entretido, sobretudo, no quintal ou dentro da residência, o que acontecia em 63% dos lares antes da Covid-19. A escola ou creche como espaço para as brincadeiras caíram de 50% para 9%, e pracinhas, de 21% para 14%, apesar de ambos estarem entre os lugares que as mulheres mais citam quando questionadas sobre onde gostariam que os pequenos se divertissem. A pesquisa foi feita pelos institutos Locomotiva e Data Favela em parceria com a agência Purpose e a Fundação Lego. Foram entrevistadas de forma online 816 mães de comunidades pelo país com filhos de até seis anos, entre 31 de outubro e 9 de novembro, além de abranger conversas e observações com 12 mulheres. Elas são em sua maioria negras e se declaram chefes de família — pouco mais da metade está solteira ou separada. Cerca de um terço é dona de casa, e outro terço está desempregado, sendo que a renda média é de R$ 827, menos que um salário mínimo. A pesquisa foi feita pelos institutos Locomotiva e Data Favela em parceria com a agência Purpose e a Fundação Lego. Foram entrevistadas de forma online 816 mães de comunidades pelo país com filhos de até seis anos, entre 31 de outubro e 9 de novembro, além de abranger conversas e observações com 12 mulheres. Elas são em sua maioria negras e se declaram chefes de família — pouco mais da metade está solteira ou separada. Cerca de um terço é dona de casa, e outro terço está desempregado, sendo que a renda média é de R$ 827, menos que um salário mínimo. Leia mais aqui

IG – 21/06/2021

>Ensino remoto faz quase 3 milhões de alunos perderem merenda, aponta estudo

>Mais de um ano após a adoção do ensino remoto , ainda há pelo menos 677 redes municipais de educação que não garantem a alimentação escolar de seus estudantes. Isso significa que seus 2,7 milhões de alunos perderam as refeições que faziam na escola e não estão recebendo esses mantimentos em casa. Os dados são do Painel de Monitoramento da Educação Básica no Contexto da Pandemia , da Universidade Federal de Goiás (UFG) com apoio do MEC . A falta de merenda compõe um quadro em que mais da metade dos domicílios no país (59,4%) apresentaram algum grau de insegurança alimentar entre agosto e dezembro de 2020, segundo pesquisa coordenada pelo Grupo de Pesquisa Alimento para Justiça da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com a Universidade de Brasília (UnB). Na prática, 125,6 milhões de brasileiros não se alimentaram como deveriam ou já conviviam com a incerteza quanto ao acesso à comida. "Vivo da ajuda dos outros", conta Ana Paula Rodrigues dos Santos, de 35 anos, moradora de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio. Mãe de seis filhos, Ana Paula conhece bem a alegria de alimentar crianças. Ela era merendeira, mas agora, desempregada, não consegue garantir as refeições de seus filhos com os R$ 447 de Bolsa Família, única renda da família: "Tenho quatro crianças nas escolas de São Pedro, mas a cidade não dá nada. Estou precisando muito. Eles tomavam café e almoçavam na escola." Vizinha à Ana Paula, Andrea Pinheiro, de 50 anos, tem um filho na rede municipal e vive de uma pensão de R$ 1.100 para ela e o marido, desempregado, e também passa apertos. "Não posso dizer que sempre tem comida. Quando falta, os vizinhos ajudam", conta. A pesquisa comandada pela UFG buscou todas as 5.569 redes municipais de educação do país e recebeu informações de 1.506, que respondem por 40,5% (9,2 milhões) das matrículas no país. Dessas, 829 cidades, com 6,5 milhões de alunos, oferecem alimentação escolar e 677, não. Confira mais aqui

G1 – 20/06/2021

>Professor e alunas do Piauí criam jogos para ensinar crianças como se prevenir do coronavírus

>Um professor e três alunas do curso de Licenciatura em Física, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI), campus de Parnaíba, desenvolveram jogos educativos para crianças com informações sobre e métodos de prevenção contra a Covid-19. Os jogos são recomendados para crianças de 7 a 12 anos de idade. Os jogos foram idealizados por três graduandas de física, Fernanda Vale, Meirislândia dos Santos e Erica Araújo, incentivadas por um Edital de Extensão que aconteceu em 2020 na instituição. Com a ajuda do professor Deymes Aguiar, as alunas conseguiram executar os passatempos. "O professor Deymes nos convidou para fazer um aplicativo que fosse de acordo com a proposta do edital de combate ao coronavírus, então a gente se reuniu, como somos um grupo de amigas que já temos esse conhecimento em aplicativo, então só juntamos o útil com o agradável", contou a graduanda Meirislândia. Além dos jogo de tabuleiro e para o sistema Android, propostos no trabalho, também foi desenvolvido um jogo para computador com sistema Windows em formato de Quiz. Para isso é necessário o acompanhamento de um responsável ou professor, já que o o intuito do jogo era ser utilizado como material didático nas escolas. "Esse jogo é para crianças, pegamos informações e adaptamos para uma linguagem o mais simples possível. Palavra como 'pandemia' foi retirada, porque pode ser impactante para elas. É preciso ajuda de um adulto, porque no meio do jogo pode surgir algumas dúvidas como: por que eu não posso visitar a vovó?, por que eu não posso abraçar o amiguinho? Então o jogo vem para auxiliar o trabalho de um educador", explicou o professor Deymes. O objetivo, segundo o professor, era levar os jogos para as escolas, mas por conta da pandemia as aulas estão suspensas. Então agora ele está redimensionando o jogo de tabuleiro para poder ser impresso e colado em uma caixa de pizza. Assim, de acordo com ele, a produção desse material até a sua execução possa se tornar uma atividade familiar. Saiba mais aqui

CNN Brasil – 19/06/2021

>Conheça histórias de crianças e adolescentes que perderam pais ou responsáveis na pandemia

>Enquanto as águas do Rio Negro e seus afluentes subiam para alagar as ruas da comunidade Purupuru, no município Careiro Castanho, região metropolitana de Manaus (AM), Rebeca Sabino Macedo cruzou, de ônibus e lancha, o trajeto de quase 100 quilômetros até a capital. Ela deixava para trás seus três irmãos mais novos, sob o cuidado dos avós. O custo das passagens, R$ 100, foi subtraído da parca reserva do mês - uma empreitada que se justifica apenas pela necessidade. Há algumas semanas, a jovem de 25 anos tenta, ainda sem sucesso, providenciar os documentos para assumir a guarda dos irmãos e liberar a pensão que deveriam receber pela morte da mãe. Cristina Sabino Gentil era auxiliar de serviços gerais e morreu aos 45 anos de Covid-19. Além de Rebeca, ficaram órfãos João Lennon, de 14 anos; Jonathas, de 9; e Crissia, uma bebê de três meses que só desfrutou do aconchego dos braços da mãe por uma semana. Cristina pegou o vírus após o parto da menina, no final de fevereiro. Em 6 de março, seu quadro piorou e, com a recém-nascida nos braços, foi levada ao hospital. A bebê ficou em observação por sete dias, mas com a piora no quadro da mãe precisou ser levada para casa pela avó, a dona de casa Maria Alice Gentil, de 64 anos, e pelo avô, o aposentado Antônio da Casta Gentil, de 67. Seguiram-se dois meses de internação e desespero. Sem recursos, todos ficaram em Purupuru, enquanto o irmão de Cristina acompanhava sua situação em um hospital de Manaus, onde ela conseguiu um leito de UTI. Os filhos menores nunca mais puderam ver a mãe. Rebeca e seus avós despediram-se do corpo em coma. Cristina morreu no dia 9 de maio, Dia das Mães. "Na vida, eu já sofri com a morte de uma mãe, mas nunca senti dor maior que a morte de uma filha". Veja mais aqui

Folha de São Paulo – 19/06/2021

>Órfãos da Covid lidam com luto, sobrevivência e saudade de abraço

>Ryan Lucatto se arrumava para ir ao enterro do avô, morto pela Covid-19 no dia anterior, quando o telefone tocou. Era uma funcionária do hospital pedindo que algum parente fosse urgentemente ver sua mãe, intubada na UTI. Entrou em pânico. Onze dias antes já havia se despedido do pai, também acometido pelo vírus. Em menos de duas semanas, o estudante de 20 anos e seu irmão Ruan, de 10, perderam três dos pilares da família para a doença. “Foi surreal. Quando vi, os caixões estavam sendo cobertos por terra”, diz. Aconteceu há três meses, mas só agora ele está conseguindo assimilar a tragédia. Em muitos momentos, teve que atropelar o luto e renunciar à emoção em favor da razão. Hoje eles começam a reconstruir a vida morando com os tios, a avó e uma prima em Jundiaí, interior de SP. Ryan e Ruan estão entre os milhares de órfãos de uma pandemia que adoece famílias inteiras e já matou meio milhão de pessoas no país. São crianças e jovens que tentam superar a dor enquanto lidam com novos arranjos familiares e questões de sobrevivência. Muitas vezes, porém, a única coisa que queriam era um abraço. “É minha maior saudade. Um abraço forte do meu pai de que vai ficar tudo bem, e um carinhoso da minha mãe de que se não ficar ela está ali. E o abraço de avô que cuida e dá risada junto”, se emociona Ryan. Existem três caminhos para órfãos como eles: serem apadrinhados por parentes, se organizarem por conta própria, com os irmãos mais velhos cuidando dos mais novos ou, em último caso, irem para abrigos e para adoção. O ideal é que sempre fiquem no seio familiar, para evitar mais traumas e rupturas. Mais de um ano depois, ainda não há uma estatística oficial de quantos estão nessa situação no Brasil. “Isso poderia ser feito facilmente, por meio das certidões de óbito onde consta se a pessoa deixou filho menor ou dos serviços de verificação de óbito, por exemplo”, diz o advogado Ariel de Castro Alves, membro do Instituto Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Entenda mais aqui