Boletim RNPI | Edição 53 | Maio de 2020

RNPI repudia assassinato de jovens em operações nas comunidades do RJ

A Rede Nacional Primeira Infância manifesta seu pesar e indignação pela morte de mais dois jovens durante ação policial em comunidades do Rio de Janeiro. João Pedro Mattos, 14 anos, foi baleado e morto por um tiro de fuzil dentro de casa, em São Gonçalo, enquanto brincava com os primos no dia 18 de maio. Apenas três dias depois morreu Rodrigo Cerqueira da Conceição, 19 anos, no Morro da Providência. Menos de uma semana depois a jovem Bianca Regina Oliveira, 22 anos, foi baleada na cabeça dentro de casa na Cidade de Deus. Ela está internada. João Pedro acaba de entrar para a triste e inaceitável estatística de 31 crianças e adolescentes mortos POR DIA no Brasil vítimas da violência, segundo dados do Unicef. [...] A RNPI se solidariza com as famílias de João Pedro, Rodrigo e Bianca e repudia a naturalização e a desumanização com que têm sido tratados os assassinatos de crianças e adolescentes por balas perdidas, irresponsavelmente mal direcionadas a adolescentes, em sua maioria pobres e negros, em nosso país.

Acesse aqui a nota na íntegra

>Pesquisa inédita da UFC revela níveis elevados de estresse e risco de depressão em gestantes no distanciamento

Pesquisa inédita da Universidade Federal do Ceará revelou níveis elevados de estresse e risco de depressão em mulheres grávidas de Fortaleza, no período de distanciamento social decorrente da COVID-19. Coordenado pela Profª Márcia Machado, da Faculdade de Medicina da UFC, o estudo mostrou que cerca de 43% das gestantes demonstram medo, ansiedade e transtornos do comportamento, índice considerado alto, se comparado com a média de 25% detectada em pesquisas realizadas em outros períodos, a exemplo da Pesquisa de Saúde Materno-Infantil no Ceará/UFC (PESMIC). Transtornos psicológicos ou psiquiátricos na gravidez podem trazer consequências para a saúde da mulher e do bebê. Segundo a pesquisadora, há relação entre esses fatores e a maior incidência de partos prematuros ou de crianças nascidas com baixo peso, por exemplo. Além disso, o nível de estresse pode acarretar maiores níveis de agressividade com filhos e parceiros, o que também prejudica o desenvolvimento infantil. Márcia aponta, portanto, para a necessidade da criação de protocolos especiais de atenção básica que garantam o acompanhamento de mulheres durante a gravidez e no pós-parto, neste período de pandemia. Leia mais

>Campanha promove a alimentação escolar em período de pandemia

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil e a Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável somam esforços para defender o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) brasileiro e a garantia do direito humano à alimentação adequada do público escolar. Diariamente, cerca de 41 milhões de estudantes são assistidos pelo PNAE, que é executado no Brasil há mais de seis décadas. A pandemia de COVID-19 levou à suspensão das atividades escolares deixando os estudantes sem acesso à alimentação escolar do PNAE. Diante disso foi promulgada a Lei Federal 13.987/2020 que autoriza a distribuição de gêneros alimentícios adquiridos com recursos do programa diretamente às famílias ou responsáveis pelos estudantes durante o período de emergência. Segundo a FAO, a suspensão das atividades escolares na América Latina e no Caribe durante a pandemia afetou cerca de 85 milhões de estudantes que se beneficiam dos programas de alimentação escolar. Para 10 milhões, esses programas são uma das principais fontes de alimentação segura e de qualidade que recebem diariamente. Além disso, em muitos países e regiões, a única oportunidade de acesso a frutas e verduras. Confira mais

>Recomendações sobre o uso saudável das telas digitais em tempos de pandemia da COVID-19 #BoasTelas #MaisSaúde

Neste momento difícil de uma nova pandemia viral a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) vem reiterar as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), especialmente para as crianças, adolescentes e suas famílias. "Todos estamos vivenciando novas mudanças de como trabalhar, estudar, nos relacionar e brincar, principalmente em casa devido à importância do isolamento e distanciamento social, como medida principal de prevenção, além dos cuidados de higienização, lavagem de mãos mais frequente e o uso de máscaras ao sair às ruas. Diante da pandemia da COVID-19, o uso do mundo digital oferece muitas alternativas de tecnologias ao alcance de quase todos. Um momento importante para se multiplicar o uso positivo e mais saudável, e a tornar uma ferramenta mais utilizada para buscar soluções das limitações impostas por estes novos tempos. Desta forma os trabalhos, as aulas, as compras de alimentos, os relacionamentos, os divertimentos e até algumas consultas médicas estão sendo realizadas através das telas. O mundo está mudando, não sabemos de que forma vai ficar. E o mundo digital ficará então dividido em: antes da COVID-19, durante o período da quarentena e após a quarentena." Veja aqui o documento na íntegra

>Como as crianças devem utilizar a máscara facial de forma segura

Desde abril, o Ministério da Saúde recomenda que a população use máscaras faciais caseiras no combate à pandemia do Coronavírus. Elas têm sido muito importantes para diminuir o contágio do vírus entre as pessoas. Mas, e as crianças? Como elas devem usar as máscaras de forma segura? Crianças com menos de 2 anos de idade não devem usar máscaras faciais devido aos riscos de sufocação. Ficar em casa e o distanciamento físico ainda são a melhor forma de todos se protegerem da Covid-19. Juntos, somos parte da solução! Dentro de casa, o melhor a se fazer é lavar as mãos corretamente, com água e sabão por 20 segundos. Nesse ambiente, as crianças não precisam usar a máscara, exceto se houver algum familiar que tenha apresentado sintomas da Covid-19. Caso haja necessidade de sair de casa, as crianças devem usar máscaras faciais em lugares onde não há como manter o distanciamento de 1,5 metros de outras pessoas, como: consultórios médicos, farmácias ou supermercados. Para que as máscaras sejam eficientes, é preciso que cubram totalmente o nariz e a boca, sem deixar espaços nas laterais. Qual a forma segura de as crianças acima de 2 anos de idade usarem a máscara facial? "As crianças devem sempre estar sob supervisão de um adulto ao utilizar a máscara". Saiba mais

Curtinhas

>Nesta #SemanaMundialdoBrincar, guia reúne brincadeiras que as famílias podem fazer com as crianças em casa durante a pandemia. Acesse e veja as sugestões de atividades divididas por faixa etária! O material é uma realização da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal com Itaú Social e produção do Tempojunto.

>Com dicas do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, El Salvador, Guatemala, México, Nicarágua e Peru, “Guia de brincadeiras e ações de valorização do brincar da América Latina” busca inspirar ações durante a #SemanaMundialdoBrincar. Confira!

>Grupo de pesquisa Atenção Integral a Saúde da Criança e do Adolescente (AISCA), da Universidade Federal de Alagoas, lança cartilha sobre cuidados com as crianças em tempos de Covid-19. Ela é completamente gratuita e pode ser acessada aqui. Divulgue!

>As telas invadiram de vez a vida das crianças desde as medidas de isolamento social. Entretanto a exposição excessiva aos aparelhos tecnológicos deve ser evitada, como recomendam os especialistas. Como manter um equilíbrio saudável entre a vida online e offline? O novo artigo do Educando Tudo Muda chama a atenção para alguns cuidados necessários. Confira!

>Como manter o contato com a natureza durante o isolamento social? Programa difunde pesquisas, recursos e dicas práticas, que possam apoiar famílias, educadores e agentes de saúde a proporcionarem a conexão das crianças com a natureza, no contexto atual. Leia mais

>Cartilha para crianças "Eu Me Protejo", em linguagem simples, agora em PDF, vídeolivro, Libras, Espanhol e Inglês! Proteção para todas as crianças. Acesse gratuitamente em www.eumeprotejo.com e ensine seus filhos a se protegerem contra o abuso sexual infantil.

>Estreia do filme “Um Crime Entre Nós”: documentário traz um olhar provocativo e se soma à luta pelo fim da violência e exploração sexual de crianças e adolescentes. Veja mais

>Publicidade infantil incentiva adultização e erotização precoce. Estímulo ao consumo de itens do universo adulto e representação de crianças com papéis que não condizem com sua faixa etária podem contribuir para o aumento da exploração sexual infantil. Saiba mais aqui

>Avante sugere ao FNDE alterações em texto de edital referente a materiais didáticos para educação infantil. “Caso o Edital seja aprovado tal como está, os sistemas de ensino acabarão por realizar práticas focadas em conteúdos e conceitos e não em interações e brincadeiras – modos próprios do aprender na infância”. Confira mais aqui

>O riso das crianças nas praças públicas foi calado pela Covid-19. Elas perderam, temporariamente, o direito a conviver na cidade, em sinal de proteção à vida. Mas, para além da pandemia, quais espaços lhes foi reservado para o brincar? Veja aqui os episódios da #WebsérieConexões, realizada pela Avante, sobre ‘Brincar é Viver: A mágica das palavras e das coisas’.

>Cursos online são recomendados para qualificação das equipes do Primeira Infância Melhor (PIM) e Programa Criança Feliz (PCF). Confira aqui uma lista de cursos que podem auxiliar as equipes municipais neste período.

>“Repercussões da Pandemia de COVID-19 no Desenvolvimento Infantil” é uma edição especial produzida pelos pesquisadores que integram o Comitê Científico do Núcleo Ciência Pela Infância, que aborda os impactos do coronavírus nas crianças, na convivência familiar e nas políticas da saúde, educação, comunidade e seguridade social. O texto traz ainda recomendações para lidar com essa situação. Acesse aqui

>Uma pesquisa internacional realizada com 4.322 crianças, de 9 a 13 anos de idade, revela que o acesso ao conhecimento básico sobre o novo coronavírus e sobre as formas de proteção contra a contaminação pode deixá-las menos preocupadas diante da pandemia. Veja mais aqui

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