14 de setembro de 2023
A mãe da mulher que foi mantida em condições semelhantes à escravidão por um desembargador faleceu enquanto buscava incessantemente sua filha.
As irmãs compartilham como a família enfrentou uma jornada difícil, ouvindo mentiras e vendo a missão de vida de sua mãe se desmoronar. Sonia Maria de Jesus, resgatada da casa de um desembargador em condições de escravidão, foi levada quando tinha nove anos de Osasco, na Grande São Paulo, e desapareceu completamente de sua família. A mãe acreditava que encontrar Sonia era sua missão de vida, mas após anos de busca sem sucesso, ela faleceu em 2016, acreditando que nunca mais veria sua filha.
As irmãs biológicas estão revoltadas com as condições em que Sonia foi encontrada na casa da família do desembargador Jorge Luiz Borba, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
Sonia vivia isolada, era surda, não foi alfabetizada e vivia em condições precárias. Apesar da família Borba ser privilegiada, Sonia nunca teve acesso à educação, o que revoltou suas irmãs.
Sonia retornou à casa dos Borba após decisões judiciais que foram contestadas pela Defensoria Pública. A família está indignada com essa situação e acredita que Sonia está sendo revitimizada. O desembargador Jorge Luiz Borba foi alvo de uma investigação da Polícia Federal e Sonia foi resgatada em junho.
Borba foi nomeado para o TJ-SC pela Ordem dos Advogados do Brasil e está na Corte há 15 anos.