13 de agosto de 2010

Boletim Primeira Infância em Primeiro Lugar

7 a 13 de Agosto de 2010

Distrito Federal

Situação de bebês em cadeias em debate

Embora a legislação proíba da prisão e pessoas com menos de 18 anos, existem centenas de crianças que vivem com as mães em presídios brasileiros. As opiniões sobre o assunto são diversas e tornam-se mais polêmicas ainda com a lei sancionada em maio de 2009, que prevê idade limite de 7 anos para as crianças morarem com as genitoras nos presídios. No entanto, o próprio governo federal reconhece a falta de estrutura das penitenciárias para lidar com esses meninos e meninas. Para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), embora a legislação tenha sido criada com boa intenção, a idade limite é exagerada. O juiz auxiliar da presidência do CNJ, Luciano André Losekan, destaca que a norma choca-se com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que estabelece a alfabetização a partir dos 6 anos. (Correio Braziliense (BR), Renata Mariz – 10/082010)

Mato Grosso

Teste da orelhinha ainda não é rotina

Apesar de já sancionada a lei de obrigatoriedade, o teste da orelhinha ainda não é um procedimento rotineiro em todos os 1,2 mil bebês que nascem por mês em Cuiabá (MT). Segundo a Secretaria de Saúde, até o fim de agosto está prevista a oferta do serviço em três unidades da cidade. De acordo com o presidente da Sociedade Mato-Grossense de Pediatria, Euzi Carvalho, o número de atendimentos hoje está longe de cobrir 100% do público-alvo. O teste é feito com aparelho específico, operado por um fonoaudiólogo e deve ser realizado sem a solicitação do pediatra. O teste da orelhinha chega a ser mais importante do que o do pezinho, considerando o grau de incidência. Conforme especialistas da área, a surdez pode incidir em até seis bebês a cada mil nascidos, dependendo das condições de saúde, enquanto o teste do pezinho aponta uma criança em cada 10 mil nascimentos. (A Gazeta (MT) – 11/08/2010)

Mato Grosso do Sul

Campo Grande terá 120 postos de vacinação antipólio na segunda etapa

A 2ª Etapa da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Paralisia Infantil será realizada neste sábado (14). A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande deve disponibilizar as doses em, pelo menos, 120 postos de toda a cidade. Todas as crianças com idade entre 0 e 4 anos devem tomar a vacina, incluindo as que receberam a primeira dose e também as que ainda não tomaram. O Ministério da Saúde estipula a meta em 95%, mas Campo Grande e Mato Grosso do Sul não conseguiram atingir esta marca na 1ª etapa. As duas ficaram com índices de 81% e 90%, respectivamente. A abertura da 2ª etapa será feita às 8 horas, na Unidade Básica de Saúde da Vila Carlota. Os postos irão funcionar das 7h às 17h, neste sábado, com exceção da unidade instalada no Shopping Campo Grande, que funciona das 10h às 22h. (Correio do Estado – Anahi Zurutuza; Pág. 10ª; 12/08/2010)

Pai espanca bebê de 3 meses em Itaporã

A Polícia de Itaporã foi acionada na madrugada de quarta-feira (11) para atender o caso de um homem acusado de espancar a esposa e o filho de três meses. Assis Paulino de Aguiar, 29 anos, já cumpriu pena e tentou agredir os policiais que o prenderam em flagrante. A criança tinha lesões no corpo e um corte profundo no rosto, próximo ao pescoço. O bebê está sob cuidados médicos no Hospital Municipal de Itaporã. Assis Paulino de Aguiar deverá ser autuado por Tentativa de Homicídio contra a criança, Violência Doméstica e Lesão Corporal contra a esposa e Ameaças. (Folha do Povo; Pág.B3; O Progresso; Pág. C1-4. 12/08/2010)

Pernambuco

Cuidados ainda na infância

Médicos alertam que os problemas ginecológicos infantis existem e devem ser tratados desde cedo. Processos inflamatórios no órgão genital de meninas podem evoluir, caso os pais não deem a devida atenção. Um dos motivos causadores do problema é a má higienização da genitália. É comum, também, as meninas prenderem o xixi por não quererem ir ao banheiro, o que gera inflamações decorrentes do ácido presente na urina. O ginecologista infanto-juvenil, José Domingues Júnior, afirma que muitas mães acham que as filhas com mais de 3 anos e idade já sabem se higienizar sozinhas. Ele alerta que a orientação materna é fundamental e que é importante demonstrar a maneira correta de fazer a higiene. O tratamento para problemas ginecológicos em crianças é simples, feito à base de banhos de assento e pomadas específicas. (Diário de Pernambuco (PE) – 12/08/2010)

População deve ganhar 20 centros de educação infantil

A população de Recife (PE) deve receber até novembro do próximo ano 20 Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEI), que atenderão 3.500 crianças de até 5 anos. A promessa foi feita pela prefeitura da cidade e as obras devem começar em outubro deste ano. Os centros fazem parte do Programa Primeira Escola e contam com recursos do Ministério da Educação (MEC) e do município. Desde 2009, a Prefeitura de Recife se comprometeu em construir os centros, mas até agora nenhum saiu do papel. A previsão é que as três primeiras unidades, nas comunidades de Pantanal (Barro), Coqueiral (Imbiribeira) e Iraque (Estância) sejam inauguradas em maio de 2011. As licitações ainda terão uma segunda etapa, que prevê a criação de mais 20 centros até 2012, totalizando 40. As crianças ficarão no Cemei em período integral, das 7h às 17h. O prefeito João da Costa (PT) destacou a importância das unidades, já que metade dos chefes de família de Recife são mulheres que, muitas vezes, não têm com quem deixar os filhos quando precisam trabalhar. (Jornal do Commercio (PE); Folha de Pernambuco (PE); Diário de Pernambuco – 10/08/2010)

Rio Grande do Norte

Taxa de mortalidade infantil reduz e morte neonatal preocupa

As taxas de mortalidade infantil no Rio Grande do Norte apresentaram queda significativa de 2000 a 2008. Os números caíram de 47/1000 para 28/1000, ou seja, a cada mil crianças nascidas vivas, 28 morrem antes de completar 1 ano de idade. Mas a melhora nos índices não atingiu as mortes neonatais. Para a coordenadora de Promoção à Saúde da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), Celeste Rocha, é necessário investir em assistência no período pré-natal, no parto e reforçar a prática do aleitamento materno para evitar a morte de bebês nos primeiros sete dias de vida. Os dados sobre a mortalidade infantil no RN são tema do encontro do Comitê Estadual de Mortalidade Materna e o Fórum Perinatal. A reunião faz parte do Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, estratégia prioritária adotada pelo governo federal e governo do estado. (O Mossoroense (RN); Diário de Natal (RN); – 10/08/2010)

Pais alimentam inadequadamente os bebês

Produtos como lasanha pré-cozida e congelada, macarrão instantâneo, refrigerante, salgadinho, chocolate, suco artificial, bolacha recheada e leite de vaca são cada dia mais frequentes na alimentação de bebês. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) constatou que os pais estão introduzindo cada vez mais cedo alimentos cheios de gordura, açúcar, sal, corante e outros aditivos na alimentação dos pequenos. De acordo com a nutricionista Jarda Jacinta, esses alimentos devem ser introduzidos no cardápio a partir de 1 ano de idade, mas sempre em pequenas porções. O aconselhável é que até 2 anos a criança tenha uma alimentação mais natural possível, evitando produtos ricos em conservantes. Após os 6 meses de amamentação, o ideal é oferecer à criança frutas e sopinhas de legumes amassados. O fornecimento errôneo de comidas industrializadas no período de formação da flora intestinal das crianças, além de prejudicar o desenvolvimento, promove o aumento de peso acima do normal. (O Mossoroense (RN), 07/08/2010)

Santa Catarina

Crianças sem segunda dose contra gripe A

Apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter anunciado ontem (10) o fim da pandemia da gripe A, todas as unidades de saúde de Iatajaí (SC) continuam oferecendo o reforço da vacina para as crianças que estão no considerado grupo de risco. Quem tem entre 6 meses e 4 anos ou é doente crônicos com até 8 anos, precisa tomar a segunda dose no máximo 30 dias depois da primeira. Só assim a eficácia da vacina pode ser garantida. “Crianças que se enquadram nesse grupo só estão 100% imunes à gripe A depois de tomar a segunda dose”, explica Rachel Menna Barreto, enfermeira do Departamento Municipal de Vigilância Epidemiológica. Na primeira etapa da campanha, mais de 12,5 mil crianças de Itajaí foram imunizadas. Até agora, pouco mais de 9,4 mil receberam a segunda dose. (Diário Catarinense (SC) – 11/08/2010)

São Paulo

Pulseira eletrônica em recém nascido agora é lei

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou ontem (11) projeto de lei que obriga todos os hospitais e maternidades da cidade a colocar pulseiras eletrônicas nos recém-nascidos. A proposta, que busca evitar o sequestro de bebês, determina que o equipamento seja colocado imediatamente após o parto e retirado apenas após a alta hospitalar, na presença da mãe. Na rede pública, de acordo com o projeto aprovado, os gastos serão cobertos por dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário. O Grupo Santa Joana, que administra as duas maiores maternidades particulares da capital, afirmou que já são adotados procedimentos para garantir a segurança dos bebês. O projeto foi elaborado após a tentativa de sequestro de um recém-nascido em uma clínica do Brás, na zona leste da capital paulista. O texto foi aprovado em votação simbólica e segue para sanção do prefeito Gilberto Kassab (DEM). (O Estado de São Paulo (SP), A Notícia (SP) – 12/08/2010)

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