Boletim RNPI | Edição 52 | Abril de 2020

Especialistas orientam sobre cuidados com as crianças durante a pandemia

A Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância promoveu, no dia 23 de abril, a primeira edição online do projeto “Diálogo com Especialistas” executado em parceria com a Rede Nacional Primeira Infância. Os cuidados e a atenção à primeira infância durante a pandemia de Covid-19 foram o tema do debate. Especialistas criticaram alguns excessos que têm ocorrido em relação à educação no ambiente familiar neste período de pandemia. O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Garcia, lembrou que a entidade já divulgou nota defendendo que as atividades à distância como substitutas das aulas presenciais sejam restritas aos anos finais do ensino fundamental e até o limite de 25% dos 200 dias letivos. Garcia ressaltou ainda que a educação à distância não pode aumentar ainda mais a diferença entre estudantes ricos e pobres. “Nós temos uma questão muito importante que é a questão da equidade. Como nós vamos verificar a efetividade das atividades e sobretudo como vamos trabalhar com aqueles que não foram atingidos?”, indagou.

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>UNICEF lança podcast diário para ajudar crianças a continuar aprendendo em casa

“Deixa que Eu Conto” vai levar histórias, brincadeiras e atividades a crianças e famílias de todo o País, via rádio e internet, contribuindo com o direito de aprender, em tempos de coronavírus. O projeto tem como objetivo fazer com que todas as crianças, em especial as mais vulneráveis, tenham acesso a atividades que permitam a continuidade das aprendizagens em casa, além de complementar o que escolas e professores já estão fazendo. Todos os conteúdos são gratuitos e estão disponíveis no Spotify, no YouTube e no site do UNICEF. Eles também serão disseminados para rádios de todo o País e compartilhados via WhatsApp, contribuindo para garantir às crianças o direito de aprender. "Deixa que Eu Conto" é voltado para crianças que estão em idade de frequentar a pré-escola e em processo de alfabetização (anos iniciais do ensino fundamental). Todos os episódios foram pensados com foco no desenvolvimento infantil, trazendo conteúdos diversos que podem ajudar crianças e famílias neste momento de isolamento social. Cada programa tem, em média, 30 minutos. Ao apostar nos conteúdos em áudio, o UNICEF alerta que nem todas as famílias têm acesso à internet de forma gratuita e podem baixar vídeos e conteúdos pesados, fazendo com que muitos meninos e meninas fiquem excluídos. A iniciativa foi pensada para alcançar todas as famílias, levando em consideração as diferentes realidades brasileiras. Saiba mais

>Internações de crianças de 0 a 14 anos por intoxicação aumentaram quase 11% no último ano

De 2018 a 2019 o número de internações por intoxicação de crianças de 0 a 14 anos aumentou 10,55%, seguindo uma tendência de aumento de número de casos que vem crescendo desde 2017, conforme dados extraídos do DataSus (Ministério da Saúde) e analisados pela ONG Criança Segura. A faixa etária em que este tipo de acidente mais acontece vai de 1 a 4 anos de idade. Esse dado chama a atenção para os cuidados em relação ao contato de crianças com animais peçonhentos e plantas e à forma de armazenar os produtos de higiene e medicamentos em casa. Principalmente neste período de quarentena, em que as crianças estão passando mais tempo dentro de casa e alguns pais e responsáveis estão trabalhando home office. “Também precisamos nos atentar ao uso do álcool, agora que ele está sendo muito utilizado pelas famílias como forma de desinfecção e prevenção contra a Covid-19, pois ele pode causar intoxicação já que tem uma alta graduação alcoólica”, explica Vania Schoemberner, gerente executiva da ONG Criança Segura. Confira mais

>#QuarentenaSimViolênciaNão une organizações contra ameaças a crianças e adolescentes

Com a pandemia de COVID-19 espalhada pelo país e as restrições de isolamento social impostas por estados e municípios seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde, já é possível observar alguns dos efeitos colaterais da quarentena, especialmente para mulheres, crianças e adolescentes. Embora ficar em casa seja sem dúvida a melhor aposta para reduzir o número de contaminações pelo coronavírus, não é possível deixar de se preocupar com o aumento da violência doméstica, psicológica e sexual. Por isso, a campanha #QuarentenaSimViolênciaNão está unindo organizações públicas e da sociedade civil para atuar contra essas ameaças. A ideia da campanha é informar sobre os riscos e meios de denúncia e prevenção por meio de conteúdo em redes sociais. É também atuar em parceria para ações de incidência política com órgãos públicos e entidades da sociedade civil que possam incentivar a denúncia das violências e o combate direto a elas. Estar em casa deveria significar proteção, mas nem sempre é assim para muitas meninas e meninos no Brasil, especialmente para meninas. A casa também pode ser um lugar inseguro para mulheres – o que pode significar estar 24 horas por dia ao lado de um agressor. É em casa ou em seu entorno que acontecem quase 500 mil casos de violência sexual no país todos os anos. A cada hora, três meninas menores de 18 anos são estupradas. Veja mais

>STF amplia prazo da licença-maternidade para mães de bebês prematuros

Por 9 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ampliar o prazo de licença-maternidade para mães de bebês prematuros. Os ministros referendaram uma decisão liminar do ministro Luiz Edson Fachin, a favor de estender o benefício para as trabalhadoras. Porém, o mérito da ação ainda deverá ser analisado pela Corte. O ministro Luiz Edson Fachin, reiterou seu voto no sentido de que a licença de mães de prematuros só deve contar oficialmente após a alta da mulher ou do bebê do hospital – o que acontecer por último -, para elas poderem ficar com filhos em casa o mesmo tempo que as demais trabalhadoras. São considerados prematuros bebês que nascem antes das 37 semanas de gestação. Na maioria dos casos, bebês com prematuridade extrema, que nascem com menos de 30 semanas de gestação, precisam permanecer internados na UTI. O principal argumento da ação é o de que, no caso dos bebês prematuros, a contagem de dias sob licença será menor ao número de dias realmente necessários para se garantir a integração e o estreitamento de laços afetivos do recém-nascido com a família. Leia mais

Curtinhas

>Medidas simples podem evitar muitos acidentes domésticos. Este é o assunto do documento elaborado pela SBP para auxiliar pais e responsáveis a identificar potenciais sinais de risco que cercam crianças e adolescentes no ambiente doméstico. A publicação, divulgada em função do atual período de quarentena vivenciado no País, destaca a importância de se estabelecer ações preventivas de acordo com a capacidade física e mental de cada faixa etária. Acesse aqui

>O curso “Primeira Infância e Competências Familiares” foi criado para contribuir com a atenção integral às crianças na primeira infância e fortalecer suas famílias na participação ativa desse processo. Dividido por temas, a formação destaca especialmente o período que envolve a gestação, o parto e o primeiro mês de vida do bebê, por ser um período crucial para a sobrevivência e o desenvolvimento da criança. Saiba mais, inscreva-se e participe!

>Pandemia de Covid-19 faz crescer interesse por partos domiciliares. Diante do medo de contágio pelo novo coronavírus e da possível restrição da entrada de acompanhantes e doulas, mulheres têm buscado informações sobre parto domiciliar e como garantir um parto hospitalar humanizado com segurança. Especialistas sugerem preparo e planejamento para garantir parto humanizado. A decisão não deve se basear no medo. Confira mais aqui

>Plataforma brasiliense BebeLume estreia desenho "Makuru - Canções de berço". Dirigida e coescrita pela atriz e diretora teatral Clarice Cardell (da companhia de teatro La Casa Incierta), a série, com dez episódios animados, de aproximadamente três minutos cada, apresenta às crianças canções de ninar antigas e tradicionais. Veja aqui um dos episódios

>O livre brincar das crianças pode revelar as estratégias que elas exploram para elaborar questões difíceis, como as que estão sendo vivenciadas de modo inédito com a pandemia do coronavírus. Portanto, oferecer às crianças “a possibilidade de brincar e imaginar livremente é a melhor forma de elas elaborarem suas experiências e resolverem conflitos”, pontua a especialista Sônia Brólio. Saiba mais aqui

>#SentimentosnoPapel: O UNICEF convida as crianças de todo o Brasil a desenhar e contar como estão se sentindo neste período de coronavírus. “Sabemos que o isolamento social é um desafio para muitas famílias e um período de adaptação a uma nova rotina. Queremos ouvir as crianças e deixar que elas mesmas desenhem e contem como estão se sentindo”. Quer participar? Compartilhe um desenho do seu filho no Instagram usando a hashtag #sentimentosnopapel e marcando o perfil @unicefbrasil!

>Como estão as crianças com deficiência e doenças crônicas na quarentena? Famílias relatam como manter tratamento e terapias durante esse período, além dos cuidados redobrados para garantir a saúde dos filhos. Especialistas recomendam o brincar como processo terapêutico. Leia mais aqui

>Para discutir as possíveis influências da quarentena pelo COVID-19 sobre as crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o Departamento Científico de Neurologia da Sociedade Brasileira de Pediatria divulga nota de alerta “COVID-19 e Transtorno do Espectro Autista”. O documento visa orientar os pediatras para alguns manejos emergenciais e observa ainda que as mudanças de rotina impostas pela quarentena, como o convívio íntimo das famílias num mesmo ambiente, que muitas vezes é restrito, pode causar sofrimento adicional às crianças com TEA. Veja aqui a nota de alerta

>Departamento Científico de Oncologia da Sociedade Brasileira de Pediatria divulga nota de alerta que atualiza as “Recomendações aos profissionais de saúde que atendem crianças e adolescentes com câncer durante a pandemia de COVID-19”, fundamentadas em publicações nacionais e internacionais. Segundo o documento, há escassez de informações sobre a COVID-19 e seu impacto nestes pacientes e sobre os prestadores de cuidados a esse público. Acesse aqui o documento na íntegra

>Estão abertas as inscrições para o curso online “Notificação de violências: conceitos e aplicação”. Neste curso, você que é profissional da área de saúde, da educação, da assistência social, da segurança, do conselho tutelar ou integrante da rede de enfrentamento terá habilidades e competências práticas de transformação da realidade e do cuidado em saúde das pessoas vítimas de violência. Veja mais aqui e participe!

>A Campanha Nacional pelo Direito à Educação lançou, no dia 16 de abril, o seu terceiro guia sobre educação no contexto da pandemia do coronavírus. Objetivo do “Guia COVID-19: Educação a Distância” é mais uma vez oferecer subsídios para que cidadãos ligados à educação possam, de maneira colaborativa, agir, cobrar, e trabalhar pela proteção do direito à educação de todas e todos nesta situação de emergência. Confira!

>Em seu quarto volume, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação dá continuação a sua série de guias sobre educação e proteção no contexto da pandemia. No “Guia COVID-19: Boas Práticas em Proteção” você vai encontrar soluções de estados e municípios para garantir os direitos de crianças e adolescentes. O material destaca que os exemplos práticos expostos devem ser pensados de maneira colaborativa. Dessa forma, ações aparentemente pequenas podem significar maior segurança na vida de muitas pessoas. Acesse e compartilhe!

>Nesse momento em que nossas vidas mudaram tão rapidamente, e o ambiente digital desponta como um recurso fundamental, muitas famílias estão se perguntando como mediar a relação entre telas e crianças. Para auxiliar nessa questão, especialistas do Instituto Alana trazem algumas sugestões e caminhos possíveis. Confira!

>Sociedade Brasileira de Pediatria divulga carta pública destinada ao cantor sertanejo Gusttavo Lima e a todos os artistas do Brasil. No texto, a entidade ressalta a missão e responsabilidade social dos ídolos nacionais de influenciar a população, especialmente crianças e adolescentes, com atitudes positivas. Na avaliação da SBP, a reprodução de condutas inadequadas e prejudiciais à saúde é bastante perigosa, uma vez que a tendência do público é naturalizar e reproduzir o comportamento dos artistas que possuem ampla notoriedade. Leia aqui

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