Clipping nacional RNPI | 26 de junho - 02 de julho de 2021

As matérias publicadas neste clipping são de responsabilidade dos veículos que as publicam.

Lunetas – 01/07/2021

>O presidente pode tirar a máscara do rosto de uma criança?

>Aindignação em relação a condutas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta pandemia envolveu pelo menos dois episódios contra os direitos das crianças na última semana. Durante atos públicos no Rio Grande do Norte, em meio a mais de 500 mil mortes por covid-19 e novas variantes do vírus mais transmissíveis, o presidente ignorou a obrigatoriedade de uso de máscara ao aparecer sem o acessório em aglomeração. No município de Pau dos Ferros, ele abaixou a máscara de uma criança ao pegá-la no colo para uma foto. Já em Jucurutu, durante cerimônia para obras da Barragem de Oiticica, ele sugeriu a uma menina de 10 anos que retirasse a máscara para recitar um cordel. Além de ignorar uma das principais estratégias de defesa pessoal e coletiva, que é o uso da máscara, crianças são sujeitos de direitos e devem ser respeitadas. A Rede Nacional Primeira Infância (RNPI) apresentou, por meio da ANDI-Comunicação e Direitos, uma representação no Ministério Público Federal em que manifesta sua reprovação pelas atitudes do presidente da República. A ação se coloca “em defesa dos direitos das crianças ofendidas de maneira vergonhosa pelo ato do Presidente” e pretende uma resposta vigorosa das autoridades dos poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público Federal e do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Confira mais aqui

Uol – 02/07/2021

>Paladar infantil nem sempre é frescura e pode ser considerado um transtorno

Todo mundo tem aquele amigo que é visto como "chato para comer" e que quando vai ao restaurante ou a reuniões familiares é uma "dor de cabeça": não gosta de experimentar pratos novos, prefere sempre a mesma coisa e às vezes leva até a sua própria comida. Mas essa forma de agir pode ser mais complexa do que uma simples "frescura", e se tratar de um transtorno. Chamado de Tare (Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo), ele ocorre quando a seletividade alimentar, caracterizada pela rejeição a diversos tipos de alimentos, acarreta problemas nutricionais e até psicológicos para a pessoa. Nesses casos, o indivíduo precisa de tratamento, que pode pode incluir, em alguns casos, medicação. "Essa é uma doença em que o indivíduo evita os alimentos principalmente por questões de textura, cor, sabor e aspecto, como se isso fosse de alguma forma repulsivo", explica Eduardo Aratangy, médico supervisor do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). Por que alguém desenvolve Tare? A evitação com bases sensoriais como textura, cheiro e cor pode ter relação com uma crença ou um trauma do passado. Uma criança que já teve um forte engasgamento pode se tornar um adulto que busca comidas mais líquidas e pastosas. Segundo Eduardo Aratangy, essa doença se aproxima muito do TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), além de transtornos do neurodesenvolvimento, como o autismo. A pessoa fica tão preocupada em não ingerir determinado tipo de alimento que acaba se tornando uma obsessão. "Medo é normal, fobia é excessivo. Tristeza é normal, depressão é patológico. É comum ter gostos e preferências, mas quando isso traz limitação, sofrimento e começa a dominar a sua vida, fazendo com que você viva em função disso, se torna um problema", explica. Saiba mais aqui

Metrópoles – 30/06/2021

>Entidade aciona Bolsonaro no MPF por tirar máscara de criança

A Rede Nacional Primeira Infância (RNPI) ingressou com representação no Ministério Público Federal (MPF) contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), por causa da postura adotada por ele em visita ao Rio Grande do Norte, quando tirou a máscara de uma criança. “A RNPI manifesta por meio da representação e desta nota sua reprovação pela atitude do Sr. Jair Messias Bolsonaro, Presidente da República, de tirar a máscara de uma criança e solicitar que outra criança tirasse a própria máscara em evento ocorrido na última semana no Rio Grande do Norte”, diz a nota. A direção disse que é “lamentável uma atitude dessa em um país que já perdeu mais de 500 mil cidadãos para a Covid-19”. “Completaremos em 2021 o trigésimo primeiro aniversário do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a atitude da autoridade máxima deste país é uma clara violação às leis de proteção dos direitos das crianças e adolescentes, uma vez que o artigo 5º do ECA determina que ‘nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais’”, diz o comunicado. Veja mais aqui

Costa Norte – 28/06/2021

>Como a mobilidade urbana interfere no desenvolvimento da primeira infância

A primeira infância compreende o período que se inicia na gestação e vai até aos seis anos de idade. As experiências vivenciadas nesses primeiros anos de vida são essenciais para o desenvolvimento da criança e a formação do indivíduo como um todo, afetando o potencial de aprendizado e a saúde física e emocional durante toda a vida. Por isso, garantir um ambiente favorável para o cotidiano de bebês e crianças significa proporcionar melhores condições para o futuro das cidades. A mobilidade urbana também possui um papel importante na primeira infância, uma vez que, em seus deslocamentos, as crianças estão formando conexões com a cidade de maneira contínua. Calçadas largas e acessíveis, passagens seguras para a travessia, redução na velocidade das vias e a construção de rotas interativas são algumas das práticas que as cidades podem aplicar para melhorar a experiência da primeira infância. O estudo "Primeiros passos: mobilidade urbana na primeira infância", desenvolvido pelo Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), aponta como a estrutura do trajeto de casa até a escola, seja a pé ou por meio de algum transporte, influencia diretamente no modo como as crianças aprendem e percebem o mundo. Conforme a pesquisa, a caminhada é o modo de transporte mais usado para trajetos cotidianos dentro do próprio bairro, fortalecendo a relação e a conexão das crianças com a cidade. Isso porque os espaços públicos oferecem diversos estímulos sensoriais que impulsionam os processos de aprendizagem e o desenvolvimento global da criança. Assim, elementos e mobiliários lúdicos podem potencializar esses fatores, como a presença de vegetação, paisagismo, cores e texturas nos muros ou nas calçadas. Confira mais aqui

Hoje Centro Sul – 28/06/2021

>Famílias Acolhedoras melhoram a realidade de crianças e adolescentes que precisam de lares temporários

Em funcionamento em Irati e Fernandes Pinheiro desde 2018, o programa Família Acolhedora permite que crianças e adolescentes em situação de risco residam temporariamente em casas de famílias. Márcia Margarete Pszedimirski, assistente social do programa em Fernandes Pinheiro, relata que esta forma de acolhimento gera resultados positivos na vida das crianças. “O acolhimento familiar tem mais afeto e carinho, se for visitar uma criança em uma instituição e visitar uma criança que está com uma família vai ver como é grande a diferença, o ambiente que ela está inserida é mais humanizado. Uma família tem aquele cheiro de casa, jeito de lar, isso faz com que as crianças não percam a identidade familiar”, explica Márcia. As famílias acolhedoras são selecionadas e capacitadas pela equipe técnica responsável pelo programa no município. Em Fernandes Pinheiro, pela psicóloga Simone Fabris e pela assistente social Márcia Margarete Pszedimirski. Em Irati, pela assistente social Jocieli Majewski e pelo psicólogo Felipe Rosa. Estes profissionais são os responsáveis por acompanhar as famílias de origem, as crianças ou adolescentes que precisaram ser retirados de suas casas e as famílias que atuam no acolhimento temporário. “O preparo da família que vai acolher é feito com muita cautela, para que não ocorra de a criança acolhida não dar certo naquele lar, pois isso poderia gerar maiores transtornos para a criança que já está em uma situação delicada”, informa assistente social Márcia. Entenda mais aqui

Revista Crescer – 27/06/2021

>Crianças são vítimas 30% dos casos de queimaduras no Brasil

Três a cada 10 vítimas de queimaduras no Brasil é criança. Segundo dados do Ministério da Saúde, só nos quatro primeiros meses de 2021, 6.409 crianças e adolescentes com menos de 15 anos foram hospitalizados no Sistema Único de Saúde (SUS) por esse motivo. A infância, em especial do nascimento até os 4 anos, é a fase em que há maior risco de acidentes envolvendo queimadura. Isso porque, nessa idade, a pele das crianças costuma ser mais fina e queima com maior facilidade. Além disso, é quando a percepção dos riscos e a habilidade para escapar de situações de perigo costumam ser menores, o que favorece a possibilidade de ferimentos. Segundo a ONG Criança Segura, os tipos mais comuns de queimaduras em crianças são as escaldantes (causadas por água ou vapor quente) e as térmicas (causadas por contato direto com fogo ou objetos quentes). Desde que a pandemia começou, outro fator de risco entrou de vez para a rotina. No entanto, um estudo publicado na revista JAMA Opthalmology mostrou, de 2019 para cá, os casos de acidentes e lesões oculares causadas pelo uso de álcool em gel aumentaram sete vezes entre menores de 18 anos. Segundo a oftalmologista Patrícia Ferraz Mendes, do Sabará Hospital Infantil (SP), os riscos aparecem quando o produto entra em contato com os olhos ou com a boca. “Para matar os germes, o álcool usado nessas formulações agride as proteínas e os lipídios das membranas celulares. Na pele, isso não ocorre, pois temos a queratina como barreira de proteção. Porém, na boca ou nos olhos a ação torna-se direta, causando lesões tipo queimaduras químicas”, explica. Saiba mais aqui

G1 – 27/06/2021

>'Um tapinha dói sim', diz campanha para conscientizar sobre violência contra crianças e adolescentes

Dia estressante no trabalho, crianças agitadas e fazendo birra? Chega uma hora que a paciência vai embora. Mas isso não é desculpa para usar da violência para "corrigir" os filhos, sob o discurso de "eu apanhei, mas estou aqui, vivo". O problema é que nem todo mundo sobrevive, alerta a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Pesquisas comprovam também que bater em criança gera danos neurológicos e psicológicos, além de ser uma prática considerada crime desde 2014. Um levantamento feito pela SBP mostra que, entre 2010 e 2020, pelo menos 103.149 mil crianças e adolescentes com idade até 19 anos morreram no Brasil, vítimas de agressão. Pouco mais de 2 mil vítimas tinham menos de 4 anos. Durante a pandemia, no ano passado, o Disque 100 recebeu 95 mil denúncias de agressão contra crianças. Em 83% dos casos, os agressores em o pai ou a mãe. Para Kate Amaral, consultora de Disciplina Positiva e Neurociência, o fechamento das escolas e o isolamento obrigatório impediram que educadores e outras pessoas percebessem as agressões e fizessem denúncias. "As pessoas não conhecem outra maneira de educar e vejo que pessoas se orgulham sobre essa criação como se ela fosse ótima. A palmada, que as pessoas dizem ser educativa, é a forma que foi passada para nós, pelos nossos pais e para os nossos pais pelos nossos avós. Mas essa forma não pode ser mais aceita nos dias de hoje por inúmeros motivos", diz Kate. Segundo a especialista, dar tapas, empurrões ou agredir – de qualquer forma – pode gerar danos neurológicos, emocionais e sociais nas crianças. Além disso, a falta de paciência para o diálogo pode terminar em tragédia ou em traumas para a vida toda, mesmo que inconscientes. "Um tapinha dói sim e não é possível conviver com esses números. As pesquisas são sólidas e consistentes de que crianças que apanham têm mais dificuldades para dormir, mais ansiedade, com mais probabilidade de ter depressão e se tornam adultos mais inseguros também", aponta Kate. Especialistas também destacam que o uso da violência, física ou verbal, podem transformar as crianças em adultos violentos e cheios de inseguranças. "Vários estudos já comprovaram que sociedades que não batem em crianças são mais ricas porque também têm pessoas emocionalmente saudáveis, criativas e que foram encorajadas. Com isso, elas geram muito mais valor e têm muito menos problemas para serem tratadas!, diz a consultora. Veja mais aqui

Jornal Dia Dia – 27/06/2021

>72% das crianças do Centro-Oeste não têm acesso à creche

A Centro-Oeste ainda enfrenta uma grande barreira quando o assunto é educação infantil, já que 72% das crianças da região estão fora das creches devido à baixa oferta de vagas. Esses dados fazem parte da plataforma OBSERVA – Observatório do Marco Legal da Primeira Infância, que foi lançada, no dia 8 outubro de 2020, pela ANDI – Comunicação e Direitos, atual secretaria executiva da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI), com o objetivo de oferecer uma ferramenta inovadora para o monitoramento das políticas públicas para as crianças de 0 a 6 anos no Brasil. A plataforma está estruturada em três eixos: 1) Indicadores; 2) Planos pela Primeira Infância; e 3) Biblioteca. Esses eixos foram pensados para auxiliar gestores públicos e outros atores envolvidos no ciclo de formulação e implementação de políticas públicas para primeira infância, incluindo sociedade civil. A partir de agora gestores públicos do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal podem consultar a ferramenta e analisar como andam as políticas públicas para a primeira infância no seu município. A plataforma oferece dados para os 446 municípios da região Centro-Oeste, nas áreas de Assistência Social, Educação e Saúde. Segundo Miriam Pragita, Coordenadora da Secretaria Executiva da RNPI e Diretora da ANDI, a ferramenta apresenta dados inéditos sobre o Brasil, já que reúne indicadores com recorte analítico para as crianças de 0 a 6 anos e referenciados no Marco Legal da Primeira Infância. O OBSERVA é resultado dos esforços da ANDI/RNPI em aliança com a Fundação Bernard van Leer e com o patrocínio da Petrobras, no âmbito do projeto Primeira Infância é Prioridade — cujo objetivo é promover a capacitação de gestores públicos, jornalistas e atores da sociedade civil, visando a promoção dos direitos das crianças nessa faixa etária. Ficha de metadados. No Observa cada indicador possui uma ficha de metadados que apresenta o seu conceito, seus aspectos metodológicos e reflete sobre a sua importância no âmbito da garantia de direitos para a primeira infância e a sua relação com o Marco Legal. Interface com os ODS. O indicadores do Observa também possuem interface com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Entenda mais aqui

Especial: Matérias sobre Covid-19

Agência Senado – 02/07/2021

>Projeto prevê fundo de amparo para quem se tornou órfão devido à covid-19

>Aguarda votação no Senado o Projeto de Lei (PL) 2.180/2021, que prevê a criação do Fundo de Amparo às Crianças Órfãs pela Covid-19 (Facovid). De autoria da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), o projeto determina que as pessoas com menos de 18 anos de idade, que tiveram ao menos um dos pais ou responsáveis falecidos em decorrência da covid-19, e cuja família remanescente não tenha os meios para prover a sua manutenção, tenham acesso a um auxílio assistencial custeado pelo Facovid. Uma das fontes de recursos desse fundo seria a arrecadação de loterias. De acordo com o projeto, serão amparados os menores que ficaram órfãos no intervalo entre a data da declaração de "Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) em Decorrência da Infecção Humana pelo Novo Coronavírus" (reconhecida pelo Poder Executivo, nos termos da Portaria 188, de 3 de fevereiro de 2020, do Ministério da Saúde) e até um ano após declarado seu fim. O texto determina que os recursos do Facovid serão transferidos aos fundos municipais da assistência social, segundo critérios a serem estabelecidos em resolução do Conselho Nacional da Assistência Social. O objetivo é possibilitar que o amparo, por meio de benefícios eventuais, seja feito de forma local e imediata, garantindo a proteção social adequada, com a provisão de renda para o arranjo familiar ou a rede social de apoio que acolher esses órfãos. Veja mais aqui

Revista Galileu – 30/06/2021

>Por renda, 13% das crianças brasileiras deixaram de comer na pandemia

>“Desde o começo da pandemia, alguma criança ou adolescente que mora com você deixou de comer porque não havia dinheiro para comprar mais comida?” A resposta para essa pergunta foi "sim" entre 13% dos entrevistados na terceira rodada da pesquisa Impactos Primários e Secundários da Covid-19 em Crianças e Adolescentes. Lançado nesta quarta-feira (30), o estudo faz parte de uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) que busca analisar as consequências da pandemia para os jovens brasileiros nos âmbitos de renda, educação, saúde mental e alimentação. O Unicef divulgou novos dados referentes a maio de 2021 que podem ser comparados com aqueles publicados em agosto e dezembro de 2020. A empresa Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) foi a responsável pelo levantamento, que ouviu 1.516 brasileiros com 18 anos ou mais entre os dias 10 e 25 de maio deste ano. Desde quando as primeiras medidas de isolamento social entraram em vigor no Brasil, a maioria dos participantes da pesquisa relatou ter alterado seus hábitos alimentares. Isso inclui aumento no consumo de fast food, refrigerantes e produtos industrializados, além da diminuição no consumo de alimentos mais saudáveis. Em relação a frutas e verduras, por exemplo, 41% disseram ter passado a comê-las menos, número que aumentou em relação a julho de 2020 (34%). Entenda mais aqui

Agência Brasil – 29/06/2021

>CoronaVac em crianças a partir de 3 anos é segura, diz estudo

>Uma publicação na revista The Lancet, uma das mais conceituadas do mundo, comprovou a segurança e resposta imune da CoronaVac em crianças a partir de 3 anos. O estudo das fases 1 e 2 pelo laboratório Sinovac foi feito com mais de 550 crianças na China. No ensaio clínico, 96% do grupo testado produziu anticorpos para a Sars-Cov2. Além disso, as reações adversas foram na sua grande maioria de grau 1 e 2, leve e moderada, como dor no local de aplicação e febre e apenas 1% do grupo apresentou reação adversa de grau 3. A fase 3 está em andamento no país asiático e irá testar a eficácia e o nível de proteção da vacina nessa faixa etária. Na China, o uso emergencial da vacina em crianças a partir de 3 anos já está autorizado desde o dia 4 de junho. Aqui no Brasil, desde o dia 11 de junho, o Instituto Butantan já enviou documentação à Anvisa para autorizar o uso emergencial da CoronaVac em crianças a partir dessa idade e aguarda resposta. Outra vacina contra covid, da Pfizer, já tem autorização da Anvisa para vacinar adolescentes a partir de 12 anos. No entanto, os jovens e adolescentes deverão aguardar a conclusão da vacinação de toda a população adulta para serem incluídos nos programas de imunização. Confira mais aqui

G1 – 29/06/2021

>Crianças com microcefalia por zika regridem na pandemia: 'Estão desaprendendo a falar e a comer'

>Para as crianças que nasceram com a síndrome congênita da zika, é a segunda vez que um vírus global muda radicalmente o curso de suas vidas. Isoladas em casa, tentando sobreviver à pandemia do coronavírus que já matou mais de 500 mil pessoas no Brasil, a nova rotina tem sido particularmente difícil para elas. No nordeste do Brasil, epicentro do surto de zika que assustou o mundo em 2015, mães e cuidadoras relatam um retrocesso visível no desenvolvimento de suas crianças, que dependem de uma rotina pesada de terapias e estímulos para conquistarem autonomia em atividades simples como comer, dormir e falar. Era maio de 2020 e eles já estavam reclusos há dois meses em casa quando Alessandra Hora dos Santos, 42, notou que havia algo diferente no neto Erik Gabriel, 5 anos: ele não conseguia mais falar. Tentava, mas as palavras não saíam. Gaguejava, ficava nervoso, desistia. Mães relatam mudanças 5 anos após diagnóstico de microcefalia das filhas: 'A gente criou forças'. Pesquisadores testam uma 'vacina genética' contra o vírus da zika. Erik havia começado a frequentar a escola infantil há poucos meses quando a pandemia chegou ao Brasil e fechou as escolas em Maceió (AL), onde ele vive. Mas, apesar do pouco tempo como aluno da educação infantil, era fácil notar o efeito que as aulas já tinham em seu desenvolvimento: o menino estava falante, alegre, interagindo com as outras crianças, bem mais calmo e com menos crises do que antes; estava, além disso, totalmente apegado às novas professoras. "Quando amanhecia o dia Erik já ficava animado para ir", lembra Alessandra. A falta da escola, no entanto, logo mudou o humor da criança. Ele chegou a me dizer 'vovó, chama a polícia para pegar o coronavírus, que eu quero ir para a minha escolinha'", diz. De lá para cá, a situação só piorou. Hoje "trancado" em casa há mais de um ano para se proteger contra o vírus, Alessandra testemunhou as condições psicológicas e físicas do neto deteriorarem-se a cada dia. Erik atualmente tem muitas crises nervosas e convulsões, e passou a gaguejar sempre que tenta se comunicar. Saiba mais aqui

De Fato – 28/06/2021

>Famílias buscam superar dificuldades para crianças aprenderem na pandemia

>Samuel, de 7 anos, aprende rápido, é curioso e pergunta muito. Antes da pandemia, ganhou medalha de "aluno destaque" na educação infantil, quando morava na Serra do Mundeu, zona rural do município de Araripe, no Ceará. Mas quando a pandemia de covid-19 interrompeu as aulas presenciais, em março de 2020, ele estacionou. Analfabeta, a agricultora Zenilda Freire Barbosa, de 47 anos, mãe do menino, não conseguia ajudar nas lições que chegavam da escola no ensino a distância. "Eu não sei ler para ensinar o meu filho e aqui não tem quem ensine", conta. Para que o menino seguisse estudando, a agricultora decidiu enviar Samuel à casa da irmã, tia dele, na região de Pajeú, zona mais urbana de Araripe. Lá, é ensinado pela prima, que já terminou o ensino médio. "Eu não quero que meu filho se crie como eu, sem saber ler; eu quero que ele estude, aqui não ia aprender nada", diz Zenilda, que só pôde estudar até o primeiro ano do ensino fundamental. É difícil para mim, porque ele é filho único e é tudo na minha vida." Há mais de um ano, a agricultora e o marido visitam o filho a cada oito dias. Quando a saudade aperta, fazem uma chamada de vídeo. Para Riqueli Ferreira Barbosa, de 19 anos, jovem que ensina Samuel, a situação é desafiadora. "Uma responsabilidade muito grande: deixo ele fazendo as atividades conforme ele entende e aí, quando ele tem dúvida, eu ajudo", relata. "Ele gosta de estudar, se dedica bastante, mas sente falta da mãe." Mesmo com todas as dificuldades — as atividades são entregues pela escola essencialmente via WhatsApp e por meio de monitores que distribuem as lições impressas de acordo com a região —, Samuel já sabe ler e escrever um pouco. "Eu vejo que as professoras se preocupam, porque viam ele avançando antes da pandemia", diz Riqueli. Segundo a professora Maria D’eus, que leciona para a turma de Samuel, o caso do menino não é exceção. A maioria dos estudantes da escola tem pais agricultores que são analfabetos ou semianalfabetos. Saiba mais aqui

Gaúcha Zh – 27/06/2021

>Uma em cada quatro crianças teve regressão de comportamento durante a pandemia

>De repente, o mundo de Benício, de 2 anos e meio, mudou. As visitas às casas de parentes e de outros bebês deram lugar a um só passeio: ir com a mãe ao supermercado, de carro. O menino parou de falar e voltou a usar mamadeira, enquanto os pais, com medo do vírus e do desemprego, tentavam lidar com um mundo assustador. Como Benício, não foi pequeno o número de crianças que, na pandemia, voltaram a ter comportamentos de quando eram mais novas: chorar mais, falar menos, fazer xixi na roupa. Regressões no comportamento são sinais de que a criança está sob estresse e é uma forma que encontram de pedir aconchego. Estudo da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV) indicou que 27% das crianças de 0 a 3 anos voltaram a ter comportamentos de quando eram mais novas. A pesquisa, divulgada este mês, indica que regressões geralmente são transitórias, mas devem ser observadas com cuidado pelas famílias. Notei que ele deixou de tentar falar. Começou a só apontar – conta a mãe de Benício, a arte educadora Heloisa Trigo, de 41 anos. Com a regressão na fala, o menino também voltou algumas casas na alimentação: se recusou a comer alimentos sólidos e reativou a mamadeira. A pesquisa da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal ouviu 1.036 famílias de todas as classes sociais. Embora a ciência já saiba que as crianças pequenas são menos atingidas de forma grave pela covid-19, pesquisadores em todo o mundo ainda tentam estimar os impactos emocionais e cognitivos do longo tempo de isolamento decorrente da pandemia e do estresse dentro das famílias. Parte das regressões está relacionada a não conseguir manter o ambiente dentro de casa em função de variáveis externas que transbordam – explica Mariana Luz, CEO da FMCSV. Em meio a uma situação sem precedentes, todas as famílias enfrentaram dificuldades, mas, segundo o estudo, pais da classe D se veem mais sobrecarregados e tristes. Foram muitos lutos, a ameaça do desemprego, de não conseguir prover o sustento. Depois a falta de esperança, sem ver uma luz no fim do túnel. Benício também sinalizou que estava difícil para ele – lembra Heloisa. Veja mais aqui

Estadão – 26/06/2021

>Atraso na fala leva crianças ao consultório e confunde pais após quarentena

>Preocupados com atrasos na linguagem após a quarentena, pais de crianças pequenas procuram consultórios de pediatras e psicólogos. Também pedem ajuda às escolas. A situação confunde as famílias e até os médicos, que ainda não sabem medir o tamanho do impacto do isolamento no desenvolvimento dos pequenos.“Vemos no consultório crianças com atraso na linguagem. Os pais chegam apavorados achando que é autismo e não é. São consequências da pandemia”, diz Magda Lahorgue, presidente do Departamento Científico de Neurologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Diante da demanda das famílias, os pediatras agora precisam entender se as questões relacionadas à linguagem ou outros comportamentos regressivos nas crianças são transitórios. Em muitos casos, eles têm origem na forma como pais e filhos se organizaram na pandemia. "Quando vamos avaliar, são crianças que apenas ficaram sem estímulo adequado." Mesmo que os pais tenham trabalhado em casa, nem sempre há interação e é comum o uso excessivo de equipamentos eletrônicos, diz Magda. Estudo da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV) indicou que 27% das crianças de 0 a 3 anos voltaram a ter comportamentos de quando eram mais novas na pandemia, segundo a percepção dos pais. Entre as regressões de comportamento estão chorar muito, voltar a fazer xixi na roupa e falar menos. Parte do trabalho dos profissionais é sugerir que as famílias tentem promover os estímulos para, depois, avaliar se ocorrem avanços. Johny Santos, psicólogo e supervisor da Clínica Accogliere, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, diz que houve um boom de procura de atendimento para crianças, incluindo as mais novas, de até 3 anos, a partir de fevereiro. Leia mais aqui