28 de fevereiro de 2011

Boletim Primeira Infância em Primeiro Lugar

15 a 28 de fevereiro de 2011

Mato Grosso

Stress infantil pode atingir 90% das crianças

O estresse infantil pode atingir até 90% das crianças brasileiras. A mudança de comportamento é o primeiro sinal de que algo não vai bem. A dica dos especialistas é que os pais estejam sempre alerta às alterações. Conversar com os filhos e ter um tempo de qualidade com eles pode ajudar os pequenos a evitar o estresse. A lista de consequências é interminável e inclui doenças como a depressão, bronquite e asma. A psicóloga Evanice Figueredo explica que a doença é uma reação do organismo frente a situações difíceis ou excitantes e podem ocorrer em qualquer pessoa. Os sintomas do estresse infantil podem ser psicológicos ou físicos. A ansiedade, terror noturno, pesadelos, desânimo, agressividade e o medo fazem parte da lista dos sintomas psicológicos. As reações físicas incluem dores abdominais, diarreia, náuseas e distúrbios do apetite. (A Gazeta (MT) – 24/02/2011)

Minas Gerais

Agendar o parto pode trazer mais riscos para as mães

Pesquisa de cientistas da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, mostrou que marcar data para o parto pode trazer algumas consequências negativas para as mães, que perdem mais sangue e passam mais tempo no hospital do que nos partos naturais. O estudo acompanhou 485 mães que tiveram filhos no centro médico da Universidade de Rochester em 2007. Aproximadamente 34% das mulheres que optaram pela indução tiveram parto cesariano. Dentre as que tiveram um trabalho natural de parto, apenas 20% precisaram dessa cirurgia. “Os benefícios de um procedimento cirúrgico devem sempre superar os riscos. Se não há benefícios médicos para induzir o trabalho de parto, é difícil justificar a escolha por fazê-lo, uma vez que sabemos que aumenta os riscos para a mãe e o bebê”, afirmou Christopher Glantz, autor da pesquisa. (O Tempo (MG) – 22/02/2011)

Integração entre cartórios e maternidades

Nascem por mês cerca de 20 mil bebês em Minas Gerais. Mas nem todos recebem nome e o direito à cidadania. Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 17% das crianças no estado não recebem certidão logo após o nascimento. Em Belo Horizonte, o índice chega a 9,8% – maior que a média nacional de 8,2%. Resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de setembro do ano passado, propõe a integração entre cartórios e maternidades para que as mães já deixem os hospitais com as certidões. A medida, chamada de Provimento 13, já saiu do papel em São Paulo, Pernambuco e Mato Grosso. Em Minas, os proprietários de cartórios e governo não chegam a um acordo. Segundo o CNJ, os cartórios teriam que enviar representantes às maternidades. (O Tempo (MG) – 21/02/2011)

Rio Grande do Sul

Hospital fecha centro obstétrico

O Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, em Porto Alegre (RS), fechou temporariamente o centro obstétrico em razão da superlotação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Além da falta de vagas, a decisão seria consequência da greve dos funcionários da Fundação Riograndense de Gastroenterologia (Fugast), que paralisaram as atividades por tempo indeterminado. Eles protestam contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou a demissão dos trabalhadores terceirizados em razão de supostas irregularidades no convênio entre a entidade e o governo do estado. A assessoria da Secretaria Municipal de Saúde negou que o fechamento da unidade tenha relação com a greve e apontou que o fechamento é consequência apenas da superlotação na UTI Neonatal. (Zero Hora (RS) – 25/02/2011)

Roraima

Psicopedagoga defende a educação sem palmadas

Em artigo, a psicopedagoga Jussara Barbosa da Silveira diz que o castigo severo, ainda que seja uma palmada, não educa. Pelo contrário, significa que o pai ou a mãe perdeu a capacidade de dialogar. Ela acredita que a melhor forma de educar é fazer com que os filhos entendam o motivo pelo qual estão sendo proibidos de determinada situação. “É papel dos pais fazer com que o filho analise uma situação de perigo”, explica. Jussara diz que o sentimento de querer dar o melhor para os filhos não está relacionado apenas à questão material. “É importante impor limites, mas não como punição. É preciso que os pais construam valores nos seus filhos, o que demanda tempo”, acredita. É preciso deixar claro quem é a autoridade, quem orienta e quem dá segurança, conclui. (Folha de Boa Vista (RR) – 23/02/2011)

Poliomielite ganha dia internacional para o combate

Preocupados com a frequente queda no número de crianças que participam das campanhas de vacinação contra a poliomielite, a Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu o dia 24 de outubro como o Dia Internacional de Mobilização, Divulgação e Conscientização para a importância de se continuar mantendo a erradicação da poliomielite. Para se ter uma idéia da crescente queda, este ano nenhuma das etapas da campanha de poliomielite atingiu a meta. Conforme a coordenadora de imunização de Boa Vista (RR), Érica Carvalho, o objetivo do governo federal é imunizar 95% das crianças com menos de cinco anos durante as campanhas. Para ela, essa campanha já deixou de constar no calendário do País devido ao fato de o Brasil já ter erradicado a doença. (Folha de Boa Vista (RR), Alessandra Sampaio – 23/02/2011)

São Paulo

25% das mulheres relatam maus-tratos durante parto

Uma em cada quatro mulheres que deram à luz em hospitais públicos ou privados relatou algum tipo de agressão no parto cometida por profissionais de saúde que deveriam acolhê-la e zelar por seu bem-estar. São agressões que vão da recusa em oferecer algum alívio para a dor, xingamentos, realização de exames dolorosos e contra-indiciados até ironias, gritos e tratamentos grosseiros com viés discriminatório quanto à classe social ou cor da pele. Os dados integram o estudo Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado, realizado em agosto de 2010 pela Fundação Perseu Abramo e divulgado agora. O capítulo Violência no Parto pela primeira vez quantificou em escala nacional, a partir de entrevistas em 25 unidades da Federação e em 176 municípios, a incidência dos maus-tratos contra parturientes. (Folha de S. Paulo (SP), Laura Capriglione – 24/02/2011)

Universidade vai mapear saúde de sete mil bebês

A Universidade de São Paulo (USP) começou a avaliar os primeiros bebês de um grupo de 14 mil nascidos no ano passado que serão acompanhados até a fase adulta. Serão sete mil em São Paulo e sete mil em São Luís (MA). O estudo pode ser considerado uma das mais abrangentes pesquisas sobre saúde perinatal no País. Até março do ano que vem, serão avaliados os bebês hoje com um ano de idade. Eles serão pesados, medidos, avaliados por psicólogos e terão uma amostra de sangue coletada. Um dos principais objetivos é estudar crianças prematuras. A hipótese do grupo é que a prematuridade pode gerar consequências, como propensão a alergias, diabete e eventual dificuldade de aprendizado. Os dados serão comparados aos resultados de outros dois grandes projetos, em 1978 e em 1994, e avaliados pela USP. (Folha de S. Paulo (SP), Juliana Coissi – 23/02/2011)

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