Clipping nacional RNPI | 16 a 22 de outubro de 2021

Estadão – 22/10/2021

>Brasil tem 7 mil assassinatos e 45 mil estupros de crianças e adolescentes por ano

A cada ano, sete mil crianças e adolescentes são mortos de forma violenta no Brasil e ao menos 45 mil são vítimas de violência sexual. Os números foram revelados pelo Panorama da Violência Letal e Sexual Contra Crianças e Adolescentes no Brasil, lançado nesta sexta-feira, 22, pelo Unicef, braço das Nações Unidas para a infância, e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O estudo diz que a violência ocorre de formas variadas, conforme a faixa etária da vítima. Crianças morrem na maior parte das vezes em decorrência de violência doméstica, cujo autor é conhecido, como um pai ou um padrasto. No ano passado, 300 menores de até nove anos de idade foram mortos de forma violenta no País. Foi praticamente um caso por dia, boa parte deles dentro da própria casa. O mesmo vale para a violência sexual, em geral também cometida dentro de casa por pessoas próximas. Já os adolescentes, que representam a maioria das vítimas, são mortos majoritariamente na rua. São vítimas, apontam os pesquisadores, da violência armada e do racismo. O estudo também destaca a alta proporção de jovens mortos durante intervenções policiais. Confira mais aqui

O Globo – 22/10/2021

>Covid-19: Bebês e crianças têm a mesma capacidade de transmissão do vírus que os adultos, diz Harvard

Bebês, crianças e adolescentes são tão capazes quanto os adultos de carregarem altos níveis do vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, nas vias nasais e transmiti-lo a outras pessoas. A descoberta faz parte de um novo estudo publicado na revista Journal of Infectious Diseases, conduzido por pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard, do Massachusetts General Hospital, do Brigham and Women’s Hospital e do MIT, nos Estados Unidos. A nova pesquisa destaca a capacidade de transmissão do vírus por crianças quando as escolas reabrem. Esse grupo ainda não foi incluído no calendário vacinal na maior parte do mundo, reforçando a importância de medidas de proteção. Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora do país, deve analisar na próxima semana um pedido de autorização para aplicar a vacina da Pfizer/BioNTech em crianças de 5 a 11 anos, decisão que pode influenciar um possível aval no Brasil. Leia mais aqui

O Globo – 22/10/2021

>Retorno às escolas é mais lento para alunos negros e pobres, diz Datafolha

O retorno às salas de aula tem sido mais lento para alunos negros e pobres, segundo pesquisa do Datafolha divulgada nesta quinta-feira. O levantamento mostra que 65% dos estudantes tiveram suas escolas reabertas, ainda que parcialmente, em setembro. O índice para os brancos era um pouco acima da média: 72%. Mas entre os negros o percentual ficou em 61%. A volta às escolas também tem demorado mais para os alunos mais pobres. A pesquisa mostrou que entre as três faixas de maior nível socioeconômico, as aulas presenciais já são uma realidade para 73% dos alunos. Entre aqueles que pertencem às três menores faixas de renda, a retomada do ensino presencial beneficia apenas 41%. O estudo foi encomendado por Itaú Social, Fundação Lemann e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Foram ouvidos, entre os dias 13 de agosto e 16 de setembro de 2021, com abordagem telefônica, 1.301 responsáveis que responderam por um total de 1.846 crianças e adolescentes com idades entre 6 e 18 anos da rede pública, em todas as regiões do país. Veja mais

Metrópoles – 22/10/2021

>Vacina da Pfizer tem 90,7% de eficácia em crianças de 5 a 11 anos

A Pfizer informou, nesta sexta-feira (22/10), que sua vacina contra a Covid-19 demonstrou 90,7% de eficácia contra a infecção do novo coronavírus em crianças de 5 a 11 anos durante um estudo clínico realizado pela própria empresa farmacêutica. No estudo com 2.268 participantes, apenas três crianças vacinadas com o imunizante desenvolveram a Covid-19 após ter contato com o vírus, enquanto 16 das que receberam doses de placebo acabaram doentes. As duas doses são administradas com um intervalo de 21 dias. Cada uma contém o equivalente a um terço da quantidade inoculada em pessoas maiores de 12 anos. Segundo resultados preliminares, essa porção do fármaco garante níveis de anticorpos semelhantes aos desenvolvidos por adultos que receberam a dose completa, com 30 microgramas. Os dados do estudo foram enviados à Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos. A reunião com os integrantes da agência para a votação que vai decidir se o imunizante poderá ser aplicado nas crianças dessa faixa etária será realizada na próxima terça-feira (26/10). Saiba mais aqui

Uol – 21/10/2021

>49% de alunos mais pobres estudam em celular dos pais; entre ricos, são 23%

Quase metade (49%) dos alunos das classes D e E afirmam que acompanharam as aulas remotas durante a pandemia usando um celular compartilhado, ou seja, de outra pessoa da família. Entre os estudantes mais ricos, esse número ficou em 23%. Os dados foram divulgados hoje e fazem parte da pesquisa "Lições da Pandemia: Motivos para Reduzir as Distâncias na Educação", feita pelo Descomplica e pelo Instituto Locomotiva. As entrevistas foram realizadas com 800 famílias de alunos do ensino fundamental 2 e do ensino médio, entre os dias 22 e 30 de setembro deste ano. Compartilhar o celular não foi o único desafio de alunos mais pobres: 55% deles também precisaram dividir o espaço de estudo com outra pessoa da família. Já com estudantes das classes A e B, essa situação aconteceu com 29%. "Quando um aluno precisa compartilhar o aparelho com alguém, eventualmente ele acabará perdendo aulas por isso e prejudicará seu desempenho escolar", diz a diretora de marketing da Descomplica, Luciana Feres. O objetivo do estudo, segundo ela, era "levantar as dificuldades enfrentadas ao longo da pandemia, mas também o legado deixado pela experimentação do ensino à distância nessas famílias". Confira mais aqui

Metrópoles – 21/10/2021

>DF terá banco de reconhecimento de crianças e jovens desaparecidos

O Distrito Federal deverá criar um banco de dados de reconhecimento facial e digital de crianças e adolescentes desaparecidos. O dispositivo será de responsabilidade dos órgãos de segurança pública do DF e de outros entes da Federação, com os integrantes operacionais do Sistema Único de Segurança Pública, que implementará, coordenará e atualizará o cadastro. De autoria do deputado Hermeto (MDB), o projeto de lei nº 1.649, de 2020, que determina a criação do dispositivo, foi aprovado pela Câmara Legislativa (CLDF), em segundo turno, na sessão desta quarta-feira (20/10). O PL recebeu 14 votos favoráveis e nenhum contrário. Conforme o projeto, o banco de dados será composto por imagens e dados de crianças e adolescentes desaparecidos fornecidas pelos pais, responsável legal ou terceiro que deu parte do desaparecimento aos órgãos de segurança pública do DF. “A criação do Banco de Dados tem por objetivo também ser um meio de prevenir e combater crimes de exploração sexual, tráfico de pessoas ou de órgãos”, observou Hermeto. A matéria agora segue para sanção ou veto do governador Ibaneis Rocha (MDB). Leia mais aqui

BBC News Brasil – 21/10/2021

>'Foram 4 dias só com leite e água': o drama das crianças brasileiras deportadas ao Haiti que o Brasil quer repatriar

As certidões de nascimento de Carlos* e Laura*, de três e um ano de idade, indicam Rondonópolis, no Estado de Mato Grosso, como a cidade em que ambos vieram ao mundo. Apesar disso, há poucas semanas, as duas crianças brasileiras foram deportadas pelo governo dos Estados Unidos para o Haiti, país de origem de seus pais, que moraram por mais de cinco anos no Brasil. A deportação foi o ponto final de uma viagem de migração que incluiu passagens por mais de uma dezena de países, feitas de ônibus e a pé, em meio à fome e à violência. "Na Colômbia, o homem me apontou a pistola, mas eu falei que a gente não tinha dinheiro, a gente não tem nada, e ele liberou a gente pra seguir", relata Patrick*, o pai de Carlos e Laura, sobre a passagem pelo perigoso estreito de Darien, trajeto de 100 quilômetros em mata amazônica até o Panamá, que eles levaram 14 dias para percorrer. Os dois filhos de Patrick são parte do contingente de 84 crianças de nacionalidade brasileira que, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), foram deportadas nas últimas semanas pelos EUA para o Haiti, em meio às mais de 8 mil expulsões que o governo americano promoveu após a chegada em massa de haitianos à fronteira. Veja mais aqui

Correio Braziliense – 20/10/2021

>Em um ano e meio, pandemia deixou 199 órfãos de ao menos um dos pais no DF

“Cuida dos meus meninos.” Foi com esse pedido que Vanessa* se despediu da mãe, Sandra*, por chamada de vídeo, depois de passar 15 dias internada com covid-19. Ela morreu por complicações da doença, aos 39 anos, em setembro de 2020, e, desde então, a mãe dela assumiu os cuidados dos netos, de 2 e 4 anos. O pai das crianças não é presente nem mantém contato com os filhos desde o nascimento do mais novo, além de não ter reconhecido a paternidade dos herdeiros. Depois da morte de Vanessa, Sandra passou a complementar a renda com venda de salgados e tortas, para dar conta das despesas. A moradora de Santa Maria, de 61 anos, tenta encontrar amparo na vitalidade infantil para seguir com o pedido da filha. Não bastasse o luto, agravado pela impossibilidade de despedidas presenciais, há a dor da perda, que precisa ser superada de maneira silenciosa. No Distrito Federal, 199 crianças de até 6 anos ficaram órfãs de, pelo menos, um dos pais em decorrência da covid-19. Dessas, três perderam o pai ou a mãe antes mesmo do nascimento. Entre as idades, a faixa etária que registrou maior número de órfãos por conta da doença foi a de até 11 meses, com 55 crianças, seguida pela de 2 anos, com 37. Saiba mais aqui

Exame – 20/10/2021

>EUA define plano para vacinar contra covid-19 crianças de 5 a 11 anos

O governo Biden delineou nesta quarta-feira seu plano para vacinar milhões de crianças de 5 a 11 anos assim que uma vacina contra covid-19 for aprovada para essa faixa etária, preparando doses e instalações antes da movimentada temporada de final de ano. O governo informou que está trabalhando para montar clínicas de vacinação em mais de 100 sistemas de hospitais pediátricos de toda a nação, além de consultórios médicos, farmácias e possivelmente escolas. Se a vacina da Pfizer e da BioNTech obtiver uma aprovação ampla, o plano garantiria "que seja distribuída rapidamente e disponibilizada conveniente e igualitariamente a famílias de todo o país", disse a Casa Branca em um comunicado, observando que as agências reguladoras estudarão a aprovação de maneira independente. A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) está analisando o pedido da Pfizer/BioNTech para uma aprovação de sua vacina de duas doses para crianças pequenas, e seu comitê de conselheiros externos marcou uma reunião para 26 de outubro. Normalmente a FDA segue o conselho de seu comitê, mas não é obrigada a fazê-lo. Em seguida, conselheiros do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) estudarão recomendações da vacina em uma reunião de 2 e 3 de novembro que sua diretora usará para fazer suas próprias recomendações. Confira mais aqui

O Povo – 20/10/2021

>Índia aprova uso emergencial da Covaxin em crianças

Um painel de especialistas do regulador de medicamentos da Índia recomendou o uso emergencial da vacina anticovid Covaxin em pacientes na faixa etária de 2 a 18 anos nesta terça-feira (12/10). Com isso, o imunizante da farmacêutica Bharat Biotech se tornou a primeira vacina na Índia a obter a aprovação para uso em crianças abaixo de 12 anos, num momento em que a segunda nação mais populosa do mundo expande sua campanha de vacinação contra o coronavírus para incluir crianças. Os dados da Bharat Biotech de testes clínicos da Covaxin na citada faixa etária "foram completamente revisados pelo comitê de especialistas do Departamento Central de Controle de Padrões de Medicamentos e [eles] forneceram suas recomendações positivas", comunicou a farmacêutica em um comunicado, no entanto, sem compartilhar os dados de eficácia e segurança em crianças. A farmacêutica indiana iniciou um teste da Covaxin em crianças em junho, após uma segunda onda devastadora de covid-19 impulsionada pela variante delta ter extrapolado o sistema de saúde da Índia. A Covaxin é a segunda vacina na Índia a obter a aprovação para a aplicação em menores de 18 anos – a primeira foi o imunizante da Zydus Cadila, embora apenas para crianças a partir de 12 anos. Leia mais aqui

Agência Brasil – 20/10/2021

>Pesquisa mapeia deficiências alimentares em crianças menores de 5 anos

14% das crianças brasileiras de até cinco anos apresentam deficiência da vitamina B12, que tem como principal fonte a carne vermelha. É o que aponta uma pesquisa inédita, divulgada nesta terça-feira, sobre o estado nutricional dessa faixa etária no país. O Enani 2019, Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil, encomendado pelo Ministério da Saúde, mostra uma serie de deficiências alimentares e anemia identificadas nesse público. Os dados foram colhidos e reunidos através de trabalho coordenado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz e as Universidades do Estado do Rio de Janeiro e Federal Fluminense. A região Norte é a que apresenta maior taxa de prevalência de crianças com carência da vitamina B12, 28,5%. No Sudeste a taxa fica em 14%, 12% no Centro-Oeste, 11,7% no Nordeste e, 9,6%, na região Sul. O estudo aponta que um dos fatores para essa alta prevalência pode ser a dificuldade de acesso a alimentos ricos nesse nutriente. As desigualdades também aparecem no recorte econômico e no quesito raça/cor. A proporção de crianças com baixos níveis de B12 é maior entre as famílias mais pobres e crianças pretas e pardas. Veja mais aqui

Uol – 20/10/2021

>Como melhorar a saúde mental das crianças no retorno às aulas presenciais

A pandemia afetou a saúde mental de muita gente e com as crianças não foi diferente. Mesmo que nem sempre compreendam com exatidão tudo o que está acontecendo, os pequenos podem ter suas emoções abaladas por conta das mudanças da rotina em casa e nos estudos, da impossibilidade de passear e brincar em lugares abertos, da falta de convivência com avós, tios, primos e amiguinhos etc. Tudo isso pode gerar crises de estresse ou de ansiedade, birras, irritabilidade, dificuldades de socialização, maior dependência dos pais para atividades básicas e regressões nas etapas de desenvolvimento já adquiridas, como voltar a fazer xixi na cama e enfrentar distúrbios do sono. E essas condições podem ser potencializadas agora que muitas crianças estão voltando às aulas presenciais, o que exige novas adaptações na rotina dos pequenos e a retomada do convívio com "estranhos". Com a ajuda de especialistas, o VivaBem dá dicas do que os responsáveis podem fazer para melhorar a saúde mental das crianças na pandemia e no retorno à escola. Saiba mais aqui

CNN Brasil – 20/10/2021

>Brasil precisa avançar em leis e políticas públicas contra bullying, diz especialista

Bullying! Termo em inglês para uma prática repetitiva de atos de violência física e psicológica contra as pessoas. Intimidação, humilhação, xingamentos e agressão física, individualmente ou em grupo. Esta quarta-feira (20) é o Dia Mundial De Combate ao Bullying. E o Brasil precisa avançar e muito em políticas públicas e principalmente na legislação para evitar este tipo de prática. Para Juliano Melo Duarte, advogado especialista em direito antibullying e cyberbullying e presidente da comissão de direito antibullying da OAB de Mogi das Cruzes(SP), a data precisa ser lembrada e divulgada. E deve servir para alertar e conscientizar a população sobre os impactos da intimidação sistemática, de suas consequências, desdobramentos e do respeito às diversidades. “Essa intimidação sistemática é um problema que atinge não somente crianças e adolescentes em escolas, mas toda a sociedade” afirma. Segundo uma pesquisa realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) pouco antes da pandemia, um em cada três jovens em 30 países disse ter sido vítima de cyberbullying, que é o bullying por meio da Internet, e um em cada cinco relata ter saído da escola. Confira mais aqui

O Globo – 20/10/2021

>Mais de um terço das crianças de até cinco anos de idade estavam com excesso de peso em 2020, mostra levantamento

Mais de um terço das crianças com até 5 anos de idade que foram levadas pelos pais para um consulta na atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS) no ano passado estavam com excesso de peso, o que inclui o sobrepeso e a obesidade, fatores de risco para doenças como hipertensão, diabetes, câncer e, mais recentemente, a Covid-19. E quase a metade dessas mesmas crianças, a partir dos seis meses de vida, já consumiam alimentos ultraprocessados, como salgadinhos, biscoitos e refrigerantes — no recorte de 2 até 5 anos, esse índice subiu a 83%. As informações compõem o “Panorama da obesidade em crianças e adolescentes”, base de dados lançada ontem pelo Instituto Desiderata a partir de registros coletados pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), do Ministério da Saúde. O levantamento é um importante retrato da saúde infantil e se configura como um dos mais completos já realizados no país. Leia mais aqui

Diário do Nordeste – 19/10/2021

>Ceará tem déficit de 31 mil crianças não matriculadas na pré-escola; 98 municípios não atingem meta

Entrar no ensino infantil possibilita aprendizado, desenvolvimento cognitivo e proteção social com relevância mesmo quando se é tão pequeno. No Ceará, cerca de 31 mil crianças de 4 e 5 anos aptas a cursar a pré-escola deveriam estar matriculadas em centros de educação infantil para atender às metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Porém, ainda não estão. O cenário está retratado no levantamento do Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa (CTE-IRB), vinculado aos Tribunais de Contas dos Estados. Os dados do Comitê têm como bases o Censo Escolar da Educação Básica 2020, as estimativas municipais anuais do IBGE e informações de nascidos vivos e mortalidade do Ministério da Saúde, referentes a 2019. Os cálculos indicam que o Estado tem 265 mil crianças em idade pré-escolar, das quais 234 mil estão matriculadas. A meta do PNE era que 100% delas estivessem matriculadas até 2016, mas, em 2020, apenas 86 cidades cearenses atingiram esse objetivo. Veja mais aqui

G1 – 19/10/2021

>Como a alfabetização sofreu na pandemia: 'criança que já deveria saber ler ainda não domina o abc'

Na turma da professora Ana Carolina Guimarães há, hoje, desde crianças que já conseguem ler textos com facilidade até os alunos que, aos 8 ou 9 anos de idade, ainda sequer criaram familiaridade com todas as letras do alfabeto. O cenário da volta às aulas preocupou a professora do 3° ano do ensino fundamental 1 na Escola Estadual São Bento, em Belo Horizonte (MG) – que por enquanto está funcionando em modelo híbrido, em que as crianças alternam entre uma semana na escola e uma semana no ensino remoto. A preocupação da professora se deve ao fato de que, em condições normais, na 3ª série, as crianças já costumam estar na fase final do aprendizado básico de leitura e escrita. "Todos os alunos teriam que estar lendo, e não é a realidade. Percebemos que há uma carência nesse retorno às aulas e que a alfabetização foi muito afetada pela pandemia", diz Guimarães à BBC News Brasil. Crianças vulneráveis de 5 a 10 anos de idade – e, portanto, as que cursam o final da educação infantil e todo o ensino fundamental 1 – foram um grupo particularmente sensível às dificuldades dos mais de 18 meses de ensino à distância na pandemia. É porque elas estão em uma fase crucial de seu desenvolvimento escolar: a da alfabetização e da consolidação da leitura, da escrita e dos fundamentos matemáticos. Saiba mais aqui

G1 – 19/10/2021

>Taxa de homicídio de crianças e adolescentes no AC quase triplicou em dez anos, aponta pesquisa

A taxa de homicídio de crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos subiu 183,5% no Acre, passando de de 12,5 por 100 mil habitantes em 2009 para 35,4 em 2019. Durante esse período de 10 anos foram registradas 549 mortes de crianças e adolescentes no estado. Os dados são da pesquisa Homicídios na Infância e Adolescência no Brasil, levantados pela ONG Visão Mundial. Em 2019, o Acre ficou em quarto lugar no ranking entre os estados com as maiores taxas de homicídio de crianças e adolescentes, com o registro de 35,4 por 100 mil habitantes. O estado ficou atrás apenas do Amapá (67,4), a Bahia (40,3), o Rio Grande do Norte (40,1). O maior registro de homicídios no estado acreano foi em 2017, com 118 casos, enquanto que o menor número foi nos anos de 2009 e 2011, com 22 registros em cada ano. Conforme a pesquisa, o Acre registrou ainda o maior aumento no índice de homicídio de crianças e adolescentes entre os estados no período de 2009 e 2019. Dos 26 estados e o distrito federal, 15 registraram reduções nas taxas e 12 tiveram aumento. Confira mais

G1 – 18/10/2021

>Em três anos, 5,7 mil partos de adolescentes e jovens com até 19 anos foram registrados em RR

Entrar em estado de choque foi a primeira reação da estudante Mariana Marcondes quando descobriu, no ano passado, que seria mãe aos 16 anos. Assim como ela, 5,7 mil adolescentes e jovens de 12 a 19, se tornaram mães em Roraima nos últimos três anos. Os dados são da Secretaria de Saúde (Sesau) a pedido do g1. Hoje, aos 17 anos, ela enfrenta o desafio de ser mãe da Maitê, de 9 meses, ao mesmo tempo que concilia os estudos no último ano do ensino médio. "Pensei várias e várias vezes que, a partir daquele momento, não era mais só eu. E que eu teria que dar o meu máximo em tudo agora, pois teria uma outra vida dependendo de mim", relata Mariana. O levantamento da Sesau, no entanto, mostra que há uma queda em cerca de 32% quando comparado o total de partos de adolescentes em 2019 com o número contabilizado até setembro de 2021. Em 2019, ocorreu o nascimento de 2.319 bebês de mães com menos de 19 anos, entre os 11.625 partos realizados na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth, em Boa Vista. Já em 2020, de todos os 10.220 partos, 1.807 eram de mães adolescentes. Em 2021, no período de janeiro a setembro, do total de 7.577 nascimentos 1.575 foram de meninas com até 19 anos. Leia mais aqui

Agência Câmara de Notícias – 18/10/2021

>Pandemia prejudicou desenvolvimento das crianças, alertam especialistas

Apesar de estarem entre as pessoas menos afetadas pelo novo coronavírus, no que diz respeito aos casos graves e à mortalidade, as crianças de 0 a 6 anos também foram profundamente impactadas, em diversas áreas, pela pandemia de Covid-19. Essa foi uma das conclusões dos participantes de audiência pública da Comissão Externa sobre Políticas para a Primeira Infância, que discutiu nesta segunda-feira (18) o retrato atual da primeira infância no Brasil. Diretor de políticas e direitos das crianças do Instituto Alana, Pedro Hartung afirmou que decisões políticas tomadas durante a pandemia tiveram forte impacto sobre as crianças. Como exemplo, ele citou que, no País, houve dez vezes mais mortes de bebês por Covid-19 do que nos Estados Unidos. Também ressaltou as mais de 12 mil crianças brasileiras que ficaram órfãs por causa da pandemia. Outro ponto comentado por ele foi o agravamento da insegurança alimentar e da fome nas famílias, com sequelas no desenvolvimento infantil. Hartung acrescentou que é necessário pensar em quem cuida das crianças, em especial as mães, tema esse que também ficou prejudicado durante a pandemia. “A gente sabe que o desemprego cresceu, principalmente entre mulheres. Além disso, houve a sobrecarga de tarefas domésticas para as mães que mantiveram seus empregos e puderam ficar em home office”, comentou. “Por isso que a gente tem de falar que cuidar de crianças no Brasil é cuidar especialmente de mulheres mães.” Mais um ponto citado por Hartung foi a necessidade de se pensar no espaço em que vive a criança. Segundo ele, a crise ambiental é também uma crise de direitos da criança, especialmente na primeira infância. Veja mais aqui