14 de maio de 2010

Boletim Primeira Infância

Boletim 08 a 14 de maio

Nacional

Crianças indígenas sofrem com anemia

Uma de cada cinco crianças indígenas de até 5 anos no Brasil tem estatura menor do que o esperado para a sua idade e mais da metade delas sofre de anemia. Na Região Norte, a situação é ainda mais grave: 41,1% está abaixo da estatura esperada para a idade e 66% tem anemia. Os dados são do 1º Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas, divulgado ontem (11) pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Segundo a pesquisa, mais de 19% das crianças indígenas de todo o País foram hospitalizadas nos 12 meses antes do levantamento, realizado em 2008 e 2009, principalmente por pneumonia e diarreia. De acordo com o inquérito, quase 38% das crianças indígenas nortistas tiveram diarreia na semana que antecedeu à pesquisa. (A notícia foi publicada nos principais jornais do País 12/05/2010)

Mato Grosso do Sul

Cuidado com a voz desde bebê pode evitar disfonia

Desde o nascimento, a criança emite sons que vão se aperfeiçoando à medida que vai crescendo e desenvolvendo o corpo. É nesse crescimento que é preciso atenção à voz dos pequenos. Caso seja percebida alguma alteração, é preciso procurar um especialista para orientar e diagnosticar qual disfonia a criança possui. A fonoaudióloga e tutora do Portal Educação, Carolina Cysne, afirma que, independente da idade, é preciso ter cuidado, pois muitas crianças realizam abuso vocal nas escolas e entre os colegas, gritando durante as brincadeiras, principalmente. O que parece ser simples pode prejudicar muito as crianças que terão disfonia com grande chance de desenvolver nódulos. (Diário do M. Grosso do Sul (MS) – 13/05/2010)

Pernambuco

Bebês prematuros são mais suscetíveis a vírus

Os bebês prematuros estão mais suscetíveis a um vírus que é a principal causa da bronquiolite. Foi esse o mote do 1º Encontro de Atualização Médica em Vírus Respiratórios, promovido pela Associação Brasileira de Imunizações (Sbim) e pela Sociedade Brasileira de Pediatria. De olho nas ações preventivas, a Sbim lançou recentemente a campanha “Prematuro Imunizado É Prematuro Protegido” (www.prematuroimunizado.com), cujo objetivo é estimular o uso de um calendário especial de vacinação para os prematuros, que compreendem cerca de 6,5% a 9% dos partos realizados no Brasil. No País, a indicação para imunização profilática contra o VSR é para bebês abaixo de 35 semanas de gravidez. Os prematuros que se submetem às aplicações do palivizumabe chegam a ser 70% menos hospitalizados do que aqueles que não foram imunizados. (Jornal do Commercio (PE), Cinthya Leite – 09/05/2010)

Rio Grande do Norte

R$ 11 milhões para combate à mortalidade infantil

A fim de reduzir o índice de mortalidade infantil no Rio Grande do Norte, o governo do estado assinou, no último dia 10, o Pacto pela Redução das Desigualdades. A previsão é de que o investimento esteja na base dos R$ 11 milhões. Com o pacto, o Estado irá ganhar novos Núcleos de Apoio à Saúde (NASF), mais equipamentos e leitos nas UTIs neonatais, bancos de leite e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O objetivo é ampliar a qualificação da atenção pré-natal para o parto e para o recém-nascido, com base em seis eixos principais: educação na saúde, gestão da informação, vigilância do óbito infantil, fortalecimento do controle social, mobilização e comunicação, e produção de conhecimentos e pesquisas. (O Mossoroense (RN) – 11/05/2010)

Rio Grande do Sul

ONU aponta queda nas mortes de crianças

Um relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que o número de mortes de crianças com menos de 5 anos caiu cerca de 30% em todo o mundo. Segundo a pesquisa, que analisou dados de 193 países, o número caiu de 12,5 milhões de óbitos, em 1990, para 8,8 milhões, em 2008. A pesquisa revela que a desnutrição e a malária são as principais causas de mortes de bebês no mundo. Outros números também foram apurados, como o percentual de crianças abaixo do peso que também diminuiu, caindo de 25%, em 1990, para 16%, em 2010; e o número crianças com menos de 5 anos que morreram de malária no mundo. Em 2008, foram 863 mil. (Zero Hora (RS) – 11/05/2010)

São Paulo

Bebê que mama no peito controla melhor o apetite

Crianças que mamam somente no peito nos primeiros meses controlam mais o apetite após o desmame do que as que tomam mamadeira, é o que comprova estudo americano realizado com 1.250 bebês. Dos que só mamaram no peito, apenas 27% tomavam toda a mamadeira do 6º ao 12º mês. Dos alimentados com mamadeira, 68% bebiam tudo. Segundo os médicos, a diferença é causada pelo uso da mamadeira, e não pelo conteúdo dela: leite materno ou leite preparado servidos no bico do utensílio têm o mesmo resultado. Para o líder da pesquisa, os pais estimulam os filhos a terminarem a mamadeira, por isso eles comem mais. No peito, é o próprio bebê controla a quantidade. (Folha de S. Paulo (SP) – 11/05/2010)

São Paulo

Estudo revela riscos da obesidade na 1ª infância

Cada vez mais evidências apontam para eventos cruciais em fase precoce da vida – na primeira infância ou durante a gestação – que podem colocar crianças em uma trajetória de obesidade que se torna difícil reverter. Boa parte das evidências vem de um estudo de Harvard, que tem acompanhado mais de dois mil bebês desde a gestação. Algumas intervenções precoces já têm sido praticadas. Médicos recomendam que mulheres obesas percam peso antes da gravidez em vez de depois dela, para reduzir o risco de seus filhos sofrerem de obesidade e diabetes. O aleitamento materno também é recomendado para minimizar o risco de obesidade. Uma em cada dez crianças de até 2 anos nos EUA apresenta sobrepeso. A porcentagem de crianças americanas de 2 a 5 anos de idade que são obesas subiu de 5% em 1980 para 12,4% em 2006. No entanto, a maioria dos programas de prevenção evita intervir em idade muito precoce. (Folha de S. Paulo (SP), Roni Caryn Rabin – 10/05/2010)

São Paulo

Aprovado projeto de pulseira antissequestro em maternidades

Aprovado pela Câmara Municipal de Campinas (SP), o texto, que ainda depende de sanção do prefeito para virar lei, prevê que todos os recém-nascidos tenham uma pulseira de identificação eletrônica. Ela apita caso o bebê ultrapasse as portas do hospital, que deverão ter alarmes. A pulseira pode ser retirada apenas por funcionários autorizados. A ideia, diz o vereador autor da proposta Tadeu Marcos (PTB), é evitar sequestros ou desaparecimentos de recém-nascidos. Apesar da iniciativa, Campinas, onde nascem em média 35 crianças por dia, não registrou nenhum caso do gênero nos últimos dez anos. Na Câmara Federal, uma proposta com o mesmo objetivo está em trâmite desde 2007, mas ainda depende da análise de comissões. (Folha de S. Paulo (SP), Estelita Hass Carazzai – 13/05/2010)

São Paulo, Paraná

Doença infecciosa é principal causa de mortalidade infantil

A maioria das mortes de crianças com até 5 anos de idade é causada por doenças infecciosas, mostra um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef). O estudo faz um retrato da mortalidade infantil em 193 países. Das 8,7 milhões de mortes que ocorreram nessa faixa etária em 2008, 68% (5,9 milhões) foram provocadas por doenças como pneumonia (18%), diarreia (15%) e malária (8%). O estudo também mostra que quase metade dos óbitos (41%) acontece em recém-nascidos (bebês com até 27 dias). Nesse grupo, as complicações decorrentes de parto prematuro são a principal causa, seguidas da asfixia no parto, infecção generalizada e pneumonia. No Brasil, as complicações de parto prematuro respondem pela maior parte das mortes. (Folha de S. Paulo (SP); Folha de Londrina (PR); Gazeta do Povo (PR) – 13/05/2010)

Sergipe

Faltam pediatras de plantão no IPES

A falta de médicos pediatras plantonistas no Instituto de Previdência do Estado de Sergipe (IPES) foi discutido ontem, 11, no Ministério Público Estadual. Na ocasião, a comissão de pediatras informou que a escala de plantão está reduzida desde o início do mês, o que resulta em uma assistência à saúde limitada. O médico representante dos pediatras, Roberto Guimarães, disse que em alguns plantões apenas um médico fica responsável por suprir a demanda de cerca de 50 atendimentos. Ele ressaltou ainda que trabalhar 12 horas ininterruptas é um risco para o médico e pode comprometer a qualidade do serviço prestado. Durante a audiência, os médicos também denunciaram que o Ipes descumpre o Termo de Ajustamento de Conduta, firmado em 2004, que determina a presença de dois profissionais por plantão. O diretor de Assistência à Saúde, Wolnei Maciel de Carvalho, alegou que a redução de médicos pediatras foi causada pela demissão, por determinação judicial, de oito profissionais. A promotora Euza Missano concorda que a carência de pediatras pode causas danos ao atendimento. Ela informou que na próxima reunião, marcada para o dia 17, o Ministério Público tentará um acordo com o Instituto, caso contrário, serão adotadas medidas judiciais. (Jornal Correio de Sergipe, p. Geral A4, Ana Dulce Melo; Jornal da Cidade, p. Cidades B2 – 12/05)

Sergipe

Maternidades irão disponibilizar mais 28 leitos

As maternidades Santa Izabel e Nossa Senhora de Lourdes disponibilizarão até o final de junho 28 novos leitos. O compromisso foi firmado ontem, 13, pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) durante audiência realizada no Ministério Público Estadual (MPE). A Secretaria também se comprometeu em disponibilizar equipamentos necessários para a abertura de dez novos eleitos de UTI, quinze leitos maternos e duas salas cirúrgicas na Maternidade Santa Izabel. Com a abertura das novas vagas, também foram definidas estratégias para atender a maior demanda, a exemplo do redimensionamento do corpo de profissionais das duas unidades e a identificação de vagas nas maternidades, que deverá ser feita pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) durante o transporte das gestantes. A secretária de Saúde, Mônica Sampaio, aproveitou a ocasião para informar a abertura de leitos no interior do Estado, descentralizando o atendimento na capital. A médica Glória Tereza Lopes, representante do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), concorda que a ampliação dos leitos irá amenizar o problema da superlotação e acabar com situações desumanas, mas reforça a necessidade de se garantir um número de médicos suficientes para atender as gestantes. Para a promotora Euza Missano, a implantação dos novos leitos trará uma maior regularidade ao atendimento, mas garantiu que as fiscalizações irão continuar. (Jornal da Cidade, p. Cidades B4; Correio de Sergipe, Geral A6; Jornal do Dia, p. Capa e Cidades 07 – 13/05)


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