21 de maio de 2010

Boletim Primeira Infância

Amapá

Termo de cooperação busca combater mortalidade infantil

O governador do Amapá, Pedro Paulo Dias de Carvalho, assinou com o Ministro da Agência Brasileira de Cooperação Técnica (ABC), Marco Farani, o Termo de Cooperação Técnica Internacional com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A assinatura prevê a execução do Projeto de Fortalecimento de Capacidades Locais para o alcance das Metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), no Amapá. O governador destacou que a prioridade é combater a mortalidade infantil e materna. (Jornal do Dia (AP) – 19/05/2010)

Ceará

Unicef lança livro sobre direitos da primeira infância

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou uma publicação sobre a experiência de sucesso de mobilização pelos direitos na primeira infância criada há uma década em Canela (RS) e realizada em outras cidades do estado e no exterior. O livro “Como realizar a Semana do Bebê em seu município: 10 anos priorizando a primeira infância em Canela”, apresenta orientações sobre como realizar práticas comunitárias de promoção dos direitos das crianças nessa fase a partir da metodologia criada na cidade gaúcha. Em razão do potencial mobilizador da metodologia, o Unicef pretende disseminá-la para gestores e sociedade civil, especialmente em locais que apresentam indicadores sociais mais críticos no Brasil e em outros países da América Latina e do Caribe e de língua portuguesa. (O Estado (CE) – 19/05/2010)

Mato Grosso do Sul

Acordo vai garantir mais pediatras de plantão

Um acordo firmado entre a Prefeitura e a Santa Casa de Campo Grande definiu, durante esta semana, a formação e contratação de pediatras. Os novos médicos irão trabalhar meio período no hospital e também darão expediente nos postos de saúde. De acordo com o secretário municipal de saúde, Leandro Mazina Martins, a falta de pediatras será amenizada. Conforme o secretário, a formação de cada residente contando com a estrutura a ser oferecida e a contratação de 16 pediatras que atuarão como professores custarão, por mês, cerca de R$ 30 mil aos cofres da prefeitura. (Correio do Estado – Karine Cortez, Pág, 10 – A; 15/05/2010)

Produto encontrado em mamadeiras de plástico pode causar malefícios, diz pesquisa

O produto conhecido por Bisfenol – A (BPA), encontrado em diversos produtos de plástico, inclusive nas mamadeiras, têm sido assunto de debate sobre os riscos que pode causar à saúde humana. Por exemplo, Canadá, Costa Rica e Dinamarca, já foram proibidos de fabricar mamadeiras com essa substância. A pesquisadora Sônia Hess explica que o BPA pode causar diversos problemas à saúde, como infertilidade, hiperatividade, diabetes, obesidade e até mesmo câncer, pois o plástico, formado por moléculas e outras substâncias perigosas quando aquecidas, migram para os alimentos e acabam sendo ingeridas. (O Estado de MS – André Mazini, Pág, B- 2; 20/05/2010)

Pernambuco

A Entrada precoce no ensino prejudica o desenvolvimento da criança

A ampliação do ensino fundamental de oito para nove anos, oficializada em 2006, confundiu os pais e, na prática, criou uma discussão legal que permitiu que sistemas de ensino passassem a aceitar crianças com 5 anos no ensino fundamental. Segundo os especialistas, a entrada precoce no fundamental pode até acelerar a vida escolar, mas é prejudicial para o desenvolvimento global da criança. “Começar um ensino sistemático com 5 anos não serve para nada e, sob o ponto de vista do desenvolvimento, é muito ruim”, afirma Francisco Baptista Assumpção Júnior, psiquiatra especializado em transtornos de escolaridade. (Jornal do Commercio (PE), Fábio Mazzitelli – 16/04/2010)

Rio de Janeiro

Estudo aponta mais de 250 crianças até 6 anos vivendo em cadeias

Elas não cometeram infração alguma e estão longe de atingir maioridade penal, mas vivem em cadeias brasileiras junto com adultos. No Brasil, cerca de 289 crianças com até 6 anos de idade dividem celas com as mães e outras mulheres e são submetidas às normas estritas da vida atrás das grades, com restrições de liberdade e horários para banho de sol e visitas. Uma pesquisa da assistente social Rosangela Santa Rita, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), relata que a maior parte das crianças chegou às prisões no ventre da mãe. Dos meninos e meninas que vivem assim, 58 ficam em celas comuns. Outras 107 ficam em creches e 124, em berçários improvisados dentro dos presídios. Segundo o estudo, 165 têm até 6 meses de idade e 102, entre 6 meses e 3 anos. Há ainda 22 crianças entre 3 e 6 anos. (O Globo (RJ), Carolina Brígido – 16/05/2010)

São Paulo

Em alguns colégios de educação infantil crianças de dois anos já usam computadores

A computação tornou-se assunto sério em algumas escolas de ensino infantil. Entretanto, há educadores que acham que esse aprendizado está ficando cada vez mais precoce. Há casos, como o de uma escola em São Paulo, em que os alunos já aprendem a usar computadores aos 2 anos, quando ainda estão no mini-maternal. Eles têm, inclusive, um laboratório específico, com computadores de teclados grandes e coloridos. Para alguns educadores, no entanto, essas aulas são inúteis e até prejudiciais. Regina de Assis, consultora em educação e mídia, afirma que o uso precoce do computador pode trazer danos visuais, já que os órgãos visuais das crianças não estão totalmente desenvolvidos, e até problemas motores, pela diminuição da movimentação corporal. (Folha de S. Paulo (SP), Talita Bedinelli – 17/05/2010)

Novo calendário para vacinar prematuros

A Sociedade Brasileira de Imunizações acaba de lançar um calendário inédito para vacinação de bebês prematuros, aqueles que nascem antes de 37 semanas de gestação. Segundo o neonatologista Renato Kfouri, diretor da entidade, ainda não havia uma orientação adequada sobre a imunização destes bebês. Ele afirma que os prematuros são mais suscetíveis a algumas doenças porque nascem com órgãos imaturos e quantidade menor de anticorpos, e também têm reserva de energia muito baixa, tanto que são considerados desnutridos. No Brasil, seis em cada 100 bebês nascem prematuros. Entre os que nascem antes de 35 semanas de gestação, cerca de 15% são hospitalizados pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), principal agente de infecções respiratórias em bebês.(Diário de S. Paulo (SP), Aline Mustafa – 17/05/2010)

Nova técnica brasileira corrige má-formação em bebê

Uma inovação brasileira desenvolvida para operar bebês com má-formação nasal apresenta resultados melhores do que as cirurgias tradicionais, segundo uma revisão de estudos nacionais e internacionais. A pesquisa mostrou que 30% dos bebês operados pelo método tradicional precisam ser reoperados mais de uma vez, contra 9% dos que fazem a cirurgia adaptada por brasileiros. Bebês que nascem com esse problema não conseguem respirar direito porque um osso fecha o canal entre o nariz e a traqueia, por onde o ar deveria passar. Como ao nascer a criança respira essencialmente pelo nariz, ela precisa ser entubada até ter condições de passar por uma cirurgia corretiva. (Folha de S. Paulo (SP), Fernanda Bassette – 17/05/2010)

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