Clipping nacional RNPI | 10 a 16 de julho de 2021

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CNN Brasil – 13/07/2021

>Unicef: 'Educação regrediu ao patamar de 20 anos atrás durante a pandemia'

>No dia que o Estatuto da Criança e do Adolescente completa 31 anos, não há muitos motivos para comemorar. Segundo o UNICEF, órgão da ONU responsável por promover os direitos das crianças, a pandemia acentuou os desafios que já existiam e fez retroceder as conquistas em alguns setores, como na educação. A chefe de políticas sociais do UNICEF no Brasil, Liliana Chopitea, se refere às crianças como “vítimas ocultas” da Covid-19. Escolas fechadas há quase um e ano meio podem causar impactos irreversíveis, de acordo com ela. Segundo dados do órgão, antes da pandemia aproximadamente 1,7 milhões de crianças e adolescentes estavam fora da escola, número que representava um cenário de melhora. A pesquisa mais recente mostra que agora temos quase 5 milhões de jovens em idade escolar que deixaram de ter aula por alguma razão, muitas vezes por não possuir acesso à internet. “Você imagina os impactos disso, não só no presente, como para o futuro da criança”, diz Liliana. Liliana defende que ações para recuperar os danos desse período devem ser tomadas o mais rápido possível, para impedir que os retrocessos sejam ainda maiores. “A reabertura segura das escolas é a mais importante”, de acordo com Ela. Junto a isso, medidas que avaliem quais crianças foram mais prejudicadas pelo ensino remoto e assegurem que elas tenham um acompanhamento maior e mais direto. “É muito particular com cada criança, algumas podem recuperar o tempo perdido, mas outras podem nunca voltar ao que era antes.” Não é só a educação que foi afetada por tanto tempo de escolas fechadas. Pesquisas do UNICEF também apontam impactos grandes na nutrição e na saúde mental de crianças e adolescentes. Dentre a população que mora com menores de idade, 13% declaram que as crianças e adolescentes deixaram de comer em algum momento por falta de dinheiro para comprar alimentos. “Muitas crianças dependem da merenda escolar, principalmente em famílias com renda de até um salário mínimo”, diz Liliana. Entenda mais aqui

G1 – 16/07/2021

>Escola do Legislativo abre inscrições para curso sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente em Divinópolis

A Escola do Legislativo da Câmara Municipal de Vereadores abriu inscrições para aulas sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) com duração de 30 horas de curso. As aulas serão entre os dias 26 e 30 de julho em turmas com dois horários. A iniciativa é em parceria com o Grupo de Apoio à Adoção Oikoumene Divinópolis e será das 13h às 15, e das 15h30 às 17h30. As inscrições podem ser feitas pelo WhatsApp (37) 99999- 8226 ou on-line. A programação inclui vários assuntos relacionados ao ECA, conforme a lei 8.069/90. O curso contará com a presença de especialistas da área e com certificação pela Escola do Legislativo. As aulas são dirigidas para todo o público que trabalha direta ou indiretamente com crianças e adolescentes. A Escola do Legislativo espera que participem do curso profissionais da educação, assistentes sociais, psicólogos, advogados, dirigentes e técnicos de instituições, operadores do direito, magistrados e promotores, profissionais de segurança pública, gestores municipais, Conselho Tutelar e todos que militam na área da infância e juventude ao adolescente. Alguns temas que devem ser abordados: A Evolução do Tratamento da Criança e do Adolescente no Direito Brasileiro: uma mudança de paradigma da doutrina da situação Irregular aos princípios da Proteção Integral e da Prioridade Absoluta; Sistema de Garantia de Direitos (SGD): avanços e desafios na Política de Atendimento às Crianças e Adolescentes; O Conselho Tutelar: alcance e desafios para o bom exercício da autonomia e efetividade da atuação. Confira mais aqui

CNN Brasil – 16/07/2021

>Brasil registra 50 mil denúncias de maus tratos a crianças e adolescentes

Só no primeiro semestre deste ano, o Disque 100, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (ONDH/MMFDH), registrou mais de 50 mil denúncias (50.098) de violência contra crianças e adolescentes no Brasil. Desse total, 81% (40.822) ocorreram dentro da casa da vítima. No mesmo período em 2020, o número de denúncias chegou a 53.533. De acordo com a pasta, a maioria das violações é praticada por pessoas próximas ao convívio familiar. A mãe aparece como a principal violadora, com 15.285 denúncias; seguido pelo pai, com 5.861; padrasto/madrasta, com 2.664; e outros familiares, com 1.636 registros. Cerca de 25 mil do total de relatos recebidos pelo Disque 100 são denúncias anônimas. Mais de 93% das denúncias (30.570) são contra a integridade física ou psíquica da vítima. Os registros da Ouvidoria contaram 7.051 restrições de algum tipo de liberdade ou direito individual da criança e do adolescente. 3.355 vítimas também tiveram direitos sociais básicos, como proteção e alimentação, retirados. Um dos dados mais preocupantes é a frequência das violações registradas. Mais de 70% ocorriam todos os dias, como indica 23.147 denúncias e, do total do primeiro semestre, 10.365 ocorriam a mais de um ano antes do registro na Ouvidoria. O estado do Rio de Janeiro está em segundo lugar no ranking de casos de violência contra crianças e adolescentes, com mais de 20 mil denúncias (21.853) registrada até junho deste ano. Em tramitação no Senado, o projeto de Lei inspirado no menino Henry Borel, pretende criar mecanismos de prevenção e enfrentamento da violência doméstica e familiar contra crianças e adolescestes, semelhantes à Lei Maria da Penha. O texto prevê medidas protetivas como o afastamento do agressor; assistência às vítimas em centros de atendimento ou espaços de acolhimento; e aumento de penas. O projeto de lei, de autoria das deputadas Alê Silva (PSL-MG), Carla Zambelli (PSL-SP) e Jaqueline Cassol (PP-RO), foi aprovado pela Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (14) e agora segue para análise dos senadores. Leia mais aqui

Terra – 16/07/2021

>Por que EUA vão dar até US$ 300 por filho todo mês para 90% das famílias

Os Estados Unidos vão começar a pagar um benefício infantil mensal pela primeira vez — uma mudança radical para o país, que tem uma das mais altas taxas de pobreza infantil do mundo desenvolvido. Os pagamentos mensais de até US$ 300 (R$ 1.536) por criança devem começar a chegar às contas bancárias dos americanos a partir de 15 de julho, com duração até o final do ano. Alguns democratas elogiaram a iniciativa, dizendo que uma fonte de renda mensal é mais confiável para as famílias. Mas os defensores do combate à pobreza, que há anos pressionam por um benefício mensal, esperam que a introdução temporária do programa estabeleça as bases para mudanças mais duradouras. Então, como exatamente funciona o benefício e que impacto se espera que ele tenha? Como funciona o crédito mensal?. O crédito fiscal infantil é um benefício tributário oferecido aos contribuintes americanos com dependentes menores de idade. Ele reduz o imposto devido pelo contribuinte, com o objetivo de ajudar os americanos a sustentarem suas famílias. Esse benefício fiscal foi atualizado como parte do Plano de Resgate Americano, um pacote de ajuda econômica de US$ 1,9 trilhão em resposta à pandemia, consolidado em lei em março. O projeto de lei aumentou o benefício existente de US$ 2 mil por criança menor de 17 anos para US$ 3 mil para menores de 18 anos e US$ 3,6 mil para menores de seis anos em 2021. Sob o novo modelo, metade do crédito será pago diretamente aos pais, em parcelas mensais de até US$ 300 por filho. As famílias são elegíveis se tiverem uma renda anual de até US$ 150 mil por casal ou US$ 112,5 mil para mães e pais solo. De 15 de julho a 15 de dezembro, os depósitos serão feitos mensalmente em contas registradas no Internal Revenue Service (IRS), a receita federal dos Estados Unidos. Em alguns casos, podem ser emitidos cheques ou cartões de débito. O crédito restante pode ser requisitado nas declarações de imposto de renda de 2021, embora as famílias possam optar por não sacar os pagamentos mensais e receber tudo de uma vez só. A Casa Branca diz que cerca de 90% das famílias receberão o benefício automaticamente, embora a elegibilidade e o valor pago dependam da renda. Veja mais aqui

O Tempo – 15/07/2021

>Mais de 6.000 crianças e adolescentes morreram de forma violenta no país em 2020

Ao menos 6.122 crianças e adolescentes foram mortos de forma violenta e intencional no Brasil em 2020, uma alta de 3,6% em relação aos 5.912 casos registrados no ano anterior.São 12.034 brasileiros que não chegaram à fase adulta por causa da violência, o que representa 17 casos oficiais por dia ao longo dos anos de 2019 e 2020. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (15) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em seu 15º anuário, um estudo que disseca a violência no país. A entidade diz que está compilando dados de violência contra crianças e adolescentes de anos anteriores para estruturar uma série histórica. Os casos registrados no anuário são de homicídio doloso (quando há intenção de matar), feminicídio, lesão corporal seguida de morte, latrocínio (roubo com morte) e assassinatos decorrentes de intervenção policial. As vítimas, no geral, têm um perfil: são meninos e negros. O crime que mais matou quem tinha até 19 anos em 2020 foi o homicídio doloso (82,4% dos casos). Os estados com as piores taxas por 100 mil habitantes de mortes violentas contra essa parcela da população são Ceará (27,2), Rio Grande do Norte (20,9), Sergipe (20,6) e Pernambuco (20,3). O levantamento chama a atenção para a influência da pandemia de Covid-19 como um agravante da violência letal contra os brasileiros menores de idade. As vítimas perderam nesse período o principal canal de escuta: a escola. Forçadas a ficarem em casa, também tiveram que conviver mais tempo com pais e cuidadores que, em muitos casos, são os responsáveis pelas agressões. De outro lado, os organismos de proteção à infância e as próprias polícias também perderam força de atuação nas regiões mais vulneráveis do país. No caso da Polícia Civil, as baixas de pessoal e a suspensão dos trabalhos das delegacias comprometeram a qualidade dos registros das ocorrências e as investigações dos crimes. Saiba mais aqui

G1 – 15/07/2021

>Como brinquedos podem criar estereótipos de gênero no cérebro da própria criança

Minha filha é obcecada por tudo que é "de menina". Antes mesmo de completar 2 anos, ela só queria saber de usar vestidos floridos rosa. Quando tinha 3 anos e vimos um grupo de crianças jogando futebol, sugeri que ela poderia jogar quando fosse um pouco mais velha. "Futebol não é para meninas", ela respondeu com firmeza. Observei cuidadosamente que as meninas, embora em minoria, também estavam jogando. Ela não se convenceu. No entanto, ela também é barulhenta, adora subir nas coisas e pular, atributos muitas vezes descritos como "masculinos". Foi um tanto inesperado ouvir suas ideias sobre o que meninas e meninos deveriam fazer tão cedo, mas considerando o quanto os mundos de muitas crianças condicionados pelo gênero desde o início, é fácil entender por que isso acontece. Essas divisões iniciais podem parecer inocentes, mas com o tempo nossos mundos de gênero têm efeitos duradouros sobre como as crianças crescem para compreender a si mesmas e as escolhas que fazem — assim como sobre como se comportam na sociedade em que vivem. Mais tarde, as ideias de gênero continuam a influenciar e perpetuar uma sociedade que, sem saber, promove valores ligados à masculinidade tóxica, o que é uma má notícia para todos nós, independentemente de como nos identificamos. Então, como exatamente nossa obsessão pelo gênero tem um impacto tão duradouro em nosso mundo? A ideia de que as mulheres eram intelectualmente inferiores aos homens era considerada um fato há vários séculos. A ciência tentou por muito tempo encontrar as diferenças subjacentes a essa suposição. Aos poucos, vários estudos foram contestando muitas dessas diferenças propostas e, ainda assim, nosso mundo continua teimosamente marcado pelo gênero. Entenda mais aqui

Agência Câmara de Notícias – 14/07/2021

>Câmara aprova projeto com medidas protetivas para crianças vítimas de violência

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (14) proposta que cria mecanismos para a prevenção e o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente. O texto prevê medidas protetivas como o afastamento do agressor; assistência às vítimas em centros de atendimento ou espaços de acolhimento; e aumento de penas. As medidas constam do Projeto de Lei 1360/21, das deputadas Alê Silva (PSL-MG), Carla Zambelli (PSL-SP) e Jaqueline Cassol (PP-RO). O texto agora segue para o Senado. A relatora, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), destacou que a proposta cria uma engenharia de combate à violência doméstica e familiar semelhante à Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), mas adaptada às crianças e adolescentes. Ela afirmou que a aprovação da proposta é uma resposta a situações que chocaram o País, como a morte do menino Henry Borel, no Rio de Janeiro. “Gostaria de lembrar das nossas crianças vítimas de violência, como Henry Borel. É o reconhecimento do Parlamento brasileiro da dor de todos os pais, mães e familiares que têm um filho retirado do seu convívio de forma brutal, macabra”, disse, referindo-se ao pai do menino, Leniel Borel. Muitos parlamentares defenderam que a futura lei receba o nome de Henry Borel, que morreu em março de 2021, aos 4 anos de idade, em decorrência de maus-tratos. Segundo a polícia, os responsáveis são a mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, Dr. Jairinho. Os dois foram presos. Uma das autoras, a deputada Carla Zambelli celebrou a aprovação do texto. “São projetos como este que vão trazer mais segurança para as nossas crianças”, declarou. A deputada Alê Silva afirmou que o projeto é uma resposta ao aumento da violência contra crianças e adolescentes. “Apresentei esta proposta com dor no coração, questionando por que medidas como essas não vieram antes ao Parlamento”, disse. Leia mais aqui

Folha de São Paulo – 14/07/2021

>Ministérios apoiam ensino domiciliar para aluno com deficiência

Maria Paula Vieira, 28, é fotógrafa e jornalista. Quando estava no ensino médio, precisou estudar de maneira remota depois de ser diagnosticada com uma síndrome neurológica não identificada que fez com que ela perdesse mobilidade ao longo do tempo. “Começou aos três anos de idade, quando ainda estava na pré-escola, e com o tempo comecei a sentir muita dor. No ensino médio, eu já utilizava apenas a cadeira de rodas “, explica. Por conta das dores, e também por falta da acessibilidade da escola, eu passei a estudar em casa”, explica Maria. Para isso, ela se valeu de um dispositivo legal chamado de regime domiciliar, hoje só permitido a estudantes que comprovem ter algum impedimento prolongado, como uma deficiência ou internação hospitalar que impeça a ida à escola. Nessa modalidade, a escola tem que enviar exercícios para serem feitos em casa pelo aluno e acompanhar seu progresso. Ainda que boa parte dos alunos tenha estudado remotamente nesses últimos 16 meses de pandemia, a experiência de quem já estudou por períodos prolongados em casa é relevante nesse momento em que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) tenta fazer avançar a pauta do ensino domiciliar. A pauta é a única prioridade legislativa do governo Jair Bolsonaro na área de educação neste ano, o que tem sido criticado por especialistas por conta da pouca relação com os grandes desafios da educação brasileira. Trata-se de uma reivindicação histórica de grupos religiosos. Por isso, o governo quer, com a aprovação, dar um aceno à sua base de apoio guiada por princípios cristãos e ideológicos. Projeto de lei que regulamenta a prática tramita pela Câmara dos Deputados —o texto prevê regras como a realização de avaliações anuais. O Ministério da Educação vem se manifestando de maneira favorável a que estudantes com ou sem deficiência possam fazer uso da modalidade. A pasta tornou pública essa posição no dia 14 de maio, quando foi realizada uma audiência pública na Câmara que teve como tema a educação inclusiva na ótica do ensino domiciliar. Saiba mais aqui

Terra – 13/07/2021

>Ansiedade em crianças e adolescentes: veja como identificar e ajudar seu filho!

O isolamento social foi uma medida fundamental para diminuir o contágio pelo coronavírus. Porém, tantas mudanças trouxeram novos desafios e um modo de vida completamente diferente do habitual. Sendo assim, se mesmo compreendendo a situação e mantendo-se informados, os adultos sofreram com ansiedade, estresse e depressão, como será que ficaram as crianças e adolescentes diante desse cenário? "A pandemia trouxe perdas, além das mortes de pessoas queridas. Aulas online, encontros virtuais, falta de interações pessoais e impossibilidade de contatos amigos e familiares, gerou uma ansiedade além do normal", explica a pediatra Felícia Szeles. Adaptação sempre é um assunto complicado para os pequenos, seja em uma nova escola ou casa, por exemplo. E nem sempre essas limitações acabam na infância, podendo perdurar ainda até a puberdade e adolescência. A personalidade em formação e as novas descobertas diárias, quando aliadas ao contexto pandêmico e suas restrições, mostram uma grande explosão de sentimentos, principalmente o medo. A médica relembra a importância dos estímulos sociais nessa fase da vida para o desenvolvimento cognitivo e pontua ainda que a ansiedade, quando não é devidamente tratada, pode evoluir para doenças, como dores de cabeça crônicas, obesidade, vícios, depressão e insônia. "Devemos acolher esse problema em qualquer idade, mas os cuidados devem ser maiores com crianças e adolescentes, já que eles têm menos repertório da vida e de como lidar com essas questões. E como fazer isso? Conversando e estando próximos deles", aconselha a pediatra. Veja mais aqui

Agência Brasil – 13/07/2021

>Educação é o grande desafio de crianças e jovens, nos 31 anos do ECA

Há 31 anos o Brasil implementava um marco na proteção dos direitos da criança e do adolescente: o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Tendo como princípio fundamental a proteção integral desse público, o marco legal garante direitos como o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização e à proteção ao trabalho, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar. E determina que todos devem zelar por esses direitos: família, sociedade e poder público. Ao comemorar o aniversário do estatuto, o professor de educação da Universidade de São Paulo (USP) e pedagogo Roberto da Silva pontuou as alterações mais significativas no próprio texto do documento. De acordo com Silva, houve mais de 400 avanços no ECA nesse período. Segundo ele, o estatuto “ajudou a criar uma infraestrutura que não existia; reformulou sistemas de saúde, educação, de trabalho da polícia”. O professor destacou que boa parte dessas mudanças se refere à ampliação dos direitos das mães dessas crianças e adolescentes, principalmente nos aspectos de alimentação, saúde e cuidados, além de direitos trabalhistas e previdenciários. Para essas alterações contribuíram as atividades do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação em Regimes de Privação da Liberdade, coordenado por Silva na Faculdade de Educação da USP. O grupo teve participação ativa na elaboração do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e do Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária. Roberto da Silva destacou que o plano fechou o ciclo do reordenamento institucional ao regulamentar a prática do acolhimento. Os gigantescos abrigos onde ficavam mais de 1,5 mil crianças e jovens foram substituídos por casas pequenas, com capacidade para cerca de 20 crianças, tornando mais fácil o acompanhamento e a fiscalização. Confira mais aqui

Estadão – 13/07/2021

>O desafio da implementação do ECA em tempos de crise humanitária

Neste 13 de julho, o Brasil comemora os 31 anos da Lei 8069/1990, que estabeleceu o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Constituído em 1990, o ECA é um marco legal e regulatório dos direitos humanos de crianças e adolescentes no país. Ele surgiu para garantir a proteção efetiva de meninas e meninos brasileiros sob os cuidados de uma legislação específica. Apesar de ser uma lei de vanguarda, ainda estamos longe de garantir a implementação em sua totalidade, principalmente com a pandemia de COVID-19 e as consequências nos campos econômico, político e social, resultando em uma grave crise humanitária. Segundo dados do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), mais da metade da população (55,2%) estava em situação de insegurança alimentar no final de 2020. Ou seja, não tinha certeza se haveria comida suficiente em casa no dia seguinte. A sondagem mostrou que 116,8 milhões de brasileiros conviveram com algum grau de insegurança alimentar, sendo que 9% do total vivenciaram insegurança alimentar grave; ou seja, passaram fome. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa média de desemprego no Brasil era de 14,3% no trimestre encerrado em janeiro de 2021, a mais alta desde 2012, quando começou a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Divulgado em abril de 2021 pelo UNICEF em parceria com o Cenpec Educação, o estudo Cenário da Exclusão Escolar no Brasil – um alerta sobre os impactos da pandemia da Covid-19 na Educação mostra que mais de 5 milhões de brasileiros de 6 a 17 anos não tinham acesso à educação no Brasil em novembro de 2020, número semelhante ao que o país apresentava no início dos anos 2000. Em 2019, havia quase 1,1 milhão de crianças e adolescentes em idade escolar obrigatória fora da escola no Brasil. Ou seja, o aumento da exclusão escolar foi bastante relevante. Entenda mais aqui

Correio Braziliense – 12/07/2021

>Nenhuma forma de trabalho infantil deve ser reconhecida, segundo procuradora

Ainda mais alarmantes são os tipos de trabalho realizados por crianças e adolescentes frequentemente admitidos pela sociedade. O comércio ambulante, o guardador de carros e o guia turístico, tornando o trabalho na infância invisível, aumentando seu ciclo de aceitação. É preciso que a sociedade reconheça os impactos e consequências físicas e psicológicas na vida de meninos e meninas que trabalham, desconstruindo assim, a falsa ideia de que o trabalho precoce é um caminho possível para o desenvolvimento humano e social. Antes de trabalhar, é direito da criança e do adolescente estudar, brincar, socializar com outras crianças. A procuradora do trabalho do Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal, Ana Maria Villa Real registra que o perfil das crianças e adolescentes que trabalham nas ruas se encaixam bastante nas pesquisas do IBGE, quando afirmam que 66% do trabalho infantil é feito por negros, pretos ou pardos, crianças e adolescentes pobres de comunidades periféricas, de gênero masculino geralmente. Segundo ela, a sociedade precisa se conscientizar para exercer o controle social adequado. Precisa entender que o trabalho infantil é uma grave violação dos direitos humanos, e deixa sequelas irreversíveis. “O trabalho infantil também causa acidentes de trabalho graves. A gente tem dados assusta dores no Sinan (Sistema Nacional de Agravos e Notificações), que revelam que, em 13 anos, nós temos 290 mortes de crianças e adolescentes trabalhando, temos quase 30 mil acidentes de trabalho graves nesse mesmo período, e o que é mais alarmante é que o próprio Ministério da Saúde reconhece que o Sinan é um sistema em que há subnotificação”, lamenta. Saiba mais aqui

Folha de São Paulo – 12/07/2021

>ONG denuncia violação dos direitos da criança no esporte japonês

A ONG Human Rights Watch lançou um guia para repórteres que irão cobrir a Olimpíada de Tóquio no qual cobra o governo local a "agir imediatamente para construir um legado de respeito pelos direitos humanos no Japão". Um dos problemas levantados pela entidade é o país não ter aprovada uma lei para proteger a população LGBTQIA+, apesar de movimento para que haja uma regulamentação antes do início da Olimpíada de Tóquio, que começa no próximo dia 23. Boa parte das denúncias, porém, são relacionadas à prática esportiva. A Human Rigths Watch afirma que crianças que se iniciam no esporte são submetidas a abusos físicos, sexuais e verbais por parte de seus treinadores no Japão. No ano passado, a ONG lançou relatório intitulado "Fui atingido tantas vezes que nem consigo contar: abuso de crianças atletas no Japão", cujo conteúdo mostra que alguns jovens se suicidaram por causa dos abusos que sofreram em diferentes modalidades. O documento divulgado agora afirma que os abusos físicos são uma tradição na formação de atletas no país. "O esporte japonês tem uma história de punição corporal contra crianças, conhecido em japonês como taibatsu. A violência física como técnica de treinamento tem uma longa tradição no país e é vista por alguns como essencial para alcançar a excelência nas competições e construir o caráter pessoal", afirma o relatório da ONG. "Essa tradição perigosa torna a erradicação do abuso físico no esporte japonês especialmente difícil. Treinadores, pais e até mesmo alguns atletas mantêm firme a crença errônea de que o abuso físico no esporte tem valor. Como resultado direto, as crianças sofrem." A denúncia do ano passado levou Thomas Bach, presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), a realizar teleconferência com Yasuhiro Yamashita, presidente do COJ (Comitê Olímpico Japonês), para discutir medidas que pudessem acabar com o assédio e abusos no esporte do país. Veja mais aqui

G1 – 11/07/2021

>Brinquedos pedagógicos fabricados por detentos da Apac auxiliam aprendizagem de crianças em São João del Rei

Um esforço aliado a uma atividade de artesanato que resulta em brinquedos pedagógicos produzidos por detentos da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de São João del Rei tem ajudado na aprendizagem de crianças no município. Os materiais lúdicos são produzidos por 20 detentos que fazem parte de uma oficina de laborterapia desenvolvida na unidade por meio do artesanato. O G1 conversou com uma psicopedagoga para saber as vantagens dos brinquedos no processo de aprendizagem infantil. Segundo a instituição, o processo de fabricação durou cerca de 1 mês e meio e 20 brinquedos foram produzidos e já estão prontos para venda e parcerias. O valor de cada brinquedo é de R$ 35 e a aquisição das peças pode ser feita na sede da Apac, que fica na Rua Áureliano Raposo, nº 87, no Centro. "Cada peça do brinquedo é produzida à mão e a ideia é que os recuperandos aprendam e se profissionalizem enquanto produzem, por isso no momento a nossa produção não é grande", explicou a supervisora de oficinas, Mariana Bergo. Para a administração da entidade, é fundamental que os projetos desenvolvidos dentro das Apac's tenham um retorno positivo para a sociedade e para a comunidade em que estão inseridas. Dessa forma, o objetivo do projeto é selar parcerias direcionadas para a área educacional. "A proposta é explorar algo diferente que gere um processo de reflexão não só para quem produz o brinquedo, mas também, para quem usá-lo. Sabe-se que a criminalidade se insere na lacuna onde faltam valores sociais e educacionais, dessa forma esse projeto, que une trabalho, ensino e aprendizagem é uma oportunidade de investimento na educação", concluiu Mariana. Entenda mais aqui

Especial: Matérias sobre Covid-19

CNN Brasil – 15/07/2021

>Mais de 30% dos bebês mortos por Covid no Brasil não tiveram acesso a UTI

>Um terço das 846 crianças de até dois anos que morreram por Covid-19 no Brasil não foram admitidas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para tratar a doença por falta de leitos. Segundo dados do Observatório Obstétrico Brasileiro COVID-19, dos bebês vítimas do coronavírus no país, 32,5% não tiveram acesso a UTI e 38% não passaram por intubação. As UTIs e a utilização de respiração mecânica, por meio da intubação, são dois dos principais recursos para cuidar de pacientes graves da Covid-19. De acordo com o observatório. na região Norte o número ainda cresce e é o pior do país — 38,5% não puderam ir pra UTI e 46,8% não foram intubados. Do começo da pandemia, em março de 2020, até o dia 11 deste mês foram registrados 10.165 casos do coronavírus em bebês, com 846 mortes. Os recém nascidos são as maiores vítimas, com 245 mortes registradas. Os dados foram compilados pelo Observatório Obstétrico Brasileiro COVID-19, que conta com pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), da Universidade de São Paulo (USP) e da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (FACENS), e estão disponíveis em um painel que analisa casos de Covid-19 de crianças com até 730 dias de vida notificados no SIVEP-Gripe. Segundo o presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri, as crianças representam apenas 0,33% dos mortos pela Covid-19 no Brasil. De acordo com os números, somente 0,1% dos casos envolve menores de 1 ano de idade; 0,05% crianças de 1 a 5 anos; e 0,18% aquelas com idade entre 6 e 19 anos. Veja mais aqui

G1 – 15/07/2021

>Pandemia faz vacinação infantil despencar no mundo e pode gerar catástrofe em 2021, alerta ONU

>A ONU alerta sobre o risco de uma "catástrofe absoluta" se o perigoso atraso na vacinação de crianças em decorrência da pandemia de Covid-19 não for resolvido e as restrições sanitárias forem suspensas muito rapidamente. Em 2020, em todo o mundo, 23 milhões de crianças não receberam as três doses da vacina contra difteria, tétano e coqueluche, que servem como medida de referência, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (15) pela OMS e Unicef. Esse número de crianças não vacinadas é mais alto desde 2009 e representa um aumento de 3,7 milhões de menores em relação a 2019. "Em 2021, temos o potencial para que aconteça uma catástrofe absoluta", afirmou a médica Kate O'Brien, diretora do Departamento de Vacinação da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Genebra. A pandemia provocou um desvio de recursos e funcionários para a luta contra o coronavírus, e muitos serviços médicos tiveram que fechar ou reduzir seus horários. Por temor do vírus, as pessoas também evitaram sair de casa para ir a postos de vacinação, mesmo quando as medidas restritivas não proibiam deslocamentos. A situação das crianças desprotegidas e uma suspensão muito rápida das restrições sanitárias contra a Covid-19 já demonstram efeitos nocivos para a saúde, por exemplo com surtos de sarampo no Paquistão, sublinhou O'Brien. Esses dois fatores combinados são "a catástrofe absoluta contra a qual estamos soando o alarme agora, porque precisamos agir imediatamente para proteger essas crianças", insistiu a especialista. Entenda mais aqui

G1 – 13/07/2021

>Amamentação x coronavírus: leite materno não transmite Covid-19; veja perguntas e respostas

>A amamentação durante a pandemia de Covid-19 trouxe dúvidas para as mães. O leite materno é o alimento mais indicado para a saúde e o desenvolvimento dos bebês, mas será que a amamentação deve ser mantida mesmo quando a mãe está contamina com a doença? Ministério da Saúde, outros órgãos de saúde e especialistas ouvidos pelo G1 explicam que o leite materno não oferece riscos à criança. "Até o momento não existem evidências da transmissão do vírus da Covid pelo leite materno e é muito provável que isso não aconteça", explica Suzi Berbert, infectologista e diretora da vigilância em Saúde do município de Rio Claro, interior de São Paulo. De acordo com o documento da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde não há constatação científica significativa que demonstre a transmissão do vírus da Covid-19 através do leite materno. Está comprovado que a transmissão do coronavírus se dá, principalmente, pelo contato de uma pessoa doente por meio de gotículas respiratórias emitidas quando a pessoa tosse, espirra, ou por saliva ou secreção do nariz. "Parece improvável, portanto, que a doença seja transmitida por intermédio do leite materno, seja através da amamentação ou pela oferta do leite extraído por uma mãe que é confirmada/suspeita de ter Covid-19", afirma os autores do documento. A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é manter o aleitamento materno em livre demanda de modo exclusivo até seis meses. Como não foi comprovada a transmissão do vírus pelo leite materno, ao parar a amamentação o bebê pode ter seu desenvolvimento prejudicado. O leite materno é fundamento para desenvolvimento da criança, assim para a prevenção de doenças, uma vez que nos primeiros meses de vida a transmissão de anticorpos se dá da mãe para o bebê por meio da amamentação. Confira mais aqui

R7 – 13/07/2021

>Vacinação de adultos e jovens deixa crianças mais expostas à covid

>O avanço da vacinação contra a covid-19 no Brasil e os anúncios de que São Paulo pretende imunizar adolescentes dos 12 aos 17 anos a partir de 23 de agosto e o Rio de Janeiro, a partir de 1º de setembro, fizeram com que a preocupação com a proteção das crianças contra a infecção do SARS-CoV-2 aumentasse. A epidemiologista Fatima Marinho, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e da organização de saúde Vital Strategies, alerta que esse público passa a ficar mais exposto à doença. “O cenário que vivemos atualmente é outro, não é o mesmo do começo da pandemia, quando as pessoas mais idosas estavam as mais vulneráveis. Com o avanço da vacinação, a epidemia está rejuvenescendo e as crianças vão ser cada vez mais atingidas, conforme temos mais adultos vacinados", explica. A farmacêutica Sinovac conseguiu no começo de junho autorização na China para uso emergencial da CoronaVac em crianças e adolescentes entre 3 anos e 17 anos. No dia 28 de junho, a revista científica The Lancet publicou um estudo feito com 552 voluntários nessa faixa etária, entre outubro e dezembro de 2020, na província de Hebei, China. Os pesquisadores concluiram que a taxa de produção de anticorpos contra o antígeno do coronavírus foi superior a 96% após 28 dias da vacinação com duas doses da CoronaVac. O pediatra e infectologista Daniel Jarovsky, do Sabará Hospital Infantil, em São Paulo, ressalta a importância da vacina produzida no Brasil pelo Instituto Butantan. "Esse foi um passo muito grande, porque a CoronaVac tem se demonstrado extremamente segura. Não estou falando aqui qual a porcentagem de proteção desse imunizante, se protege mais ou menos que as outras. Mas é super importante levar em consideração a segurança das vacinas e a CoronaVac tem demonstrado uma segurança muito boa", afirma. Saiba mais aqui

G1 – 10/07/2021

>Geração Covid: crianças e adolescentes sofrem com o isolamento social e preocupam especialistas

>A necessidade de isolamento por causa da pandemia modificou profundamente o dia a dia de crianças e adolescentes. Uma geração se reconhece pela música que escuta, causas que defende, tragédias que testemunha, crises ou avanços. Os que nasceram ou estão crescendo nesses anos de Covid vão levar a marca da história, e uma sensação de que a própria estreia ficou adiada. "É o momento de novos inícios. De um primeiro toque, de um primeiro beijo, de uma primeira vez que você vai naquele lugar, que tem aquela festa, e isso realmente é difícil de transpor para o ambiente da tela né", explica o psicanalista brasileiro Christian Dunker. O que separa uma geração da outra pode ser a porta fechada do quarto. Para os psicanalistas, um símbolo da busca de autonomia em relação aos pais ou à família de origem. Mas para os filhos da pandemia, ficar trancado no quarto deixou de ser um desejo para virar quase uma sentença. A Organização Mundial da Saúde, universidades e institutos no mundo todo buscam medir os impactos desses tempos no que chamam de Geração Covid. Na análise do professor do instituto de psicologia da USP, Christian Dunker, a perda é só o começo: "Ela pode ser elaborada, ela pode ser superada. Num desejo de ultrapassar, num desejo de restaurar, que pode muito bem acontecer também com essa geração. Por uma sobrevalorização dos laços, Será que essa geração vai inventar assim um outro modo de dar mais importância para isso?". Leia mais aqui