10 de dezembro de 2010

Boletim Primeira Infância em Primeiro Lugar

04 a 10 de Dezembro de 2010

Bahia

Câncer infantil registra nove mil novos casos por ano

Estima-se que a cada ano mais de nove mil casos de câncer infanto-juvenil sejam identificados no Brasil. Aqui, o câncer já representa a segunda causa de mortalidade proporcional entre crianças e adolescentes de um a 19 anos de idade. Apesar de o câncer, de modo geral, ser uma doença bastante divulgada, as ocorrências em crianças e adolescentes ainda são pouco abordadas. Segundo a oncologista Núbia Mendonça, da Organização Mundial da Saúde (OMS), os órgãos públicos de saúde não se preocupam com o câncer nesta faixa etária, pois não existem ações governamentais neste sentido. Acredita-se que 70% das crianças com câncer possam ser curadas se diagnosticadas precocemente e tratadas em centros especializados. (A Tarde (BA), Fabiana Mascarenhas – 05/12/2010)

Distrito Federal

Mães modernas absolvidas

Estudo divulgado pela Universidade Columbia, de Nova York (EUA), mostra que o trabalho materno fora de casa não afeta significativamente a evolução da capacidade de aprendizagem e dos laços afetivos com as crianças. Para a pesquisa, a qualidade do tempo investido com os filhos tem mais importância que a quantidade. Uma das autoras do estudo, Wen-Jui Han, enumera os vários os aspectos que fazem a diferença: sensibilidade das mães aos sinais e aos questionamentos da criança, a interação, a saúde mental da mãe, a qualidade dos cuidados que a criança recebe, entre outros. Além disso, ela ressalta que o emprego materno após o primeiro ano de vida do bebê tende a ter efeitos positivos no desenvolvimento infantil. Isso porque a mãe leva para casa a capacidade intelectual que desenvolve no trabalho. (Correio Braziliense (DF) – 07/12/2010)

Primeira infância ganha plano nacional

Foi lançado, dia 7, o Plano Nacional pela Primeira Infância (PNPI). O projeto está em análise no Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), de onde será encaminhado à Presidência da República. O documento propõe uma série de ações e metas a serem realizadas até 2022 na área dos direitos das crianças de até seis anos de idade. O plano estabelece diretrizes que o País deverá seguir para que sejam cumpridas as determinações da Constituição Federal, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e de leis setoriais de educação, saúde, assistência, cultura e outros setores que dizem respeito ao público infantil. O PNPI foi elaborado pela Rede Nacional Primeira Infância. (Jornal de Brasília (DF) – 05/11/2010)

Minas Gerais

Compra de brinquedos exige cuidados

O Natal é época de comprar presentes, mas é preciso cuidados com os produtos destinados a crianças. Mais de 700 meninos e meninas morrem, por ano, depois de sufocados e mais de 73 mil são hospitalizadas por quedas, sendo que parte delas é causada por presentes como bicicletas, skates e patins. Os dados foram contabilizados pelo Ministério da Saúde, em 2007. A ONG Criança Segura alerta aos pais sobre a importância de escolher brinquedos e outros presentes de natal adequados para a idade dos filhos. De acordo com a ONG, os brinquedos devem ter o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e a indicação para a faixa etária da criança. Supervisionar as brincadeiras é outra dica importante. (Aqui BH (MG) – 08/12/2010)

Paraná

Entidades pedem oncologia pediátrica

Representantes da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), Conselho de Entidades, hospitais e instituições ligadas à área da saúde reuniram-se na última segunda-feira (6) para discutir a viabilidade de implantação da oncologia pediátrica em Ponta Grossa (PR). De acordo com o presidente da ACIPG, Márcio Pauliki, esse debate é um marco para a cidade, uma vez que reuniu representantes da área da saúde e entidades com o propósito de trazer melhorias à população infantil. Como meio de reforçar o debate, a ACIPG incluirá o pedido de apoio para implantação da oncologia pediátrica no ofício de reivindicações que entregará à senadora eleita Gleisi Hoffmann, na próxima quinta-feira. Atualmente, as crianças que precisam de serviços em oncologia têm que se deslocar para Curitiba. (Diário dos Campos (PR) – 08/12/2010)

Pernambuco

Fibrose cística no teste do pezinho

Previsto na normatização do Sistema Único de Saúde (SUS) desde o início da década, a inclusão da fibrose cística entre as doenças rastreadas pelo teste do pezinho pode se tornar, em breve, realidade em Pernambuco. Nesta semana, o serviço de referência estadual em triagem neonatal, que funciona no Hospital da Restauração em Recife, promoveu encontro para tratar do assunto com técnicos dos municípios e representantes do Ministério da Saúde. São Paulo já ampliou a abrangência do teste este ano. Pérola Ayres, coordenadora do serviço de referência em Pernambuco, explica que a perspectiva é iniciar um projeto, em parceria com o Instituto Materno-Infantil de Pernambuco (IMIP), onde já é feito o acompanhamento de crianças com fibrose cística. (Jornal do Commercio (PE) – 09/12/2010)

Santa Catarina

Mais vagas infantis para 2011

Mesmo com o aumento de 700 de vagas em creches em 2010, Florianópolis (SC) ainda tem 1,7 mil crianças, entre zero e 5 anos, não atendidas pela educação infantil. Diminuir esse número é o principal desafio da Secretaria Municipal de Educação em 2011, que promete ampliar algumas creches e construir outras. Ontem (8), a Secretaria fez um balanço da educação na rede municipal em 2010. Um dos aspectos positivos foram os números alcançados pelo Programa Todos Podem Aprender Sempre, que ajuda a diminuir a dificuldade de um aluno repetente. Os recursos para o próximo ano serão de R$ 230 milhões, R$ 15 milhões a mais do que neste ano. (Diário Catarinense (SC), Júlia Antunes – 09/12/2010)

São Paulo

Novos diagnósticos pré-natais

Cientistas de Hong Kong sequenciaram o genoma completo de um feto utilizando apenas uma amostra de sangue da mãe. A técnica serviu para verificar se a criança sofria de beta-talassemia (forma hereditária de anemia) e poderá substituir métodos invasivos de diagnóstico pré-natal. Informações genéticas da mãe e do pai serviram como andaimes para encaixar os fragmentos do DNA do filho em um genoma completo. O autor do estudo, Dennis Lo, considera antiético o uso de exames pré-natais para seleção genética. Para o professor de bioética, Dalton Ramos, o resultado do exame deve ajudar no tratamento e na orientação e acolhimento dos pais, mas não pode justificar caminhos aparentemente mais fáceis como o aborto. (O Estado de S. Paulo (SP), Alexandre Gonçalves – 09/12/2010)

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