26 de março de 2024
Obesidade Infantil: Brasil tem taxas mais altas que as globais
A cada sete crianças brasileiras, uma está com excesso de peso ou obesidade, segundo o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) 2023, do Ministério da Saúde.
Isso significa que 14,2% das crianças com menos de cinco anos de idade têm excesso de peso ou obesidade no Brasil. A média global é de 5,6%, menos da metade da média do país.
Entre os adolescentes, a taxa é ainda mais alta: 33%, ou seja, um terço dos adolescentes tem excesso de peso, ante a média mundial de 18,2%.
A obesidade na infância está relacionada a um risco aumentado de hipertensão arterial, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, câncer e outras doenças crônicas na vida adulta.
Obesidade infantil: problema multifatorial
Nas últimas décadas, a comunidade científica nacional e internacional tem mudado a forma de abordagem da obesidade. Se antes o excesso de peso era tratado como um problema individual de quem cometia excessos à mesa, hoje a tendência, com base em evidências científicas, é abordar o problema como algo associado a fatores genéticos, sociais, econômicos, psicológicos e culturais que precisa de tratamento multidisciplinar.
Nesse sentido, os hábitos adotados por grande parte dos países ocidentais estão intimamente relacionados às altas taxas de obesidade entre crianças e jovens brasileiros.
A alimentação do país mudou nos últimos anos. Se antes os brasileiros faziam as refeições em casa e se alimentavam de produtos in natura ou pouco processados, é cada vez maior o número de pessoas, incluindo crianças, que consomem alimentos processados e ultraprocessados.
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Foto: DrauzioVarella.uol
Fonte: DrauzioVarella.uol
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